Guerra comercial pressiona Europa. Lisboa também cede
Depois de uma sessão em que as ações asiáticas caíram para mínimos de quatro meses, as bolsas europeias abriram com quedas de quase 1%. Banca e petróleo pesam na praça portuguesa.
A bolsa de Lisboa está cair pela segunda sessão consecutiva, acompanhando a tendência das congéneres europeias. Os mercados bolsistas estão, desta forma, a seguir a tendência registada esta quinta-feira nas ações asiáticas, que cederam para mínimos de quatro meses face à preocupação de que a guerra comercial venha a transformar-se numa guerra fria pela tecnologia.
Enquanto o Stoxx 600 cai 0,8%, o PSI-20 derrapa 0,8%, para 5.069,5 pontos. A generalidade das cotadas no principal índice nacional estão no vermelho, com a Mota-Engil a liderar as perdas perante um recuo de 2,51% no valor das ações da construtora, para 2,10 euros.
Mas são os setores da banca e do petróleo os que mais pesam em Lisboa, com o BCP a cair 0,76%, para 24,90 cêntimos, e a Galp Energia a deslizar 1,39%, para 14,185 euros cada título. O desempenho da petrolífera portuguesa reflete o fraco desempenho do petróleo nos mercados internacionais, com o Brent, referência para as importações portuguesas, a desvalorizar 0,93%, para 70,33 dólares o barril.
Em sentido inverso, a EDP está a travar as perdas, somando 0,24%, para 3,277 euros. Só é acompanhada nos ganhos pela Corticeira Amorim, que regista uma ligeira subida de 0,19%, para 10,66 euros.
Os investidores estão cada vez mais receosos de que a guerra comercial entre EUA e China se adense ainda mais. O imbróglio já era complicado que bastasse, mas a decisão de Donald Trump de pôr a Huawei na lista negra das exportações colocou o conglomerado chinês numa posição débil. Nos últimos dias, várias têm sido as empresas a cortarem laços com a tecnológica, espoletando receios adicionais de uma guerra tecnológica entre as duas maiores economias do mundo.
(Notícia atualizada pela última vez às 8h26)
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