Alojamento local já ocupa 34% das casas de algumas freguesias do centro histórico de Lisboa
Atualmente, na freguesia de Santa Maria Maior -- que abarca os bairros de Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa e Chiado -- pelo menos 34% das casas são destinadas ao alojamento local para turistas.
A pressão turística no centro histórico de Lisboa está a aumentar. Neste momento, na freguesia de Santa Maria Maior — uma freguesia que abarca bairros como Alfama, Mouraria, Castelo, Baixa e Chiado — pelo menos 34% das casas são destinadas ao alojamento local, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).
A percentagem baseia-se no número de casas destinadas ao arrendamento de curta duração, registadas oficialmente, e no universo de casas apuradas pelo INE nos Censos de 2011. O cálculo pode pecar por defeito, na medida em que exclui os alojamentos locais ilegais, ou seja, que não estão registados oficialmente.
Também na freguesia da Misericórdia — Bairro Alto, Santa Catarina e Cais do Sodré — a proporção é muito elevada. Cerca de 28% dos alojamentos familiares são destinados a turistas.
Ao contrário do que acontecia há uns anos, a pressão turística estende-se agora a outros bairros, especialmente localizados nas freguesias de Santo António (Avenida da Liberdade) e São Vicente (Graça, Santa Apolónia e Alfama). O alojamento local já pesa 15% em Santo António e 12% em São Vicente.
Arroios e Estrela, freguesias menos associadas ao turismo, começam também a ver o número de casas destinadas a turistas a aumentar significativamente.
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, já anunciou a intenção de condicionar o crescimento do alojamento local em alguns bairros lisboetas. Espera-se a entrada em vigor da nova lei que abre a possibilidade de suspender provisoriamente os novos registos e determinar percentagens máximas para as casas para alojamento local. Aguarda-se, também, que a Câmara publique um estudo sobre o fenómeno do alojamento local, que procurará medir o seu impacto na cidade de Lisboa.
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