Ferro: “Não me chocaria”que final da Taça “fosse feita à porta fechada”
Presidente da Assembleia da República diz que "não pode ficar impune quem deu passos decisivos para que esta situação gravíssima de ontem tivesse acontecido".
O Presidente da Assembleia da República defendeu esta quarta-feira que “não pode ficar impune quem deu passos decisivos para que esta situação gravíssima de ontem tivesse acontecido”. E diz que não ficaria chocado se a final da Taça “fosse feita à porta fechada” ou “na Vila das Aves”.
Ferro Rodrigues, que falava aos jornalistas no Parlamento, notou que a decisão quanto à realização da final da Taça “compete à Federação Portuguesa de Futebol”, mas acrescentou: “Não me chocaria que fosse feita à porta fechada ou que fosse feita na Vila das Aves”.
O pior “será deixar tudo na mesma”, afirmou Ferro Rodrigues, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. “Tem de haver medidas sérias e doa a quem doer, ao nível do Sporting Clube de Portugal, ao nível da Federação Portuguesa de Futebol e ao nível do Governo português”, frisou.
O presidente do Parlamento notou que, já em abril, procurou transmitir até onde “pode chegar a perversidade autoritária e totalitária de dirigentes, em mistura com uma comunicação social fanática que gosta de explorar até ao pus tudo o que acontece ao sábado e ao domingo nos campos de futebol e também aquilo que são claques, ou membros de claques organizadas como grupos terroristas que são e que têm que ser tratados como tal”.
Por isso, o presidente do Parlamento entende que “não se pode partir para esta preparação da final da Taça de Portugal como se nada tivesse acontecido, como se tivesse sido apenas um caso de polícia”. “Não, não foi um caso de polícia, isto é um caso gravíssimo que põe em causa o desporto português, põe em causa o Sporting Clube de Portugal e põe em causa o próprio país”, sublinhou.
"Não, não foi um caso de polícia, isto é um caso gravíssimo e que põe em causa o desporto português, põe em causa o Sporting Clube de Portugal e põe em causa o próprio país”
Ferro Rodrigues assinalou que fala na qualidade de presidente da Assembleia da República, embora seja adepto do Sporting. “Já tive ocasião de alertar, aliás numa jornada em que estava o senhor presidente do Sporting Clube de Portugal, que depois à tarde, já quando eu não estava, aproveitou para fazer mais uma daquelas intervenções extraordinárias — entre aspas — que é habitual”, disse. E acrescentou: “E eu, portanto, acho que não pode ficar impune quem deu passos decisivos para que esta situação gravíssima de ontem tivesse acontecido”.
Questionado pelos jornalistas se falava de Bruno de Carvalho, Ferro Rodrigues respondeu: “Estou a falar de todos aqueles que contribuem lamentavelmente para aquilo que tem sido o ódio, a violência, o fanatismo, a corrupção no futebol português, não são só de um clube, são de vários, todos conhecem em parte os seus nomes, e é bom que as autoridades judiciais, sempre prontas para investigar, e bem, os políticos, também investiguem, e bem, os dirigentes desportivos e aqueles que fazem do futebol português esta desgraça, e, sobretudo do meu clube, aqueles que fazem do Sporting Clube de Portugal esta miséria em que estamos a viver hoje”.
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