Estado vende o Efisa, banco que pertencia ao BPN, a investidores árabes
O grupo IIBG, do Barém, comprou por 27 milhões de euros o banco Efisa, que era propriedade do antigo BPN. Este foi o grupo de investidores que comprou o Novo Banco em Cabo Verde.
O Estado português concluiu a venda do Banco Efisa, atualmente de capitais exclusivamente públicos, a um grupo de investidores árabes por 27 milhões de euros.
Segundo revela o jornal Expresso, o banco de investimento acaba agora por ficar no mesmo grupo que adquiriu o Novo Banco, em Cabo Verde. O processo de venda do Banco Efisa estava a decorrer há mais de uma década e para o concluir falta apenas a aprovação do Banco Central Europeu (BCE).
O valor acordado de 27 milhões fica acima do preço base fixado em 2018, aquando do lançamento do concurso (21,8 milhões de euros), mas aquém da soma pedida na anterior tentativa de alienação em 2015, que acabou por ser cancelada um ano depois. Recorde-se que neste concurso chegou a ser escolhido um vencedor a Pivot, constituída por um grupo de investidores onde se incluía a Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, ou ex-ministro Miguel Relvas. A oferta era de 38,3 milhões de euros, mas o BCE nunca chegou a dar luz verde à operação.
No concurso agora concluído estiveram na corrida pelo Banco Efisa não apenas o grupo árabe, mas também o antigo BES Angola, agora Banco Económico, e ainda a StormHarbour.
A decisão é conhecida um dia depois de ter sido anunciados os nomes da nova equipa executiva da Parvalorem, Parups e Parparticipadas. Sofia Torres assume a presidência da Parvalorem, sociedade estatal que gere os créditos tóxicos do Banco Português de Negócios (BPN). A antiga responsável pela gestão da dívida pública portuguesa e atual quadro da Caixa Geral de Depósitos vai assim substituir Francisco Nogueira Leite. Mas também o de Filipe Sousa, o novo responsável da Parparticipadas, onde estão as participações em empresas resultantes do BPN, como o Banco Efisa. O responsável vem do Novo Banco, onde era diretor do departamento de gestão imobiliária. E de Susana Larisma, que é chefe de gabinete de Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, além de vogal da Parvalorem vai também assumir a presidência da Parups.
Segundo o Expresso, foi da administração – que cessa funções – que partiu a proposta de venda. Mas a operação teve de passar pelo Ministério das Finanças e pela sua Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), porque o Efisa está nacionalizado. O passo final será obter o aval do Banco Central Europeu. O contrato de venda define que o BCE tem de se pronunciar num prazo de 12 meses.
(Notícia atualizada)
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