Confiança dos consumidores em queda há cinco meses
Pelo quinto mês consecutivo, a confiança dos consumidores nacionais recuou, pressionada pelas prespetivas relativas "à evolução da situação económica do país e da situação financeira do agregado".
A confiança dos consumidores portugueses voltou a cair em março deste ano, pelo quinto mês consecutivo. Oposta evolução registou o indicador de clima económico, que aumentou “de forma ténue” no terceiro mês do ano. Estes dados foram divulgados, esta quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Estática (INE).
“O indicador de confiança dos consumidores diminuiu entre novembro e março, prolongando o movimento iniciado em junho. O indicador de clima económico aumentou em fevereiro e março, de forma ténue no último mês, após ter diminuído entre novembro e janeiro”, explica.
De acordo com o INE, a confiança diminuiu em todos os setores (da indústria transformadora ao comércio e serviços, passando pela construção e obras públicas), face às perspetivas relativas “à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes”.
Os números avançados esta manhã chocam com o sentimento que tem sido transmitido pelo Executivo de António Costa de que esta é tem sido a “legislatura da confiança”. Ainda esta semana, o ministro das Finanças sublinhou que a política seguida durante esta legislatura “permitiu virar diversas páginas”, nomeadamente “as das dúvidas e dos medos”. Desde novembro que a confiança dos consumidores nacionais não tem parado de recuar, prolongando-se a trajetória descendente iniciada em julho do ano passado, sublinha o próprio INE.
Apesar de o Governo já antecipar um abrandamento da economia e preparar-se para rever em baixa as previsões para o crescimento da economia este ano, como admitiu novamente o ministro das Finanças esta terça-feira em entrevista à SIC, o crescimento esperado ainda depende em grande parte da procura interna.
Segundo o INE, o indicador de confiança dos consumidores recuou para -9,5 pontos, valor que compara com os -3,8 pontos registados em março do ano passado.
Já o sentimento económico melhorou em março tal como já havia acontecido em fevereiro. A melhoria, embora ténue, vai num sentido positivo, no mesmo dia em que a Comissão Europeia revelou que o sentimento económico diminui ligeiramente em março, tanto na zona euro, como na União Europeia. As perspetivas recuaram na Alemanha, Holanda e Itália, mas registaram melhorias em Espanha (principal parceiro comercial da economia portuguesa) e França.
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