Coleção de Berardo foi “considerada uma garantia por todos”, diz Norberto Rosa
Norberto Rosa diz que todos consideraram que era a Coleção Berardo que estava dada como garantia do crédito à Fundação. Incluindo auditores e o Banco de Portugal, revelou o ex-administrador da CGD.
Norberto Rosa adiantou esta quinta-feira no Parlamento que todos, desde auditores externos até ao Banco de Portugal, consideravam que eram as obras de arte, e não os títulos da Associação Coleção Berardo, que estavam dadas como garantia dos empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD). E defendeu que se o Estado tivesse exercido a opção de compra das obras, as receitas reverteriam para o banco.
“Foi sendo considerada uma garantia por todos. A informação que nós tínhamos, do nosso departamento jurídico, que tinha sido aceite pelos nossos auditores e que tinha sido aceite também pelo Banco de Portugal, era que efetivamente a coleção Berardo era um bom garante real para o empréstimo que tinha sido concedido”, disse Norberto Rosa durante a sua audição na II comissão de inquérito à recapitalização da CGD e aos atos de gestão do banco público.
“O objetivo era que as obras de arte garantissem os empréstimos”, reforçou o antigo responsável, revelando que a Caixa “acabou por beneficiar” dessa situação porque “poderia considerar o valor médio das duas avaliações”, que situaria as obras da coleção com um valor entre 316 milhões e mais de 500 milhões de euros.
Na mesma ocasião, Norberto Rosa disse que se “o Estado exercesse essa opção de compra, o produto dessa opção penso que reverteria para as respetivas instituições”. “Era essa a noção que tínhamos, e era assim que estávamos a trabalhar”, contou aos deputados.
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