Overcube reforça internacionalização com entrada nos Estados Unidos e Canadá

A plataforma online do grupo Kyaia continua na senda da internacionalização. Depois de Portugal, Espanha, Reino Unido e Alemanha seguem-se os Estados Unidos e Canadá.

A Overcube, plataforma online de venda de calçado e acessórios do grupo Kyaia, está a preparar a entrada nos mercados dos Estados Unidos e Canadá.

A plataforma, que fechou os primeiros sete meses de atividade com 35 marcas e quatro mercados (Portugal, Espanha, Reino Unido e Alemanha) pretende assim reforçar a internacionalização.

Uma estratégia justificada desta forma pelo CEO da empresa, Guilherme Salgueiro: “A nossa ambição é continuar a expandir o nosso portfólio além-fronteiras e, até ao final do ano, entraremos também nos Estados Unidos e Canadá. Prevemos também aumentar o nosso alcance no resto da Comunidade Europeia”.

“O que prometemos aos nossos clientes é acesso às melhores marcas de calçado, democratizando o processo de compra online, simplificando a experiência dos nossos clientes e oferecendo aos nossos parceiros o acesso imediato a clientes de mercados onde tradicionalmente não comercializavam os seus produtos”, conclui.

Para além das marcas do grupo Kyaia (Fly London, Softinos, Foreva e AsPortuguesas), é possível adquirir através deste marketplace global calçado e acessórios de mais de três dezenas de marcas, incluindo as da Lemon Jelly, Miguel Vieira, Camel Active, Sofia Costa Noir, Ben Goji, JJ Heitor, entre outras.

O grupo de Fortunato Frederico investiu um milhão de euros neste novo portal. A plataforma aposta também na simplificação das devoluções, enviando as encomendas em caixas reversíveis que podem ser utilizadas em caso de devolução.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brexit? Tony Blair está “100% contra” e diz que ainda é possível parar divórcio

A saída do Reino Unido da União Europeia está marcada para março do próximo ano, mas Tony Blair acredita que ainda é possível parar esse divórcio. Diz que irá tentar fazê-lo "até ao final".

Ainda é possível parar o divórcio mais polémico dos últimos dois anos? Tony Blair acredita que sim. No terceiro dia do Web Summit, o ex-primeiro-ministro britânico frisou que irá tentar evitar a concretização do Brexit “até ao final” e apelou à realização de um segundo referendo sobre esta matéria.

Tony Blair esteve no palco principal do Web Summit.

“Estou 100% contra o Brexit”, garantiu o político. “Vou tentar pará-lo, até ao final. Penso que é possível parar”, disse. Na opinião de Blair, a saída do Reino Unido do bloco europeu, deixará as economias de ambas as partes debilitadas.

Sobre as várias possibilidades atualmente em cima da mesa, o ex-governante considerou “dolorosa” uma saída sem acordo, mas não deixou elogios aos feitos de Theresa May. Aliás, definiu-a como “inútil”. “O acordo está a tentar contornar o Brexit, mas não há como contornar o Brexit”, salientou.

Nesse sentido, Tony Blair apelou à realização de um segundo referendo sobre o Brexit, agora com os cidadãos mais conscientes das consequências dessa saída.

Esta não é a primeira vez que o ex-primeiro-ministro deixa este apelo. O político já chegou mesmo a defender que os deputados deverão chumbar qualquer acordo de modo a pressionar o Governo a ouvir de novo os cidadãos.

A saída do Reino Unido da União Europeia acontecerá a 29 de março do próximo ano, mas ainda não foi alcançado um acordo entre o Executivo de Theresa May e Bruxelas. Apesar de o Governo britânico garantir que 90% dos termos já estão consolidados, persiste uma disputa: a fronteira entre as duas Irlandas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tráfego nas estradas da Brisa aumentou 4,2% nos primeiros nove meses do ano

O tráfego médio diário nas autoestradas exploradas pela Brisa atingiu as 25.596 viaturas, um valor superior ao apurado no período homólogo, altura em que foram registadas 24.518 viaturas.

Entre os meses de julho e setembro deste ano, o tráfego médio diário nas estradas exploradas pela Brisa Concessão Rodoviária atingiu as 25.596 viaturas, um valor superior ao do período homólogo, altura em que foram registadas 24.518 viaturas. Os números são da Brisa e acabam de ser publicados no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Durante os primeiros nove meses do ano, o tráfego nas infraestruturas da Brisa aumentou 4,2%. Um aumento que foi, sobretudo, “suportado por um forte crescimento orgânico”, pode ler-se na nota informativa da empresa.

Quanto à estrutura do tráfego, os ligeiros continuam a ser a grande fatia de veículos a circular (94,5%), enquanto os veículos pesados têm uma expressão muito menos significativa (5,5%). Contudo, são os veículos pesados que registam o maior crescimento do ano: aumentaram 7,2%, sendo que os ligeiros subiram apenas 4,1%.

“Todas as autoestradas registaram taxas de crescimento positivas de tráfego médio diário [TMD] nos primeiros nove meses do 2018, como se tem vindo a verificar nos últimos anos. A A9 mantém uma taxa de crescimento elevada do TMD, devido à saturação do IC17 / CRIL”, refere a Brisa.

A operadora de infraestruturas de transporte portuguesa salienta, perante os resultados, que o crescimento é “positivo em toda a rede”.

(Notícia atualizada com mais informação às 17h22)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bots já fazem mira a empregos de programadores, diz Paulo Rosado, CEO do unicórnio OutSystems

No terceiro dia do Web Summit, o CEO da OutSystems subiu ao palco para explicar como tem o mundo da programação evoluído e deixou um aviso: nem os empregos dos programadores estão seguros.

Os robôs vão roubar aos empregos aos humanos? Segundo Paulo Rosado, nem os programadores estarão a salvo. No terceiro dia do Web Summit, o presidente executivo da OutSystems subiu ao palco para explicar como tem evoluído o mundo da programação nos últimos 50 anos, e deixou um aviso: “Há quem diga que o próximo passo é o desaparecimento dos programadores”. Isto à conta da Inteligência Artificial. E se tal acontecer, o empreendedor já deixa um conselho: “Mais vale aproveitar a vida com um bom copo de vinho”.

“Nos últimos 50 anos, os clientes passaram a pedir [o desenvolvimento de] software em dias, às vezes minutos”, salientou o CEO do segundo unicórnio português. Segundo Paulo Rosado, nesse mesmo período de tempo, essa procura foi acompanhada pelo desenvolvimento de bots que avaliam o código fonte escrito pelos programadores e preveem os próximos passos desses especialistas.

“Até agora, tínhamos bots a assistir programadores mas, agora, estamos a abdicar da arquitetura do software, adiantou o empreendedor notando que, nesse cenário de perda de funções, o papel desses especialistas passou a ser o de perceber as vontades e intenções dos utilizadores, de modo a orientar os bots.

Mas, e se mesmo esse papel for absorvido por mecanismos automáticos? Pois bem, já “há quem diga que o próximo passo seja o desaparecimento dos programadores”, disse Rosado. Em vez desses humanos, serão os próprios bots a avaliar as necessidades dos utilizadores, através dos dados recolhidos automaticamente pelos dispositivos, explicou.

“[Se isso acontecer], mais vale aproveitar a vida com um bom copo de vinho”, concluiu Paulo Rosado.

A OutSystems é uma empresa que desenvolve soluções para desenvolvimento e manutenção de aplicações de forma mais rápido. Em junho, o fundo de investimento KKR e o banco Goldman Sachs investiram 360 milhões de dólares na tecnológica, fazendo a sua avaliação tocar nos 1.000 milhões de dólares. Assim nasceu o segundo unicórnio português.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

México acelera Mota-Engil. Bolsa de Lisboa avança

A bolsa nacional fechou em alta, em sintonia com a Europa, aplaudindo o resultado das intercalares nos EUA. O BCP e a Jerónimo Martins suportaram o PSI-20, mas a Mota-Engil foi a estrela.

A praça bolsista nacional encerrou em alta, com o PSI-20 a superar novamente os 5.000 pontos. O índice português acompanhou os pares europeus, com os investidores a aplaudirem o reforço dos democratas conseguido nas eleições intercalares dos EUA. O BCP e a Jerónimo Martins foram os principais motores dos ganhos em Lisboa, mas a Mota-Engil acelerou mais de 4% à boleia da conquista de mais um negócio, desta vez no México.

O PSI-20 valorizou 0,76%, para os 5.015,34, com a maioria dos títulos que o compõem com sinal positivo. Já o Stoxx 600, índice que agrega as maiores capitalizações bolsistas europeias, somou 1%.

O BCP e a Jerónimo Martins foram os títulos que mais contribuíram para o desempenho positivo do índice bolsista nacional. As ações do banco liderado por Miguel Maya avançaram 1,59%, para os 24,85 cêntimos, na véspera de apresentar as suas contas do terceiro trimestre. Já os títulos da retalhista subiram 1,31%, para os 10,815 euros.

A EDP Renováveis também contribuiu para os ganhos, com as suas ações a valorizarem 0,45%, para os 7,855 euros. Esse registo acontece no mesmo dia em que a empresa liderada por Manso Neto anunciou as suas contas do terceiro trimestre. A EDP Renováveis fechou os primeiros nove meses com resultados líquidos de 115 milhões de euros, uma quebra de quase um terço face ao período homólogo.

Ações da Mota-Engil valorizam 4%

[eco_stock_graph label=EGLindex=“1185909,51,814” type=graph“]

Contudo, a estrela dos ganhos acabou por ser a Mota-Engil. As suas ações dispararam 4,22%, para os 1,78 euros, isto no dia em que a construtora anunciou que iniciou a 1 de novembro o fornecimento de eletricidade para a iluminação pública de toda a Cidade do México, o que originará uma faturação de cerca de 31 milhões de euros em 2019.

Em queda, destaque para apenas três títulos: Sonae Capital (-0,27%), Navigator (-0,19%) e EDP (-0,16%).

(Notícia atualizada às 16h56 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FOX Movies | Especial Westerns ao longo do mês de Novembro

  • ECO + FOX
  • 7 Novembro 2018

São 34 estreias ao longo do mês, todos os dias, a partir das 21.15, e com maratonas de fim de semana.

Em Novembro, regressa ao FOX Movies um dos géneros que melhor define o canal – o western. Ao longo de todo o mês, filmes como ‘O Homem da Lei’, ‘Django’, ‘O Bom, o Mau e o Vilão’, entre muitos outros serão exibidos todos os dias, a partir das 21h15 e com maratonas de fim de semana.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo de Espanha vai obrigar bancos a pagar imposto de selo na habitação

O Governo espanhol está contra a decisão do Supremo Tribunal de obrigar os clientes da banca a pagar o imposto de selo nas hipotecas da casa. Vai criar legislação para esse ónus passar a ser da banca.

“Nunca mais os espanhóis pagarão o imposto sobre hipotecas“. Foram as palavras usadas por Pedro Sanchéz, presidente do Governo de Espanha, após o anúncio da intenção de criar legislação que obrigue os bancos a assumirem o pagamento do imposto de Selo associado às hipotecas das casas.

A intenção que foi hoje anunciada esta quarta-feira vem assim esclarecer as dúvidas que tinham surgido depois de o Supremo Tribunal espanhol ter revertido, em outubro, uma sua deliberação de que esse pagamento caberia aos bancos. Numa sentença de meados de outubro, o Supremo Tribunal tinha decidido que era o banco e não o cliente que pede o empréstimo a ter de assumir o encargo do registo da hipoteca do imóvel adquirido com crédito.

“A entidade que deve pagar o imposto de Selo nas escrituras públicas de empréstimos com garantias hipotecárias é o credor, e não quem recebe o empréstimo”, afirmava o tribunal numa decisão inicial revelada numa carta do dia 16 de outubro, e que contrariava uma prática que era adotada até agora e na qual era o cliente a pagar este imposto de selo. A taxa desse imposto pode variar entre 0,5% e 2% do montante total do empréstimo.

A revelação dessa sentença teve um impacto muito negativo no setor, levando os bancos espanhóis a afundarem em bolsa, temendo o impacto negativo que poderia ter sobre as suas contas.

Bastou um dia para que o Supremo tribunal decidisse então reverter a sua sentença, justificando com a “mudança radical” que a sentença anunciada anteriormente significava para a jurisprudência e a sua “enorme repercussão económica e social”.

Pedro Sanchéz pretende agora contrariar em definitivo essa decisão. O líder do Governo adiantou em conferência de imprensa que aconteceu nesta quarta-feira que no próximo Conselho de Ministros, que decorre esta quinta-feira, será aprovado um decreto-lei que vai mudar a legislação em vigor e entrará em vigor já na próxima sexta-feira, após a sua publicação. A nova legislação vai determinar que “o imposto dos atos jurídicos documentados corresponderá sempre aos bancos e nunca mais aos cidadãos”, explicou Pedro Sanchéz, citado pelo El País.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Concurso para aquisição de novos veículos para Metro do Porto lançado este mês

  • Lusa
  • 7 Novembro 2018

O Metro do Porto "vai poder corresponder ao crescimento da procura que tem vindo a registar-se". "Vamos ter, a partir de 2022, mais dez milhões de clientes por ano", disse a empresa.

O concurso público para aquisição de 18 novas composições para a Metro do Porto deverá ser lançado até final deste mês, revelou esta quarta-feira a empresa, apontando que os novos veículos serão vocacionados para linhas urbanas.

“Estamos a fechar o caderno de encargos e vamos lançar o concurso público até ao final de novembro. Trata-se apenas de definir alguns aspetos técnicos e avançar. Já decidimos que os novos veículos de tipo metro ligeiro serão muito vocacionados para a utilização em linhas urbanas. Mas poderão, do ponto de vista prático, circular em qualquer uma das nossas linhas”, afirmou, em resposta à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Jorge Delgado.

O responsável acrescentou que, com as 18 novas composições, o Metro do Porto “vai poder corresponder ao crescimento da procura que tem vindo a registar-se”. “Vamos ter, a partir de 2022, mais 10 milhões de clientes por ano. Com os novos veículos o Metro do Porto vai poder responder, com fiabilidade, total segurança e qualidade de serviço, aos desafios que as novas linhas colocam”, disse.

A compra de novas composições prende-se com o alargamento da rede, estando em marcha a criação da nova linha entre S. Bento e a Casa da Música, a chamada Linha Rosa, bem como o prolongamento da linha amarela (Hospital São João/Vila Nova de Gaia) entre Santo Ovídio e Vila d’Este.

Na resposta à Lusa, a Metro do Porto referiu também que “os projetos de execução destas duas extensões do sistema estão já em fase de consulta pública, devendo os concursos para as empreitadas avançar no início de 2019”.

Quanto às empreitadas, estas vão decorrer entre o final de 2019 e 2022, sendo que as novas ligações vão acrescentar 5,6 quilómetros e sete estações à rede, representando um investimento global de 300 milhões de euros.

O metro opera atualmente em sete concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP), através de uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações, utilizada por cerca de 60 milhões de clientes por ano, conforme os dados da empresa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais uma agência de rating a dizer que Portugal é um bom investimento

A KBRA é a sexta agência internacional a atribuir um rating a Portugal e a quinta a colocar o País em "grau de investimento". A classificação é de BBB, dois níveis acima do "lixo". O outlook é estável

Há mais uma agência de notação financeira a ver a dívida portuguesa como uma boa opção de investimento. A agência norte-americana KBRA iniciou a cobertura do rating de crédito de Portugal, atribuindo uma classificação de BBB, dois níveis acima da classificação de “lixo”.

O início da cobertura da dívida soberana nacional é numa nota emitida pela KBRA a 2 de novembro.

“A Kroll Bond Rating Agency Europe atribui um rating de emitente BBB à República Portuguesa. Também atribui ratings de emitente soberano de curto prazo de K2. O rating assume um outlook estável”, diz a agência norte-americana numa nota emitida pela KBRA a 2 de novembro em que iniciou a cobertura dos títulos de Portugal.

A KBRA, que está em atividade desde 2010, é assim a sexta agência de rating internacional a atribuir classificação à divida soberana nacional. Junta-se à Standard & Poor’s, Fitch, Moody’s, DBRS e Dagong no acompanhamento do rating nacional, com esta última a ser a única a manter Portugal ainda no “lixo”. Tem uma notação de BB+

A classificação atribuída pela KBRA coloca Portugal no segundo patamar acima do “lixo”, com base em cinco fatores:

  • Integração de Portugal na União Europeia e na Zona Euro confere suporte institucional;
  • Melhoria da estrutura económica caracterizada pelo crescimento da importância das exportações, ganhos de eficiência e de competitividade, e maior participação nas cadeias globais de ganho de valor;
  • Compromisso forte do Governo relativamente à disciplina orçamental;
  • Gestão ativa da dívida reduziu os riscos de refinanciamento e fortaleceu substancialmente o perfil da dívida governamental;
  • Melhorias estruturais nas contas externas.

“O rating da República Portuguesa é apoiado pelo elevado grau de desenvolvimento económico, pontos fortes a nível institucional que foram ainda mais sustentados pela adesão à União Europeia e à Zona Euro, e a forte gestão económica do Governo no após crise“, contextualiza esta agência de notação financeira.

Em sentido negativo, a KBRA diz que “as principais restrições ao rating relacionam-se com o elevado fardo da dívida governamental que limita a flexibilidade orçamental, a taxa de crescimento potencial moderada, o elevado nível de endividamento de toda a economia […] e nas fraquezas do setor bancário“.

Portugal junta-se assim aos EUA e ao Reino Unido, na lista de economias cujos ratings começaram a ser classificados pela KBRA este ano. A equipa de research da agência de notação financeira norte-americana acompanha ainda outras economias como a China, a França ou a Irlanda.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Índice de bem-estar dos portugueses continuou a crescer em 2017

  • Lusa
  • 7 Novembro 2018

Educação, participação cívica e governação são os domínios mais favoráveis. Já o trabalho, a remuneração e a vulnerabilidade económica são os que registaram a evolução mais desfavorável.

O índice de bem-estar dos portugueses continuou a crescer em 2017, com a educação, participação cívica e governação a apresentarem a evolução mais favorável e o trabalho, remuneração e vulnerabilidade económica a mais desfavorável, revela esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados preliminares do INE para 2017 revelam “um crescimento anual de 3,8% do índice de bem-estar”.

“O índice de bem-estar [IBE] da população portuguesa evoluiu positivamente entre 2004 e 2011, tendo registado uma inflexão em 2012. Recuperou no ano seguinte, estimando-se uma continuação de crescimento para 2017, ano em que terá atingido 131,4 após um resultado de 126,6 em 2016“, afirma o instituto.

O IBE retrata a evolução do bem-estar da população, recorrendo a dois índices sintéticos, que traduzem duas perspetivas de análise: condições materiais de vida e qualidade de vida.

“Entre 2004 e 2013, estes dois índices evoluíram, genericamente, em sentidos opostos, com o primeiro a evidenciar uma tendência decrescente, e o segundo a apresentar uma tendência crescente. A partir de 2013 iniciaram uma evolução no mesmo sentido: o da melhoria do bem-estar, em Portugal”, refere o INE.

Dos dez domínios que integram o IBE, a educação e a participação cívica e governação são os que apresentaram uma evolução mais favorável. Inversamente, os domínios trabalho e remuneração e vulnerabilidade económica são aqueles cuja evolução foi mais desfavorável, embora tenham vindo a recuperar desde 2013.

O domínio da educação, conhecimento e competências teve “uma evolução em índice muito positiva, tendo crescido continuamente no período em estudo, apresentando o índice 212,7 em 2016”. Os dados projetados para 2017 revelam a manutenção desta tendência, embora com evolução menos pronunciada, estimando-se um índice de 215,2.

O domínio da participação cívica e governação, que desde 2006 desceu até um valor mínimo em 2010, tem vindo a crescer a partir desse ano, atingindo em 2016 o valor de 160,7.

O índice relativo ao domínio do ambiente aumentou regularmente desde 2008, registando-se apenas um pequeno decréscimo em 2015 face ao ano anterior. Os dados preliminares de 2017 mantiveram esta tendência de aumento, estimando-se um índice de 139,1.

O INE assinala também “evolução positiva” do domínio da segurança pessoal, que atingiu em 2016 o valor de 134,0, estimando-se para 2017 o valor de 144,6, e do domínio da saúde, que atingiu em 2016 um valor de 131,6 e se estima que se fixe em 137,5 em 2017.

O domínio do equilíbrio entre vida e trabalho tem vindo a decrescer desde 2012 com valores em índice de 103,1 em 2016 e estimando-se um valor de 99,9 em 2017.

“O domínio bem-estar económico apresentou um crescimento significativo até ao início da crise económica, inverteu essa tendência após 2010 até 2012 e iniciou uma recuperação desde então”, afirma o INE, que salienta nesta recuperação a evolução favorável dos indicadores de desigualdade e concentração.

O domínio vulnerabilidade económica é um dos que apresentam “a evolução mais desfavorável”, refletindo a “progressiva vulnerabilidade das famílias induzida pelo afastamento das mesmas do mercado de trabalho e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação”.

Registaram-se, no entanto, evoluções positivas a partir de 2014, devidas sobretudo à redução da taxa de privação material e da taxa de risco de pobreza. A partir desse ano, todos os indicadores deste domínio apresentaram uma evolução favorável.

O trabalho e remuneração é a componente do bem-estar com “evolução mais desfavorável”, devido essencialmente ao aumento do desemprego, que se acentuou a partir de 2009.

“A partir de 2013 verifica-se uma inversão desta tendência, tendo-se projetado para 2017 a continuação desta melhoria”, refere o INE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Andrea Enria, presidente da EBA, vai liderar supervisão do BCE

Se o nome for aprovado em Bruxelas, Andrea Enria vai passar a liderar o conselho de supervisão do BCE a partir de 1 de janeiro de 2019.

O italiano AndreaEnria, atual presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), vai passar a liderar a unidade de supervisão bancária do Banco Central Europeu (BCE).

A informação foi confirmada pelo próprio BCE, em comunicado divulgado esta quarta-feira. “O conselho de governadores do BCE nomeou hoje Andrea Enria como novo diretor do conselho de supervisão. Foi selecionado de uma shortlist de candidatos elaborada pelo conselho de governadores a 26 de setembro”, pode ler-se no comunicado.

A nomeação, detalha a instituição, já foi comunicada ao presidente da Comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, Roberto Gualtieri, bem como ao presidente do Conselho para os Assuntos Económicos e Financeiros, Hartwig Löger.

Andrea Enria, de 57 anos, será agora convidado pelo Parlamento Europeu para uma audição pública. “Se aprovado pelo Parlamento Europeu e confirmado pelo Conselho da União Europeia, Enria vai suceder a Danièle Nouy como diretor do conselho de supervisão a partir de 1 de janeiro de 2019“, pode ler-se no comunicado.

Notícia atualizada às 15h53 com mais informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE para 2019 é de “estabilidade”. Itália é um “incómodo”, diz Teixeira dos Santos

  • ECO
  • 7 Novembro 2018

Teixeira dos Santos desvaloriza o abrandamento da economia portuguesa. Mostra-se mais preocupado com a tensão entre Roma e Bruxelas, mas acredita que "arranjar-se-á uma solução para evitar o pior".

Fernando Teixeira dos Santos considera a proposta de Orçamento de Estado para 2019 (OE2019) “de estabilidade” e desvaloriza as projeções de abrandamento do crescimento económico tanto para o corrente ano como para o próximo. Já sobre Itália, diz ser um “incómodo” o diferendo entre Roma e Bruxelas, mas acredita que tudo se resolverá.

Segundo o presidente executivo do EuroBic e ex-ministro das Finanças, que falava em Vilamoura, no Fórum Desafios e Oportunidades, o cenário macroeconómico apresentado na proposta de OE2019 “não é preocupante”, porque a quebra prevista é “natural” e também “não é significativa”.

Por outro lado, defende o professor, os valores projetados para este e para o próximo ano comparam com os resultados de 2017, “um ano extraordinário de forte recuperação pós-crise”, especialmente na Europa e da qual Portugal beneficiou.

Para o setor bancário, no entanto, acrescenta Teixeira do Santos, as previsões “são boas notícias”, porque, embora se preveja uma desaceleração do consumo privado, o cenário macroeconómico também aponta para uma melhoria do crescimento do investimento, catapultando a concessão de crédito.

Braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas é “incómodo”

Questionado sobre o chumbo do orçamento italiano pela Comissão Europeia (CE), assim como sobre as eventuais consequências para a Zona Euro em caso de não haver um acordo, o ex-ministro das Finanças reconheceu que Itália “é um fator de preocupação” e que o braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas é “incómodo”.

De acordo com Teixeira dos Santos, a autoridade da CE está a ser “testada”, mas também está a ser questionada a sua legitimidade para intervir de forma corretiva nos orçamentos nacionais dos países-membros – “uma regra criada na sequência da crise”, lembra.

"Ao fim do dia, quem vai ditar o destino da política orçamental de Itália são os mercados: é saber se sim ou não os mercados convivem com um orçamento como aquele que a Itália quer levar por diante.”

Teixeira dos Santos

Presidente executivo do EuroBic

Segundo o presidente executivo do EuroBic, vários países-membros até entendem que não deve ser a CE a exercer essa supervisão das políticas orçamentais mas sim o Fundo Europeu de Estabilidade, considerada uma autoridade técnica, independente e “pouco suscetível de captura política pelos estados-membros”.

Contudo, considera o professor, “ao fim do dia, quem vai ditar o destino da política orçamental de Itália são os mercados: é saber se sim ou não os mercados convivem com um orçamento como aquele que a Itália quer levar por diante”.

Para Teixeira dos Santos, se os spreads da dívida pública italiana se agravarem nesta tensão e se os mercados penalizarem muito Itália e se isso contagiar outros países da União Europeia, então aí “podemos ter um problema mais sério”.

Apesar da tensão, o presidente do EuroBic acredita que vai haver “bom-senso” para resolver este diferendo, não só porque a Itália é “demasiado grande para cair”, mas também atendendo às declarações de Mário Draghi – “presidente do Banco Central Europeu, italiano, bem informado”, recorda Teixeira dos Santos – que, ao comentar a situação italiana, disse encarar com “confiança” a evolução do desenrolar das negociações.

“Ao fim do dia, arranjar-se-á uma solução para evitar o pior cenário”, conclui Teixeira dos Santos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.