BE avisa que negociação de aumentos salariais “tem de ser protegida”

No dia em que decorrem as negociações entre os sindicatos da Função Pública e o Governo, o BE deixa um recado ao PCP. Comunistas anunciaram na quinta-feira algumas medidas do OE.

O Bloco de Esquerda considera que as negociações do Orçamento do Estado para 2019 ainda não terminaram e que até segunda-feira, quando o Governo entregar o documento na Assembleia da República, vai haver conversações. Depois do anúncio do PCP, que na quinta-feira deu como fechados alguns dossiers relevantes do próximo Orçamento, Mariana Mortágua recusa, em declarações ao ECO, que se “fechem negociações orçamentais antes de medir o pulso à negociação da Função Pública”.

O Governo está reunido esta tarde com os sindicatos da Função Pública antes da apresentação da proposta do Orçamento do Estado. Segundo o dirigente da Fesap José Abraão, que falou com os jornalistas após o encontro no Ministério das Finanças, ainda não foi desta que apresentou uma proposta concreta sobre como distribuir os 50 milhões de euros que disponibilizou para aumentos dos funcionários públicos.

Um dia antes, o PCP anunciou aos jornalistas que já tinha fechado com o Governo a descida do preço da luz, o aumento extraordinário das pensões de dez euros já em janeiro, o alargamento da gratuitidade dos manuais escolares até ao 12.º ano de escolaridade e o alívio de cortes para pensionistas com 63 anos.

“As negociações ainda decorrem. Há dossiers que ainda estão abertos, como a energia, as pensões antecipadas, nomeadamente avanços ao nível do calendário”, disse Mariana Mortágua.

A deputada bloquista acrescenta que estas negociações exigem “especial cuidado” e rejeita que se “fechem negociações orçamentais antes de medir o pulso à negociação na Função Pública“. “Existe uma negociação a decorrer com sindicatos que tem de ser protegida.”

Em setembro, o Bloco anunciou uma medida como praticamente certa para o Orçamento do Estado. “Parece-nos ter todas as condições para ser aprovada no próximo Orçamento do Estado. É uma medida que o Bloco de Esquerda vem a negociar desde maio com o Governo”, disse Catarina Martins, referindo-se à criação de uma taxa para travar a especulação imobiliária.

António Costa deixou cair a medida. O Bloco não desistiu dela, mas ao que o ECO apurou não voltou a fazer parte dos assuntos à mesa das negociações.

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Sonae traz bolsa portuguesa de volta aos ganhos. Sobe mais de 5% depois de cancelar OPV

Lisboa regressou aos ganhos com o desempenho positivo da dona do Continente. A Sonae disparou mais de 5% após o fracasso da OPV da Sonae MC.

A Sonae trouxe a bolsa portuguesa de volta aos ganhos, ao valorizar mais de 5% depois de desistir da oferta pública de venda (OPV) da Sonae MC. Na última sessão da semana, Lisboa terminou no verde, recuperando de mínimos de um ano e meio.

O índice de referência nacional, o PSI-20, terminou a sessão a subir 0,25% para os 5.006,81 pontos. Das 18 cotadas, dez subiram e oito desceram. Apesar de a Sonae puxar pela bolsa, a Galp Energia impediu ganhos mais pronunciados.

A dona do Continente liderou os ganhos, ao valorizar 5,19% para os 0,87 euros, enquanto a Sonae Capital subiu 3,06% para 74,20 cêntimos. Este desempenho acontece depois de, na quinta-feira, o grupo ter decidido cancelar a OPV a decorrer. A empresa deu, assim, um passo atrás na dispersão do capital da empresa de retalho, justificando-o com a tensão nos mercados.

Nas perdas destacou-se a Galp Energia, que derrapou 1,26% para os 15,65 euros, e a EDP, que recuou 0,88% para os 3,05 euros. Também as papeleiras Navigator e Semapa terminaram no vermelho, enquanto a Altri conseguiu fechar a sessão com ganhos de 3,62%.

Lisboa escapa desta forma à tendência negativa que se sentiu na generalidade das praças europeias. O índice de referência Stoxx 600 caiu 0,1%, o espanhol IBEX 35 recuou 1,1%, e o alemão DAX fechou a descer 0,2%.

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Portugal volta ao mercado logo após o OE. Quer até 1.250 milhões

Portugal vai voltar ao mercado de dívida na próxima semana, após a apresentação da proposta de Orçamento do Estado. Vai emitir dívida de curto prazo com a qual pretende obter 1.250 milhões.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida na próxima semana. Após a decisão da Moody’s, mas também no rescaldo da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2019, o IGCP vai realizar um duplo leilão de dívida de curto prazo com o qual pretende obter um financiamento até 1.250 milhões de euros.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 17 de outubro pelas 10h30 horas dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro com maturidades em 18 de janeiro de 2019 e 20 de setembro de 2019”, refere a agência liderada por Cristina Casalinho. Com estes títulos, o IGCP pretende obter entre 1.000 milhões e 1.250 milhões.

Este leilão de dívida de curto prazo segue-se a um outro de obrigações do Tesouro, a dez anos, realizado esta semana, em que Portugal acabou por pagar uma taxa mais elevada. Para obter pouco mais de 700 milhões de euros, o Estado teve de pagar quase 2%.

Este regresso ao mercado surge depois da revisão do rating por parte da Moody’s, que pode elevar a notação financeira do país, retirando-a de “lixo”.

E acontece também dias depois de ser conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2019. O Governo vai entregar na segunda-feira, dia 15 de outubro, o documento na Assembleia da República.

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Sacos de plástico ficam 50% mais caros. Orçamento eleva preço para 12 cêntimos

  • Lusa
  • 12 Outubro 2018

No próximo ano, o preço dos sacos de plástico vai aumentar de oito para 12 cêntimos. A medida foi proposta pelo PAN e constará do Orçamento do Estado para 2019.

O preço dos sacos de plástico vai aumentar de oito para 12 cêntimos. A medida constará da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2019, segundo o PAN.

O deputado do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), André Silva, adiantou, esta sexta-feira, à Lusa que o Governo vai inscrever pela primeira vez quatro medidas do partido na proposta de Orçamento do Estado que será entregue na Assembleia da República na próxima segunda-feira.

“Há claramente uma diferença este ano relativamente aos outros anos, nós nunca conseguimos ter nenhuma medida inscrita no OE na generalidade, na proposta original, há claramente aqui um movimento do PS de aproximação aquelas que são as posições do PAN”, enfatizou.

Uma das medidas que o PAN diz que será inscrita da proposta do Governo é “um aumento da contribuição sobre os sacos de plástico leves de oito cêntimos para 12 cêntimos”, referindo que o objetivo é a redução do consumo de sacos de plástico no país.

O deputado destacou ainda uma outra medida na área da inclusão social e que pretende dar prioridade ao apoio de projetos de entidades que fazem formação a cães de guia e a cães de assistência.

“Uma medida que vai dar resposta a centenas de pessoas que estão em lista de espera para adquirir um animal destes que tem um custo de 15 a 20.000 euros. Trata-se de pessoas com doenças como a diabetes, epilepsia, pessoas cegas, com dificuldades motoras ou crianças com autismo”. Para o PAN, o mais importante é “dar autonomia às pessoas em vez do habitual subsídio”.

Em último lugar, uma medida é considerada pelo PAN como de “justiça tributária”. Trata-se de “pôr fim à isenção da taxa de IVA para os artistas tauromáquicos quando todos os prestadores de serviços pagam IVA”.

O deputado não quis adiantar o sentido de voto do PAN, mas sublinhou que “ao acolher quatro medidas, há aqui uma diferença relativamente aos outros anos o que demonstra uma aproximação e uma preocupação com posições mais éticas e de inclusão que não são apenas do PAN mas de muitos milhares de pessoas”.

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Marcelo defende que não há cidadãos “de 1ª, 2ª ou 3ª no combate à corrupção”

O Chefe de Estado falava na tomada de posse da nova PGR, Lucília Gago, assumindo que os poderosos "no domínio da economia, da política e do desporto" devem ser "igualmente tratados".

Para Marcelo Rebelo de Sousa, uma das prioridades nacionais tem de continuar a ser “o combate à corrupção sem medos, hesitações ou ambiguidades e que a todos chegará”. O Presidente da República falava na tomada de posse da nova titular da investigação criminal, Lucília Gago, admitindo que “não há cidadãos de primeira, de segunda ou de terceira”. Todos, quer no domínio “económico, social, político ou mesmo desportivo” devem ser “igualmente tratados, incluindo os mais poderosos”. Marcelo Rebelo de Sousa assume que “quem mais pode, mais responsável deve ser, não menos”. Relembrar que estão em curso processos como a Operação Marquês – que envolve o ex-primeiro ministro José Sócrates – ou o E-Toupeira, que envolve a administração da SAD do Benfica.

E relembra: “o Ministério Público é uma instituição autónoma e essa é sempre uma lição que relembramos quer cá dentro, quer cá fora”.

Marcelo disse ainda que a nova procuradora-geral da República, Lucília Gago, tem condições para “projetar e enriquecer” nos seis anos em que estiver no cargo “o marcante legado” da sua antecessora, Joana Marques Vidal.

“Se alguém distraído, equivocado ou persuadido de que há espaço para a impunidade, pensa que a passagem de testemunho, nesta como em qualquer outra instituição da justiça, implica alterações de valores e de princípios, desengane-se”, acrescentou.

Na cerimónia, que decorreu no Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado insistiu que o titular “deste cargo deve exercer um mandato único e disse que Lucília Gago irá, em nome dos portugueses, servir por seis anos o interesse nacional”.

O Presidente da República afirmou ainda que se desengane quem pensa que os valores mudam com as passagens de testemunho institucionais, defendendo que a justiça não é travada nem se deixa usar em campanhas pessoais ou políticas. “Assim como não há justiça que aceite ser usada em campanhas pessoais ou políticas, não há também campanhas pessoais ou políticas que paralisem, travem ou condicionem a justiça que deva ser feita. É o próprio Estado de direito, é a própria democracia, é a própria Constituição que o impõe”, declarou.

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Governo recua. Faseamento das progressões da Função Pública não passa de 2019

  • Marta Santos Silva
  • 12 Outubro 2018

Centeno não apresentou nenhuma proposta concreta para aumentos salariais: estes serão negociados no próximo Conselho de Ministros. Mas o contestado faseamento até 2020 já não se irá concretizar.

O Ministério das Finanças ainda não apresentou, na quarta reunião com o sindicato da Administração Pública Fesap, qualquer proposta concreta para aumentos salariais aos trabalhadores do Estado. No entanto, recuou na proposta de fasear o pagamento das progressões na carreira de 2019 até 2020: afinal, os pagamentos ficarão dentro do último ano desta legislatura como exigiam os sindicatos.

À saída da reunião na qual esteve presente Mário Centeno, o dirigente da Fesap José Abraão disse aos jornalistas que não tinha havido novidades relativamente ao tema dos aumentos salariais. Helena Rodrigues, que reuniu com a tutela a seguir enquanto representante do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), concordou que a reunião terminou sem “nada em cima da mesa para mostrar aos trabalhadores”.

Os cenários apresentados originalmente pelo Governo manter-se-ão e deverão ser discutidos este sábado em Conselho de Ministros, sem que nenhuma tenha sido favorecida pelo ministro da tutela na reunião. Torna-se agora claro que as organizações sindicais não receberão uma proposta concreta antes da apresentação do Orçamento do Estado no Parlamento, na segunda-feira. Ficou no ar, porém, a possibilidade de uma nova reunião negocial com os sindicatos na próxima semana.

A principal novidade da reunião entre a Fesap e a tutela é a de que as progressões que sejam viabilizadas a partir de 1 de janeiro de 2019 já não verão o seu reflexo nos salários dos trabalhadores faseado até 2020. Tal como exigiam os sindicatos, o Governo recuou nesta nova proposta de faseamento, prevendo que a atualização salarial referente à progressão só seja faseada até ao final de 2019.

No entanto, relativamente às outras exigências da Fesap, não terá havido propostas concretas. O ministro das Finanças, disse José Abraão, “teve um discurso focado em tentar justificar o esforço que o Governo está a fazer” para tentar satisfazer as reivindicações dos funcionários públicos. Helena Rodrigues acrescentou que o ministro não referiu valores de aumentos. “Não tivemos nada na perspetiva de um 2019 com qualquer aumento, nem de salários, nem de pensões — só sabemos o que surge na comunicação social”, completou.

Abraão reforçou que a Fesap, membro da UGT, já entregou um pré-aviso de greve para o final do mês, e que poderá avançar para greve se não surgirem propostas que satisfaçam o que consideram ser possível fazer com as contas públicas atuais. Helena Rodrigues afirmou que o STE também se irá juntar a esta greve, prevista para o dia 26 de outubro, que também conta com a Frente Comum, sindicato dirigido por Ana Avoila e pertencente à CGTP.

Notícia atualizada às 17:00 com as declarações de Helena Rodrigues, do STE.

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Nova PGR mantém confiança em Amadeu Guerra no DCIAP e justifica decisão com trabalho desenvolvido na Operação Marquês

Lucília Gago tomou posse, hoje, na Procuradoria-Geral da República. Começa agora um mandato de seis anos à frente dos destinos do Ministério Público. Sucede a Joana Marques Vidal.

A nova Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, mantém a confiança no atual diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, pegando no processo da “Operação Marquês” para justificar essa confiança.

A nova líder da investigação criminal tomou posse esta sexta-feira, no Palácio de Belém, perante Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa. Lucília Gago apelida o trabalho do DCIAP no caso que envolve José Sócrates “bem ilustrativo dos níveis de exigência e qualidade do trabalho desenvolvido”, sendo plena “a confiança que deposito em Amadeu Guerra”. O mandato do líder do DCIAP terminaria em março de 2019 e falava-se na hipótese de não recondução dessa mandato, à semelhança do que aconteceu com Joana Marques Vidal.

Numa clara mensagem subliminar, a nova chefe do Ministério Público admite que “o perfil do Procurador-Geral da República suscita na sociedade uma enorme expectativa, que, não raras vezes, o encara como único responsável pelos sucessos e insucessos do Ministério Público e mesmo da própria Justiça”.

Ainda sobre o combate aos crimes económico-financeiros, a nova PGR lembrou a necessidade de mais meios técnicos e humanos, nomeadamente ao nível das perícias informáticas e contabilísticas-financeiras, e de um incremento da capacidade de resposta das entidades especializadas, entre as quais a Polícia Judiciária.

O fenómeno da cibercriminalidade foi igualmente abordado no discurso, tendo Lucília Gago apelado a uma “mais estreita articulação do Ministério Público com a Unidade Nacional de Combate ao cibercrime e criminalidade tecnológica da PJ.

O discurso aludiu também à celeridade processual, já que “uma justiça pronta e eficaz” e “a exigência de cidadania” necessitam, em seu entender, de mais meios humanos e técnicos.

Para Lucília Gago, de 62 anos, o mérito do desempenho do PGR “não lhe deve ser exclusivamente imputado, mas antes a todos os órgãos e agentes do Ministério Público cuja prestação tecnicamente irrepreensível concertada e leal é decisiva para levar a bom porto as atribuições que incumbem a esta magistratura”.

A nova PGR mostrou-se, contudo, ciente de que será alvo do “permanente escrutínio público” na função que agora inicia.

A articulação do MP com os órgãos de polícia criminal numa “cooperação sã e leal”, a promoção dos direitos e a proteção das crianças e dos jovens que é “um desiderato fulcral da atividade do Ministério Público”, e a necessidade de “redobrados esforços” para combater “o fenómeno alarmante da violência doméstica”, tiveram também destaque no discurso da procuradora-geral da República.

Lucília Gago é a segunda magistrada da área da família e menores a dirigir o MP, tendo sido, até agora, responsável pelo gabinete de coordenação dos magistrados do Ministério Público para a área da Família, da Criança e do Jovem, depois de ter sido diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

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Governo reúne-se sábado em Conselho de Ministros às 11h00

  • Lusa
  • 12 Outubro 2018

Governo vai debater a proposta de Orçamento do Estado para 2019. Documento chega ao Parlamento segunda-feira.

O Governo reúne-se no sábado, a partir das 11h00, para debater a proposta de Orçamento do Estado para 2019, documento que será entregue no parlamento na segunda-feira, disse à Lusa fonte oficial do executivo.

Na passada terça-feira, ao abrigo do estatuto da oposição, o ministro das Finanças, Mário Centeno, recebeu os partidos com representação parlamentar e comunicou-lhes o cenário macroeconómico previsto pelo Governo para o próximo ano.

A proposta do Governo de Orçamento do Estado prevê em 2019 um crescimento de 2,2%, um défice de 0,2%, um desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 117% do Produto Interno Bruto.

Na Assembleia da República, a proposta orçamental do Governo será discutida e votada na generalidade nos próximos dias 29 e 30. A votação final global está agendada para 29 de novembro.

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Ministro garante que Carlos Pereira “é uma pessoa preparada para o lugar” na ERSE

CDS e PCP chamaram o ministro da Economia ao Parlamento. Caldeira Cabral terá de responder às perguntas dos deputados e justificar a nomeação de um deputado do PS para vogal do regulador da energia.

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia.Paula Nunes/ECO

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, responde esta sexta-feira às perguntas dos deputados da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas. Em causa está a nomeação pelo Governo de um deputado do PS, Carlos Pereira, ex-presidente do PS Madeira, para o cargo de vogal da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), uma notícia avançada pelo ECO em primeira mão. A audição foi convocada pelo CDS e pelo PCP, numa altura em que o nome de já mereceu validação da CReSAP. Acompanhe em direto.

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Administração da RTP nomeia Maria Flor Pedroso para diretora de informação

  • Lusa
  • 12 Outubro 2018

Maria Flor Pedroso substitui Paulo Dentinho na direção de informação do canal público.

O Conselho de Administração da RTP anunciou esta sexta-feira que nomeou a jornalista Maria Flor Pedroso para o cargo de diretora de informação da RTP, substituindo Paulo Dentinho.

“O diretor de informação da RTP colocou o seu lugar à disposição do Conselho de Administração” e o órgão liderado por Gonçalo Reis “decidiu aceitar a disponibilidade e substituir Paulo Dentinho como diretor de informação da RTP”, refere a empresa em comunicado.

“O Conselho de Administração da RTP decidiu nomear a jornalista Maria Flor Pedroso para o cargo de diretora de informação de televisão da RTP, tendo iniciado o processo formal de recolha de pareceres junto da ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] e do Conselho de Redação da RTP“, conclui.

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Gestores querem menos carga fiscal e mudanças no IRC, segundo barómetro Kaizen

  • Lusa
  • 12 Outubro 2018

Os administradores “consideram que a redução da carga fiscal das empresas deve ser a medida prioritária do Orçamento do Estado para 2019". Ao mesmo tempo, defendem a alteração do atual código de IRC.

Os administradores e presidentes das médias e grandes empresas consideram que uma redução da carga fiscal e alterações ao código do IRC devem ser prioridades no Orçamento do Estado, segundo os resultados do barómetro Kaizen.

Assim, segundo um comunicado do Kaizen Institute, que levou a cabo um inquérito a mais de 190 gestores, estes “consideram que a redução da carga fiscal das empresas deve ser a medida prioritária do Orçamento do Estado para 2019 [OE2019]. Paralelamente, defendem a alteração do atual código de IRC como o melhor instrumento para a promoção da competitividade nacional e internacional”.

A multinacional detalhou ainda que 46% dos gestores consideram que a medida mais importante do OE2019 é a redução da carga fiscal, “seguindo-se o reforço do investimento em saúde, educação e transportes públicos (28%), e a redução de impostos para os consumidores (20%)”, referiu o instituto.

66% [dos inquiridos] considera também que, do ponto de vista da política fiscal, o melhor instrumento para a promoção da competitividade nacional e internacional é a alteração do atual código de IRC, já que se trata de um potencial obstáculo ao IDE [Investimento Direto Estrangeiro], afetando as decisões de investidores estrangeiros”, salientou o Kaizen.

Os gestores foram também questionados sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que 56% dos inquiridos “acredita que as previsões do Banco de Portugal entre este ano e 2020 vão ser cumpridas”, referiu o Kaizen.

No que diz respeito a ameaças à economia nacional, os gestores destacaram “os fatores externos (34%), a redução lenta da dívida pública (26%) e o aumento do endividamento das famílias (15%)”, adiantou o comunicado.

Entre os gestores que participaram no barómetro, metade não pensa expandir as operações dos seus negócios para outros mercados. Mas, num prazo a três anos, “destacam-se as perspetivas de crescimento das empresas até dez por cento (46%) e entre dez e 25 por cento (38%)”, segundo o Kaizen.

O mesmo relatório referiu que houve uma ligeira queda na confiança dos administradores das sociedades, “tendo o grau de confiança na economia nacional descido para os 12,8 valores, comparativamente com os 13,2 de fevereiro de 2018”.

As organizações geridas pelos administradores inquiridos consideram ainda que a melhor forma de reter os quadros mais qualificados “passa por apresentar perspetivas de carreira com pacotes de incentivos e evolução salarial (47%)”, lê-se no comunicado.

Os administradores foram ainda questionados sobre assuntos da atualidade, sendo que 73% defende “a continuidade de Joana Marques Vidal no cargo de Procuradora-Geral da República” e concorda que, no que diz respeito aos objetivos de “descarbonização em Portugal, deve ser reforçada a aposta em transportes públicos de qualidade e de ampla cobertura (42%)”.

O barómetro económico Kaizen resulta de um inquérito realizado a mais de 190 administradores e presidentes executivos de médias e grandes empresas, públicas e privadas, que operam em Portugal. Estas sociedades representam mais de 30% do PIB em setores como a indústria, serviços, saúde, logística e retalho.

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Aumento extra nas pensões custa mais 26 milhões de euros

Em 2017 e 2018, os aumentos extra nas pensões chegaram só em agosto. No entanto, quem se reformou a partir desse mês ficou penalizado. O BE quer compensar estas pessoas no próximo ano.

O Bloco de Esquerda está a negociar com o Governo uma compensação para os pensionistas que em 2017 e em 2018 se reformaram a partir de agosto e que não beneficiaram do aumento extraordinário que garantiu uma subida total da pensão de 10 euros em cada um desses anos. A medida ainda não é dada como fechada, mas no partido liderado por Catarina Martins fala-se em pré-acordo. O impacto orçamental desta compensação está avaliado em 26 milhões de euros, sabe o ECO.

Na quinta-feira à noite, a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua disse na SIC Notícias que há um “problema nas pensões extraordinárias. Quem pedisse a reforma depois de agosto e tivesse direito à pensão mínima ficava de fora do aumento extraordinário”. “Esta era uma forma de reduzir o custo da medida”, justificou.

Por isso, estamos a “negociar uma medida compensatória para todas as pensões que não tiverem aumento extraordinário”.

Nos últimos dois anos, as pensões tiveram aumentos faseados. Em janeiro beneficiavam da atualização prevista da lei e em agosto tinham um acréscimo sempre que a primeira subida não atingia os 10 euros.

Mas quem se reformou a partir de agosto de cada um desses anos já não beneficiou deste acréscimo suplementar.

Este dossiê esteve na mesa das negociações para o próximo Orçamento do Estado para 2019. Ainda não é dado como fechado, mas fonte do Bloco considera que a medida estava bastante consolidada, referindo até um pré-acordo sobre o assunto.

Em cima da mesma está um impacto orçamental estimado em 26 milhões de euros. De acordo com o Orçamento do Estado de 2018, a atualização extraordinária das pensões custou 79 milhões de euros em 2017 e 154 milhões de euros em 2018. Com a compensação que agora está em cima da mesa, o impacto orçamental sobe para 259 milhões de euros.

O PCP anunciou quinta-feira que já há acordo para que em 2019 as pensões tenham o aumento extraordinário logo a partir de janeiro. A ficar acordado este ponto, no próximo ano esta questão não voltará a colocar-se.

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