Renault perde mais de 1,5 mil milhões na bolsa. Galp pressiona PSI-20
Ações da fabricante de automóveis afundou quase 10% na bolsa francesa, isto após o presidente Carlos Ghosn ter sido detido pela polícia nipónica por suspeitas de fraude fiscal.
A Renault perdeu mais de 1,5 mil milhões de euros em bolsa só na sessão desta segunda-feira, isto depois de o chairman e CEO da construtora de automóveis franco-nipónica, Carlos Ghosn, ter sido detido pela polícia japonesa por suspeitas de fraude fiscal.
As ações da fabricante de automóveis afundaram mais de 8,43% na praça francesa, passando a cotar-se nos 59,06 euros, o que confere uma avaliação de mercado de 16,9 mil milhões de euros, menos 1,57 mil milhões de euros do que na passada sexta-feira.
Foi uma sessão de intensa pressão vendedora em torno dos títulos da Renault, sobretudo por causa da notícia desta segunda-feira de que que Carlos Ghosn foi detido pelas autoridades nipónicas, sendo suspeito de ter subestimado as suas próprias declarações de imposto. De resto, o patrão da Renault já acordou falar com as autoridades. Em causa estará uma declaração de salários inferior ao realmente auferido que ascenderá a centenas de milhões de ienes. As ações chegaram a afundar mais de 13%.
Após a notícia que foi adiantada pelo principal jornal japonês esta segunda-feira, o conselho de administração da Renault disse que vai reunir-se “o quanto antes” para assegurar a defesa dos “interesses do grupo” na aliança com a Nissan.
Renault cede em Paris
Neste cenário, o CAC-40 de Paris caiu 0,79%, num fecho que foi também negativo no cenário europeu. De Madrid a Frankfurt, as perdas situaram-se entre 0,5% e 0,9%.
Por cá, depois de andar abaixo e acima da linha de água, o PSI-20 terminou o dia no vermelho com uma queda de 0,21% para 4.903,59 pontos, pressionado pelas ações da Galp e de mais seis cotadas nacionais. A petrolífera nacional caiu mais de 2% após o Presidente angolano ter dito que a Sonangol vai vender as suas participações em empresas nacionais, incluindo a que tem na Galp.
Do lado positivo, os melhores desempenhos pertenceram à Mota-Engil e à Sonae, apresentando ambas subidas de 1,6%. No caso da retalhista, os analistas associaram o bom desempenho a uma “reação tardia” dos investidores após a apresentação de resultados positivos na semana passada, segundo a agência Reuters.
Entretanto, do outro lado do Atlântico, Wall Street agravou as perdas e já perde mais de 1%, caso do benchmark mundial S&P 500. O tecnológico Nasdaq cede mais de 2% com as ações da Apple a perderem quase 4%.
(Notícia atualizada às 17h01)
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