Lucro do Totta sobe 5% para 137 milhões de euros. Concorrência pressiona margem financeira que cai 7%
O Santander Totta registou lucros de 137 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma subida de 5% face ao mesmo período do ano passado. Mas a margem financeira caiu 7% com concorrência.
O Santander Totta registou lucros de 137 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que corresponde a uma subida de 5% face ao mesmo período do ano passado.
“Portugal é o único país da Europa onde o grupo Santander vê crescer resultados. É um grande orgulho para o banco e para o nosso país ter uma filial de um grande banco mundial ter resultados desta qualidade”, referiu Pedro Castro e Almeida, CEO do banco português, na apresentação de resultados no novo espaço comercial Work Café, junto das Amoreiras, em Lisboa. Castro e Almeida não resistiu em dar uma bicada à concorrência, que volta agora a a remunerar os acionistas após anos atribulados. “Foi um banco que sempre pagou dividendos, mesmo durante a crise”, frisou.
Mas nem tudo foram boas notícias para o Santander Totta no arranque do ano. A margem financeira (a diferença entre os juros recebidos e os juros pagos) afundou quase 7% para 215,6 milhões de euros, “resultado da maior pressão concorrencial sobre os preços e da procura moderada de crédito”, explica o banco na demonstração de resultados.
Ainda assim, o produto bancário aumenta 11,5% para 352 milhões de euros, graças sobretudo aos resultados de operações financeiras, que alcançaram os 50 milhões de euros, “reflexo da gestão das carteiras de dívida pública”.
Olhando para o balanço, o Santander Totta diz que já está a sentir um abrandamento na procura por crédito, tanto no segmento das famílias como das empresas. O crédito bruto caiu 2,4% para 40,5 mil milhões de euros entre janeiro e março. O crédito a empresas (onde o banco mais se destacava) caiu 6% para 18,1 mil milhões de euros. O crédito às famílias estagnou no 21,5 mil milhões de euros.
Face a estes números, Castro e Almeida prefere destacar os ganhos de quota de mercado no novo crédito produzido, que permite distanciar-se do BCP. “Em termos de quota de mercado de nova produção, continuamos com quotas de mercado superiores às nossas quotas de stock. Continuámos a ganhar quota de mercado e a reforçar a nossa posição de maior banco privado”, referiu o CEO do Santander Totta.
Já nos recursos de clientes, o Santander Totta apresenta notícias positivas, com os depósitos de clientes a subir quase 9% ara 34,2 mil milhões de euros. “Deixa-me orgulhoso porque representa a confiança do Santander”, destacou Pedro Castro e Almeida.
O banco diz ainda que mantém uma “situação sólida de capital”. Fechou março com um rácio CET 1 nos 14,7%.
(Notícia atualizada)
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