Wall Street acelera perdas. Índices recuam quase 2%
As bolsas norte-americanas acentuaram as perdas face à escalada das tensões comerciais entre EUA e China. Os principais índices registaram perdas de quase 2%.
Wall Street fechou a sessão com perdas expressivas neste que foi o segundo dia consecutivo de desvalorização dos três principais índices. As bolsas aceleraram as quedas esta terça-feira, com os investidores a temerem novos recuos nas negociações comerciais entre EUA e China.
Nem mesmo a notícia de que a China aceitou retomar as negociações apesar das ameaças de Washington conseguiu estancar a hemorragia no mercado acionista. O S&P 500 chegou a cair 2,18% nesta sessão e fechou o dia com uma desvalorização de 1,65%. Já o industrial Dow Jones derrapou 1,79%, enquanto o tecnológico Nasdaq caiu 1,96%.
As ações da Apple recuaram 2,70% face à exposição da fabricante do iPhone ao mercado chinês. A Boeing e a Caterpillar, outras duas das empresas sensíveis às tensões comerciais, desvalorizaram, respetivamente, 3,82% e 2,27%.
A operadora logística Sino-Global, que tem está presente no mercado do transporte de mercadorias nos EUA e na China, assistiu a uma desvalorização superior a 12,36%, tendo registado um dos piores desempenhos desta sessão.
A semana começou com Donald Trump, Presidente dos EUA, a recorrer ao Twitter para ameaçar Pequim com um reforço nas taxas e a implementação de novos impostos aduaneiros sobre produtos fabricados na China. Um desenvolvimento que não era esperado pelos investidores, na medida em que as últimas semanas têm sido de otimismo em torno de um possível acordo.
A China chegou a ponderar desistir das negociações, mas os responsáveis chineses terão concluído que o melhor cenário é retomar as conversações com as autoridades norte-americanas. Nesse sentido, a visita aos EUA por parte do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, não só foi mantida como foi antecipada em um dia. Desta forma, os norte-americanos e os chineses voltarão a sentar-se à mesa das negociações esta quinta-feira.
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