Renault vai “estudar com interesse” proposta de fusão com Fiat Chrysler
Administração da Renault reuniu-se para avaliar a proposta da FCA. "Informações adicionais serão dadas no momento oportuno para informar o mercado do resultado das discussões", disse a empresa.
O Conselho de Administração da Renault disse esta segunda-feira que vai “estudar com interesse a oportunidade” da proposta de fusão feita polo grupo ítalo-americano Fiat Chrysler Automobiles (FCA).
“Depois da análise dos termos da proposta amigável da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), o Conselho de Administração da Renault decidiu estudar com interesse a oportunidade de tal fusão, reforçando o aparelho industrial do Grupo Renault e a geração de valor adicional para a Aliança”, com Nissan e Mitsubishi, refere em comunicado o grupo Renault.
O Conselho de Administração da Renault reuniu-se esta segunda-feira para examinar a proposta feita pela FCA, segundo o mesmo comunicado, no qual o grupo refere que “informações adicionais serão dadas no momento oportuno para informar o mercado do resultado destas discussões”.
A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) propôs um plano de fusão com a empresa francesa Renault, para criar o terceiro maior grupo global do setor. De acordo com a proposta feita pela FCA e divulgada pela Renault, o novo grupo seria detido em 50% pelos acionistas da fabricante ítalo-americana e em 50% pelos da Renault.
O vice-primeiro ministro italiano, Matteo Salvini, líder da Liga (extrema direita), que alcançou uma grande vitória nas eleições europeias, afirmou que uma possível fusão entre a Fiat Chrysler (FCA) e a Renault seria “uma operação brilhante”. “Se a Fiat cresce é uma boa notícia. Eu penso que é uma operação brilhante que protege empregos no nosso país e leva ao nascimento de um gigante automóvel europeu”, disse Salvini numa conferência de imprensa na Itália.
A proposta da Fiat Chrysler Automobiles prevê ainda que o grupo seja cotado nas bolsas de Paris, Nova Iorque e Milão. A Fiat Chrysler explicou que a fusão irá criar o terceiro maior fabricante automóvel do mundo com vendas anuais de 8,7 milhões de veículos e uma “forte presença em regiões e segmentos importantes”.
O portfólio de marcas dos dois grupos, amplo e complementar, permitiria cobrir a totalidade do mercado, desde do luxo ao segmento de consumo. A Fiat Chrysler disse também que não haverá qualquer encerramento de fábricas de produção com a fusão entre os dois gigantes automóveis mundiais. O Conselho de Administração do novo grupo seria composto principalmente por membros independentes, salientou a fabricante ítalo-americana.
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