Luís Montenegro: “Não faz sentido nenhum eu estar na direção” de Rui Rio

  • ECO
  • 17 Janeiro 2018

Luís Montenegro afirma que não está disponível para integrar a direção do novo presidente do PSD. O social-democrata admite existirem "algumas divergências" com a estratégia política de Rui Rio.

Luís Montenegro não está disponível para integrar a direção política de Rui Rio. O social-democrata, que apoiou a candidatura de Pedro Santana Lopes à liderança laranja, admite a existência de “algumas divergências” quanto à estratégia política do novo presidente do PSD.

“Não faz sentido nenhum eu estar nesta direção”, disse o social-democrata no programa da TSF “Almoços Grátis”. “Independentemente de lhe desejar toda a sorte e de poder contribuir e ajudar a que o PSD com ele possa vencer as eleições não serei seguramente uma das figuras da sua direção política“, afirmou Luís Montenegro.

Luís Montenegro apoiou Santana Lopes na corrida à liderança do PSD, mas disse aceitar o resultado das diretas, uma vez que o “desafio seria o mesmo quer ganhasse” Rio ou Santana. “O PSD não deve estar condenado a passar episodicamente pelo Governo apenas para corrigir os erros mais gritantes que a governação socialista vai deixando”, refere o social-democrata.

Foi no sábado passado que Rui Rio foi eleito presidente do PSD, o maior partido da oposição em Portugal. O candidato levou a melhor face ao ex-primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes. No discurso de vitória, foi ao ex-primeiro-ministro que deixou um agradecimento pela sua “generosidade” e “empenho”. Ao mesmo tempo que tentou unificar, Rio deixou palavras duras para dentro do partido: “O PSD não foi fundado para ser um grupo de amigos”, afirmou, recusando ceder a “interesses individuais”.

Para Luís Montenegro, “a união deve ser construída por quem ganhou”, e também por quem perdeu, mas “com uma responsabilidade maior de quem ganhou”.

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Novo Duster? “Se o Governo mudar as portagens, lançamos amanhã”

A Renault pretende lançar quatro novidades este ano, entre elas está o novo Dacia Duster que, será lançado "amanhã", caso o Governo mude as portagens.

A Renault cumpriu mais um ano de liderança em Portugal. São já 20. O Clio brilha, mas os SUV estão a crescer. E o Dacia Duster será uma arma… O problema são dois centímetros que pagam Classe 2.

É um mal que atinge todas as marcas por igual. Os automóveis estão mais altos, por questões de segurança europeias, mas acabam por embater nos pórticos das autoestradas. Em vez de Classe 1, pagam Classe 2. E os consumidores torcem o nariz. De tal forma que a Renault está a fazer um compasso de espera para lançar o novo Dacia Duster para ver se o Governo muda as regras. Se não mudar, mudam o Duster.

A Renault pretende lançar quatro novidades este ano, a que se somam mais dois da Dacia, a marca low cost do Grupo. Um deles é o renovado Duster, um modelo do segmento que mais adeptos tem conquistado no mercado nacional — representa cerca de 20% das vendas em Portugal. Quando chega às estradas? “Amanhã… se o Governo mudar as portagens“, diz Ricardo Oliveira, diretor de comunicação da Renault Portugal.

E se o Executivo de António Costa não ceder? “De outra forma vamos alterar o Duster só para Portugal“, admite. O problema é que este novo SUV tem 112 cm ao eixo dianteiro, mais dois do que o que está definido na lei, levando a que o valor a pagar pelos condutores nas portagens nacionais seja mais elevado. Em alguns casos chega a ser mais do dobro do preço da Classe 1.

Não é a primeira vez que a Renault tem este problema em Portugal, ainda que agora esteja mais abertamente contra a forma como são definidas as Classes dos automóveis. Koleos, Grand Scenic e Kadjar são modelos Classe 2, mas que a marca conseguiu homologar como Classe 1 com identificador eletrónico. Não conseguiu por ter reduzido a altura do carro, mas sim por estes serem modelos homologados com um peso bruto de 2.300 kg.

Enquanto a gama Scenic só existe na versão Grand Scenic (o Scenic não dava para homologar com o peso superior), o Kadjar levou a Renault a mudar o eixo traseiro do SUV só para Portugal, o que atrasou a chegada ao mercado em quase dois anos. O Kadjar é o “primo” do Nissan Qashqai, modelo que tem brilhado neste segmento, já que foi o precursor deste tipo de automóveis.

Mais SUV, mais vendas

Os SUV são cada vez mais importantes para as marcas. Pesam bastante nas vendas, levando a uma oferta reforçada por parte de todas as fabricantes. E a Renault tem tirado partido desse movimento. Dos cinco modelos mais vendidos em Portugal, três são da Renault. E desses, um é um SUV.

O Renault Clio é líder de mercado, com um total de 12.743 unidades vendidas em 2017. O Megane e Captur são o terceiro e quinto mais vendidos em Portugal, respetivamente. Números que permitiram que 2017 tenha sido “um ano especial para nós. São 20 anos de liderança consecutiva em Portugal”. Como Grupo, ou seja, com a Dacia, atingiu 17,14% de quota do grupo, melhor resultado desde 1989. A Renault ficou com 14,5% do mercado, o melhor registo desde 2004, e Dacia vendeu 6.900 carros, ficando com 2,65% de quota de mercado.

No caso dos elétricos, mercado que cresceu 128,7% em 2017, a “Renault fez mais de metade” das vendas, diz Ricardo Oliveira. O “Zoe vendeu em 2017 tanto quanto tinha sido o total do mercado em 2016”, salientou. “E os pedidos estão a aumentar tanto dos particulares como do setor público, nomeadamente das câmaras municipais. Mas as grandes empresas estão também a investir cada vez mais na mobilidade elétrica“, nota Fabrice Cebola, administrador-delegado da Renault Portugal.

Financiamento “paga” crescimento

Parte do crescimento das vendas de automóveis em Portugal deve-se ao crédito. E já Renault não é exceção. Só o RCI Banque, a financeira da fabricante francesa, concedeu 337 milhões de euros, o melhor resultado em 20 anos. Esta financeira concedeu empréstimos para 46,3% dos carros vendidos no ano passado pelo Grupo. Ou seja, quase um em cada dois foi vendido com financiamento. E se se olhar apenas para os particulares, a expressão é ainda maior. Sete em cada dez carros vendidos a particulares foram financiados, ou seja, 70% do total.

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Vieira da Silva diz que se deviam evitar situações de “descontinuidade” com precários

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Janeiro 2018

Ministro entende que deviam ser evitadas situações "de impasse", referindo-se ao caso de trabalhadores precários cujo contrato está a terminar enquanto aguardam resposta ao requerimento para PREVPAP.

O ministro do Trabalho defendeu esta quarta-feira que os serviços deviam tentar evitar situações de “descontinuidade” com trabalhadores contratados a prazo que esperam vir a ser integrados no Estado através do programa de regularização extraordinária de vínculos precário da Administração Pública (PREVPAP).

A questão foi levantada no Parlamento. O PCP foi uma das bancadas parlamentares que abordou o assunto, salientando que há trabalhadores que entregaram requerimento para o PREVPAP e cujo contrato está a terminar, acrescentando então que a lei determina que estes vínculos devem ser prorrogados. Esta semana, o Diário de Notícias dava conta de que há trabalhadores precários que estão a ser dispensados enquanto aguardam resposta ao requerimento, porque o seu contrato a prazo chegou ao fim.

Vieira da Silva começou por apontar para o prolongamento do período concursal, que se deve sobretudo a “solicitação sindical” e que veio confirmar que o número de trabalhadores que se consideravam em situação irregular “era basicamente aquele que já estava identificado”.

O ministro admitiu “algum atraso neste processo”, mas espera que o processo possa rapidamente entrar em fase concursal. E reconhece que “há de facto um problema” no que toca a relações de trabalho precárias. Na leitura apresentada pelo ministro, a lei só prevê que haja “prolongamento da contratação em caso de parecer positivo” da CAB (Comissão de Avaliação Bipartida).

Mas por uma “razão de bom senso”, dever-se-ia evitar situações “de impasse a esse nível”, de enviar as pessoas para casa até ao momento de uma eventual aprovação, notou o ministro. Vieira da Silva defende então que deveria ser evitada “uma situação de descontinuidade”, nomeadamente com “pessoas que poderão vir a ser inseridas num processo de integração”.

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Nova SBE de Carcavelos à procura de mais investidores

Com abertura prevista para setembro deste ano, do investimento de 50 milhões faltam cobrir 14. Privados podem ter 'mão' no novo Campus da Nova SBE.

Pedro Santa-Clara, da Nova SBE.Paula Nunes/ECO

Quer colocar um tijolo na próxima Nova SBE, em Carcavelos? Pode. O apelo foi feito por Pedro Santa-Clara, responsável pelo projeto que se prepara para inaugurar o novo campus da Nova SBE [atualmente em Campolide, Lisboa].

O projeto, avaliado em 50 milhões de euros, tem coberto já parte do investimento: em ‘campanha’ de fundraising desde há cinco anos, a universidade internacional e considerada uma das melhores a nível mundial conta já com 35 parceiros privados que foram responsáveis pelo financiamento de 36 milhões. “Faltam 14 milhões para chegarmos ao objetivo”, explicou esta manhã, no campus em construção, Pedro Santa-Clara, durante a apresentação do plano de atividades de Cascais para 2018.

Queremos fazer deste projeto um daqueles casos de orgulho nacional.

Pedro Santa Clara

Nova SBE

“Este sonho que começou há cinco anos tem como ponto alto a mudança em setembro, de Campolide para aqui. Este espaço vai dar-nos a oportunidade de fazer muito mais“, acrescentou. “Hoje em dia é difícil encontrar a fronteira entre a Nova e Cascais”, diz ainda o responsável.

Depois de a Câmara de Cascais ter cedido o terreno em Carcavelos, a construção do Campus da nova Nova SBE fica a cargo de investidores privados que têm sido auscultados ao longo do tempo.

A instituição prepara-se agora para lançar uma nova campanha com “forte componente digital” de maneira a que, entre alunos e desconhecidos, se possa financiar a parcela que falta. “Queremos fazer deste projeto um daqueles casos de orgulho nacional”, explicou o responsável.

Singularity University a caminho

Uma das grandes novidades, em termos de eventos em Cascais, é a realização de um capítulo da Singularity University, um projeto internacional que está prestes a chegar a Portugal. A parceria, uma iniciativa da Nova SBE com a Beta-i e a autarquia local, inclui a organização dos primeiros programas assinados pelo projeto internacional, que se apresentam como um desafio para pensar problemáticas mundiais como a água, a energia ou a mobilidade urbana, “assuntos de dimensão global com os quais Cascais está comprometida”, explica Miguel Pinto Luz, vice-presidente da câmara.

O anúncio de que a Singularity University iria lançar os primeiros programas a nível nacional foi feito em meados de dezembro. Nesta primeira fase, em Portugal, a SingularityU vai lançar o Portugal Global Impact Challenge e o SingularityU Summit Cascais (8 e 9 de outubro).

As candidaturas a estes programas estão abertas até 6 de fevereiro e disponíveis, tanto para empreendedores como outros interessados em propor ideias que se foquem em desafios globais ligados a Organização, Educação e Ambiente. O vencedor desta primeira iniciativa terá como prémio “potenciar essa ideia num programa de dez semanas com a equipa da Singularity Ventures Incubator Program, no NASA Research Park, em Silicon Valley.

Com capítulos em todo o mundo, a Singularity University tem pela primeira vez um evento em Portugal, depois de já ter chegado a Espanha com edições em Sevilha, Bilbao, Madrid e Barcelona.

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Angola cresce menos de 3% até 2020 e tem dívida pública acima de 70%

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

Angola deve escapar à recessão em 2016, tendo crescido 0,1%, e acelerado no ano passado para 2,1%, abaixo dos 2,4% previstos para este ano e 2,8% no próximo.

Angola deverá crescer menos de 3% até 2020, depois de as receitas terem caído mais de 50% desde 2014, obrigando o executivo a aumentar a dívida pública para 71,5% do PIB, estima o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). “A dívida pública subiu de 65,4% do PIB em 2015 para 71,5% em 2016, refletindo o aumento do volume do financiamento no mercado privado para financiar o défice orçamental num ambiente de taxas altas no mercado interno e fracas receitas do petróleo”, aponta o BAD.

“Como resultado dos preços baixos internacionais do petróleo, o crescimento do PIB entre 2011 e 2015 foi de 4,7%, abaixo dos 12,6% entre 2006 e 2010”, acrescentam os analistas do banco. A descida dos preços do petróleo é a causa para praticamente todas as alterações políticas levadas a cabo pelo Governo desde meados de 2014, quando o preço baixou de mais de 100 dólares para menos de metade.

Os preços baixos prejudicaram as receitas fiscais, levando as autoridades a cortar os investimentos em infraestruturas em 55% entre 2014 e 2017“, dizem os analistas do banco, lembrando que o peso das receitas relacionadas com o petróleo caiu de 67%, em 2014, para 46% no ano passado.

Apesar dos “avanços significativos” na redução da pobreza, de 54% em 2000 para os atuais 37%, e de outras iniciativas de política económica, o BAD diz que “os persistentes desafios estruturais impedem a diversificação e o crescimento inclusivo“, apontando como obstáculos “as fracas instituições, a baixa produtividade agrícola, as infraestruturas desadequadas, a qualidade limitada dos recursos humanos, particularmente na gestão empresarial, na ciência e tecnologia, construção e manufatura”.

No total do continente africano, o BAD prevê um crescimento de 4,1%, nota que a recuperação tem sido mais rápida nos países não dependentes dos recursos e defende o financiamento do desenvolvimento pela dívida. “A recuperação do crescimento tem sido mais rápida do que o previsto, particularmente nas economias não dependentes de recursos, sublinhando a resistência de África”, lê-se no relatório.

“Estima-se que o crescimento real da produção aumentou 3,6%, em 2017, em relação a um aumento de 2,2%, em 2016, e que registará uma aceleração de 4,1%, em 2018 e 2019”, acrescenta o documento, que considera que “a recuperação no crescimento pode assinalar um ponto de viragem nos países exportadores líquidos de produtos de base, nos quais a diminuição continuada dos preços das exportações fez diminuir as receitas das mesmas e agravou os desequilíbrios macroeconómicos”.

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Portugueses são dos que menos compram online na União Europeia

Mais de oito em cada dez britânicos usam a internet para fazer compras. Em Portugal, apenas três em cada dez cidadãos o faz. Os portugueses estão na cauda da Europa no que toca ao comércio online.

Quase sete europeus em cada dez utilizam a internet para fazer compras. Em Portugal, esse rácio é bem menor: apenas três em cada dez portugueses faz compras online, segundo os dados revelados esta quarta-feira pelo Eurostat. É no norte da Europa que mais se usa a net para comprar bens ou serviços para uso próprio. A maior parte dos europeus (40%) gasta entre 100 e 499 euros nas suas compras online.

Fonte: Eurostat. Percentagem dos inquiridos que fizeram compras online nos últimos 12 meses.

Dentro da União Europeia, os britânicos são os que mais usam a internet para fazer compras. Seguem-se os suecos, os dinamarqueses e os alemães onde mais de 80% dos inquiridos disse que fez compras online nos últimos 12 meses. Portugal está no fim da lista, acompanhado pela Grécia ou Itália. Apenas 34% dos portugueses inquiridos disse que utilizou a internet para fazer compras de bens ou serviços.

Quanto às idades, não são só os jovens (entre os 16 e os 24 anos) que utilizam este tipo de método. Os internautas entre os 25 e os 54 anos utilizam a internet para fazer compras online na mesma proporção (71%) do que os mais novos. Os que menos utilizam estão na faixa etária +54 anos, mas não por desconfiarem da segurança das operações. A maior parte dos inquiridos que não utiliza internet para fazer compras não o faz por preferir comprar em lojas físicas.

O que compram? Essencialmente roupas e bens desportivos (64%) e alojamento para férias (53%). Os europeus também utilizam a internet para comprar objetos para casa (46%), bilhetes para eventos (39%) e livros, revistas e jornais (34%). E a experiência até ao momento tem sido boa para os europeus: 69% dos inquiridos garante não ter tido nenhum problema nas compras online. Dos 31% que declararam ter problemas, a principal causa estava relacionada com entregas atrasadas.

Desde 2007, a utilização da internet para fazer compras online aumentou 18 pontos percentuais. Os principais aumentos entre 2012 e 2017 verificaram-se na República Checa, Lituânia, Espanha e Itália (mais de 15 pontos percentuais). A maior parte das compras é feita através de empresas nacionais, mas essa percentagem tem vindo a cair: cada vez mais os europeus compram bens ou serviços de outros Estados-membros ou de países fora da União Europeia.

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Bancos portugueses vão ter pagamentos instantâneos ainda este ano

A SIBS vai testar com os bancos no primeiro trimestre do ano, uma nova solução com base em standards europeus que vai permitir transferências bancárias em tempo real.

A SIBS está a desenvolver uma plataforma que irá permitir aos bancos nacionais disponibilizar ao seus clientes a possibilidade de estes realizarem pagamentos e transferências instantâneas. A empresa liderada por Madalena Tomé pretende testar em conjunto com os bancos nacionais essa ferramenta que deverá estar disponível no segundo semestre deste ano.

Esta possibilidade que resulta de uma recomendação do Banco Central Europeu, e que por isso não é obrigatória, irá assim permitir que os portugueses possam realizar pagamentos instantâneos já no início do próximo ano. Esta informação foi disponibilizada por Teresa Mesquita, diretora do Departamento de Gestão de Produto num encontro com jornalistas nesta quarta-feira de manhã.

“No primeiro trimestre entra em testes” explicou esta responsável, adiantando que “no segundo semestre já vai estar disponível” essa solução, mas antevendo que só no início do próximo ano haja condições para que a sua implementação em pleno possa acontecer. Até porque, segundo Teresa Mesquita, não faz sentido arrancar com a plataforma tendo a adesão de apenas um ou dois bancos, por exemplo.

“Este é um passo em frente bastante significativo, é uma modernização dos sistemas de transferência e não é algo que se faça levianamente, porque tem implicações”, diz a esse propósito Teresa Mesquita.

Em causa está a possibilidade de os portugueses poderem passar a realizar pagamentos instantâneos. Ou seja, 24 horas por dia, com a disponibilização do dinheiro na outra conta a ser quase imediato.

No início, esta plataforma apenas vai poder ser utilizada por bancos nacionais, mas o objetivo é alargá-la aos bancos europeus e depois a instituições financeiras de outras esferas geográficas. Em termos de montantes de movimentação, estas transferências instantâneas terão um limite máximo de 15 mil euros por dia, sendo que os bancos são livres para impor limites mais baixos. Em termos de custos para os clientes resultantes da utilização desta nova funcionalidade não há nada determinado nesse sentido, mas à partida os bancos serão livres de o fazer.

Em Portugal, o serviço de MB Way disponibilizado pela SIBS já permite fazer transferências instantâneas aos titulares de cartões multibanco. De acordo com Teresa Mesquita, já são 500 mil os utilizadores dessa ferramenta em Portugal.

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A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 17 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O IGCP realizou esta quarta-feira o primeiro teste junto do mercado primário. Portugal arrancou o ano com os juros mais negativos de sempre. Relativamente ao caso Montepio, sabia que se a Santa Casa quiser avançar com o negócio, o Governo deve notificar a Comissão Europeia?

Tratando-se de uma entidade tutelada pelo Estado, colocam-se dúvidas quanto ao cumprimento das regras das ajudas de Estado. Se a Santa Casa quiser avançar com o negócio, o Governo deve notificar a Comissão Europeia para que Bruxelas estude o dossiê e se pronuncie sobre a operação.

No primeiro leilão de dívida de curto prazo do ano, Portugal conseguiu arrancar as taxas mais negativas de sempre. Subiram à praça 1.750 milhões de euros através dois leilões de Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses com juros nos -0,425% e -0,398%, respetivamente.

A PSA de Mangualde fechou 2017 a bater os números dos últimos quatro anos. A fabricante automóvel produziu 53.600 veículos e não quer ficar por aqui: prepara-se para abrir o terceiro turno de produção.

Poucos dias depois de assumir a liderança do Eurogrupo, Mário Centeno recusa a definição de anti-Schäuble e de anti-austeridade e diz que vê sinais muito encorajadores da Alemanha. Ideias deixadas em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt.

O Ministério Público recorreu da sentença do Tribunal da Concorrência que declarou nula a acusação do Banco de Portugal no processo em que o ex-presidente do BES e um administrador foram condenados por contraordenações à lei de branqueamento de capitais.

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Governo simplifica algumas regras do regulamento do Fundo Social Europeu

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

Governo quer simplificar a "complexidade da aplicação no terreno das regras associadas às elegibilidades com formadores e consultores".

O Governo introduziu algumas alterações ao regulamento do Fundo Social Europeu (FSE) de forma a simplificar a elegibilidade de despesas e custos máximos, bem com as regras de funcionamento das respetivas candidaturas.

De acordo com a portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República (DR), as alterações que agora têm em vista “assumir a estratégia de simplificação como objetivo a prosseguir pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) para o período de programação 2014-2020, revogando-se a obrigatoriedade de algumas menções relativas aos processos contabilísticos.

A intenção do Executivo com estas alterações é ainda “colmatar as dificuldades decorrentes da complexidade da aplicação no terreno das regras associadas às elegibilidades com formadores e consultores, importando simplificar, garantindo ainda um reforço na igualdade de acesso ao financiamento do FSE”.

[O objetivo] colmatar as dificuldades decorrentes da complexidade da aplicação no terreno das regras associadas às elegibilidades com formadores e consultores, importando simplificar, garantindo ainda um reforço na igualdade de acesso ao financiamento do FSE.

Portaria

Visam também o “reenquadramento estratégico” que tem vindo a ocorrer nas políticas públicas em matéria de transformação digital da Administração Pública, “importando assegurar o alinhamento das elegibilidades a considerar no contexto das intervenções destinadas à capacitação institucional da Administração Pública”.

Aproveita-se ainda a oportunidade para clarificar alguns dos aspetos relacionados com as despesas com formandos, refere o documento assinado pelo secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza.

Assim:

  • No que respeita aos encargos com formadores externos que prestem serviços no âmbito da operação apoiada, o respetivo valor padrão, ao qual acresce IVA sempre que este seja devido e não dedutível, é determinado em função dos níveis de qualificação das ações de formação.
  • Para os níveis de qualificação 5 e 6, o valor padrão é, no máximo, de 30 euros por hora de monitoria e para os níveis de qualificação 1 a 4, o valor padrão é, no máximo, de 20 euros por hora de monitoria, especifica.
  • Os encargos com consultores externos que desenvolvam atividade no âmbito de uma operação cofinanciada têm igualmente um valor padrão que é, no máximo, de 30 euros por hora de consultoria (ao qual acresce IVA sempre que este seja devido e não dedutível).
  • O número de horas de consultoria por consultor não pode ultrapassar 40 horas por semana.

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Bruxelas recomenda a Portugal avaliação de alternativas energéticas às barragens

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2018

A Comissão Europeia recomenda que Portugal avalie “a vulnerabilidade e os riscos climáticos das barragens” e que procure outras alternativas energéticas.

A Comissão Europeia recomenda que Portugal avalie “a vulnerabilidade e os riscos climáticos das barragens” e aponte para outras fontes de energia face às projeções do clima. A recomendação consta da resposta – a que a Lusa teve acesso – enviada pela comissária europeia para a Política Regional, Corina Cretu, ao eurodeputado Fernando Ruas (PSD), que a tinha questionado sobre possíveis apoios a Portugal no combate aos efeitos da seca.

“Até ao presente, as autoridades portuguesas ainda não solicitaram qualquer apoio em relação às secas”, escreveu, numa carta datada de 8 de dezembro de 2017, mas que só hoje chegou ao eurodeputado. Cretu alertou que “as projeções climáticas para Portugal indicam uma diminuição da precipitação ao longo do tempo em muitos locais”, acrescentando que “poderá ser pertinente realizar uma avaliação da vulnerabilidade e dos riscos climáticos das barragens e dos setores em causa”.

"Até ao presente, as autoridades portuguesas ainda não solicitaram qualquer apoio em relação às secas.”

Corina Cretu

Comissária europeia para a Política Regional

Para a comissária “a energia hidroelétrica, que é uma componente importante do pacote energético de Portugal, poderá ser negativamente afetada, o que mereceria uma reflexão sobre a transição gradual para outras fontes de energia renováveis”. Nesta área, informou, é “elegível o apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional” no âmbito de objetivos temáticos de apoio à transição para uma economia hipocarbónica em todos os setores, nomeadamente através da promoção da produção e distribuição de energia proveniente de fontes renováveis.

No que respeita à agricultura, Bruxelas lembrou que “o apoio ao restabelecimento do potencial de produção agrícola afetado pelas secas pode ser assegurado pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural”. Por seu lado, o Fundo de Solidariedade da União Europeia foi revisto em 2014 para “incluir uma disposição específica que permita a mobilização de fundos, mesmo no caso das catástrofes de evolução lenta como são as secas”.

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Ministro do Trabalho diz que não vai haver novo PERES

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Janeiro 2018

O PSD pediu dados da dívida à Segurança Social e quis saber se podia avançar novo programa de regularização. Vieira da Silva rejeitou a ideia, dizendo que estes programas não podem ser recorrentes.

O Governo não conta lançar outro programa de regularização de dívida à Segurança Social, à semelhança do que aconteceu com o programa PERES, revelou esta quarta-feira o ministro do Trabalho. Vieira da Silva avisa que estes programas não podem ser lançados recorrentemente porque isso seria um incentivo ao “não pagamento”.

Falando perante os deputados na comissão parlamentar do Trabalho, o governante afirmou que “estes programas não são programas que se devam lançar recorrentemente”. “Se o fizéssemos, estávamos a incentivar o não pagamento”, reforçou o ministro, indicando que o programa teve um impacto de 90 milhões de euros em 2016.

Nesse sentido, Vieira da Silva notou que “não há nenhuma ideia de lançar um programa novo de recuperação de dívida”, apontando antes para a “agilização dos sistemas de recuperação”.

Ainda que o Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES) tenha abrangido dívidas ao Fisco e à Segurança Social, a resposta do ministro dirigia-se à questão deixada pela deputada Susana Lamas, do PSD, que perguntou em concreto pelos números da dívida à Segurança Social. Vieira da Silva não incluiu estes dados na sua apresentação inicial mas prometeu remeter informação aos deputados em breve.

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PSD e CDS abertos a entendimentos com PS nas leis da transparência em cargos públicos

A direita exige mudanças às propostas apresentadas pelos socialistas, mas admite chegar a consensos. Socialistas esperam aprovar as leis de transparência até ao final de fevereiro.

Tanto o PSD como o CDS-PP dizem estar abertos a entendimentos com o PS para a aprovação de leis que reforcem a transparência no exercício de cargos públicos. Ainda assim, ambos os partidos exigem mudanças às propostas apresentadas pelos socialistas, que visam, entre outros aspetos, apertar as regras de incompatibilidades dos deputados e criar um regime para regular o lóbi. O Bloco de Esquerda e o PCP também já fizeram saber que querem que os projetos de lei vão mais longe. Mas o PS acredita, mesmo assim, que vai ser possível aprovar as leis até ao final de fevereiro.

A Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas vai reunir-se, esta quarta-feira, para discutir as iniciativas legislativas do PS. Em cima da mesa estão duas propostas desenhadas pelos socialistas: um Código de Conduta para os deputados e um regime de registo de entidades privadas que realizam representação de interesses, ou o chamado lóbi.

As propostas definem que os deputados ficam proibidos de aceitar ofertas de valor superior a 150 euros e obrigados à entrega das declarações de rendimentos — a não entrega passa a ser crime. Os deputados que exercem advocacia passam também a estar proibidos de representar quaisquer entidades públicas, bem como de integrar sociedades que o façam.

Entre outras medidas para a conduta dos deputados, há ainda regras para os políticos que sejam gestores ou acionistas de empresas, que deixam de poder participar em concursos públicos ou processos de contratação pública. Quanto ao enriquecimento ilícito, uma matéria que os partidos tentam regular desde o ano passado, o PS propõe agora que omitir, nas declarações de rendimentos, “acréscimos patrimoniais ou diminuições de passivo” acima de 50 salários mínimos, o equivalente a cerca de 29 mil euros, seja “punido com prisão até três anos”.

Questionado pela SIC Notícias sobre estas propostas, o social-democrata Luís Marques Guedes garante que “possibilidade de consenso existe e existirá sempre, porque é assim que responsavelmente se deve estar na política”. E acrescenta que, “na generalidade das áreas, não tem sido o PSD a rejeitar qualquer tipo de entendimento”, mas sim o PS, “com alguma arrogância, a achar que não precisa do PSD para nada”. Seja como for, diz, “tem de haver espaço para entendimentos” e o PSD estará “sempre na primeira fila” para os alcançar.

"Na generalidade das áreas, não tem sido o PSD a rejeitar qualquer tipo de entendimento”, mas sim o PS, “com alguma arrogância, a achar que não precisa do PSD para nada.”

Luís Marques Guedes

Deputado do PSD

Também Vânia Dias da Silva, deputada do CDS-PP, admite consensos, mas salienta que o PS terá de fazer ajustes, uma vez que o código de conduta proposto pelos socialistas abrange apenas deputados e o CDS pretende que seja alargado a todos os que exercem cargos públicos. “Todos os entes públicos têm de estar sujeitos a estas regras. Se o PS quiser vir ao encontro disto, poderá haver entendimento. Menos do que isso não faz sentido”, disse a deputada, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, também já afirmou que é preciso “ir mais longe” do que o código de conduta para deputados, defendendo um regime de exclusividade de deputados e um reforço da legislação sobre impedimentos e incompatibilidades de todos os titulares de cargos públicos.

O PCP, por seu lado, manifesta-se contra as propostas relativas à regulação do lóbi. O deputado comunista Jorge Machado diz que esta proposta “não merece o acordo” do PCP e aponta para os deputados que exercem advocacia como uma prioridade. “Há uma espécie de regime de offshore para sociedades de advogados, que não se incluem no regime de incompatibilidades” imposto aos deputados, critica.

Apesar das críticas, Pedro Delgado Alves, vice-presidente da bancada do PS, já considerou que este trabalho “está maduro” e pronto para ser votado até ao final de fevereiro. “A nossa abertura para consenso é ampla, mas há uma dimensão a partir da qual há que concluir um processo que está maduro e pronto a passar à votação”, disse esta semana.

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