Deutsche Bank e Commerzbank abrem a porta a fusão. Até 30 mil postos de trabalho em risco
O alerta foi feito depois de os conselhos de administração de ambas as instituições terem confirmado, este domingo, o início de discussões formais.
A eventual fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank (detido em 15% pelo Estado alemão) poderá pôr em risco cerca de 30 mil postos de trabalho, segundo alertou o sindicato bancário, numa entrevista ao canal de televisão n-tv (conteúdo em alemão). Os dois maiores bancos alemães anunciaram este domingo o início de conversações formais para o negócio e o Governo alemão sinalizou que vai aceitar um plano de redução de trabalhadores.
Jan Duscheck, responsável pelo sindicato bancário Verdi, afirmou que haverá cerca de 30 mil empregos ameaçados, maioritariamente na Alemanha. A curto prazo, serão 10 mil. O alerta foi feito depois de os conselhos de administração de ambas as instituições terem confirmado, este domingo, o início de discussões formais.
A possibilidade de uma fusão surgiu no ano passado, após a queda das ações do Deutsche Bank, e tem recebido o apoio do Governo. O ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, defendeu a iniciativa como uma forma de constituir um “campeão nacional” que serviria de “espinha dorsal” das exportações da Alemanha. Não é garantido que as conversações culminem num acordo, mas, se acontecer, esta fusão levaria à criação do quarto maior banco europeu, em termos de ativos.
Em 2016, os bancos já tinham discutido a possibilidade de se juntar, mas as negociações acabaram por falhar. Cada um seguiu com o seu plano de reestruturação, mas o caminho para atingir as metas definidas não se está a mostrar fácil para as instituições financeiras, que procuram assim outra forma de estabilizar os resultados. Esta quinta-feira, as administrações irão reunir-se novamente para continuar as conversações.
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