“Riscos sérios” do financiamento da Segurança Social devem ser partilhados entre o Estado e as pessoas

Demografia e produtividade são os dois problemas macroeconómicos mais sérios que Portugal enfrenta, segundo Teodora Cardoso. A economista defende esquemas de capitalização da Segurança Social.

“O Estado não deve criar a ilusão de que pode resolver o problema sozinho” o problema do financiamento da Segurança Social. Numa reação às medidas que estão inscritas na proposta do Orçamento do Estado para 2019 ao nível das pensões, a presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou que os portugueses também têm um papel a desempenhar, nomeadamente através da criação da sua própria almofada de poupança.

Uma das medidas mais emblemáticas do Orçamento nesta matéria foi o anúncio de que vai ser criado um novo regime para as pensões antecipadas, que num primeiro momento permitirá que os portugueses com 63 anos de idade e que aos 60 tinham 40 anos de descontos, se possam reformar antecipadamente sem a penalização introduzida pelo fator de sustentabilidade (14,5%). Esta alteração resulta do acordo firmado entre o Executivo e os partidos mais à esquerda (PCP e Bloco de Esquerda).

Em outubro será a vez de de alargar a despenalização introduzida pelo fator de sustentabilidade a todos os que aos 60 anos têm 40 de descontos. Depois de Vieira da Silva ter recuperado a ideia de congelar o acesso às pensões antecipadas a todos os que não cumpram este último requisito, acabou por esclarecer que será criado um período de transição para não gorar as expectativas. Mas ainda não deu quaisquer detalhes sobre como via funcionar, tendo chutado para a concertação social a negociação desta nova reforma (que aliás já está a decorrer).

“A solução duradoura [para a Segurança Social] tem que envolver partilha de riscos entre o Estado e todos nós“, indicou Teodora Cardoso, na conferência “A capitalização pública da Segurança Social portuguesa: ponto de situação e perspetivas”. A responsável do CFP destacou a importância dos mecanismos de capitalização. Nesse modelo, “somos nós próprios que deveremos constituir poupanças e aplicar da maneira que acharmos correta”.

Em termos macroeconómicos, Portugal tem dois “sérios problemas” para a capitalização pública na Segurança Social: a demografia e a produtividade, refere Teodora Cardoso. “Temos a população a decrescer desde há cerca de dez anos, e as previsões para o futuro vão sempre nesse sentido“, relembra a economista. Isto apresenta um “problema para a Segurança Social, e em particular para o regime de repartição”, continua, visto que o contributo que os trabalhadores ativos vão ter que dar para o financiamento das pensões aumenta. Problemas que, no seu entender são mais importantes que o défice. O défice orçamental é muito importante, mas há coisas que estão para além da discussão orçamental que temos todos os anos”, alerta.

Por outro lado, a produtividade, que é um problema generalizado para os países desenvolvidos. Se a produtividade estagnar, a coisa fica muito complicada“, afiança a presidente do CFP. Ao conseguir um aumento da produtividade, os ativos terão capacidade para financiar os encargos da Segurança Social, ao serem “mais produtivos, durante mais tempo”, explica.

Para criar condições para elevar este indicador, Teodora Cardoso refere a necessidade de implementar políticas, por exemplo, ao nível do sistema educativo, e também da formação profissional e aprendizagem ao longo da vida.

Mas, a solução destes problemas não está só nas mãos do Estado, indica a presidente do CFP. “As soluções têm de dirigir-se à captação de recursos na economia, e não ter apenas em vista o curto prazo”, continua. Medidas como aumentar o nível de contribuições não têm consequências positivas, exemplifica. O nível de contribuições em Portugal é muito alto, quer patronais quer dos trabalhadores, e temos muito pouco espaço para aumentar esse nível”.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Comissão Europeia prepara-se para enviar uma carta a Roma com um selo de chumbo ao orçamento, adensando a crise orçamental em Itália. Escalada dos juros italianos contagia periferia. Faltava só a Moody’s, mas já não falta. A agência tirou o país de “lixo”, mas os investidores mantêm-se cautelosos. Daí que façam muitas perguntas sobre a economia, a dívida e o rating.

Com Bruxelas e Roma às turras por causa do orçamento italiano, os juros da dívida pública da Itália voltam a estar sob pressão nos mercados internacionais, atingindo máximos de mais de quatro anos. A taxa a 10 anos italiana está prestes a superar a fasquia psicológica dos 4% e o contágio está a propagar-se aos periféricos como Portugal e Espanha.

A Moody’s tirou Portugal de “lixo”. O país passou, assim, a ter rating de qualidade junto das três principais agências de notação financeira, algo que não acontecia há mais de sete anos. Mas nem por isso os investidores deixam de ter o “pé atrás” relativamente à dívida portuguesa. E, na dúvida, fazem perguntas.

Falhado o objetivo de uma solução única alternativa contra Tomás Correia, as listas derrotadas nas últimas eleições da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) vão concentrar esforços numa única candidatura e já estão fechados os nomes que vão concorrer aos vários órgãos sociais da instituição no próximo ato eleitoral agendado para dezembro. António Godinho, que já tinha sido candidato nas eleições de 2015, é o cabeça de lista para o conselho de administração. O economista Eugénio Rosa concorre para o conselho fiscal. De fora ficará Bagão Félixpor opção pessoal.

A companhia irlandesa anunciou esta sexta-feira que assinou um acordo com o sindicato de pilotos português SPAC, no qual reconhece a antiguidade destes profissionais e mudanças de base. Um acordo que abrangerá todos os pilotos da Ryanair em Portugal, avança a Reuters. As negociações com o SPAC relativamente a um contrato coletivo de trabalho, de acordo com a lei portuguesa, vão agora ter início até ao final de outubro.

O preço dos combustíveis vai voltar a descer na próxima semana, por isso se precisa de abastecer deixe passar o fim de semana. O litro do gasóleo desce dois cêntimos e o da gasolina 1,5 cêntimos, revelou ao ECO fonte do setor. Os combustíveis seguem assim a tendência de queda que já se verificou na semana passada.

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StartUP Voucher aprova 228 projetos. Há 400 bolseiros

No final, aos projetos que passem à concretização e resultem na constituição de uma empresa, será atribuído um prémio no valor de dois mil euros.

O objetivo é incentivar e acelerar o desenvolvimento de projetos empresariais promovidos por jovens, que se encontrem em fase de ideia. Para isso, a StartUP Voucher oferece a oportunidade de, durante um ano, os vencedores do programa trabalharem nas suas ideias de negócio e, ao mesmo tempo, beneficiarem de apoio financeiros e mentoria. Os resultados das candidaturas já são conhecidos: 228 projetos aprovados, num total de 400 bolseiros.

Aos novos empreendedores vai ser disponibilizado um período de 12 meses de preparação do projeto empresarial, que inclui uma bolsa mensal e a mentoria prestada pela Rede Nacional de Mentores e serviços de incubação acreditados pelo IAPMEI.

No final, aos projetos que passem à concretização e resultem na constituição de uma empresa, será atribuído um prémio no valor de dois mil euros.

O StartUP Voucher 2018, uma iniciativa da da StartUP Portugal, abriu, pela primeira vez, a possibilidade de candidatura a projetos com impacto na região de Lisboa, para além de, à semelhança da edição anterior, englobar também as regiões Norte, Centro e Alentejo.

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“Organizações ficam mais sérias e velhas quando deixam de inovar”

A Lego Serious Play é uma ferramenta que facilita a comunicação, o pensamento e a resolução de problemas e, por isso, é já utilizada por várias organizações em todo o mundo.

Quem disse que os líderes, diretores ou gestores não podem brincar com Lego? “Nós não deixamos de brincar quando ficamos velhos, nós ficamos velhos quando deixamos de brincar. É também o que acontece nas organizações, elas ficam mais sérias e mais velhas quando deixam de inovar”, explica Bruno Horta Soares, leading executive advisor da IDC Portugal.

A intervenção de Horta Soares no IDC Directions 2018, no Centro de Congressos do Estoril, trouxe ao palco um conjunto de peças de lego e quatro convidados de empresas diferentes, que aceitaram o desafio. Qual é o desafio? Construir modelos e representações, através destas pequenas peças utilizadas por muitos na infância.

A Lego Serious Play é uma ferramenta que facilita a comunicação, o pensamento e a resolução de problemas e, por isso, é utilizada por várias organizações, “que quando têm perante si a necessidade de discutir sistemas complexos e estratégias, recorrem a este tipo de metodologia”.

"Achamos, muitas vezes, que o oposto de trabalhar é brincar e jogar, mas está errado”

Bruno Horta Soares

Leading executive advisor da IDC Portugal

Achamos, muitas vezes, que o oposto de trabalhar é brincar e jogar, mas está errado. O oposto de play é estar deprimido, estar insatisfeito”, afirma.

Pedro Faustino, da Axians, Bruno Horta Soares, da IDC, e Pedro Quintas, da CollabHenrique Casinhas / ECO

Esta metodologia assenta em quatro passos: o primeiro é a pergunta, o segundo é a construção, o terceiro passa pela explicação e, por último, vem a reflexão. Contudo, o mais importante neste processo é construir algo. “Não tenham reuniões com vocês próprios. Basta construir”, aconselhou aos convidados.

Assim sendo, o primeiro desafio lançado aos quatro convidados é apenas que construam uma torre. Seguidamente, o desafio já não é tão simples, trata-se de construir um modelo do que gostam mais nas suas organizações, depois um boneco que represente as fraquezas das suas empresas e, também, as forças positivas, e por aí fora. Depois de construído cada modelo, um a um, os quatro explicam porque construíram as modelos daquela forma e o que significam.

O objetivo é que consigam explicar, comunicar com os outros e, no final do exercício, refletir sobre tudo o que foi discutido.

Daniela Monteiro, da Porto Digital, Miguel Fontes, da Startup Portugal, Bruno Horta Soares, da IDC, e Pedro Faustino, da AxiansHenrique Casinhas / ECO

Entre as peças de lego, a brincar se foram dizendo coisas mais sérias. Para Miguel Fontes, uma das maiores dificuldades de fazer com que a transformação digital avance como gostaria está relacionada com a diversidade. “As pessoas não andam todas ao mesmo ritmo, nem têm todas o mesmo nível de adaptação”, diz.

Para resultar é preciso que haja “transparência e clareza”, além de “uma visão 360 graus que tenha em conta a cultura da diversidade”, acrescenta. Já Pedro Faustino prefere destacar o fator velocidade como algo “determinante” para o sucesso deste processo.

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Precários recusados no processo de regularização já tinham vínculo com o Estado

O primeiro-ministro pediu esclarecimentos quanto às discrepância e Vieira da Silva está pronto para responder. Precários não integrados já tinham vínculo com o Estado ou outras instituições.

António Costa quer apurar as razões que explicam a diferença entre o número de candidaturas recebidas no Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP) e os pareceres favoráveis dados até agora. O primeiro-ministro deu oito dias aos ministros das Finanças e do Trabalho para explicarem o que se passou. Vieira da Silva já tem, “naturalmente”, uma resposta para dar ao chefe do Executivo.

“Naturalmente que sim”, disse Vieira da Silva quando questionado pelos jornalistas sobre se tinha uma justificação para as discrepâncias sublinhadas por António Costa no último debate quinzenal. “Grande parte dos que concorreram ao PREVPAP e que viram os processos não aprovados tem a ver com pessoas que já têm contração permanente com o Estado ou com outras instituições e não se enquadravam no regime de regularização”, explicou o ministro do Trabalho, em declarações transmitidas pela RTP3.

Grande parte dos que concorreram ao Prevpap e que viram os processos não aprovados tem a ver com pessoas que já têm contração permanente com o Estado ou com outras instituições e não se enquadravam no regime de regularização.

Vieira da Silva

Ministro do Trabalho e da Segurança Social

O responsável sublinhou ainda que “o processo está muito avançado” e que a “resposta será dada nos próximos dias”.

Durante o debate quinzenal de 10 de outubro, o primeiro-ministro levantou dúvidas sobre “o número de pessoas que estão abrangidas pelo Prevpap e apresentaram requerimentos e o número de pessoas que os respetivos dirigentes consideraram como correspondendo a necessidades efetivas”. Entre os 33.478 requerimentos recebidos pelas comissões de avaliação bipartida de cada ministério, apenas 13.594 tiveram pareceres favoráveis até agora.

Para António Costa havia duas explicações possíveis: ou estão a ser rejeitadas pessoas que cumpriam o critério ou foram contratadas pessoas que não eram necessárias. Por isso, avançou o Público (acesso condicionado) esta sexta-feira, António Costa deu a Mário Centeno e Vieira da Silva um prazo de oito dias para perceber essa discrepância. Num despacho assinado a 11 de outubro, determinou que as deliberações das comissões de avaliação bipartida (CAB) sejam analisadas com detalhe.

Vieira da Silva sublinhou ainda que o seu objetivo é que “grande parte do processo” de regularização dos precários “esteja concluído em 2018”, mas a verdade é que o ministro já admitiu que o processo só vai ser concluído em 2019. A “inserção das pessoas ou situações mais complexas” pode “exigir que sejam definitivamente esclarecidas em 2019”, disse o ministro na conferência de imprensa de apresentação do orçamento do Ministério do Trabalho e da Segurança Social na quarta-feira.

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10 anos de Rock ‘n’ Law: veja aqui o vídeo

O Rock 'n' Law é já hoje, na Arena do Campo Pequeno, em Lisboa. São nove bandas em palco no evento cujos donativos irão para a luta contra a leucemia. Bilhetes podem ser comprados à porta do recinto.

Os bilhetes podem ser adquiridos à porta do recinto pelo valor de 20 euros cada.

 

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Estrangeiros compram 17 mil casas em Portugal. Mais de mil custaram acima de meio milhão

Não-residentes foram responsáveis por 11,5% do valor total das transações no ano passado. Franceses lideram as compras, seguidos pelos britânicos.

Basta andar na rua para ouvir cada vez mais línguas diferentes. São os estrangeiros que visitam o país, mas também muitos que escolheram Portugal para comprar casa. O INE revela que, só no ano passado, uma “fatia” relevante dos imóveis foi adquirida por não residentes. O número não chega aos de 2014, quando arrancaram os vistos gold, mas tem vindo a acelerar, sendo que o valor das casas compradas é, em média, 50% superior ao pago pelos portugueses.

Entre todas as casas transacionadas no país, em 2017, 7,7% foram para o nome de investidores não-residentes, que foram responsáveis por 11,5% do valor total das transações. Comparando com 2016, as vendas a estes investidores aumentaram 19,2% em número e 22,6% em valor transacionado, com os franceses a liderarem as compras pelo segundo ano consecutivo, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Venderam-se 226.617 imóveis no ano passado, sendo que 17.388 foram comprados por não residentes, mais 2.796 do que em 2016. O valor médio destes imóveis fixou-se em 160.407 euros no ano passado, quase 50% superior ao valor médio das transações globais (107.381 euros).

Vistos gold patrocinam compras

Dos 17.388 imóveis adquiridos por estrangeiros no ano passado, 6,8% (1.180) custaram 500 mil euros ou mais, tendo sido essencialmente a partir de 2013 que os imóveis com estes valores mais cresceram no país. Um ano depois, em 2014, “esse crescimento acentuou-se, principalmente em valor, passando estes imóveis a representar quase metade do valor total dos imóveis adquiridos por não residentes nesse ano”, altura em que, refere o INE, se iniciariam os vistos gold.

A liderar as compras mais caras estão os franceses, correspondendo a 19,6% do total no ano passado. Atrás está o Reino Unido (16,2%), o Brasil (6,9%), a China (6,3%) e a Suíça (5,5%).

Em termos de número de vendas, os franceses (cerca de 5.000 imóveis) e os britânicos (cerca de 2.600) continuam a ser os que mais compram, à frente dos suíços, dos alemães e dos belgas. Nos últimos seis anos, refere o INE, “mais de 19.000 imóveis no país foram vendidos a franceses”, um número que é, em parte, “influenciado pelas aquisições de móveis efetuadas pelos emigrantes portugueses e descendentes radicados em França”.

Algarve no topo das preferências

A maioria dos imóveis adquiridos por não-residentes situa-se no Algarve (40,9%) e na área metropolitana de Lisboa (8%). Dos 226.617 imóveis transacionados no país no ano passado, 29,7% estavam na zona Norte. Em termos de valor transacionado, a área metropolitana de Lisboa viu serem vendidos 49,8% do total, à frente da região norte (20,3%).

É novamente na área metropolitana de Lisboa e no Algarve que se situam os valores médios mais elevados, com 212,927 euros e 143,592 euros, respetivamente. Valores que ficam acima da média nacional (107,381 euros).

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Juros da casa continuam a subir. Tocam máximos de dois anos

Enquanto a taxa implícita da totalidade dos créditos aumentou, os juros dos novos empréstimos para a casa registaram uma queda acentuada.

As taxas implícitas nos créditos à habitação voltaram a subir, pelo terceiro mês consecutivo. Avançaram, em setembro, para os 1,043%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Estão em máximos de dois anos, enquanto os juros dos novos empréstimos recuaram.

Depois de chegar aos 1,039% no mês anterior, a taxa implícita nos empréstimos para a compra de casa aumentou 0,4 pontos base, atingindo, assim, o nível mais elevado desde setembro de 2016.

Apesar da subida da taxa, a prestação média vencida manteve-se em 242 euros numa altura em que o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos de crédito à habitação aumentou 89 euros, fixando-se nos 52.173 euros.

Evolução dos juros da casa nos últimos três anos

Enquanto a taxa implícita para a globalidade dos créditos à habitação agravou-se, a aplicada nos novos empréstimos apresentou uma evolução completamente distinta, registando uma quebra acentuada. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa diminuiu 5,4 pontos base no mês em análise, para 1,444%.

A tendência é explicada através da “guerra” que existe entre os bancos pelo crédito à habitação, uma luta “taco a taco” no sentido de aumentar a concessão de financiamento para, assim, aumentarem a rentabilidade dos seus negócios.

Esta “guerra” pelo crédito à habitação faz com que os bancos desçam os spreads, num momento em que as taxas utilizadas como indexante, as Euribor, se mantêm praticamente inalteradas, tendo em conta que só no final de 2019 é que o Banco Central Europeu (BCE) poderá começar a subir a taxa de juro de referência.

Atualmente já há bancos com spreads de 1% para a compra de casa. O Bankinter colocou recentemente a margem mínima neste patamar, sendo que o Banco CTT resolveu, depois, aproximar-se desta oferta com uma taxa de 1,1%. A maioria dos bancos tem spreads mínimos até 1,5%.

(Notícia atualizada com mais informação às 11H45)

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Combustíveis voltam a descer na próxima semana. Gasóleo baixa dois cêntimos

Na próxima semana vai ficar mais barato encher o depósito do seu carro. Gasóleo desce dois cêntimos por litro e a gasolina 1,5 cêntimos.

O preço dos combustíveis vai voltar a descer na próxima semana, por isso se precisa de abastecer deixe passar o fim de semana. O litro do gasóleo desce dois cêntimos e o da gasolina 1,5 cêntimos, revelou ao ECO fonte do setor. Os combustíveis seguem assim a tendência de queda que já se verificou na semana passada.

Depois de os combustíveis terem atingido máximos de mais de três anos, no início de outubro, os preços estão agora em correção. Ao contrário do que se verificou esta semana, esta semana a descida será mais significativa ao nível do gasóleo.

Tendo em conta os dados oficiais da Direção-Geral de Energia, o litro de gasóleo passará a custar 1,415 euros por litro, a maior descida desde fevereiro, e a gasolina simples 95 octanas descerá para 1,583 euros por litro. De sublinhar que a descida da gasolina registada a semana passada foi a maior desde janeiro de 2016.

A evolução dos preços dos combustíveis tem por base o comportamento do barril de petróleo e produtos derivados nos mercados internacionais. O Brent, negociado em Londres, regista esta sexta-feira uma ligeira subida para os 80,05 dólares por barril, mas no computo geral da semana, o Brent deverá fechar com uma queda de 1%, de acordo com a Reuters. Uma queda que acompanha a tendência nos Estados Unidos, onde a quebra na semana é mais acentuada (3,5%) e será já a segunda consecutiva. Em causa estão as tensões geradas pela guerra comercial que ameaçam abrandar a atividade económica. O aumento dos stocks nos Estados Unidos, revelado esta semana, é um indício disso mesmo.

(Notícia atualizada)

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Ordem dos Advogados quer esclarecer sorteio de processos

O presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins, solicitou reunião ao presidente do Instituto de Gestão Financeira e dos Equipamentos da Justiça (IGFEJ).

No seguimento das dúvidas sobre a aleatoriedade dos sorteios de processos no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), suscitadas pelo juiz Carlos Alexandre, o Presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins, solicitou uma audiência com caráter de urgência ao presidente do Instituto de Gestão Financeira e dos Equipamentos da Justiça (IGFEJ), entidade que gere o sistema informático dos tribunais.

As dúvidas sobre o sistema de sorteio eletrónico dos processos foram suscitadas no âmbito do sorteio do juiz de instrução do caso Operação Marquês, tendo a entrevista dada à RTP pelo magistrado levado o Conselho Superior da Magistratura (CSM) a abrir um inquérito ao magistrado para apurar a “gravidade das declarações”.

O presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados (OA) pretende clarificar junto do IGFEJ várias questões, designadamente a de saber qual a entidade que desenvolveu o algoritmo de distribuição de processos nos juízos criminais.

“Quais os critérios que fundam o algoritmo de distribuição em apreço? O número de processos anteriormente distribuídos a cada um dos magistrados é um dos critérios em que se funda o algoritmo? Este algoritmo é utilizado na distribuição de todos os processos nos Tribunais ou é aplicado apenas no TCIC?” são algumas das perguntas que António Jaime Martins pretende que sejam esclarecidas, por forma a “restaurar um clima de normalidade e de confiança no sistema de justiça”.

O dirigente da Ordem dos Advogados considera ainda necessário esclarecer se o algoritmo utilizado sofreu alguma alteração recente no que diz respeito aos critérios em que se funda e se o algoritmo foi previamente validado pelo Conselho Superior da Magistratura e/ou pela Procuradoria Geral da República.

“Entende o Conselho Regional de Lisboa da OA que estas, bem como outras questões que, entretanto, possam ser identificadas, são essenciais para o cabal esclarecimento do público em geral e da comunidade judiciária em particular, em especial, dos advogados com processos distribuídos ou a distribuir nos juízos criminais”, explica António Jaime Martins.

Recorde-se que a Operação Marquês tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, que está acusado de 31 crimes. O inquérito deste processo resultou na acusação de 28 arguidos — 19 pessoas (entre as quais o ex-ministro Armando Vara e o banqueiro Ricardo Salgado) e nove empresas — e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes económicos e financeiros.

Esta nova fase de instrução é uma fase processual, meramente facultativa. Na prática consiste numa espécie de “pré-julgamento”, isto é, visa confirmar ou não os indícios recolhidos na fase de investigação e pode ser requerida pelos arguidos como forma de tentar impedir que cheguem a julgamento. Poderá, por isso, resultar no fim do processo, caso Ivo Rosa decida dar razão às defesas e não seguir para a próxima fase.

Perante este cenário, o juiz Ivo Rosa ficará agora em exclusividade para a instrução de dois processos no Tribunal Central de Instrução Criminal que tem em mãos, que vigorará até que sejam proferidas as respetivas decisões instrutórias.

Dos 28 arguidos houve 13 a pedirem a abertura desta fase, entre eles José Sócrates, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Hélder Bataglia e Carlos Santos Silva.

Apenas Ricardo Salgado não requereu seguir para instrução. Os advogados do ex-banqueiro defenderam que o arguido “não pretende sujeitar-se ao risco de se submeter a este cenário”.

 

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Bruxelas incendeia juros da dívida italiana. Contagia periferia

Comissão Europeia enviou uma carta a Roma com um selo de chumbo ao orçamento, adensando a crise orçamental em Itália. Escalada dos juros italianos contagia periferia.

Com Bruxelas e Roma às turras por causa do orçamento italiano, os juros da dívida pública da Itália voltam a estar sob pressão nos mercados internacionais, atingindo máximos de mais de quatro anos. A taxa a 10 anos italiana está prestes a superar a fasquia psicológica dos 4% e o contágio está a propagar-se aos periféricos como Portugal e Espanha.

Apenas os juros alemães resistiam à nova vaga vendedora nos mercados obrigacionistas, reforçando o estatuto de ativo seguro em tempos de incerteza. Mas o mesmo não podem dizer Portugal nem Espanha, que até agora têm revelado alguma estabilidade face à crise orçamental italiana. A taxa de juro da dívida 10 anos portuguesa soma esta manhã cinco pontos base para 2,093%. Do outro lado da fronteira, as yields a 10 anos sobem sete pontos para 1,8%.

Mas Itália é mesmo a fonte de toda a instabilidade. Os juros da dívida estão a avançar para 3,75%, o valor mais elevado desde fevereiro de 2014, e aproximam-se a passos largos da barreira psicológica dos 4%. A bolsa de Milão perde mais de 1%, enquanto o Stoxx 600 recua 1,06%. Em Lisboa, o PSI-20 cai 0,59%.

Fonte: Reuters

Tal como era esperado, a Comissão Europeia não vai deixar passar o orçamento apresentado pelo governo do país, tendo considerado que se trata de uma proposta “sem precedentes” no que toca à violação das regras orçamentais comunitárias. As autoridades europeias enviaram uma carta a Roma com um aviso formal que deverá levar a Bruxelas a rejeitar a proposta até final do mês.

“A carta foi mais pronunciada do que o habitual. Descreve que o orçamento como um “desvio óbvio” em relação aos anteriores compromissos, numa escala sem precedentes”, refere o analista Jim Reid do Deutsche Bank numa nota citada pela Reuters.

“Deveremos ver as coisas a escalarem na próxima semana tendo em conta estas tensões, uma reunião do Banco Centra Europeu que deverá ter pouca simpatia com Itália e também ações das agências de rating“, acrescentou.

A Standard & Poor’s vai rever a notação da dívida italiana na sexta-feira da próxima semana, enquanto a Moody’s fará a sua avaliação da situação no final do mês.

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Sofia Justino lança consultora para mercado da advocacia

Sofia Justino, responsável pelas áreas de Comunicação da Miranda até ao final de maio, acaba de lançar a sua própria consultora direcionada para a advocacia de negócios.

Sofia Justino, responsável pelas áreas de Comunicação e Relações Públicas da Miranda & Associados até ao final do passado mês de maio, acaba de lançar a sua própria consultora. Um projeto direcionado para o setor da advocacia de negócios, cuja identidade corporativa e website foram desenvolvidos pela agência Lisbon Project.

A Sofia Justino Consulting, apresentada publicamente no passado dia 12 de outubro, em Lisboa, foi criada com o objetivo de auxiliar as sociedades de advogados que atuam no mercado português – nomeadamente de pequena e média dimensão -, a alcançarem uma notoriedade relevante junto do seu público-alvo, através da operacionalização de um conjunto de ações integradas, adaptadas aos seus interesses e necessidades específicas.

De acordo com Sofia Justino, “a criação da Sofia Justino Consulting é um sonho tornado realidade. Trata-se de um projeto pioneiro no mercado português, assente na minha experiência, que pretende dar resposta a um conjunto de necessidades típicas de quem começa agora a colocar a Comunicação, o Marketing e as Relações Públicas na sua agenda estratégica”. E acrescenta: “ter trabalhado 14 anos numa sociedade de advogados de grande dimensão faz toda a diferença! A advocacia é um setor de atividade muito específico, com inúmeras particularidades, e só quem o conhece por dentro é verdadeiramente capaz de o entender e de o comunicar. Por essa razão, estou convencida que os nossos serviços podem, com o tempo, trazer um significativo valor acrescentado para os nossos clientes”. Sofia Justino conclui, afirmando: “A Comunicação, o Marketing e as Relações Públicas são, cada vez mais, instrumentos incontornáveis na promoção da atividade de qualquer organização. As sociedades de advogados não fogem à regra. No entanto, é importante ter em linha de conta os limites e constrangimentos que a própria profissão impõe, sob pena de se pôr em perigo a própria sobrevivência. Não vale tudo!”.

Para além dos serviços de assessoria de imprensa, media training, comunicação interna, gestão de redes sociais, desenvolvimento de websites, marketing digital, branding e produção gráfica, organização de eventos, publicidade e patrocínios e relações públicas, a consultora disponibiliza ainda ações de formação especialmente dirigidas a Sócios e Associados com funções de coordenação ao nível da Comunicação, do Marketing e das Relações Públicas, bem como a todos os profissionais destas áreas que já integram, ou pensam vir a integrar num futuro próximo, este setor de atividade.

Sofia Justino, 43 anos, é Mestre em Ciências da Comunicação (Comunicação e Liderança) pela Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa – Escola de Lisboa (2011) e autora da primeira Tese de Mestrado sobre sociedades de advogados alguma vez publicada em Portugal. Licenciada em Design pelo IADE (1997), possui ainda uma pós-graduação em Comunicação e Imagem pela mesma Instituição de Ensino Superior (2002). O seu percurso profissional teve início em 1997, ano em que integrou o Departamento de Comunicação da IBM Portugal. Em 2003 ingressou na Singapour (atual Dadavox) – agência de comunicação especializada em TI’s, onde exerceu funções de Account Executive. Entre 2004 e 2018 representou a Miranda & Associados. É, desde 2012, membro da Comissão Diretiva do Legal Management Network Portugal.

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