EDP Renováveis quer investir oito mil milhões de euros até 2022. Vai vender ativos
A empresa liderada por João Manso Neto vai recorrer ao cash flow e a vendas de ativos para realizar investimentos de 8.000 milhões de euros entre 2019 e 2022.
A EDP Renováveis quer realizar investimentos de mais de 8.000 milhões de euros entre 2019 e 2022. Para tal, a empresa pretende vender ativos num valor superior a 4.000 milhões de euros e recorrer ao cash flow próprio como forma de financiamento, de acordo com o plano estratégico enviado esta terça-feira à CMVM.
O valor dos investimentos está incluído no capex de 12 mil milhões de euros que o grupo EDP prevê para o período até 2022. Isto porque a elétrica liderada por António Mexia, que é a principal acionista da EDP Renováveis, também apresentou um novo plano estratégico para o mesmo período, no qual revela a intenção de investir ainda em redes e em soluções de gestão de energia e clientes.
Enquanto grupo, a EDP prevê investir 7.000 milhões de euros em negócios ligados às energias renováveis, que é um dos pilares da estratégia defendida em fevereiro pelo fundo ativista Elliott Management para o grupo EDP. O fundo, liderado por Paul Elliott Singer, detém 2,29% da elétrica desde outubro do ano passado.
Evolução das ações da EDP Renováveis na bolsa de Lisboa
Energia solar vai valer 25% do negócio
Liderada por João Manso Neto, a EDP Renováveis EDPR 0,00% estima também que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e o lucro líquido cresçam a taxa anual composta 6% e 11%, respetivamente, no período iniciado em 2018 e até 2022.
Para além do financiamento autossustentável para a realização de investimentos, a empresa aposta ainda noutros dois pilares estratégicos: “crescimento seletivo” e “excelência operacional”. Promete perseguir um plano geograficamente diversificado, com 60% do negócio na América do Norte, 20% na Europa e os restantes 20% no Brasil e em novos mercados.
A EDP Renováveis também promete diversificação na tecnologia: quer 70% da energia a ser produzida por aerogeradores onshore e 5% offshore. O peso da energia gerada a partir do sol deverá ser de 25% até ao final de 2022, segundo as estimativas avançadas pela companhia.
(Notícia atualizada às 10h30 com mais informações)
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