Câmara do Porto investe 500 mil euros no regresso do Rali de Portugal em 2018

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

A autarquia destaca que a competição realizada na cidade “terá um retorno direto de bilheteira que reverte para a Câmara”.

O rali de Portugal vai voltar ao Porto em 2018 para uma classificativa citadina com alterações ao traçado de 2016 e um investimento municipal que volta a rondar os 500 mil euros, revelou a autarquia à Lusa esta quinta-feira.

“O traçado ainda está a ser estudado com o Automóvel Clube de Portugal (ACP), mas haverá alterações. O envolvimento da Câmara do Porto será semelhante ao de 2016, devendo rondar os 500 mil euros, entre pagamentos de ‘fee’ [taxas] e custos logísticos de organização”, descreve a autarquia numa resposta enviada à Lusa, na qual explica que receberá o “retorno direto da bilheteira” e um “retorno extraordinário” devido à transmissão televisiva para “mais de 100 países”.

No seu portal de notícias, a câmara revela que este ano “a zona da Trindade será libertada” do evento para “facilitar as acessibilidades” e que “a zona dos Clérigos será pela primeira vez usada como cenário” da classificativa que, segundo a empresa municipal Porto Lazer, chega ao Porto “a 18 de maio, com duas passagens ao fim da tarde”.

O envolvimento da Câmara do Porto será semelhante ao de 2016, devendo rondar os 500 mil euros, entre pagamentos de ‘fee’ [taxas] e custos logísticos de organização.

Câmara do Porto

“O centro do Porto vai voltar a receber os melhores pilotos do Campeonato do Mundo de Ralis no dia 18 de maio. Tal como em 2016, a Porto Street Stage vai integrar o programa oficial da 52.ª edição do Rali de Portugal, com duas passagens ao final da tarde de sexta-feira, com início às 19:03 e 19:28”, descreve a empresa municipal no seu site.

A Porto Lazer acrescenta que este ano o Rali de Portugal “constituirá a sexta prova do calendário do Mundial de Ralis, disputando-se uma vez mais na zona Norte do país, entre os dias 17 a 20 de maio”. Questionado pela Lusa sobre mais detalhes do novo traçado da prova, o gabinete de comunicação da Câmara do Porto vincou que o mesmo “ainda está a ser estudado com o ACP”.

Em 2017, mesmo sem a Street Stage do Porto, resultou num retorno de 137 milhões de euros para o país.

Câmara do Porto

A Lusa perguntou também qual o envolvimento financeiro na organização do evento, tendo o gabinete respondido que “será semelhante ao de 2016, devendo rondar os 500 mil euros, entre pagamentos de ‘fee’ e custos logísticos de organização”. De acordo com a Porto Lazer, em 2016 assistiram à Street Stage do Porto, que se centrou na Avenida dos Aliados, junto à Câmara do Porto, “mais de 80 mil espetadores”. O gabinete de comunicação da câmara acrescenta que a prova será transmitida “para mais de 100 países, através de transmissão internacional, representando um retorno extraordinário”.

No seu portal de notícias, a autarquia diz mesmo que o Rali de Portugal representa “um binómio investimento/retorno dos mais atraentes”, notando que “em 2017, mesmo sem a Street Stage do Porto, resultou num retorno de 137 milhões de euros para o país”. De acordo com a Porto Lazer, “em 2018 haverá algumas novidades no percurso, que chegará também à zona dos Clérigos, permitindo assim ampliar as zonas de público e melhorar ainda mais a mobilidade na cidade”.

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Governo está a avaliar redução de portagens para o interior

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

O Executivo está a equacionar uma diminuição nas portagens do interior de forma a incentivar o investimento nessas regiões.

Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto, no Eco Talks.Paula Nunes / ECO

O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, afirmou esta quinta-feira que o Governo está a avaliar uma redução das portagens para o interior do país no sentido de “contribuir para a competitividade da atividade económica” nessas regiões.

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, Pedro Siza Vieira foi confrontado pelos jornalistas com a manchete do Jornal de Notícias desta quinta-feira, que dá conta que o aumento das portagens castiga mais o interior do país, e questionado se o Governo prevê uma redução de portagens para estas regiões.

“Confirmo que, de facto, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas está a fazer essa avaliação, sempre no sentido de contribuir para a competitividade da atividade económica no interior, na medida em que o objetivo do Governo é incentivar o investimento, como forma de criação de emprego e retenção e atração de populações. Essa é uma ferramenta que o Ministério do Planeamento e Infraestruturas está a ponderar”, adiantou o ministro Adjunto.

O objetivo do Governo é incentivar o investimento, como forma de criação de emprego e retenção e atração de populações.

Pedro Siza Vieira

Ministro adjunto

Pedro Siza Vieira começou por clarificar que “aquilo que se verificou recentemente foi uma atualização das tarifas de portagens que constam dos contratos de concessão de acordo com a inflação“, o que, na opinião do governante, “significa que em termos reais não houve nenhum aumento de portagens”.

“Em paralelo, o ministério do Planeamento das Infraestruturas encontra-se a avaliar a situação das portagens no interior, no sentido em que já quando se efetuou, no início do mandato deste Governo, uma redução de portagens para os transportes de mercadorias, se assumiu o compromisso de fazer a avaliação dessa matéria”, destacou.

Na terça-feira, a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) aprovou por unanimidade um voto de indignação pelo aumento de portagens nas antigas scut A23 e A25, de acordo com informações avançadas à agência Lusa pelo presidente desta entidade, Paulo Fernandes.

“Aprovámos um voto coletivo de indignação pelo aumento das portagens, bem como um pedido urgente de reunião ao senhor ministro do Planeamento e das Infraestruturas, porque, de facto, esta situação é um balde de água gelada relativamente às expectativas criadas”, referiu Paulo Fernandes, após a primeira reunião do ano entre os presidentes dos 15 municípios que integram a CIM-BSE.

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PGR fala da “especial ligação” entre o Ministério Público de Portugal e Angola

Joana Marques Vidal sublinha a importância desta ligação no contexto em que Portugal atravessa um incidente diplomático com o processo que envolve o ex-vice presidente de Angola Manuel Vicente.

“Há que reconhecer a especial ligação do Ministério Público português aos Ministérios Públicos dos países da CPLP e territórios de língua oficial portuguesa”, diz Joana Marques Vidal, numa plateia repleta de magistrados, procuradores, advogados e membros do Governo no que foi o segundo discurso na abertura do ano judicial. Acrescentando uma saudação especial “e sentida a todos os magistrados do Ministério Público pelo trabalho esforçado, a dedicação, o rigor, o estudo, a capacidade de resiliência às adversidades e o espírito de missão que têm demonstrado”., disse a titular da investigação criminal em Portugal, no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa.

Estas palavras têm um significado mais forte no contexto em que segunda-feira começa a primeira sessão de julgamento da Operação Fizz. o caso que envolve Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola e ex-presidente da Sonangol, em que está em causa a alegada corrupção do procurador do MP Orlando Figueira ao promover o arquivamento de um inquérito relacionado com suspeitas de branqueamento de capitais do próprio Vicente. Orlando Figueira, que desempenhou funções no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) entre 2008 e 2012, vai ser julgado pelos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documento.

Manuel Vicente foi acusado pelo Ministério Público (MP) da alegada prática dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documento por alegadamente ter ordenado, enquanto presidente da Sonangol, pagamentos de cerca de 800 mil euros e a oferta de um emprego no departamento jurídico do BCP (banco participado pela Sonangol) a Orlando Figueira em alegada troca pelo referido arquivamento de um caso aberto no DCIAP contra o próprio Vicente e diversos responsáveis políticos angolanos.

 

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Marcelo sobre Pacto da Justiça: “Queremos condições para mais passos”

Altos cargos da justiça todos reunidos no Supremo Tribunal de Justiça. O bastonário da Ordem dos Advogados abre e segue-se a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

Os grandes nomes da Justiça reúnem-se esta quinta-feira para marcar a abertura do ano judicial. Ao Supremo Tribunal de Justiça chegam o próprio presidente, Henriques Gaspar, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal. Ferro Rodrigues, o presidente da Assembleia da República, dirige as celebrações. Da parte do Governo, marca ainda presença António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa não vai faltar.

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Dow Jones abre em recorde mas petróleo pesa nas bolsas

O índice industrial voltou a renovar máximos na abertura, acima dos 26.000 pontos, mas rapidamente recuou para terreno negativo. Bolsas seguem com perdas ligeiras num contexto de fracos resultados.

As bolsas norte-americanas abriram com quedas ligeiras esta quarta-feira, à exceção do índice industrial, que voltou a arrancar a sessão em máximos históricos acima dos 26.000 pontos, mas que rapidamente regressou a terreno negativo. Apesar do sentimento positivo que se fez sentir na última sessão, resultados pouco satisfatórios de algumas empresas condicionaram a abertura de Wall Street.

O S&P 500 cai 0,06% para perto dos 2.800 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recua 0,05% para cerca de 7.294 pontos, pressionado por quedas em grandes empresas como a Apple, Google e Facebook. O industrial Dow Jones chegou a abrir no verde, renovando um novo máximo histórico no instante da abertura, acima dos 26.000 pontos, mas rapidamente corrigiu e mantém-se praticamente inalterado, caindo 0,01% para perto dos 26.120 pontos.

De acordo com a Reuters, as quedas registam-se sobretudo no setor energético, num contexto de nova queda nos preços do petróleo. O contrato de WTI para entrega em fevereiro recua 0,47% para 63,67 dólares por barril.

Em plena temporada de apresentação de resultados relativos ao quarto trimestre de 2017, números aquém das expectativas condicionaram o arranque das bolsas nesta quinta-feira. A Alcoa, que apresentou ganhos abaixo das estimativas dos analistas, chegou a derrapar 7,8% na negociação antes da abertura das bolsas.

Outra empresa a revelar números foi o Morgan Stanley, um dia depois de virem a público números pouco satisfatórios do Goldman Sachs e do Bank of America. Apesar da tendência negativa, o Morgan Stanley conseguiu apresentar lucros melhores do que o antecipado e as ações do banco sobem 0,31% para 55,46 dólares.

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Dentistas ponderam recusar beneficiários da ADSE se novas tabelas avançarem

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

O bastonário Orlando Monteiro da Silva diz que “a Ordem dos Médicos Dentistas é frontalmente adversa” à proposta e diz que os preços praticados são incompatíveis com tratamentos de qualidade.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) pede aos profissionais que ponderem acabar com o acordo com a ADSE caso se mantenha a proposta das novas tabelas de preços, que o bastonário considera “absolutamente incompatíveis com tratamentos de qualidade”.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário Orlando Monteiro da Silva diz que as regras e preços da ADSE para a medicina dentária devem fazer com que os dentistas deixem de ter acordo com o subsistema dos funcionários públicos.

“Esta nova proposta de tabela [da ADSE] é mais do mesmo à custa dos profissionais de saúde, afetando os utentes da ADSE. Há um conjunto de situações que estão a limitar os utentes da ADSE a aceder a tratamentos de qualidade, quer ao nível das incompatibilidades entre tratamentos, quer ao nível dos preços propostos nos atos de medicina dentária”, afirmou.

Orlando Monteiro da Silva afirma que “a Ordem dos Médicos Dentistas é frontalmente adversa” a esta proposta da ADSE.

“Há muita gente insatisfeita e a posição da Ordem dos Médicos Dentistas é muito clara. A manterem-se as atuais regras devem os médicos dentistas aderentes à convenção ponderar retirarem-se desta convenção”, insistiu o bastonário.

O bastonário salienta ainda que há dois anos que a OMD está a tratar deste assunto num grupo de trabalho conjunto com a ADSE, tendo chegado até a um acordo, sendo que a sua implementação foi sucessivamente adiada.

“A proposta que vem vai ao arrepio do que tinha sido firmado e faz tábua rasa do que tinha sido decidido”, afirmou.

Para Orlando Monteiro da Silva os preços praticados são incompatíveis com tratamentos de qualidade e dá exemplos: a ADSE paga por uma extração dentária cerca de 11 euros, pelo tratamento de um dente paga 17 e por uma consulta paga pouco mais de 7 euros.

Esta semana também o bastonário da Ordem dos Médicos classificou como “absolutamente escandalosos” os preços que a ADSE paga por alguns atos médicos, que muitas vezes não chegam sequer para as despesas do material usado em exames.

“Os preços que a ADSE [subsistema de saúde dos funcionários públicos] tem praticado são absolutamente escandalosos. Existem alguns atos médicos, como as biopsias da próstata, endoscopias urológicas, entre outros, em que a remuneração paga pela ADSE nem sequer serve para cobrir as despesas do material que é utilizado para os exames”, afirmou o bastonário Miguel Guimarães, em declarações à agência Lusa.

O representante dos médicos afirma que tem recebido, de forma reiterada, queixas sobre os preços pagos pela ADSE, reclamações que chegam sobretudo da medicina privada.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada considera que as novas tabelas da ADSE representam “perdas incomportáveis” para os privados e podem pôr em causa o acesso dos beneficiários aos cuidados de saúde.

Segundo os jornais Expresso e Público, a Associação escreveu uma carta aos ministros das Finanças e da Saúde depois de aprovada a nova tabela da ADSE que deve entrar em vigor a 1 de março.

De acordo com a Associação, as tabelas reduzem o valor pago aos prestadores de serviços que têm convenção com o sistema e reforçam o controlo das despesas públicas.

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Fitch: Plataforma ajuda, mas “não faz magia” com o malparado

Josu Fabo, responsável da Fitch, afirma que as iniciativas dos bancos portugueses para reduzirem o malparado "estão na direção certa", mas não resolvem o problema "por magia".

Josu Fabo, o responsável da Fitch pelo rating das instituições financeiras, reconhece que a banca portuguesa tem feito progressos, mas alerta que ainda há desafios significativos por superar. É o caso do nível ainda elevado de crédito malparado no balanço dos bancos. Um fardo que as instituições têm tentado reduzir com várias iniciativas. Contudo, para a agência de notação, estas medidas não vão resolver o problema. É preciso fazer mais.

“Estas iniciativas estão na direção certa, mas não resolvem por magia o problema [do malparado] no curto prazo”, afirma Josu Fabo no Credit Lisbon Seminar promovido pela Fitch em Lisboa. É o caso da platafoma criada para reduzir os créditos em incumprimento, que conta com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e Novo Banco. Uma iniciativa que deve começar a dar frutos no final do primeiro trimestre de 2018.

"Estas iniciativas estão na direção certa, mas não resolvem por magia o problema [do malparado] no curto prazo.”

Josu Fabo

Director of Financial Institutions Ratings

Para o Director of Financial Institutions Ratings, “os bancos reduziram o volume de Non Performing Loans, mas ainda é elevado”. O analista refere que a rentabilidade ainda está fraca. “Mas que a perspetiva do fim do programa de compra de dívida [do Banco Central Europeu] e a subida dos juros leva a prever uma melhoria das margens”.

Apesar de reconhecer que foram feitos progressos no setor bancário nacional, Josu Fabo nota que ainda há obstáculos a superar. “Temos de realçar que ainda há desafios para o setor bancário. Estes têm de ser resolvidos para que os bancos melhorarem os ratings e os perfis de risco”, salienta.

As declarações são feitas depois de a Fitch ter melhorado apenas o rating do Montepio e Santander Totta após ter retirado Portugal de “lixo”. A agência de notação reafirmou os ratings do BCP, BPI e CGD, melhorando o outlook do banco liderado por Pablo Forero e da instituição financeira liderada por Paulo Macedo para positivo.

Ainda esta quinta-feira foi apresentado o primeiro relatório intercalar sobre o combate aos créditos não produtivos. A Comissão Europeia “congratulou-se com os progressos realizados no combate” aos NPL, “resultantes de um esforço contínuo, tanto a nível nacional como da União Europeia, de redução dos riscos que afetam parte do setor bancário europeu”.

Neste primeiro relatório do Plano de Ação para a redução dos créditos não produtivos, a Comissão Europeia destaca uma nova diminuição dos rácios de NPL e as medidas previstas no sentido de uma redução adicional destes créditos, incluindo a venda de portefólios destes créditos em incumprimento.

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Procura vai continuar muito superior à oferta na habitação em 2018, prevê consultora

  • Lusa e ECO
  • 18 Janeiro 2018

Os preços em 2018 vão continuar a subir e a “registar acréscimos superiores aos de 2017”, antecipa a consultora CBRE.

A procura de habitação continuará a ser muito superior à oferta, o que impulsiona a subida de preços em 2018, prevê a consultora CBRE, no seu relatório sobre tendência do imobiliário apresentado esta quinta-feira.

“O crescimento da procura de habitação deverá continuar a evidenciar-se ao longo de 2018 com o mercado nacional a ganhar um maior peso relativamente ao mercado estrangeiro. No entanto, a procura irá continuar muito superior à oferta e a impulsionar a subida dos preços”, lê-se no documento citado pela Lusa, que recorda que em 2017 foram transacionadas quase 150 mil unidades, o que se aproximou de valores de 2008.

Em 2017, os preços aumentaram na ordem dos 9%, com maior evolução no produto usado (10%) do que no novo (5,5%).

“O atual desajustamento entre oferta e procura não se verifica ao nível do número de unidades, mas também em termos de localização, tipologias e preços”, lê-se no relatório, que recorda que T1 e T2 em Lisboa estão a custar, em média, seis mil euros/metro2, “um valor muito desajustado ao poder de compra dos portugueses”.

Os preços em 2018 vão continuar a subir e a “registar acréscimos superiores aos de 2017”, antecipa a consultora.

A CBRE antevê que o financiamento bancário continue a subir depois de o volume de empréstimos para compra de casa ter aumentado cerca de 45% em 2017, mas ainda a menos de metade do registado em 2007.

Investimento em imobiliário comercial deve atingir novo recorde

 

O investimento em imobiliário comercial deverá atingir um novo recorde em 2018 em Portugal de 2,6 mil milhões de euros, antecipou ainda a consultora CBRE.

A esperada permanência de uma “elevada liquidez a nível global” e o crescimento exponencial do Turismo, com reflexos na hotelaria, leva a CBRE a prever que se atinja os 2,6 mil milhões de euros em investimento em imobiliário comercial.

No documento, a consultora recorda ter sido batido no ano passado o recorde de 2015, com um registo de investimento de 2,2 mil milhões de euros e que está a aumentar a quota dos nacionais (22% do total), assim como dos europeus (45% sem portugueses). Em 2018 os investidores nacionais devem representar entre 15 a 20% do total.

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António Costa “teve” ou “esteve” com o Presidente da República da Eslovénia?

  • Rita Frade
  • 18 Janeiro 2018

António Costa documentou a sua visita à Eslovénia nas redes sociais. Numa das publicações, o primeiro-ministro comete uma "gaffe" e em vez de ter "estado" com Borut Pahor, diz ter "tado".

O primeiro-ministro, António Costa, realizou esta quarta-feira uma visita oficial à Eslovénia, com o objetivo de começar a preparar a próxima presidência portuguesa da União Europeia, em 2021, partilhada em trio com eslovenos e alemães.

Após o encontro, António Costa publicou um post na sua conta de Twitter, onde diz ter “tado” com o Presidente da República da Eslovénia, Borut Pahor, em vez de ter “estado“.

gaffe, António Costa

Ora, esta gaffe depressa se espalhou pelas redes sociais, dando origem a vários comentários em relação ao erro ortográfico cometido pelo primeiro-ministro:

Assim que se apercebeu do sucedido, António Costa apagou o tweet e fez um novo, sem erros ortográficos: “Tive uma excelente reunião de trabalho com @BorutPahor, Presidente da República da Eslovénia. Portugal e Eslovénia são países que, no quadro da União Europeia, têm pontos de vista semelhantes.

 

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 18 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Diogo Lacerda Machado disse, em entrevista ao ECO24, que “o Montepio, hoje, já não é um problema“. Já o Sindicato dos Bancários do Norte mostrou-se preocupado face à pressão imposta sobre os funcionários da Caixa Económica, em captar 970 milhões de euros.

Diogo Lacerda Machado rejeita a ideia de que o Montepio é um problema da banca. Admite que já foi, mas não é hoje. E percebe, na possibilidade da Santa Casa de entrar no capital do banco, uma oportunidade de negócio.

Captar 970 milhões de euros. Esse é o objetivo traçado para os funcionários da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) no que respeita à captação de recursos em produtos de capitalização da Montepio – Associação Mutualista (MGAM), avança o Público. Um valor considerado elevado e que deixa o Sindicato dos Bancários do Norte preocupado.

Portugal poderá receber mais avaliações positivas por parte das agências de rating nos próximos meses. A convicção é da presidente do IGCP.

As pensões pagas este mês já contam com a atualização prevista para 2018, mas os aumentos só foram oficializados esta quinta-feira. Contudo, a portaria deixa de fora algumas pensões. Efetivamente, há mais reformas a crescer em 2018 mas continua a haver exceções, que, aliás, já estavam previstas antes.

O preço das casas não para de acelerar em Portugal. Esta subida coloca Portugal na terceira posição do ranking das maiores subidas do preço do imobiliário da União Europeia (UE), indicam dados divulgados pelo Eurostat nesta quinta-feira.

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Fundo da Segurança Social tem novas regras para investir

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

Governo acaba de alterar as regras do fundo de reserva da Segurança Social, no que diz respeito ao investimento em dívida privada. Mudança foi promovida pela atualização regulatória do BCE.

O Governo publicou, esta quinta-feira, em Diário da República (DR) uma portaria que altera as regras do fundo de reserva da Segurança Social relativas ao investimento em dívida privada, adequando-as às recentes atualizações regulatórias introduzidas pelo Banco Central Europeu (BCE).

Assim, refere o documento que entra em vigor na sexta-feira, “entende-se que o critério de notação dos bancos por agência de rating deve ser substituído pela sujeição das instituições bancárias às normas regulatórias previstas no direito da União Europeia bem como a normas regulatórias tão ou mais exigentes do que aquelas”.

O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) foi criado pelo Decreto-Lei n.º 259/89, de 14 de agosto, tendo como objetivo a estabilização dos saldos do regime geral da Segurança Social, estando o seu investimento sujeito às regras definidas no seu regulamento de gestão aprovado pela Portaria n.º 1273/2004, de 7 de outubro.

A composição do património do FEFSS passa assim a ser de “máximo de 40% em títulos representativos de dívida privada, excluindo depósitos, com a condição do rating dos emitentes não ser inferior a «BBB -/Baa3» ou equivalente (investment grade), incluindo emissões de papel comercial, ações preferenciais, unidades de participação em organismos de investimento coletivo que restrinjam a sua política de investimentos a investimentos em dívida com notação de risco investment grade e ainda outros instrumentos financeiros representativos de dívida privada”.

Na salvaguarda do critério de diversificação, a aplicação de valores em títulos emitidos por uma entidade ou as operações realizadas com uma mesma contraparte não pode ultrapassar 20% dos respetivos capitais próprios, com exceção dos investimentos em fundos imobiliários cujo limite é de 30%, nem 5% dos ativos do FEFSS, lê-se no documento.

Com esta alteração, o Governo alarga assim o limite previsto para investimento em fundos imobiliários, que até agora estava fixado em 20%.

As entidades que sejam contraparte do FEFSS em operações financeiras que envolvam risco de crédito para o fundo “devem ser instituições sujeitas às regras prudenciais vigentes na União Europeia ou a regras prudenciais no mínimo tão exigentes como as da União Europeia e devem cumprir pelo menos um dos seguintes critérios: encontrar-se localizado no espaço económico europeu, encontrar-se localizado num país da OCDE pertencente ao grupo dos dez ou ter, no mínimo, uma notação de risco (investment grade).

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Remessas de imigrantes angolanos em Portugal caem 50% em novembro

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

De acordo com o Banco de Portugal, no último mês de novembro, Portugal viu uma quebra de 50% nas remessas dos trabalhadores angolanos.

As remessas que os angolanos a trabalhar em Portugal enviaram para o seu país caiu quase 50%, descendo de 1,73 milhões de euros em novembro de 2016 para 870 mil euros em novembro do ano passado.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, colocados no Boletim Estatístico, as remessas dos trabalhadores angolanos tiveram uma queda de 49,7%, traduzindo uma descida de 1,73 milhões de euros, enviados em novembro de 2016 para Angola, para 870 mil euros, enviados em novembro do ano passado.

A descida das remessas dos angolanos a trabalhar em Portugal é bastante mais significativa que a quebra nas verbas enviadas pelos trabalhadores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) em território nacional, cujas remessas diminuíram 16,7%.

Os estrangeiros lusófonos a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem 3,25 milhões de euros em novembro do ano passado, o que revela uma descida de 16,7% face aos 3,9 milhões que enviaram em novembro de 2016. Olhando apenas para os portugueses a trabalhar nos PALOP, houve um aumento das verbas enviadas para Portugal, que passaram de 24,61 milhões para 25,83 milhões de euros, no mesmo período, o que revela uma subida de 5%.

No total mundial, as remessas dos emigrantes subiram 2,99%, para 283,4 milhões de euros em novembro, ao passo que as verbas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal aumentaram 10,7%, para 45,3 milhões de euros.

As verbas enviadas pelos portugueses a trabalhar no estrangeiro passaram de 275,1 milhões de euros, em novembro de 2016, para 283,4 milhões de euros em novembro do ano passado, o que revela uma subida de 2,99%. Em sentido inverso, as remessas enviadas pelos estrangeiros a trabalhar em Portugal aumentaram de 40,94 milhões de euros, em novembro de 2016, para 45,31 milhões de euros em novembro do ano passado, demonstrando uma subida de 10,7%.

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