Lucros do banco Montepio afundam quase 50% no arranque do ano
O banco justifica esta queda com a redução da margem financeira, penalizada pela "menor exposição a dívida pública".
A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido de 5,7 milhões de euros, o que representa uma quebra superior a 48% face aos lucros de 11,1 milhões que tinha registado em igual período do ano passado. O banco justifica esta queda com a redução da margem financeira, penalizada pela “menor exposição a dívida pública”.
Os resultados foram comunicados, esta sexta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em comunicado, o banco detalha que aumentou as comissões em 8,8%, totalizando 28,4 milhões de euros, enquanto os custos operacionais foram reduzidos em 3,8%, para 64,4 milhões de euros, o que contribuiu para os lucros no trimestre. O banco conseguiu ainda captar 579 milhões de euros em depósitos de clientes, que totalizavam 12.171 milhões de euros no final do primeiro trimestre.
O Montepio também registou poupanças com o dinheiro que colocou de lado para fazer face a imparidades de créditos. As imparidades para crédito problemático reduziram-se em 30%, para 23,6 milhões de euros no final de março.
Contudo, “a rentabilidade foi afetada negativamente pela queda de 11,2 milhões de euros na margem financeira, em parte determinada pela menor exposição a dívida pública”, pode ler-se no comunicado. A margem financeira, que resulta da diferença entre os juros recebidos nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos, fixou-se assim em 59,9 milhões de euros. Ao mesmo tempo, o crédito a clientes reduziu-se em 6,7%, para 13.981 milhões de euros (valor bruto).
Feitas as contas, o produto bancário caiu 14%, para 99 milhões de euros, e o resultado líquido consolidado do Montepio acabou por fixar-se em 5,7 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma quebra de 48,6% em relação ao período homólogo e uma descida de 10% em relação ao último trimestre do ano passado.
O Montepio destaca ainda que aumentou o rácio common equity tier 1 (que mede a solidez de um banco) para 12,9% (era de 10,2% no primeiro trimestre do ano passado), um valor “confortavelmente acima dos requisitos regulatórios”. Já o rácio de cobertura de liquidez foi de 150,4%, também acima do requisito mínimo regulamentar de 100%, “o que evidencia uma situação saudável de capital e liquidez”.
Notícia atualizada pela última vez às 18h03 com mais informação.
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