Hoje nas notícias: Ensino, austeridade no PSD e Avillez

  • ECO
  • 5 Junho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Vários jornais escrevem, esta terça-feira, sobre os resultados das provas de aferição feitas pelos alunos do ensino básico, e o diagnóstico é pouco animador. O Diário de Notícias dá conta de que quase metade destes alunos não sabe situar Portugal no mapa da Europa. No campo da política, Rui Rio vai impor medidas de austeridade para controlar as contas do PSD, que voltou a agravar os prejuízos no ano passado. E uma boa notícia: o Fisco vai dar uma tolerância de 30 dias para a entrega do IRS, que terminava no dia 1 de junho.

Quase metade dos alunos não sabe situar Portugal no mapa da Europa

Entre os mais de 90 mil alunos que realizaram provas de aferição de História e Geografia do 2.º ciclo, no ano passado, 45% não sabia localizar Portugal continental no mapa da Europa, utilizando os pontos colaterais da rosa-dos-ventos. Este é apenas um dos vários indicadores analisados num relatório que abrange dois anos de provas de aferição, realizadas em 2016 e 2017, de várias disciplinas e anos de escolaridade. A maior dificuldade destes alunos, conclui o relatório, não será a falta de conhecimento da matéria, mas a pouca capacidade de aplicar esse conhecimento quando não se trata apenas de repetir factos memorizados, mas de recorrer também ao raciocínio lógico. Leia a notícia completa no Diário de Notícias.

Rio impõe austeridade no PSD

Rui Rio que voltar a equilibrar as contas do PSD, que no ano passado agravou os prejuízos para 2,48 milhões de euros. Para isso, vai colocar em prática medidas de contenção de custos no partido: a sede e as estruturas não poderão apresentar saldos negativos anuais e terão de pedir autorização prévia para despesas não previstas. Na prática, há três iniciativas que poderão sofrer cortes: a Festa do Pontal; a Universidade de Verão da JSD; e o aniversário do partido, em maio. Para além destas medidas de cortes de custos, Rui Rio prepara-se ainda para propor uma alteração à lei do financiamento partidário para clarificar a responsabilização dos diretores financeiros das campanhas autárquicas em gastos excessivos e não previstos em orçamentos. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Fisco dá tolerância de 30 dias para entregar IRS

O prazo para entregar o IRS relativo ao ano passado terminou no dia 1 de junho, mas a Autoridade Tributária vai dar uma tolerância de 30 dias, sem multa, para que quem não entregou possa regularizar a sua situação. Os contribuintes abrangidos pelo IRS automático já tinham um prazo de 30 dias para validarem a sua entregam sem penalização. Já os restantes contribuintes tinham os mesmos 30 dias para entregarem uma declaração de substituição. A combinação destes dois fatores alarga a tolerância para todos, diz o jornal. Leia a notícia completa no Correio da Manhã.

José Avillez compra cinco restaurantes no Porto

José Avillez comprou o grupo de restauração Cafeína, no Porto, que é constituído por quatro restaurantes na zona nobre da Foz e um na Baixa da cidade. A operação deverá ficar concluída até ao final deste mês, segundo antecipa o empresário Vasco Mourão, dono dos restaurantes Cafeína, Terra, Portarossa e Casa Vasco, na Foz, e Panca Cevicheria & Pisco Bar, na Baixa. O objetivo é “fazer crescer o grupo de forma mais sustentada, juntando sinergias e capacidades, mas mantendo o seu ADN e as suas marcas”, explica Vasco Mourão, que continuará no projeto como sócio. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Estado encaixa três milhões com quadros de Miró

As obras do pintor Joan Miró, que faziam parte do universo do antigo Banco Português de Negócios (BPN) e que passaram para a posse do Estado, já renderam três milhões de euros aos cofres públicos. As obras do pintor catalão são propriedade da Direção-Geral do Património Cultural, mas estão cedidas para exibição ao público à Fundação Serralves, no Porto. A receita de bilheteira já pagou 50% do investimento feito nas obras de arte. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias.

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José Avillez compra Cafeína. Tem mais cinco restaurantes no Porto

  • ECO
  • 5 Junho 2018

O chef português junta assim mais cinco restaurantes ao seu portefólio, tendo já programada a abertura de mais dois espaços na Invicta.

O chef José Avillez, que abriu nos últimos seis meses seis espaços em Lisboa, comprou o grupo Cafeína, do Porto, que conta com quatro restaurantes. Avillez adiciona assim ao seu portefólio os restaurantes Cafeína, Terra, Portarossa, Casa Vasco e Panca Cevicheria & Pisco Bar

A notícia é avançada esta terça-feira pelo Jornal de Negócios (acesso pago) e foi confirmada junto do ainda dono dos restaurantes, Vasco Mourão, que apontou que a operação ficará fechada no final deste mês de junho. Não são conhecidos os valores da operação.

Os novos restaurantes de José Avillez, o chef português distinguido com duas estrelas Michelin, espalham-se por entre a zona nobre da Foz-do-Douro e a Baixa da cidade, sendo que o último abriu no verão passado, na Rua Sá de Noronha.

Mourão ficará no grupo como sócio e gestor, sendo que está já nos projetos dos dois empresários abrir mais dois espaços na cidade portuense. O grupo de Avillez conta já com dois restaurantes no Porto, e emprega, no total dos seus 16 espaços, 550 pessoas.

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Cada cidadão produziu 1,32 quilos de resíduos por dia em 2017

  • Lusa
  • 5 Junho 2018

O Relatório do Estado do Ambiente indica que do total de resíduos urbanos recolhidos, 83,5% tiveram origem em recolha indiferenciada.

Cada cidadão em Portugal continental produziu 1,32 quilogramas de resíduos por dia em 2017, totalizando 4,75 milhões de toneladas, mais 2,3% que no ano anterior, refere um documento hoje divulgado.

O Relatório do Estado do Ambiente (REA), que será apresentado esta terça-feira, indica que do total de resíduos urbanos recolhidos, 83,5% tiveram origem em recolha indiferenciada. No ano passado, a deposição de resíduos urbanos biodegradáveis em aterro aumentou para 43%, mais dois pontos percentuais que em 2016.

“Este aumento, alinhado com o crescimento do consumo, não foi acompanhado por um acréscimo da recolha diferenciada”, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que elaborou o documento.

Os dados provisórios para 2017 apontam para um aumento de 21% no total dos rendimentos provenientes do ecovalor (valor pago pelos fabricantes para tratamento de resíduos), para cerca de 101 milhões de euros.

Este comportamento deve-se “à entrada em vigor de uma nova geração de licenças para os sistemas de fluxos específicos de resíduos que atribuem às entidades gestoras obrigações acrescidas no sentido do aumento da transparência de gestão, bem como à diminuição do valor de retoma de vários materiais”, explica a APA.

A quantidade de produtos colocada no mercado diminuiu, situando-se em 1,3 milhões de toneladas, menos 20,6% que em 2016. O REA refere ainda que os produtores e importadores pagaram, em média, no ano de 2017, cerca de 76 euros por tonelada de produto colocado no mercado. Os valores mais afastados da média dizem respeito ao fluxo dos pneus usados (142 euros por tonelada) e dos veículos em fim de vida (um euro por tonelada).

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CMEC: PS quer ouvir Pinho, Salgado e Catroga

  • Lusa
  • 5 Junho 2018

Para além de ex-governantes, o PS quer ouvir na comissão de inquérito Ricardo Salgado, José Maria Ricciardi, António Mexia e Eduardo Catroga.

O PS quer ouvir quase 50 personalidades na comissão de inquérito às rendas excessivas da energia, incluindo o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, o ex-presidente do BES Ricardo Salgado e o atual secretário de Estado da Energia.

No requerimento do PS entregue na comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, a que a agência Lusa teve acesso, é ainda solicitado um conjunto de documentos e audições a empresas e a entidades.

O requerimento será votado, juntamente com os apresentados pelos outros partidos, na terça-feira, na reunião da comissão de inquérito, que foi proposta pelo BE e aprovada por unanimidade no parlamento.

Entre os ex-governantes que o PS quer ouvir está Manuel Pinho (antigo ministro da Economia do Governo de José Sócrates), Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira (antigos ministros das Finanças e da Economia, respetivamente, do Governo de Passos Coelho).

Os socialistas requerem ainda a audição do ex-presidente do BES Ricardo Salgado e do antigo administrador da instituição José Maria Ricciardi. Do atual executivo socialista, o PS quer apenas ouvir o responsável pela tutela da Energia, o secretário de Estado Jorge Seguro Sanches.

O PS, no requerimento apresentado, pede também a audição do presidente executivo da EDP, António Mexia, do administrador da energética Manso Neto e do presidente do Conselho Geral e Supervisão da EDP, Eduardo Catroga.

Os socialistas querem ainda que prestem depoimentos na comissão de inquérito os ex-presidentes e a atual presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos, Vítor Santos e Cristina Portugal.

Entre o rol de antigos governantes que o PS quer na comissão de inquérito a prestar depoimento estão igualmente Álvaro Barreto (XVI Governo), António Castro Guerra (XVII Governo), Artur Trindade (XIX Governo), Carlos Tavares (XV Governo), Carlos Zorrinho (XVIII Governo), Franquelim Alves (XV Governo), Henrique Gomes (XIX Governo) e Mira Amaral (XI e XII Governo).

No requerimento que o PS dará entrada na comissão de inquérito é também pedida a audição do atual diretor geral da Direção Geral de Energia e Geologia, Mário Guedes, e os antigos responsáveis por este cargo, Carlos Almeida, Escada da Costa, Jorge Borrego, José Perdigoto, Miguel Barreto e Pedro Cabral.

REN, Brattle Group, The Boston Consulting, DECO, Caixa – Banco de Investimento, CPU Consultores, Haitong e Perella Weinberg Partners são as empresas e as entidades que o PS quer ainda nesta comissão.

Na semana passada, o BE divulgou que quer ouvir 43 personalidades na comissão de inquérito às rendas excessivas da energia, incluindo quatro antigos primeiros-ministros Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e Passos Coelho, o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o atual Caldeira Cabral.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, conferiu em 23 de maio posse à comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade, proposta pelo BE, e cuja presidente é a deputada do PSD Maria das Mercês Borges.

Os vice-presidentes escolhidos foram Carlos Pereira (PS) e Bruno Dias (PCP), tendo o PSD direito a sete deputados, o PS a seis e os restantes grupos parlamentares do BE, CDS-PP, PCP e PEV a um deputado cada.

A Assembleia da República aprovou em 11 de maio, por unanimidade, a proposta do BE para constituir esta comissão parlamentar de inquérito, que vai abranger todos os governos entre 2004 e 2018.

Um dos objetos da comissão de inquérito é a “existência de atos de corrupção ou enriquecimento sem causa de responsáveis administrativos ou titulares de cargos políticos com influência ou poder na definição das rendas no setor energético”.

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PS leva economia ao debate quinzenal. PCP quer falar sobre trabalho

  • Lusa
  • 5 Junho 2018

Questões económicas e sociais foram os temas escolhidos pelo PS, enquanto o PCP quer falar sobre as alterações ao Código do Trabalho, fundos comunitários, preço dos combustíveis e impostos.

As questões económicas e sociais foram os temas escolhidos pelo PS para abrir o debate quinzenal com o primeiro-ministro, António Costa, na Assembleia da República.

O PCP foi o único partido a escolher assuntos mais concretos, adiantando que irá confrontar António Costa com as “alterações ao Código do Trabalho, fundos comunitários, preço dos combustíveis e impostos”.

Os sociais-democratas optaram pelos habituais temas genéricos, indicando que irão interpelar o primeiro-ministro sobre “questões políticas e económicas”.

O BE indicou “políticas de saúde, laborais e sociais, economia e relações internacionais”, o CDS-PP “políticas de soberania, sociais e económicas”, o PEV “questões ambientais e sociais” e o PAN “políticas ambientais”.

No último debate quinzenal, em 23 de maio, o primeiro-ministro anunciou o lançamento de uma linha de crédito de 100 milhões de euros para pequenas e microempresas empresas situadas no interior, a par da reprogramação do Portugal 2020.

Contudo, o debate ficou também marcado pelas questões relacionadas com o ministro-Adjunto, Pedro Siza Vieira, que foi defendido pelo primeiro-ministro.

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, centrou grande parte da sua intervenção em dois casos que envolveram o ministro Adjunto: o seu pedido de escusa de matérias relativas ao setor elétrico, depois da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela China Three Gorges (CTG) à EDP, e o facto de ter criado uma empresa familiar na véspera de ser empossado.

Por seu turno, a coordenadora do BE, Catarina Martins, perguntou pelo papel de Siza Vieira na mudança de voto do PS na contribuição das renováveis, no último Orçamento do Estado.

O primeiro-ministro rejeitou qualquer incompatibilidade pessoal ou violação do Código de Conduta do Governo e sublinhou que “não teve qualquer interferência” na mudança do voto do PS em relação à proposta bloquista sobre contribuição das renováveis que acabou por ser chumbada.

Já após o debate no parlamento, o Ministério Público anunciou ter requerido ao Tribunal Constitucional uma análise das declarações de incompatibilidades e de rendimentos do ministro Adjunto.

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5 coisas que vão marcar o dia

Do debate quinzenal a um plenário de trabalhadores da Autoeuropa, em Portugal, ao encontro de Draghi com Trichet, e ao Fórum económico de Bruxelas, centram-se as atenções dos investidores.

O debate quinzenal no Parlamento, onde serão debatidos os assuntos económicos e sociais em Portugal, promete ser um dos principais marcos da agenda desta terça-feira, em Portugal. No mesmo dia, os trabalhadores da Autoeuropa reúnem-se em plenário, com uma eventual greve em cima da mesa. Também a Ibersol apresenta as suas contas do primeiro trimestre. Lá fora, Mário Centeno é um dos oradores no Fórum Económico de Bruxelas, organizado pela Comissão Europeia. Nota ainda para os 20 anos do BCE que são celebrados com uma conversa entre Mário Draghi e o seu antecessor Jean-Claude Trichet.

Debate quinzenal centrado nos assuntos económicos e sociais

“Assuntos económicos e sociais”, são estes os temas que estarão em foco no debate quinzenal com o primeiro-ministro que se realiza nesta quarta-feira no Parlamento. O tema foi escolhido pelo PS, partido a quem competirá dar o pontapé de saída para a ronda de questões a colocar a António Costa. Seguem-se as questões do BE, CDS-PP, PCP, PEV, PSD e PAN. O debate tem início às 15 horas.

Ibersol presta contas do primeiro trimestre

A empresa do setor alimentar faz o balanço da sua atividade relativa aos primeiros três meses, divulgação que será feita após o fecho do mercado. Segundo os cálculos do Caixa BI, a Ibersol terá visto os seus lucros crescerem 33,4% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, com estes a ascenderem previsivelmente a 2,6 milhões de euros. A análise do Caixa BI indica que o resultado refletirá “um abrandamento natural a nível de vendas, no seguimento da sazonalidade após um [quarto] trimestre [de 2017] tipicamente forte.

Trabalhadores da Autoeuropa reúnem-se para decidir greve

Os trabalhadores da Autoeuropa juntam-se em plenário, esta terça-feira, para falar do novo horário de trabalho imposto “unilateralmente” pela administração da fábrica de Palmela. Em cima da mesa está ainda a decisão de aderir ou não ao pré-aviso de greve que os sindicatos afetos à CGTP entregaram no início de maio. Serão realizados três plenários, às 6h00, às 9h00 e às 15h30. Os trabalhadores vão analisar as propostas da administração que sugere um novo horário com 19 turnos semanais, — ou seja, em regime de laboração contínua com trabalho ao fim de semana e trabalho noturno nos dias de semana, — que será implementado após o encerramento anual da fábrica em agosto.

Draghi e Trichet juntos para comemorar 20 anos do BCE

O Banco Central Europeu (BCE) está de parabéns: celebra 20 anos desde a sua criação. Para comemorar a data, realiza-se esta terça-feira um evento em Frankfurt que juntará numa conversa Mario Draghi e Jean-Claude Trichet, o seu antecessor na liderança da entidade responsável pela política monetária da Zona Euro. Nesta conversa não deverá falhar o tema do timing para a retirada dos estímulos monetários: especificamente o abandono do programa de compra de ativos, bem como a subida dos juros de referência. Este encontro acontece ainda a poucos dias da reunião mensal do BCE, que se realiza a 14 de junho, onde podem surgir novidades neste âmbito.

Responsáveis europeus reunidos no Fórum Económico de Bruxelas

A Comissão Europeia organiza nesta terça-feira o Fórum Económico de Bruxelas de 2018. Este fórum foi criado com o objetivo de facilitar o diálogo sobre os principais tópicos económicos entre os responsáveis políticos europeus e internacionais, líderes, académicos, sociedade civil e líderes empresariais. Este ano, o debate deste evento centra-se na economia europeia na era da disrupção digital. Para além do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, estarão também presentes os comissários de economia Valdis Dombrovskis e Pierre Moscovici, bem como o líder do Eurogrupo, Mário Centeno, e a presidente executiva do banco Santander, Ana Botin.

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Carlos Tavares contrata americanos para ajudar a transformar o Montepio

Americanos da Bain & Company vieram a Lisboa para ajudar Carlos Tavares a operar uma transformação da Caixa Económica Montepio em seis meses.

Carlos Tavares é simultaneamente CEO e chairman do Montepio.

Uma equipa da consultora norte-americana Bain & Company está a trabalhar com o conselho de administração da Caixa Económica Montepio Geral na elaboração do plano de transformação do banco, previsto para ser apresentado em setembro, apurou o ECO.

Foram estes os consultores externos contratados por Carlos Tavares para o ajudar a fazer um “diagnóstico profundo” do banco, num trabalho a ser desenvolvido até final do verão e do qual resultará um plano de transformação que visará produzir “resultados num espaço de três a quatro anos”, segundo a mensagem enviada aos trabalhadores no início do mês passado.

Quem é a Bain & Company? Uma empresa fundada em 1973, com sede em Boston e, apesar de estar presente em 36 países, não tem escritório em Lisboa. Foi criada pelos mesmos fundadores da Bain Capital, o fundo de private equity que comprou uma carteira de crédito malparado de 476 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos em julho do ano passado. Porém, apesar de terem feito parte do mesmo grupo numa fase inicial, há 30 anos que as duas companhias optaram por seguir rumos diferentes e hoje em dia estão 100% separadas.

Oficialmente, a Caixa Económica Montepio não comenta a contratação da Bain & Company. Mas o ECO sabe que a larga experiência que vai além do setor financeiro e a abordagem rápida da consultora foram critérios importantes para a escolha de Carlos Tavares, que acumula as funções de presidente executivo e de presidente do conselho de administração a título provisório até… setembro. Nessa altura, por obrigação do Banco de Portugal, terá de decidir se continuará como CEO ou como chairman da instituição — cargo para o qual foi inicialmente apontado.

Está em vista “uma profunda reestruturação” de todo o grupo Caixa Económica Montepio Geral, banco e participadas. Tavares disse aos trabalhadores que não vai fazer tábua rasa do que foi feito no passado, mas pretende “acelerar de forma substancial o processo de adaptação às novas realidades e desafios do setor. Quer “eliminar redundâncias e silos organizativos” e deseja tornar a instituição financeira num banco vocacionado para a economia social e para as PME.

Este reset parcial deu um primeiro passo quando Tavares fez uma revisão em baixa às contas anuais (não auditadas) apresentadas pelo seu antecessor, José Félix Morgado: em vez de lucros de 30,1 milhões, afinal a Caixa Económica Montepio obteve um resultado líquido de 6,4 milhões, após o reforço de imparidades para “limpeza” créditos complicados.

Ao mesmo tempo que decorrem estes trabalhos, com vista ao “caminho de mudança e reforma” que o banco precisa “criticamente de percorrer”, conforme Tavares preconizou quando tomou posse a 21 de março, banco e associação mutualista criaram um grupo de trabalho conjunto que está a avaliar toda a oferta de produtos mutualistas comercializados pela caixa económica para responder às exigências imediatas do Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Como o ECO avançou em primeira mão, o produto financeiro Capital Certo, cuja venda aos balcões se encontra suspensa, vai passar a designar-se Poupança Mutualista, numa reformulação que vai incluir ainda a informação que é prestada aos clientes na comercialização desta aplicação. Hoje são dez páginas, com muita informação, tão detalhada que se torna de difícil compreensão. Carlos Tavares quer reduzir as dez páginas a apenas três, uma com a identificação da Associação Mutualista, outra com as características do produto e, finalmente, uma última com indicadores financeiros da própria associação.

Outra das alterações poderá passar pelo nome da própria instituição. Carlos Tavares admite a possibilidade de a Caixa Económica Montepio Geral mudar de nome, mas quer manter a marca Montepio.

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Cerca de 86% dos primeiros vínculos de trabalho são a termo

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Junho 2018

Governo entende que há razões de "adequação, de proporcionalidade e de enquadramento" para o alargamento do período experimental em casos concretos. E estarão expressas na proposta de lei.

Cerca de 86% dos primeiros vínculos são a termo. Ou seja, na grande maioria dos casos, a entrada no mercado de trabalho faz-se através de um contrato a prazo. Os dados, provisórios e referentes a 2017, foram revelados esta segunda-feira por fonte oficial do Ministério do Trabalho.

“São pessoas que não tinham vínculo à Segurança Social, não tinham uma relação contributiva conhecida — ou se tinham, era há muitos anos”, explicou fonte do Governo. Ou seja, o número pode abranger casos residuais de pessoas que já trabalharam, mas essa relação contratual será tão antiga que ‘escapa’ ao sistema informático.

Esta percentagem — 86% de um total de 170 mil primeiros vínculos no conjunto da economia — manteve-se face a 2016 mas aumentou relativamente aos 81% de 2015. Em 2018, os dados dos primeiro meses apontam para cerca de 80%.

Destes 86%, a “larga maioria serão jovens”, indicou a mesma fonte. Já se sabe que o Governo quer eliminar do Código do Trabalho a possibilidade de contratar a prazo, mas para postos permanentes, jovens à procura de primeiro emprego e desempregados de longa duração (mantendo esta possibilidade apenas para desempregados há mais de dois anos).

Ainda no âmbito da contratação a prazo, o Governo também quer, nomeadamente, reduzir a duração máxima dos contratos a termo certo (de três para dois anos) e introduzir uma nova taxa de rotatividade. E acredita que, com o conjunto de medidas desenhadas, a percentagem de 86% “vá diminuindo de forma significativa”.

Período experimental alargado. Para quem?

Ao mesmo tempo que elimina a possibilidade de contratar a termo grupos específicos para postos permanentes, o Governo também quer alargar o período experimental para 180 dias, no caso de trabalhadores à procura de primeiro emprego e desempregados há mais de um ano. Esta segunda-feira, o Executivo voltou a salientar que os contratos a prazo são muitas vezes usados como forma de período experimental. “Portanto, o que nós fazemos é uma redução significativa do verdadeiro período experimental”, notou fonte do Ministério do Trabalho.

Para o Governo, aumentar o período experimental até acaba por reduzir riscos, “porque o empregador conhece melhor a pessoa”.

De acordo com o Executivo, o facto de os estágios profissionais passarem a contar como período experimental vai acabar por reduzir o grupo de pessoas abrangidas pelos 180 dias. Além disso, do conjunto de primeiros contratos, uma parte já só pode entrar com período experimental de 180 dias porque diz respeito a “pessoas qualificadas” — e portanto não há aqui qualquer aumento. Outra parte entra no mercado de trabalho via contrato a termo, para funções temporárias, acrescentou a mesma fonte.

“Só por hipocrisia é que podíamos dizer” que o risco de usar o período experimental como contrato a prazo “não existe de todo”, afirmou fonte do Executivo, mas a medida assegura “mais predisposição para contratar sem termo”.

A mesma fonte frisou que “180 dias já existem para muita gente” mas que, ainda assim, “a maior parte do período experimental continuará a ser os 90 dias” porque “é essa a natureza da maior parte dos contratos”.

Medida corre novos riscos?

O Governo já tentou alargar, no Governo de José Sócrates, o período experimental de 90 para 180 dias, mas para a generalidade dos trabalhadores. E há especialistas em direito laboral que entendem que a nova alteração, mesmo que mais limitada, continua a ter problemas de constitucionalidade.

De acordo com o Governo, há aqui razões de “adequação, de proporcionalidade e de enquadramento”, que estarão expressas na fundamentação da proposta de lei. “A anterior proposta não tinha este enquadramento da redução das razões do contrato a termo”, avançou fonte do Executivo.

E quanto ao facto de o período experimental passar a ter em conta aquelas características específicas do trabalhador? Em resposta, fonte do Ministério do Trabalho contrapõe: “Um trabalhador licenciado precisa de mais tempo para aferir a sua competência? Ou seja, quem tem mais formação de base precisa de mais tempo? Aceitamos essa diferença e não aceitamos outra que tem a ver com a experiência profissional?” Porém, “não há nenhuma decisão que não tenha riscos”, admite.

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Ministro da Ciência espera financiamento europeu entre 250 a 300 milhões de euros para Portugal

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

Manuel Heitor, indicou esta segunda-feira que o objetivo de Portugal para o próximo programa da Comissão Europeia de apoio à investigação é obter um financiamento entre 250 a 300 milhões de euros.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, indicou esta segunda-feira que o objetivo de Portugal para o próximo programa da Comissão Europeia de apoio à investigação é obter um financiamento entre 250 a 300 milhões de euros.

“Há ainda uma grande parte do financiamento que está fechado, sobretudo às grandes parcerias lideradas pelo centro e norte da Europa, e queremos abrir esse financiamento”, articulando “melhor os fundos competitivos com os fundos de coesão e estruturais e reduzindo a burocracia”, disse à agência Lusa Manuel Heitor, à margem do debate “O Futuro da Ciência em Portugal”, que decorreu no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto.

Através do Horizon Europe, o próximo programa-quadro para a Investigação e Inovação da Comissão Europeia, que estará em vigor entre 2021 e 2028, o ministro espera ver o financiamento em investigação em Portugal aumentar de 1,6% para 2%.

Manuel Heitor, que considerou haver “burocracia a mais na Europa”, frisou que é preciso “garantir uma maior distribuição das verbas na Europa”, para que Portugal consiga “trabalhar com os melhores e não estar sujeito a fluxos unidirecionais”.

“Queremos criar uma estratégia para aumentarmos a capacidade de ter, pelo menos, 2% do financiamento disponível para o programa-quadro, aumentando dos 1,6% atribuídos no programa Horizonte 2020”, tentando captar, por ano, “entre 250 a 300 milhões de euros”, salientou.

Para o ministro, cuja intervenção no debate se focou na posição de Portugal perante o novo programa-quadro, a política científica “só se pode fazer com cientistas e ciência“.

Este debate, “no meio de muitos que temos vindo a desenvolver, tem como objetivo não apenas consciencializar os cientistas sobre a dificuldade dos tempos em que vivemos, mas também garantir que a política científica resolve os problemas reais dos cientistas”, afirmou.

Segundo Manuel Heitor, o emprego científico é, atualmente, “um problema em todo o mundo”, particularmente na Europa e nas zonas do sul da Europa, como Portugal, requerendo, por isso, “instituições fortes e uma cultura dentro da própria academia”.

“O que hoje aqui ficou claro é que este relacionamento entre a universidade e a ciência, que é perfeitamente crítico, tem que ultrapassar desafios atuais e ir para novos patamares de maturidade”, acrescentou.

De acordo com o ministro, não bastam os fundos nacionais disponíveis para a ciência, sendo necessário captar os fundos estruturais e competitivos europeus.

O debate de hoje, organizado por investigadores do I3S, tinha como objetivo debater a política de investigação e inovação em Portugal, numa altura em que se discute o Horizon Europe, o próximo Programa Quadro para a Investigação e Inovação da Comissão Europeia.

O debate contou com a participação do presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, Alexandre Quintanilha, do presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão.

O presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC-TEC), José Manuel Mendonça, a diretora do Centro de Investigação da Montanha – CIMO do Instituto Politécnico de Bragança, Isabel Ferreira, e o presidente do i3S, Mário Barbosa, fizeram igualmente parte da iniciativa.

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Tecnológicas puxam por Wall Street. Apple em destaque

As ações norte-americanas fecharam em alta, com o Nasdaq próximo de máximos históricos, apoiado na Apple que divulgou o novo sistema operativo, mas também na Microsoft.

Wall Street selou a primeira sessão da semana com ganhos, prolongando a forte subida registada na sessão anterior. Os principais índices bolsistas dos EUA continuaram a ser apoiados nos bons dados do emprego divulgados na sexta-feira, mas também beneficiaram do registo positivo do setor tecnológico. Apple e Microsoft destacaram-se.

O S&P 500 terminou a sessão a valorizar 0,45%, para os 2.746,89 pontos, enquanto o Dow Jones acelerou 0,72%, para os 24.813,69 pontos. Contudo, foi o Nasdaq que se destacou, tendo negociado próximo do máximo histórico intradiário assinalado em março.

O índice tecnológico avançou 0,69%, para os 7.606,46 pontos, a beneficiar dos ganhos registado pela Apple que divulgou nesta segunda-feira o seu mais recente sistema operativo — o iOS 12. As suas ações somaram 0,8%. No mesmo sentido seguiu a Microsoft, depois de se saber que comprou a GitHub por 6,4 mil milhões de euros. As suas ações avançaram 0,8%.

“A Microsoft começou a sua vida como uma empresa que disponibilizava ferramentas de desenvolvimento. Esta é a próxima geração de ferramentas de desenvolvimento. Foi bom que a tenham conseguido comprar”, afirmou Kim Forrest, gestora de ativos da Fort Pitt Capital Group, citada pela Reuters.

Mas o setor tecnológico deu seguimento a um sentimento positivo que já se assistia na passada sexta-feira em Wall Street, dia em que foram divulgados dados positivos sobre o emprego. O desemprego na maior economia do mundo recuou para mínimos de 18 anos em maio.

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Governo quer estender nova taxa de rotatividade à Administração Pública

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Junho 2018

O setor empresarial do Estado será abrangido. E o Governo também tem intenção de aplicar a nova contribuição à Administração Pública direta e indireta.

A nova taxa destinada a entidades empregadoras que apresentem um peso elevado de contratos a termo também deverá afetar a Administração Pública. O setor empresarial do Estado não será excluído e a intenção do Governo é que também a administração direta e indireta seja abrangida pela nova contribuição.

“Existe a intenção de aplicar ao Estado”, revelou esta segunda-feira fonte do Governo, acrescentando que o setor empresarial do Estado “seguramente” vai ser abrangido. O “nosso compromisso é que seja aos empregadores, a generalidade dos empregadores”, adiantou a mesma fonte, indicando depois: “Setor empresarial do Estado, indiscutivelmente, a Administração Pública direta e indireta, estamos a estudar se podemos encontrar consistências setoriais até, se as podemos conhecer”.

Ainda não foi tomada uma “posição definitiva”, mas se for “tecnicamente possível”, a possibilidade é encarada pelo Governo. Nesse caso, a ideia é que a medida passe também a abranger o setor público quando for aplicada ao privado. No Estado, decorre ainda outro processo de regularização de vínculos precários.

Fonte oficial do Ministério do Trabalho explicou, porém, que há situações profissionais no Estado em que, “por definição, a contratação é obrigatoriamente a termo”, como é o caso dos militares. E a situação dos professores, por exemplo? “Depende dos professores”, disse a mesma fonte, indicando que no Ensino Superior “não é assim”. Falta agora conhecer os detalhes da medida, que ainda estão a ser trabalhados.

Já se sabe que a nova contribuição será aplicada a entidades empregadoras cujo peso anual de contratação a termo ultrapasse a média setorial. O pagamento poderá começar no final de 2019, frisou fonte do Executivo. A taxa é progressiva, até 2%, e pode contar com quatro escalões.

O último documento apresentado aos parceiros sociais já indicava que, para o apuramento da proporção anual de contratos a termo, não contam aqueles que são obrigatoriamente celebrados a prazo por imposição legal “ou em virtude dos condicionalismos inerentes ao tipo de trabalho ou à situação do trabalhador”. Isto além dos contratos de muito curta duração e dos vínculos celebrados para substituir trabalhador em licença de parentalidade ou baixa superior a 30 dias. O ministro do Trabalho já tinha explicado que “algumas situações profissionais que, por imposição legal, não podem ser transformadas em contratos não permanentes não serão contabilizadas para esse efeito e isso pode abranger a situação da agricultura”, um dado que já tinha sido destacado positivamente pelos representantes patronais do setor. Hoje, fonte do Governo disse que não tinha chegado, para já, a qualquer setor que, “só por ser esse setor, fique fora”.

O Governo também já tinha sinalizado que havia outras mudanças previstas no âmbito do Código do Trabalho que podiam afetar a função pública, nomeadamente apontando para a duração dos contratos a prazo. Hoje, assinalou que ainda não está a legislar nesse sentido, mas admitiu a possibilidade em “tudo que seja razoável aplicar ao Estado que decorra destas alterações”.

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Benfica avança com “queixa crime” contra Sporting por “grave difamação”

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

O Benfica informou esta segunda-feira que avançará com uma “queixa-crime por grave difamação e denúncia caluniosa” contra o Sporting, a propósito de um alegado aliciamento.

O Benfica informou segunda-feira que avançará com uma “queixa-crime por grave difamação e denúncia caluniosa” contra o Sporting, a propósito de um alegado aliciamento dos ‘encarnados’ a futebolistas dos ‘leões’.

“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa que avançará com uma queixa-crime por grave difamação e denúncia caluniosa contra a Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD, a propósito de um suposto aliciamento e assédio ilegal feito a jogadores daquele clube e cujo fundamento resulta de um simples comentário de um ex-quadro do Sporting num programa desportivo”, escreveu o clube da Luz, em comunicado.

Ainda segundo o Benfica, “a inusitada situação só se pode explicar pelo conjunto de ocorrências que são do conhecimento público, mas não iliba os seus responsáveis pelas levianas e graves difamações”.

O comunicado da SAD do Benfica acontece em resposta a um primeiro comunicado da SAD do Sporting, que anunciou a intenção de avançar com uma “ação em tribunal, e também com uma participação à FIFA”, contra os ‘encarnados’, por “assédio ilegal” a futebolistas do clube de Alvalade.

“A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD vai avançar com uma ação em tribunal, e também com uma participação à FIFA, contra a Sport Lisboa e Benfica, SAD, devido ao assédio ilegal e contra todas as normas em vigor, feito a jogadores do Sporting”, diz o comunicado dos ‘leões’.

Assinado por Fernando Correia, porta-voz do presidente, da Comissão Executiva da SAD e do Conselho Diretivo do Sporting, o comunicado explica que o assédio foi confirmado “na noite de ontem (domingo) por Octávio Machado”, que, como conhecedor dos factos, “será arrolado como testemunha”.

Em declarações à CMTV, no domingo, Octávio Machado, ex-treinador e dirigente ‘leonino’, afirmou que houve “assédio” por parte do Benfica, mais precisamente uma “tentativa de saber se essa possibilidade era viável” e “o Rui disse que não”.

A sondagem do Benfica terá sido feita depois de Rui Patrício rescindir contrato com o Sporting alegando “justa causa”, o que aconteceu após ter falhado a transferência do guarda-redes titular da seleção portuguesa para o Wolverhampton.

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