Direção do Sporting “presa” por dois membros, após demissão de Bruno Mascarenhas
"Para a direção cair têm de sair mais dois membros, pois só quando atingir cinco é que não tem quórum", disse Jaime Marta Soares, presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube.
A direção do Sporting está “presa” por dois elementos, depois da saída anunciada esta sexta-feira pelo vogal Bruno Mascarenhas, que elevou para seis o número de demissões no Conselho Diretivo do clube lisboeta, explicou à Lusa Jaime Marta Soares.
O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting lembrou que, além das demissões do vice-presidente António Rebelo, do vogal Luís Loureiro e dos suplentes Jorge Sanches e Rita Matos — todas na quinta-feira –, e de Bruno Mascarenhas, também Vicente de Moura já tinha saído, há um ano, devido a motivos de saúde. “A Direção é composta por 11 membros, mais dois suplentes e desses 13 já se demitiram seis, por isso, só tem sete membros. Para a direção cair têm de sair mais dois membros, pois só quando atingir cinco é que não tem quórum”, notou Marta Soares.
De acordo com o ponto 37.º dos estatutos do Sporting, “constituem causa de cessação do mandato da totalidade dos titulares do respetivo órgão social”, quando ocorre a cessação do mandato da maioria dos membros do Conselho Diretivo. Foram eleitos para este órgão o presidente Bruno de Carvalho, os vice-presidentes Carlos Vieira, António Rebelo e Vicente de Moura e os vogais Rui Caeiro, Bruno Mascarenhas, José Quintela, Alexandre Godinho, Luís Roque, Luís Gestas e Luís Loureiro.
A polémica que envolve o Sporting agravou-se nos últimos dias, depois da derrota da equipa de futebol no domingo, no último jogo da I Liga de futebol, frente ao Marítimo, que fez o clube de Alvalade perder o segundo lugar para o Benfica. Antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, em que o Sporting defronta o Desportivo das Aves, a equipa de futebol foi atacada na academia de Alcochete, na terça-feira, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.
Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve na quarta-feira quatro pessoas na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol, incluindo o diretor desportivo do futebol, André Geraldes, que foi libertado sob caução e impedido de exercer funções desportivas. O cenário agravou-se com as demissões na quinta-feira da Mesa da Assembleia Geral, em bloco, e da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar, instando o presidente do Sporting a seguir o seu exemplo, mas Bruno de Carvalho anunciou ao fim do dia que se irá manter no cargo.
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