Geringonça portuguesa pode ensinar algo a Espanha e Itália? Sim e não

Dois novos governos. Um em Espanha e outro em Itália. Um sem maioria no Parlamento e outro um caldeirão político. A geringonça de Costa pode ajudar Sánchez e Conte a encontrar soluções governativas?

Espanha e Itália têm desde a semana passada novos governos. O primeiro não tem maioria e o segundo resulta de uma coligação improvável. Ninguém sabe ao certo quanto tempo vão durar e, por isso, as comparações com o que se passou em Portugal em 2015 são imediatas. Mas será que a geringonça portuguesa criada por António Costa pode dar lições a Pedro Sánchez e a Giuseppe Conte?

“A principal lição que Portugal já deu a Espanha é que o Parlamento tem vida própria”, diz ao ECO o filósofo Viriato Soromenho-Marques. Na sexta-feira, o líder do PSOE conseguiu juntar 180 deputados e através de uma moção de censura deitou abaixo o Governo de Mariano Rajoy. Em 2015, Costa reuniu 122 votos para derrubar o Executivo de Passos Coelho. Ambos chegaram a líder do Governo sem terem vencido as eleições.

"A principal lição que Portugal já deu a Espanha é que o Parlamento tem vida própria.”

Viriato Soromenho-Marques

António Costa Pinto, investigador no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, acrescenta que apesar das diferenças, Pedro Sánchez pode aproveitar alguns dos ensinamentos da geringonça de Costa. “O grande desafio do PSOE é recuperar o eleitorado que perdeu – tal como aconteceu em 2015 com Costa. No caso de Espanha a tarefa é mais fácil, porque o PP radicalizou-se. Mas Sánchez precisa de encetar modelos negociais”, que permitam resolver o principal desafio – a questão catalã.

Em Portugal, Costa esteve desde o início em permanente negociação com os parceiros que o apoiam no Parlamento. Em Espanha, o tema central é outro – o renascimento da tendência independentista da Catalunha -, mas a arte para negociar é vista como fundamental para atingir o objetivo. “Em Espanha não há grande desafio económico e social, nem uma clivagem entre direita e esquerda”, diz Costa Pinto.

"Em Espanha não há grande desafio económico e social, nem uma clivagem entre direita e esquerda.”

António Costa Pinto

A capacidade para unir — que Costa pode emprestar a Sánchez — é também sublinhada por Viriato Soromenho-Marques. “Portugal não tem um problema nacional. Espanha tem. O novo chefe do Governo espanhol tem de levantar o país mas num campo diferente” daquele onde Costa trabalhou quando assumiu a liderança do Executivo, explica o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Para Viriato só virando-se para o espaço europeu é que Sánchez conseguirá resolver os problemas internos. “Se Sánchez conseguir unir uma base de apoio e comprometer a oposição ganhando protagonismo no palco europeu poderá ter ganhos internos”, defende o professor, argumentando que, com Rajoy, “Espanha fechou-se no armário”, sendo necessário agora reposicionar o país nos debates europeus.

Se a gestão da crise nacionalista é prioritária em Espanha, Sánchez terá de perceber também que “não se pode fazer tudo ao mesmo tempo”, avisa Soromenho-Marques. Uma estratégia muito usada em Portugal por António Costa, que para conseguir a quadratura do círculo entre as suas ideias e a dos seus parceiros implementou várias políticas de forma gradual. “A ilusão de que é possível tudo para todos já não existe”, dizia em novembro último.

Apesar de reconhecerem que nalguns pontos específicos a geringonça pode inspirar Espanha, Costa Pinto lembra que no país vizinho esta não é a primeira vez que há um Governo minoritário. E Viriato sublinha que, perante a falta de maioria no Parlamento, a “capacidade de apresentar propostas será sobretudo decisiva para preparar as próximas eleições” que podem ser já em 2019.

Quanto a Itália, o caso muda de figura. “O sistema partidário já implodiu várias vezes”, diz Costa Pinto, concluindo que não há grandes lições que Guiseppe Conte possa tirar da solução governativa portuguesa. O novo primeiro-ministro italiano, um independente, foi proposto pelo Movimento 5 Estrelas e pela Liga Norte que se coligaram depois das eleições de 4 de março.

A chegada ao poder de partidos anti-imigração e com eurocéticos assustou os mercados na semana passada e as autoridades europeias lembram que Itália é um fundador da União Europeia. “As regras são iguais para todos os estados-membros e são muito robustas”, disse o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno.

“A situação económica em Itália é politicamente insustentável”, escreveu o economista Ricardo Cabral no Público (acesso pago) esta segunda-feira, lembrando que o desemprego atinge 31,7% dos jovens e desde 2008 emigraram 1,5 milhões de italianos, sobretudo jovens qualificados. Cabral cita o economista Vladimiro Giacché para dizer que “a Itália atravessa a pior crise e tempos de paz desde 1861”.

Apesar de quadro económico e social complicado que será enfrentado por um partido populista e um de extrema-direita, Viriato considera que o pior que poderia acontecer era a Itália ser ostracizada. “António Costa poderia ter um papel importante. Porque Portugal tem uma possibilidade de atuação diplomática para ajudar a construir uma frente de países do Sul mas que atravessam crises de liderança profundas”, diz o filósofo.

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CP estima perda na ordem de 1,3 milhões devido à greve

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

O presidente da Comboios de Portugal disse que a paralisação dos trabalhadores ferroviários tem um impacto na ordem dos 1,3 milhões de euros.

O presidente da CP – Comboios de Portugal disse esta segunda-feira, em Lisboa, que a paralisação dos trabalhadores ferroviários tem um impacto na ordem dos 1,3 milhões de euros e indicou que as supressões vão continuar até terça-feira. “Esta paralisação tem um impacto na perda da receita diária na ordem dos 700 mil euros. Nos três dias, deverá andar próximo dos 1,3 milhões de euros”, disse Carlos Gomes Nogueira.

O responsável referiu ainda que as supressões, que se iniciaram no domingo – um dia antes do início da greve –, devem manter-se até esta terça-feira, tendo em conta “a natureza e o modelo de exploração da CP”.

Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo estão esta segunda-feira em greve contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente.

O Sindicato Ferroviário da Revisão e Comercial Itinerante (SFRCI) disse hoje que a adesão à greve já suprimiu 85% dos comboios em todo o país.

Segundo o sindicato, a circulação deve estar normalização na terça-feira de manhã, por volta das 05:30.

Por sua vez, presidente da CP garantiu hoje que os comboios vão continuar a operar com dois agentes, tal como tem vindo a ser “regra” na empresa.

“A CP lamenta profundamente que os passageiros estejam a ser prejudicados por esta greve […]. Desde há 20 anos que a regulamentação permite a circulação de comboios em regime de agente único, sendo que, no caso da CP, nunca se prescindiu de dois agentes na tripulação. A tripulação composta por dois agentes é regra na CP […], é o nosso compromisso, que foi, formalmente, apresentado junto da tutela e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes [IMT]”, disse Carlos Gomes Nogueira.

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PSD lança “política para a infância”: Rio quer pagar dez mil euros por filho a todos os portugueses

  • ECO
  • 4 Junho 2018

A proposta insere-se no âmbito das medidas apresentadas pelo líder do PSD que visam "uma política para a infância".

O presidente do PSD pretende distribuir dez mil euros por filho por todos os portugueses. A iniciativa insere-se no âmbito das medidos de “uma política para a infância”, tendo sido anunciada nesta segunda-feira por Rui Rio, no Porto, adianta o Diário de Notícias [acesso gratuito].

A proposta insere-se no âmbito de um pacote de medidas saído do primeiro documento produzido pelo Conselho Estratégico do PSD, onde nas suas mais de 100 páginas é traçado o perfil das famílias portugueses e das condições que têm para ter os seus filhos.

A proposta do PSD é a atribuição a todas as famílias, independentemente da condição socioeconómica, de um valor anual desde o nascimento da criança até que esta complete os 18 anos. Ainda durante a gravidez as famílias recebem 428,9 euros. Nos seis anos seguintes é-lhes entregue um valor de 857,8 euros pagos anualmente até a criança completar seis anos. A partir dessa idade, reduz para um pagamento de um indexante (428,90) pago até aos 18 anos anualmente, explica o jornal. Assim, até a criança chegar à maioridade, a família receberia um total de 10.722,5 euros.

O subsídio às grávidas é calculado segundo o valor do indexante de apoios sociais (IAS) e visa “facilitar os investimentos referentes à chegada de um novo membro” à família, acrescenta o diário.

No caso de a família ter um segundo filho, as crianças passam a beneficiar de três indexantes anuais até aos seis anos (1.286,7 euros), o que até à maioridade perfaz 13.295,9 euros.

Para além deste subsídio, a proposta do PSD inclui ainda creches gratuitas a partir dos seis meses de vida e aumentar a licença de maternidade/paternidade paga até às 26 semanas (atualmente é de 20 semanas), entre outras medidas.

(Notícia atualizada)

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DBRS mantém ‘rating’ do banco CGD mas atribui perspetiva positiva

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

Agência de ‘rating’ DBRS manteve o ‘rating' da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em ‘BBB’ (‘low’), o nível mais baixo de investimento, mas atribuiu-lhe perspetiva positiva, segundo informação divulgada.

A agência de ‘rating’ DBRS manteve o ‘rating’ da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em ‘BBB’ (‘low’), o nível mais baixo de investimento, mas atribuiu-lhe perspetiva positiva, segundo informação divulgada esta segunda-feira.

A empresa de notação financeira diz que a confirmação do ‘rating’ reflete a sua visão de que o banco público conseguiu fazer face a alguns dos desafios, com melhoria do perfil de risco e da rentabilidade, e está a implementar do plano estratégico. A favorecer a CGD está ainda a significativa quota de mercado em depósitos e crédito.

Quanto à perspetiva positiva atribuída, o que pode levar à subida do ‘rating’ da CGD, a DBRS relaciona com as melhorias das condições económicas de Portugal, a boa cobertura de crédito malparado da CGD, a capacidade de gerar capital por retenção de lucros e as sólidas posições de capital e liquidez.

Quanto ao crédito malparado, a DBRS admite que houve progressos “significativos” na sua redução nos últimos 15 meses, mas diz que o grupo deve ser capaz de acelerar ainda mais a redução nos próximos trimestres” para ficar em linha com os pares europeus.

No final de março, o malparado era de 7,3 mil milhões de euros.

A CGD teve lucros de 51,9 milhões de euros em 2017, depois de anos de perdas e de em 2016 ter tido mesmo prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros.

Já no primeiro trimestre deste ano teve lucros de 68 milhões de euros, o que compara com prejuízos de 38,6 milhões de euros de janeiro a março de 2017.

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Raclac investe 20 milhões na primeira fábrica da Europa de luvas de exame

A Raclac, participada do grupo Vallis Capital Partners, vai investir 20 milhões de euros na primeira fábrica da Europa de luvas descartáveis. Empresa de Famalicão cresce 30% ao ano.

A Raclac, empresa participada pelo grupo Vallis Capital Partners especialista no fabrico de produtos descartáveis para as áreas médica e industrial, vai investir 20 milhões de euros naquela que será a primeira fábrica da Europa de luvas de exame.

A nova fábrica está inserida no projeto NITRO, que materializa a criação de uma linha de produção de luvas de exame. O projeto, que a empresa classifica como “inovador” e “vanguardista”, vai ver lançada a primeira pedra esta sexta-feira, em Famalicão, com a presença da secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, e do presidente da Câmara, Paulo Cunha.

Com este projeto, a Raclac, empresa com sede em Vila Nova de Famalicão, assume-se como a primeira empresa europeia a fabricar luvas de exame e a única empresa a nível mundial a utilizar este conceito de produção desenvolvido.

O projeto NITRO, com um investimento global de 20 milhões de euros, teve um custo total projetado e submetido ao Programa Compete 2020 de 13,9 milhões de euros, dos quais 5,5 milhões serão financiados pelo FEDER.

A nova linha de produção tem como elemento diferenciador o facto de ser a única no mundo 100% automatizada na produção. Ainda como elemento diferenciador encontra-se o fabrico de luvas em sala limpa e a diferenciação da embalagem.

Em comunicado, a empresa esclarece que “a competitividade assentará igualmente na eliminação dos direitos aduaneiros pagos aquando da importação destes produto; a anulação dos custos tomados pelo transporte marítimo da Ásia para a Europa, e na redução do tempo necessário para a colocação do produto no mercado europeu e demais países envolvidos”.

A Raclac, cujo volume de faturação ultrapassou os 10,5 milhões de euros, em 2017, um crescimento de 30% face ao ano anterior, emprega cerca de 14 profissionais e está presente em mercados como Espanha, França, Inglaterra, Angola, Moçambique, Marrocos, Tunísia e Cabo Verde.

O grupo Vallis adquiriu 50% do capital da Raclac, em 2016, tendo os restantes 50% ficado nas mãos dos fundadores da empresa. A Raclac é, desde essa altura, uma das empresas selecionadas para fornecimento de produtos estéreis para o setor público hospitalar.

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Empreendedorismo no imobiliário? Viver para partilhar a experiência

Para comemorar 20 anos, a ERA decidiu retribuir o conhecimento que tem vindo a ajudar a formar. A ERA criou uma plataforma para partilhar conhecimento na área do empreendedorismo imobiliário.

Passo a passo, 20 anos depois, a ERA quis que as celebrações de duas décadas de história fossem uma maneira de retribuir a rede de empreendedores que ajudou a criar ao longo do tempo. Por isso, a empresa decidiu criar o ERA Business Accelerator, uma plataforma de informação e inspiração

“O modelo de franchising, regra geral, funciona com base num modelo por conversões, com o objetivo de converter empresas para a nossa marca. O caso da ERA, o crescimento ao longo destes 20 anos tem sido feito por via de startups, porque vamos sempre à procura de alguém que queira criar negócio”, explica ao ECO João Pedro Pereira, do ERA Business Accelerator.

A ideia é simples: usar o peso institucional e a experiência e coordenar estes esforços com empresas que queiram associar-se ao projeto, desde a área de estudos de mercado à banca. Tudo para constituir uma plataforma “aberta” para a comunidade e focada no know-how que pode valer aos empreendedores que queiram começar os seus negócios, sobretudo na área imobiliária.

“No início é sempre mais difícil. O caminho é de pedras mas, a longo prazo, dá-nos uma rede de empresas sem vícios de outros negócios. (…) Não é uma atividade social mas é quase, é uma tentativa de tentar celebrar os 20 anos com todos os empreendedores em Portugal”, esclarece João Pedro.

Lançada esta segunda-feira, a plataforma que conta com parceiros como a Microsoft, o Santander Totta, a Fábrica de Startups e a Beta-i, será atualizada regularmente e vai servir de agregador a histórias empreendedoras de sucesso mas, também, a dicas e conselhos úteis no que toca a dar os primeiros passos num novo negócio. Como explica o responsável pelo projeto, “foi pegar no conhecimento que já temos e partilhá-lo, numa plataforma que agrega especialistas de áreas diferentes e eventos a acontecer, uma agenda que inclui workshops, formações e dicas”.

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A tarde num minuto

Não teve tempo de ler as notícias esta tarde? Fizemos um best of das mais relevantes para que fique a par de tudo o que se passou, num minuto.

O líder da Fenprof adiantou, esta segunda-feira, que o Governo não vai contar nenhum do tempo de serviço que esteve congelado, caso os professores não aceitem a proposta anterior na qual contavam dois anos e dez meses. Foi também aprovada, por via eletrónica, a proposta de lei que visa fazer alterações ao Código de Trabalho, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

Nenhum do tempo de serviço efetuado pelos professores durante o período de congelamento será contado para efeitos de progressão na carreira caso os professores não aceitem a proposta do Governo. A ameaça foi feita esta segunda-feira pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, à Fenprof, segundo revelou Mário Nogueira, líder a da estrutura sindical, citado pelo jornal Público (acesso livre), depois de uma reunião entre Governo e o sindicato no Ministério da Educação.

O Governo aprovou esta segunda-feira, por via eletrónica, a proposta de lei que visa fazer alterações ao Código de Trabalho, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.

Depois de conquistado o campeonato nacional, o FC Porto continua a somar êxitos… fora de campo. Os portistas conseguiram levantar 35 milhões de euros através de um novo empréstimo obrigacionista. Mas os investidores queriam mais. As ordens colocadas no sistema praticamente duplicaram o total pretendido.

A Anacom aprovou medidas que vão facilitar o acesso das várias operadoras às condutas e aos postes da Meo, a operadora líder em quota de mercado. O regulador deu conhecimento do processo esta segunda-feira e explicou que as medidas visam simplificar os procedimentos e reduzir “alguns preços” grossistas.

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu as compras de dívida portuguesa em maio. No mês passado, a autoridade monetária adquiriu 568 milhões de euros em obrigações portuguesas.

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Esta farmacêutica japonesa quer acelerar as ideias de universitários portugueses

Takeda acaba de lançar um programa de aceleração para projetos empenhados na melhoria da qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Farmacêutica está à procura de universitários com ideias.

A farmacêutica japonesa Takeda quer dar uma mãozinha aos universitários portugueses interessados em melhorar a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. Por isso, lançou o Life Enablers, um programa de aceleração para ideias inovadoras nas mais diversas áreas, da sensibilização para as diversas patologias ao apoio familiar. As candidaturas estão abertas até 24 de junho.

“O Life Enablers foi uma aposta clara da Takeda com o principal objetivo de criar e desenvolver respostas, iniciativas, ideias e soluções que melhorem a vida dos doentes”, explica, em comunicado, o customer solutions manager da filial portuguesa desta farmacêutica. Nuno Carvalho salienta que o programa pretende ser “uma força que dissemine o conhecimento científico e apoie a inovação”.

Os interessados devem juntar-se em equipas de quatro universitários (que frequentem o mesmo ou diferentes cursos, da mesma ou de diferentes instituições de ensino) ou recém-diplomados (desde que não tenham concluído os estudos há mais de três anos). “Se houver alunos que tenham uma ideia, mas ainda não têm uma equipa, não deixem de submeter a candidatura, que nós ajudamos a encontrar os restantes três elementos”, apela Carvalho.

Os projetos devem ter como foco o apoio àqueles que padecem de Mieloma Múltiplo, Linfoma de Hodgkin, Doença Inflamatória Intestinal, Cancro do Pulmão ou Fístulas Perianais e podem oferecer serviços de suporte familiar ou comunitário, de sensibilização para a patologia, adesão à terapêutica ou dinamização da investigação.

Depois de terem sido recolhidas todas as candidaturas, seguir-se-á um período de aceleração das 20 ideias mais promissoras. Está também previsto um bootcamp, já em julho, e trabalho de campo com mentores, em setembro. Em outubro, deverá acontecer a competição final, estando em jogo uma bolsa de quatro mil euros.

A Takeda é uma farmacêutica multinacional, que se diz virada para a investigação. “Mais de 30 mil colaboradores estão empenhados em melhorar a qualidade de vida dos doentes, trabalhando em parceria em mais de 70 países”, sublinha a empresa.

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Estado britânico relança privatização do Royal Bank of Scotland

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

 O resgate do RBS custou 45 mil milhões de libras ao Estado britânico no final da década passada.

O Estado britânico anunciou esta segunda-feira que vai vender uma parte da sua participação no Royal Bank of Scotland (RBS), relançando o processo de privatização do grupo bancário.

Com a cedência de 7,7% do RBS, o Estado vai reduzir a sua participação para 62,4% do capital do banco, tendo assumido o controlo desta instituição após a crise financeira de 2008, anunciou em comunicado o UK Government Investments Limited, a entidade que gere as participações estatais britânicas.

Segundo o comunicado, o Estado quer vender cerca de 925 milhões de ações por um montante que não foi revelado, numa transação prevista para 07 de junho.

De acordo com o valor do RBS na bolsa de Londres, a venda pode representar cerca de 2,6 mil milhões de libras para os cofres públicos (3 mil milhões de euros). O resgate do RBS custou 45 mil milhões de libras ao Estado britânico no final da década passada.

O Governo já tinha anunciado que queria relançar a privatização do RBS durante a apresentação do orçamento, em novembro passado.

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Porto diz que crise no Sporting agravou custo das suas obrigações. E volta a criticar perdão de dívida do BCP e Novo Banco aos ‘leões’

Fernando Gomes, administrador financeiro da SAD do FC Porto, estima que o adiamento do reembolso do empréstimo do Sporting tenha agravado a taxa de juro das obrigações portistas em 0,5 pontos.

Pinto da Costa e Fernando Gomes, presidente e administrador financeiro da SAD do FC Porto, na sessão de apuramento dos resultados do empréstimo obrigacionista.Paula Nunes/ECO

A crise no Sporting agravou os custos do empréstimo obrigacionista da SAD do FC Porto, revelou o administrador financeiro Fernando Gomes, que voltou a criticar o perdão da banca em relação ao Sporting.

O FC Porto pagou uma taxa de juro de 4,75% para emitir 35 milhões de euros em obrigações a três anos. Na sessão de apuramento de resultados da operação, Fernando Gomes revelou a SAD portista foi obrigada a rever a taxa de juro em alta, depois de o Sporting ter falhado com o reembolso do seu empréstimo no prazo previsto.

“A circunstância de o Sporting ter falhado o cumprimento da obrigação do seu empréstimo obrigacionista teve peso na decisão da taxa de juro que oferecemos”, disse o administrador financeiro portista. Pode quantificar o impacto? “No empréstimo anterior, pagámos uma taxa de juro de 4,25%. Veja a diferença”, precisou Fernando Gomes. Feitas as contas, a crise leonina teve um impacto de 0,5 pontos, sobrando a fatura para os dragões.

Ao lado do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e do presidente da Euronext Lisbon, Paulo Rodrigues da Silva, Fernando Gomes voltou a criticar o “perdão” de dívida que BCP e Novo Banco concederam ao Sporting.

“Gostaríamos de poder exigir à banca todas as condições que deram aos nossos concorrentes. Temos vindo a ter concorrência desleal no aspeto desportivo e agora no aspeto económico. Há realmente benefícios que foram dados aos nossos concorrentes de que nunca beneficiámos”, sublinhou o gestor. “O FC Porto sempre cumpriu as suas obrigações escrupulosamente junto dos seus financiadores, nomeadamente perante a banca. Não há memória de o FC Porto ter falhado uma única das suas obrigações perante os financiadores. E qual foi o resultado? Fomos tratados da mesma forma que foram tratados os incumpridores. Isto é incompreensível”, disse ainda.

“A concorrência desleal aconteceu, aquilo que desejamos é que não volte a acontecer”, rematou o responsável dos dragões.

Gostaríamos de poder exigir à banca todas as condições que deram aos nossos concorrentes. Temos vindo a ter concorrência desleal no aspeto desportivo e agora no aspeto económico. Há realmente benefícios que foram dados aos nossos concorrentes de que nós nunca beneficiamos.

Fernando Gomes

Administrador financeiro da SAD do FC Porto

A SAD azul-e-branca conseguiu levantar 35 milhões de euros através deste empréstimo, mas os investidores queriam mais. A procura superou os 65 milhões de euros, ou seja, quase duplicou aquilo que foi a pretensão do FC Porto.

Constituída há 20 anos, a SAD do FC Porto já obteve 220 milhões de euros através de nove empréstimos obrigacionistas realizados até hoje. Somando os montantes levantados com os dois aumentos de capital e a emissão de warrants, a sociedade já angariou um total de 333 milhões de euros através de operações na bolsa.

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Novidades Apple: Chegou o macOS Mojave. E tem um lado negro

Começa esta segunda-feira a conferência anual de programadores da Apple, WWDC 2018. Hoje, Tim Cook sobe ao palco para apresentar novidades para a próxima temporada.

Arranca esta segunda-feira a conferência anual de programadores da Apple. Como é habitual, a WWDC arranca com uma apresentação em que os responsáveis da fabricante do iPhone apresentam algumas novidades para a próxima temporada. Este é o segundo evento mais relevante que a marca organiza durante o ano e junta na Califórnia programadores oriundos de todo o mundo. Acompanhe a cobertura do ECO em direto.

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MLGTS e Uría Menéndez-PC na assessoria da venda do Lagoas Park

A Teixeira Duarte, que contou com a assessoria da MLGTS, vendeu o Lagoas Park a um fundo de private equity. O comprador, Kildare, foi assessorado pela Uría Menéndez-Proença de Carvalho.

A Teixeira Duarte vendeu recentemente a Lagoas Park ao fundo europeu de “private equity” Kildare. Nos bastidores desta venda estiveram as sociedades de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados (MLGTS), que assessorou a Teixeira Duarte, e a Uría Menéndez-Proença de Carvalho, na assessoria do comprador, a Kildare.

Em causa esteve a negociação e celebração de um contrato para a alienação da totalidade do capital social da sociedade “Lagoas Park, S.A.” a uma subsidiária do fundo europeu de private equity — a Kildare. O valor final ainda não está apurado, mas terá um impacto nos resultados do grupo de “cerca de 25 milhões de euros”, segundo a Teixeira Duarte.

A empresa já tinha fechado um acordo, em abril, com o BCP, a CGD e o Novo Banco, que previa “uma redução significativa do passivo bancário alinhada com um programa de alienação de ativos no valor de cerca de 500 milhões de euros”. Entre os ativos envolvidos constava o Lagoas Park, bem como a participação de 7,5% na Lusoponte.

A equipa da MLGTS envolvida nesta operação foi constituída pelos advogados João Soares da Silva, Filipa Arantes Pedroso, Rita Ferreira Vicente e Maria Cortes Martins.

A equipa da Uría foi composta por Duarte Garin, Francisco Brito e Abreu, Rita Xavier de Brito, José Maria Rodrigues e Alexandre Pedral Sampaio.

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