Deputados britânicos aprovam adiamento do Brexit até 30 de junho
Depois de ter chumbado o acordo negociado por Londres e Bruxelas, o Parlamento britânico chumbou a possibilidade de convocar um segundo referendo, mas aprovou o adiamento do Brexit até 30 de junho.
Os deputados britânicos chumbaram, esta quinta-feira, a emenda à moção apresentada por Theresa May que previa o adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia para a realização de um segundo referendo, tendo votado contra esta opção 334 parlamentares. Diferente resultado obteve o diploma apresentado pelo Executivo Tory, que prevê o adiamento do divórcio até 30 de junho. Votaram a votar da moção 412 parlamentares contra 202 votos contra.
“A Câmara concorda que, se for aprovado o acordo negociado de saída da União Europeia até 20 de março de 2019, o Governo irá então pedir à União Europeia uma extensão única do período especificado no artigo 50º por um período que termina a 30 de junho, para que seja aprovada a legislação necessária à saída da UE”, lê-se na moção que foi aprovada.
Na terça-feira, a primeira-ministra britânica levou ao Parlamento um novo acordo negociado entre Londres e Bruxelas para o divórcio. Esta foi a segunda vez que Theresa May apresentou aos deputados uma proposta para a relação futura entre o Reino Unido e o bloco comunitário, tendo obtido em ambas as vezes o mesmo resultado: o chumbo.
Face a este resultado, Theresa May apresentou uma moção, na quarta-feira, que retirava de cima da mesa a possibilidade de no deal Brexit. O diploma apresentado pelo Governo Tory deixava, contudo, aberto caminho para uma saída sem acordo, caso o Parlamento não aprovasse os termos de saída negociados com Bruxelas. Os deputados aprovaram, no entanto, uma emenda que rejeita essa possibilidade.
Pelo terceiro dia consecutivo, esta quinta-feira foi dia de votações no Parlamento britânico. Desta vez, estiveram a votos a moção de Theresa May para adiar o Brexit até 30 de junho (caso seja aprovado um acordo de saída até 20 de março) e cinco emendas. A moção da primeira-ministra foi a única a ser aprovada.
A Emenda H previa o alargamento do prazo de divórcio para permitir a convocação de um segundo referendo, mas acabou por ser rejeitada. A Emenda I daria aos parlamentares o controlo de todo o processo, mas foi chumbada com 314 votos contra. Este diploma foi alvo, por sua vez, de outra emenda, que foi chumbada com 314 votos contra.
O mesmo resultado obteve a Emenda E — proposta pelo trabalhista Jeremy Corbyn. O diploma, que retirava os prazos da moção apresentada pelo Governo, frisava que o divórcio seria adiado até que uma maioria parlamentar conseguisse encontrar uma solução às opções até agora apresentadas por May. A emenda foi chumbada com 318 votos contra.
Em cima da mesa, esteve ainda a Emenda J, que rejeitava a possibilidade de o Governo voltar a levar o acordo de saída ao Parlamento, mas não chegou a ser votada.
“Depois dos últimos dias de caos, todos nós temos a oportunidade e a responsabilidade de encontrar uma solução”, reagiu o líder trabalhista à aprovação da moção.
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