Novo presidente dos CTT corta nos motoristas e salários da administração
João Bento está determinado em mudar a estratégia da empresa. Não substituiu motoristas da administração que passaram à reforma e cortou salários dos gestores, a começar pelo próprio.
João Bento, o novo líder dos CTT CTT 0,00% , está determinado em apostar numa estratégia diferente da do seu antecessor, Francisco de Lacerda. Depois de ter anunciado no Parlamento que não só a empresa já não vai fechar mais balcões como irá reabrir alguns dos que fecharam, o gestor avançou com cortes na empresa… mas nas fileiras mais acima.
Um dos cortes foi nos motoristas ao serviço da administração. João Bento aproveitou a passagem de alguns dos motoristas à reforma para não os substituir. E o objetivo é mesmo o de acabar com esse benefício, apurou o ECO Insider.
Outro corte foi nos salários da administração — a começar pelo seu próprio salário. O objetivo é enviar um sinal aos acionistas e aos trabalhadores de que o plano de reestruturação está mesmo a ser implementado, mas não foi possível apurar o valor exato do corte. Contactada, fonte oficial da empresa não fez comentários.
O ECO Insider também sabe que estão a ser alinhavadas mudanças significativas no board da empresa para o próximo mandato, que será marcado pelo novo contrato de concessão do serviço postal universal. João Bento está a preparar mudanças na equipa executiva e também nos administradores não executivos para o próximo ano, mas, antes disso, deverá, já depois das eleições de outubro, iniciar as negociações do próximo contrato com o novo Governo.
As ações dos CTT estão a valer cerca de dois euros, o que avalia a empresa em cerca de 300 milhões de euros. Mas os títulos já estiveram acima dos dez euros e, só nas últimas 52 semanas, o valor da empresa caiu mais de 30%. Alguma coisa tinha de ser feita, a começar dentro de casa.
Evolução das ações dos CTT na bolsa de Lisboa
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