Lisboa regressa aos ganhos após cinco semanas a cair
A bolsa de Lisboa fechou a primeira sessão de ganhos após cinco semanas a cair. Índice beneficiou das perspetivas de corte nos juros norte-americanos, que ofuscou os receios da guerra comercial.
A bolsa de Lisboa fechou a primeira semana de ganhos depois de cinco semanas a cair. Este foi também o melhor desempenho semanal desde o início de abril. As bolsas tem beneficiado da possibilidade de um corte nos juros pela Fed norte-americana, que ofuscou os receios em torno da guerra comercial entre China e EUA.
Após cinco semanas em que o PSI-20 desvalorizou mais de 11,5%, o principal índice nacional voltou aos ganhos esta semana. A subida de 1% registada esta sexta-feira permitiu à praça portuguesa uma valorização acumulada de 1,77%, a melhor semana desde que o índice subiu 1,97% na primeira semana de abril.
A contribuir para a subida esteve, sobretudo, o setor energético. A Galp Energia avançou 2,32%, para 13,645 euros, acompanhando a subida do preço do petróleo nos mercados internacionais. O Brent, referência para as importações nacionais, está a ganhar 1,69%, para 62,71 dólares o barril.
A EDP também puxou pelo índice português ao avançar 1,73% nesta sessão, um desempenho que colocou os títulos da elétrica a cotarem nos 3,474 euros. Na banca, destaque para as ações do BCP, que valorizaram 1,56%, para 25,33 euros.
O desempenho positivo registado em Lisboa acompanhou a tendência nas restantes praças europeias. O Stoxx 600 subiu 1,1% e o francês CAC-40 disparou 1,6%. Os investidores voltaram a apostar nas ações depois de um período de quedas expressivas provocado pela escalada das tensões comerciais entre EUA e China, que está a ter consequências adversas para a economia mundial.
Perante as perspetivas económicas desanimadoras, a Reserva Federal dos EUA já abriu a porta a um corte nos juros. O primeiro sinal apontava para uma possível decisão neste sentido em setembro, mas o The Wall Street Journal (acesso pago) fala numa eventual descida em julho, ou até mesmo este mês.
Além disso, também o mercado secundário das obrigações tem evidenciado o pessimismo dos investidores. Os títulos com maturidade menor, entre dois e três anos, estão a oferecer prémios de risco superiores aos títulos com maior maturidade, na ordem dos dez anos.
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