Transportes públicos conseguem melhor ano desde 2012

  • ECO
  • 4 Março 2018

Grandes empresas registaram um aumento da procura no ano passado. Comparando com 2016, é a CP que está em destaque, com um crescimento de 6,3%, para 122 milhões de passagens validadas.

As grandes empresas de transportes públicos registaram um aumento da procura em 2017 atingindo mesmo o melhor resultado dos últimos cinco anos, escreve o Público este domingo [acesso condicionado]. No ano passado, foram validadas 669 milhões de passagens no universo analisado, mais 2,8% comparando com o mesmo período de 2016.

Os dados recolhidos pelo jornal apontam para dois casos em que a evolução é positiva mesmo quando comparando com 2011, quando o total de viagens validadas ficou perto de 800 milhões. É o caso da Metro do Porto (60,6 milhões de viagens em 2017, o melhor resultado de sempre) e o Metro Sul do Tejo (11,9 milhões de passagens).

Face a 2016, é a CP que está em destaque, a subir 6,3%, para 122 milhões. A Carris registou a subida menos expressiva (1,2%, para 122,4 milhões de viagens validadas), mas conseguiu inverter a tendência de queda no ano em que passou para as mãos da Câmara Municipal de Lisboa, escreve o Público.

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Comboio intercidades descarrila na linha da Beira Alta sem fazer feridos

  • Lusa e ECO
  • 4 Março 2018

Comboio intercidades que fazia a ligação de Guarda para Lisboa descarrilou este domingo. Informação atualizada pela CP aponta agora para 74 pessoas a bordo.

Um comboio intercidades que fazia a ligação de Guarda para Lisboa descarrilou este domingo, não havendo para já feridos a registar, segundo informação da proteção civil e da empresa CP. Inicialmente, a CP indicou que estavam 89 pessoas a bordo mas atualizou entretanto a informação, apontando para 71 passageiros e três elementos da tripulação.

O descarrilamento aconteceu pelas 08:40 à entrada do túnel do Coval, próximo de Mortágua, “mas já no município de Santa Comba Dão”, distrito de Viseu, precisou entretanto o presidente da Câmara de Mortágua.

Júlio Norte indicou ainda à agência Lusa que o descarrilamento foi provocado por um deslizamento de terras que ocorreu devido à chuva dos últimos dias, confirmando que não houve feridos.

“O acidente não teve a ver com as obras” em curso nalguns troços da Linha da Beira Alta, acrescentou, frisando que, na sequência dos incêndios de 15 outubro de 2017, os taludes da linha e as encostas na zona estão desprovidos de vegetação, o que “tende a provocar deslizamentos” que arrastam terra, pedras e troncos. O sábado “foi um dia em que choveu bastante”, realçou o autarca.

De acordo com Júlio Norte, “a situação está perfeitamente controlada” e os passageiros saíram sem problemas do comboio acidentado, estando a CP a providenciar o transbordo para autocarros.

O comboio descarrilou no “limite dos dois concelhos” mas já em território do vizinho concelho de Santa Comba Dão, corrigiu ainda o autarca.

O descarrilamento foi da locomotiva e das duas primeiras carruagens.

Governo diz que troço já estava em obras

O secretário de Estado das Infraestruturas afirmou hoje que o troço da linha da Beira Alta onde um comboio descarrilou já estava em obras e que o talude em causa será urgentemente intervencionado.

“Já estão a decorrer obras nesses taludes. O que vai acontecer é que vamos ter de atuar já neste talude”, que motivou o descarrilamento, afirmou Guilherme W. d’Oliveira Martins à Lusa, por telefone.

Segundo o governante, de momento estão a decorrer intervenções nos taludes (planos de terreno inclinado que dá estabilidade e sustentação ao solo) da linha da Beira Alta entre os quilómetros 59 e 82,6, pelo que acidente ao quilómetro 82,1 aconteceu dentro da área em obras.

“Esta situação no talude já tinha sido sinalizada, evidentemente as circunstâncias temporais agravaram a situação”, justificou.

(notícia novamente atualizada, às 14h39, com declarações do secretário de Estado das Infraestruturas)

 

 

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Os robôs vão roubar os empregos? Em Portugal, nem tanto

A PwC analisou o impacto da tecnologia no mercado de trabalho. Vão os robôs roubar os empregos? Consultora diz que em Portugal "assalto" será menor do que noutros países europeus.

No palco principal do Web Summit, a famosa robô Sophia confirmou os piores receios de todos: “vamos tirar-vos os empregos”. Quase quatro meses depois, a consultora PwC lança mais achas para essa fogueira, com o estudo Will robots really steal our jobs?, mas nem tudo são más notícias… pelo menos para Portugal.

“Portugal, sendo um país maioritariamente de serviços, deverá ter um crescimento da taxa de automação do trabalho menor do que outros países europeus”, explicou ao ECO a sócia da PwC responsável pela área de Management Consulting. Apesar da perspetiva otimista, Gabriela Teixeira sublinhou que todos os trabalhadores devem ser “mais empreendedores, assumindo maiores responsabilidade pela sua própria aprendizagem ao longo da vida”.

O estudo da PwC agora divulgado debruçou-se sobre o impacto da automação nos empregos, setores e competências pessoais em 27 países (Portugal não integra a lista). A análise estima que, até 2030, a vizinha Espanha, por exemplo, verá 30% dos seus postos de trabalho ameaçados pela quarta revolução tecnológica. A Eslováquia, por sua vez, é o país a aparecer como país cujo mercado de trabalho será mais afetado, com quase 45% dos seus empregos em risco, nas próximas duas décadas.

Gabriela Teixeira acrescenta que são os países com maior concentração de mão-de-obra em setores mais industriais (por oposição ao setor dos serviços) a tender ter maiores taxas de automação potenciais, daí a menor exposição de Portugal a essa ameaça.

Por outro lado, a sócia da PwC deixou claro que, nessa equação, estão também presentes outros fatores como a formação, educação e competências dos trabalhadores. “Países com maior proporção de mão-de-obra em empregos com elevados requisitos educacionais [poderão] apresentar menor potencial de automação”, conta. Assim, em países como o Japão, ao invés de se perderem postos, há funcionários a trabalhar ao lado dos robôs.

“O potencial de disrupção, nos mercados de trabalho, devido aos avanços na tecnologia não é um fenómeno novo”, reforçou a sócia da PwC. Gabriela Teixeira esclarece que, nos últimos anos, os receios relativos ao impacto tecnológico no mercado de trabalho têm conquistado maior expressão, nomeadamente com a popularização da Inteligência Artificial, robótica, veículos autónomos e assistentes virtuais inteligentes como a Siri da Apple, a Cortana da Microsoft e a Alexa da Amazon.

Sophia, a primeira robô cidadã do mundo.Web Summit

Novas tormentas, novas oportunidades

Já dizia Albus Dumbledore — pela pena de J.K. Rowling — “a felicidade [e as oportunidades de negócio] pode ser encontrada, mesmo nas horas mais sombrias, se alguém se lembrar de acender a luz”. No que diz respeito às sucessivas ondas tecnológicas, o mantra não é diferente.

“Além de terem aprimorar as propostas de valor existentes, permite também que as empresas ofereçam a mesma proposta de uma forma mais económica, o que pode ser particularmente benéfico para as pequenas e médias empresas e startups, o principal tecido empresarial português”, realça Gabriela Teixeira.

A consultora lembra ainda que no exemplo mais famoso — a 1ª Revolução Industrial — a longo prazo, verificou-se não só a expansão do número de novos empregos, como também ganhos na produtividade trazidos pela mecanização. Portanto, conclui Gabriela Teixeira, com base na história e mesmo no quadro atual, é possível estimar “grandes benefícios para a economia” e a criação de “novos e melhores produtos e serviços”.

Além disso, Gabriela apela ao empreendedorismo e à criação de novos projetos, deixando mais uma previsão: “grande parte da automação do futuro pode vir a ser conduzida por estes negócios que, potencialmente, podem vir a substituir ou pelo menos desafiar as empresas estabelecidas”.

A sócia da PwC deixa, por fim, um conselho: “as empresas e os Governos precisam de trabalhar em conjunto para apoiar as pessoas na transição para este futuro mais brilhante”. Só assim, diz Teixeira, poderá o maior número possível de pessoas beneficiar das novas tecnologias.

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Médicos em greve a 10, 11 e 12 de abril

  • Lusa
  • 3 Março 2018

A Federação Nacional dos Médicos decidiu hoje realizar uma greve nacional, para a qual procurará o envolvimento de todas as associações médicas, disse à agência Lusa fonte da estrutura.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) decidiu este sábado realizar uma greve nacional a 10, 11 e 12 de abril, para a qual procurará o envolvimento de todas as associações médicas, disse à agência Lusa fonte da estrutura.

Está também prevista uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, a 10 de abril.

A estrutura vai agora procurar o apoio do Fórum Médico, uma plataforma que reúne todas as associações médicas, afirmou João Proença, o novo presidente da comissão executiva da FNAM, no final de uma reunião do Conselho Nacional, em Coimbra.

A decisão foi tomada “face à incapacidade do Ministério da Saúde em garantir os diversos compromissos já assumidos”, lê-se num comunicado emitido no final do encontro.

Entre as reivindicações da FNAM está a revisão da carreira e das grelhas salariais dos médicos, tendo por base o regime das 35 horas semanais.

O descongelamento imediato da carreira médica e a devida progressão salarial, bem como o propósito de dar um médico de família a todos os cidadãos estão igualmente entre as propostas defendidas pela estrutura representativa dos médicos.

Os médicos pretendem também a abertura de concursos anuais, a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido, a separação progressiva dos setores público e privado, além do limite do trabalho extraordinário anual para 150 horas, “em igualdade com toda a outra função pública”.

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Estes seis gadgets fizeram furor na feira de tecnologia de Barcelona

O Mobile World Congress 2018 trouxe gadgets interessantes para os mais viciados em tecnologia. Descubra seis que estiveram em destaque este ano, do telemóvel banana à carteira para bitcoin.

Já terminou o Mobile World Congress (MWC), a maior feira de dispositivos móveis do mundo. O evento decorreu em Barcelona e, este ano, como já é habitual, voltou a ser marcado pelo lançamento de novos telemóveis por algumas marcas já bem conhecidas dos consumidores.

A Nokia voltou a surpreender e ressuscitou um modelo bem antigo, depois de ter dado uma nova vida ao velhinho Nokia 3310. Também há um novo telemóvel com carteira para bitcoin e um computador portátil da Huawei que promete rivalizar com os modelos da Apple. Mas esta galeria não ficava completa se deixássemos de fora os novos Galaxy S9 e S9+ da Samsung. Conheça seis gadgets que fizeram furor este ano.

6. Nokia 8110 4G, o verdadeiro banana phone

No ano passado, tudo correu bem à Nokia. A marca renasceu das cinzas que nem uma fénix, sob a batuta da HMD Global, e relançou no mercado uma versão melhorada do antigo telemóvel “indestrutível”, o mítico Nokia 3310.

Este ano, a marca voltou a fazer das suas e ressuscitou mais um ícone da cultura popular: este é o novo Nokia 8110 4G, uma versão atualizada do antigo telemóvel que ficou imortalizado no filme Matrix. Contudo, este é bem mais avançado, porque suporta 4G e ligações Wi-Fi.

5. Vivo Apex, um telemóvel do futuro

Vivo pode ainda não ser uma marca das mais conhecidas entre os consumidores portugueses. Em janeiro, a empresa ganhou popularidade por ter conseguido algo que a Apple e a Samsung estão a tentar há muito, mas nunca conseguiram: pôr um sensor de impressões digitais embutido no vidro do ecrã. Isso permite poupar espaço num telemóvel e, esta semana, a empresa voltou furor. No Apex, que é ainda um protótipo, conseguiu remover mais dois elementos da parte frontal — o auscultador e a câmara das selfies.

Agora, o protótipo Vivo Apex é capaz de transmitir o som das chamadas através de vibrações do ecrã. Já a câmara das selfies é um componente que aparece quando se quer tirar uma fotografia e recolhe automaticamente quando se fecha a aplicação. O resultado é um ecrã praticamente sem margens e sem abas pretas no topo, como é o caso do novo iPhone. Ainda ninguém sabe quando, ou se, chegará ao mercado.

4. MateBook X Pro, ou será… MacBook?

A empresa chinesa Huawei aproveitou o MWC para lançar um novo computador da gama MateBook. É o MateBook X Pro, um portátil topo de gama e ultrafino com ecrã de 13,9 polegadas e resolução 3K. Ora, se os ecrãs sem margens são uma tendência no campo dos dispositivos móveis, a Huawei quer fazer o mesmo no campo dos computadores.

É que o novo MateBook X Pro, vocacionado para um segmento de mercado mais profissional e exigente, é um portátil em que o ecrã ocupa a maior porção de todo o espaço disponível. Esta é a versão mais musculada de um outro produto lançado pela Huawei em maio, o MateBook X, com um ecrã ligeiramente menor. Será este novo gadget capaz de concorrer com os MacBook da Apple?

3. SikurPhone, fechado a sete chaves

Para quem quer ter dados seguros, o novo telemóvel da marca Sikur é bastante promissor. Esta semana, a empresa lançou o SikurPhone, que promete ser à prova de hackers (q.b.). O novo aparelho é totalmente encriptado e permite guardar criptomoedas de forma segura — pelo menos em teoria.

A Sikur vai produzir, nesta primeira fase, 20.000 unidades e as pré-encomendas arrancaram esta terça-feira, com um preço de 799 dólares. As entregas deverão começar algures em agosto. Por isso, até lá, terá de encontrar outro sítio onde guardar as suas bitcoins.

2. Uma impressora de bolso

Tem um Moto Z, o mais recente telemóvel modular da Motorola? E gosta de fotografia? Esta novidade é definitivamente para si. A Polaroid desenvolveu um novo moto mod que transforma o telemóvel numa daquelas câmaras que imprimem as fotos no momento.

O moto mod da Polaroid é, basicamente, uma capa que encaixa na parte de trás do Moto Z e o transforma numa câmara fotográfica Polaroid. É como uma mini-impressora de bolso que converte as suas melhores fotos digitais para o papel.

1. Galaxy S9 e S9+, os premium da Samsung

Este ano, os holofotes voltaram a incidir na Samsung, depois de um ligeiro interregno na edição do ano passado. A marca sul-coreana voltou a aproveitar o palco do MWC para lançar os seus novos flagships, Galaxy S9 e S9+.

A empresa apostou em melhorias na câmara e novas funcionalidades de realidade aumentada. O produto final das fotos e vídeos tem melhor qualidade e os utilizadores podem agora fazer vídeos em super câmara lenta. O ECO já falou sobre estes novos telemóveis aqui, mas vale a pena ver o vídeo:

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O que vieram fazer à BTL? 5 expositores contam-nos em 5 minutos

Com 80 mil visitantes, a maior feira de turismo do país é uma montra para entidades de turismo, municípios e, pela primeira vez, também para startups.

O que fazem uma empreendedora, um oleiro e um vereador no mesmo espaço? Promovem os seus negócios e as suas terras na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que arrancou esta semana e que decorre até domingo.

Com mais de 35 mil metros quadrados de área interior e exterior, 80 mil visitantes e 1.500 profissionais estrangeiros esperados, a maior feira de turismo do país é uma montra para todas as entidades de turismo nacionais e para 50 municípios. Este ano, e pela primeira vez, também há espaço para 20 startups ligadas ao setor mostrarem as suas ideias.

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CDS-PP vai requerer apreciação parlamentar urgente sobre concursos de professores

  • Lusa
  • 3 Março 2018

Deputada Ana Rita Bessa entende que o diploma já promulgado mantém injustiças nas colocações. PSD também apresentou um pedido de apreciação com caráter urgente.

O CDS-PP vai pedir a apreciação parlamentar urgente do diploma sobre os concursos de professores, promulgado pelo Presidente da República, por considerar que mantém injustiças nas colocações, disse hoje à agência Lusa a deputada Ana Rita Bessa.

O PSD também apresentou um pedido de apreciação com caráter urgente, pelo que a discussão poderá ocorrer este mês.

De acordo com Ana Rita Bessa, o diploma tem várias questões, mas todos os partidos, à exceção do PS, entendem que não resolve o problema das colocações que levaram a um movimento de protesto dos professores no ano passado.

“O governo estipula que, no âmbito de um concurso antecipado de mobilidade de interna, só concorrem os professores que não concordaram com a colocação no ano passado, o que a esta altura não resolve o problema”, afirmou.

O CDS-PP defende que este concurso deveria ser aberto a todos os professores.

Este é um dos pontos de discórdia do diploma, que poderá voltar a ser discutido na totalidade se outros partidos avançarem com iniciativas idênticas.

Na sexta-feira, a deputada Margarida Mano disse à Lusa que o PSD vai requerer, na próxima semana, a apreciação parlamentar do decreto-lei sobre os concursos de recrutamento de professores, promulgado na quinta-feira com reticências pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente promulgou na quinta-feira o decreto-lei, sublinhando “as reticências quanto às expectativas dos docentes” que este lhe suscita.

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Mau tempo: Dez voos cancelados e cinco divergidos na Madeira

  • Lusa
  • 3 Março 2018

Devido aos ventos fortes, foram cancelados dez voos no Aeroporto Internacional da Madeira, afirmou fonte aeroportuária este sábado.

Dez voos foram cancelados hoje no Aeroporto Internacional da Madeira e cinco divergiram para outros aeroportos devido aos ventos fortes que se fazem sentir no arquipélago, disse fonte aeroportuária.

“As informações da meteorologia indicam que a situação vai manter-se instável até às 19 horas, havendo, no entanto, possibilidade de ocorrerem abertas e possibilitar algumas aterragens”, explicou a mesma fonte à agência Lusa.

Os dez voos cancelados eram de várias companhias e provenientes de diversas cidades da Europa, ao passo que os cinco voos divergidos seguiram para os aeroportos do Porto, Lisboa e Porto Santo.

O arquipélago da Madeira continua a ser afetado pelo mau tempo, embora tenha diminuído significativamente de intensidade, tendo a Capitania do Porto do Funchal emitido um aviso de vento forte e de agitação marítima forte até domingo.

Entretanto, as autoridades marítimas prosseguem as buscas ao turista britânico que foi arrastado por uma onda na Madeira, na quarta-feira.

“Não há novidades”, disse à Lusa o capitão do Porto do Funchal Silva Ribeiro, realçando que o dispositivo foi reduzido, envolvendo hoje apenas cerca de 15 operacionais e uma lancha.

Um cidadão britânico, com 60 anos, foi arrastado pelo mar na noite de quarta-feira na Praia Formosa, na zona oeste do concelho do Funchal, quando alegadamente se aproximou para tirar fotografias.

As buscas decorrem no mar, entre Câmara de Lobos e o Garajau e até 12 milhas a sul, e por terra, junto à costa, entre o porto do Funchal e a baía de Câmara de Lobos.

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António Costa defende setor agrícola capaz de responder às alterações climáticas

  • Lusa
  • 3 Março 2018

Investimento no setor “é estratégico para o país” e permitirá responder “ao desafio imposto pelas alterações climáticas”, afirmou o Primeiro-Ministro este sábado.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o investimento no setor agrícola, nomeadamente na modernização e criação de regadios, “é estratégico para o país” e permitirá responder “ao desafio imposto pelas alterações climáticas”.

“É um grande projeto estratégico para o país. São 500 milhões de investimento que vão permitir aumentar em mais 50 mil hectares as áreas de regadio e modernizar mais 40 mil. Isto melhora a produtividade da nossa agricultura, mas também aumenta a capacidade de reserva e permite uma gestão mais eficiente da água”, sublinhou o governante.

António Costa, que falava ao final da manhã aos jornalistas durante a apresentação do projeto de modernização do aproveitamento hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, defendeu que o país “tem de estar preparado para prevenir os efeitos das alterações climáticas.

“Temos de continuar a investir, mas também tendo em conta que temos o desafio das alterações climáticas e, portanto, mais vale prevenir agora do que remediar depois”, atestou.

O Programa Nacional de Regadios prevê instalar em todo país, até 2022, cerca de 95 mil hectares de regadios, dos quais 54 serão novos e os restantes correspondentes a modernizações, estando alocado um investimento público de cerca de 534 milhões de euros.

Segundo referiu esta manhã o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, foram sinalizados 54 projetos, dos quais 22 já viram a sua candidatura aprovada.

Até ao momento foram aprovados cinco projetos na zona do Algarve e Sudoeste Alentejano, sete no Alentejo, sete no Litoral Norte e Centro e três no Interior Norte e Centro.

No caso do projeto da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira serão beneficiados cerca de 6.500 hectares, num investimento de 30 milhões de euros.

Segundo dados apresentados, no local operam cerca de 400 empresas.

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Marcelo defende transparência “em particular” sobre financiamento da atividade política

  • Lusa
  • 3 Março 2018

A “transparência é muito boa para a democracia”, em particular quando se trata do “financiamento da atividade política”, afirmou este sábado o Presidente da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje que a “transparência é muito boa para a democracia”, em particular quando se trata do “financiamento da atividade política”, saudando o “debate aceso” de sexta-feira no parlamento.

Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “os deputados perceberam” que “era preciso alargar o tempo e dar tempo para a reflexão” sobre as alterações às regras do financiamento partidário e da fiscalização, aprovadas na sexta-feira no parlamento, após uma primeira versão do diploma ter sido vetada pelo Presidente.

“A transparência é muito boa para a democracia e em particular quando se trata de financiamento da atividade política”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, depois de questionado sobre o processo legislativo que conduziu à aprovação da lei, à margem de uma visita à Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Lisboa, a cujo culto assistiu.

O Presidente da República afirmou que só após receber o diploma em Belém dirá se o promulga. Contudo, disse “reconhecer” que “os deputados perceberam” os motivos do seu veto em janeiro e que foram ao encontro daquilo que pretendia, realizando um debate “muito amplo, muito intenso”.

“Os deputados perceberam que tinham de explicar e até explicaram de forma contundente, foi um dos debates mais acesos dos últimos tempos no parlamento, mas era preciso fazê-lo e ainda bem que foi feito”, considerou.

O chefe do Estado sublinhou que além do debate realizado, os deputados decidiram que uma das “grandes alterações” – o alargamento do reembolso do IVA à totalidade das despesas com a atividade partidária – já não seria introduzida.

Questionado sobre outras alterações à lei que se mantiveram do diploma vetado, como o fim do limite aos montantes obtidos pelos partidos através de angariações de fundos, frisou que “o Presidente da República não deve impor a sua opinião relativamente ao consenso na sociedade portuguesa”.

“A minha posição sobre esta matéria é ultraminoritária na sociedade portuguesa. Sou a favor da redução das despesas e a favor de um sistema essencialmente público, isso não é consensual na sociedade e o Presidente não deve impor a sua opinião”, disse.

O diploma que altera as regras do financiamento partidário e o modelo de fiscalização foi aprovado na sexta-feira com os votos favoráveis do PSD, PS, BE, PEV e PCP, os votos contra do CDS-PP e PAN e a abstenção dos deputados eleitos pelo PS Helena Roseta e Paulo Trigo Pereira.

O diploma regressa a Belém para promulgação com uma única alteração aprovada, proposta pelo CDS-PP: a manutenção do regime de reembolso do IVA por despesas com a atividade partidária tal como está na lei em vigor, cingido às despesas com a difusão da mensagem política.

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Em Itália o grande risco não é a política mas sim a economia

  • Marta Santos Silva
  • 3 Março 2018

"Era preciso ser mágico para prever" que paisagem política vai sair das eleições deste domingo. Para alguns, com a economia em risco, o "populista" Berlusconi parece melhor do que outras alternativas.

Itália está em tumulto há quase dois anos e não vão ser as eleições deste domingo que lhe vão pôr termo. Quando o primeiro-ministro Matteo Renzi se demitiu, no final de 2016, para ser substituído pelo seu colega de partido Paolo Gentiloni, o Governo de centro-esquerda ficou enfraquecido enquanto esperava pelas eleições.

Chegada a altura, a paisagem política confusa de Itália está num estado inédito de desorganização. Não só o Movimento 5 Estrelas (M5S) fundado pelo comediante Beppe Grillo se tornou na força política mais forte de Itália com quem ninguém quer fazer uma coligação, como uma mudança nas leis eleitorais, que vai ser estreada este domingo, diminui a possibilidade de uma maioria absoluta. As sondagens deixam tudo em aberto, como poderá ler abaixo, com Silvio Berlusconi a fazer um regresso aos palcos políticos italianos que está a ser bem recebido.

Por que é que o líder do partido Forza Italia, que foi primeiro-ministro quatro vezes mas está impedido de se candidatar ao lugar por ter sido condenado a dois anos de prisão por fraude, é considerado uma força positiva nas eleições? O “pai de todos os populismos”, como o ex-primeiro-ministro Mario Monti lhe chamou numa entrevista ao Le Monde, é visto por alguns analistas como uma presença estabilizadora da economia desequilibrada de Itália, uma das maiores economias da Zona Euro e um país cujos choques podem facilmente impactar todos os países da moeda única, e a força da própria moeda.

Berlusconi é visto no centro, com o logótipo da Forza Italia sobre ele, ladeado pela dirigente da Irmãos de Itália, Giorgia Meloni, e por Matteo Salvini, da Liga.EPA/ANGELO CARCONI

Berlusconi está a ser acolhido com “alívio”, escreve o analista Alberto Mingardi, diretor-geral do think tank italiano Instituto Bruno Leoni, no Politico, porque o ex-primeiro-ministro, enquanto líder do Forza Italia (cujo nome surge em grandes letras no logótipo partidário) vai poder controlar os representantes eleitos por este grupo, e os parceiros internacionais “veem-no como uma segurança na eleição”. Isto porque Berlusconi, “que diz que a Itália deve cumprir os objetivos orçamentais e reduzir os impostos mas sem aumentar o défice, parece a escolha de confiança”. Afinal, “a retórica de Berlusconi podia ser exagerada, mas as políticas que pôs em prática nunca o foram”.

No entanto, Berlusconi não tem tido medo de se aproximar da direita mais radical em temas como a imigração. O seu partido, Forza Italia, defende o fim da entrada de imigrantes, e tenciona expulsar 600 mil imigrantes ilegais se chegar ao Governo em coligação. Após um tiroteio em que morreram seis africanos em Itália, alvejados por um extremista de direita, Berlusconi reagiu repetindo a promessa de expulsão de imigrantes e, citado pelo The Guardian, disse que havia uma “bomba social à beira de explodir”.

Os partidos da direita incluem, além da Forza Italia, os radicais da Irmãos de Itália e da Liga, ambos partidos separatistas, um ligado ao norte e outro ao sul do país, com raízes neofascistas e intenções de reduzir drasticamente a imigração. À esquerda, o partido de Matteo Renzi, com Gentiloni como candidato é o Partido Democrático (PD), que tem liderado a recuperação recente da economia italiana mas não consegue, com isso, obter apoio significativo junto dos italianos.

O partido que parece ter mais intenções de voto, porém, é mesmo M5S, fundado por Beppe Grillo e atualmente liderado por Di Maio. As suas propostas são as comuns de um partido populista e contra as regras instituídas: pretende instituir um rendimento mínimo de 780 euros, aumentar o défice, deitar fora “leis inúteis” que incluem as do trabalho e das pensões. Sem se posicionar nem à esquerda nem à direita, o movimento reúne votos de protesto de quem não vê as suas preocupações refletidas pelos partidos no espetro comum da política.

A economia italiana ainda assusta

A falta de popularidade do PD, liderado por Gentiloni, pode ser surpreendente. Afinal, escreve o analista James Newell, da Universidade de Salford e editor da revista Contemporary Italian Politics, no The Guardian, Gentiloni “é o mais popular dos porta-vozes dos principais partidos”, mas como o nada popular Renzi dirige o partido, essa simpatia não se redirige para o PD. O Governo de Gentiloni recebeu parabéns da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) pela recuperação do investimento e da produtividade, e a economia cresce a um ritmo que não se via nesta década, como anunciou esta quinta-feira o ISTAT, o instituto público de estatísticas italiano.

No entanto, como assinala o analista Paul Wallace que escreveu para a Reuters, a economia continua vulnerável. “Os investidores estão a colocar demasiada fé na atual recuperação das empresas”, afirma, criticando o crescimento italiano que, embora tenha sido o melhor desde 2010, ficou muito aquém da média europeia de 2,5%. O desemprego também caiu, mas mantém-se alto, nos 11,8%.

“A Itália não se limitou a perder espaço na última década. A sua performance económica fraca ao longo de um período tão longo deixou dois legados que não são bem-vindos”, acrescenta o economista. Quais são esses legados? A dívida pública, que é de mais de 130%, e o crédito malparado, que está a acumular-se no sistema bancário com o maior volume de qualquer outro país europeu — representa quase um quarto do total na União Europeia.

Isto é especialmente grave já que, na Zona Euro, a Itália continua a ser uma das economias mais fortes, cujos choques podem pôr a moeda única em risco. No Politico, o antigo primeiro-ministro Enrico Letta é citado dizendo que, por causa da sua fraca implementação de reformas e dificuldades, Itália perdeu influência na União Europeia. “A Itália foi vista durante um longo período da crise financeira como ‘o mal comportado’ da Zona Euro que se arriscava a trazer o sistema todo abaixo, e que era grande de mais para salvar, ao contrário da Grécia”, afirmou Letta, acrescentando: “Fomos postos no canto e não conseguíamos que ouvissem as nossas ideias”.

Sondagens deixam tudo em aberto

A lei eleitoral italiana não permite sondagens dentro de 15 dias das eleições, pelo que as últimas sondagens são de há duas semanas. O que indicavam? De acordo com os jornais italianos, nenhuma solução: “Não há maioria possível” era a manchete do La Repubblica, “Sem maioria” era do Corriere della Sera, citados pela Agence France Presse.

A média das sondagens feita pelo instituto italiano YouTrend mostrava que o MS5 estava em primeiro lugar com 27,8%, longe de uma maioria e fora de coligações. Do lado da direita, a Forza Italia juntava 16,8%, a Liga 13,2% e os Irmãos de Itália 4,7% — juntos, com os restantes partidos que participam na coligação de direita, poderiam ter 37,2% dos votos. Do lado da esqueda, o PD junta apenas 22,9% dos votos, 27,4% junto com os seus parceiros de coligação de esquerda.

“Seria preciso um mágico para adivinhar hoje o que vai acontecer daqui a 15 dias”, disse então Antonio Noto, perito em sondagens, à Agence France Presse. “Há dez milhões de eleitores que ainda nem decidiram se vão votar, e se sim, em quem”.

Quais os cenários possíveis? Lorenzo Codogno, analista e economista chefe da LC Macro Advisors Limited, dá como mais prováveis três hipóteses:

  1. Com 30% de chance de acontecer, é a hipótese de um parlamento sem maioria clara, com uma coligação de partidos que inclua os centristas: o PD, o Forza Italia e outros partidos menos radicais.
  2. Com 28% de probabilidade, Lorenzo Codogno coloca a hipótese de uma vitória do centro-direita. Muito aconteceu desde as últimas sondagens e é possível que esses partidos tenham feito força suficiente para merecer os lugares que faltavam.
  3. Com 25% de probabilidade, o cenário em que não há maioria no parlamento e, sem acordo, é necessário realizar novas eleições daqui a seis meses. Espera-se que o pragmatismo impeça que tal aconteça, mas os partidos não podem ser forçados a juntar-se se impuserem condições inaceitáveis uns para os outros.

Então e os mercados? ‘Calma’ deve ser palavra de ordem

A Bloomberg deixou o alerta: os investidores devem ser cuidadosos com as horas que se seguirem ao fim da votação em Itália. Porquê? Há um período de silêncio até às 23h00, e as sondagens à boca das urnas são muitas vezes enganadoras. Os investidores podem deixar-se levar por tendências que depois não se verifiquem.

O diretor da Agenzia Quorum, que gere o YouTrend, disse à Bloomberg: “Se tivesse que tomar uma decisão de investimento com base nas sondagens à boca das urnas, não o faria”. Lorenzo Pregliasco acrescentou: “Os fatores desconhecidos são simplesmente demasiados”.

A distribuição de assentos, refere também Lorenzo Codogno, é muito mais importante do que as percentagens de votos para cada partido, e essa distribuição só é conhecida no dia seguinte, segunda-feira. “Os mercados financeiros vão reagir logo que tenham dados disponíveis”, assinalou. “Vão dar prémios pela estabilidade, por uma maioria consistente”, assinalou, “mas no caso de um parlamento sem maioria, (…) os mercados vão ficar neutros, pelo menos no início, na esperança de que os secretários do partido ou o Presidente encontrem uma solução“. As previsões do economista deixam, porém, uma coisa a que ter atenção: independentemente da reação imediata, a longo prazo “o que importa é o resultado no que toca a uma coligação governativa, o que pode não ser evidente de imediato ao olhar para o número de assentos no parlamento”.

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Alemanha e França ponderam medidas comuns para combater protecionismo dos EUA

  • Lusa
  • 3 Março 2018

Merkel anunciou este sábado a vontade avançar com um imposto comercial comum a França como “reação” ao protecionismo imposto pelo presidente Donald Trump.

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou hoje a vontade de “tornar realidade” um imposto comercial comum a França como “reação” ao protecionismo imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Em Washington, Trump anunciou a imposição de taxas alfandegárias sobre as importações de aço e alumínio, devendo o aumento dos preços prejudicar as indústrias que usam este produto, como fabricantes de automóveis e aviões ou fornecedores de materiais de construção.

Trump anunciou que vai impor uma taxa alfandegária de 25% a partir da próxima semana sobre aço importado e 10% sobre o alumínio, importações estas que, disse, são uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Hoje, na sua tradicional mensagem semanal em vídeo, Merkel referiu que, após a reforma fiscal de Trump, o Governo alemão está a seguir com atenção o impacto da medida na competitividade das pequenas e médias empresas alemãs.

“Isso significa que, se pensarmos em como vamos desenvolver uma base comum para os impostos sobre as empresas na França e na Alemanha, então também teremos em conta as realidades que temos atualmente nos Estados Unidos”, disse Merkel, indicando esperar por resultados nesse sentido até ao fim deste ano.

A Alemanha e a França já tinham dado conta do interesse em avançar juntos nalgumas questões, como na harmonização do imposto sobre as empresas, uma das apostas contidas na agenda reformista do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Também como forma de pressão, o coordenador para a Cooperação Transatlântica do Governo alemão, Jurgen Hardt, indicou hoje que irá seguir, em breve, para Washington, onde irá analisar com as autoridades norte-americanas a situação criada com a decisão de Trump.

Num comunicado, o coordenador explicou ser necessário, mais do que nunca, um diálogo de cooperação entre a Alemanha e os Estados Unidos, “com respostas comuns e soluções”, apesar das diferentes opiniões sobre as políticas comerciais.

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