Incêndio em Vila de Rei tem 85% do perímetro dominado
O incêndio que deflagrou ontem em Vila de Rei e que se alastrou ao município de Mação tem já 85% da sua área dominada. Contudo, o comandante da Proteção Civil fala numa tarde de "intenso" trabalho.
O incêndio que deflagrou no sábado em Vila de Rei e que se alastrou ao município de Mação tem já 85% do seu perímetro dominado, revelou o comandante operacional do agrupamento distrital do centro-sul da Proteção Civil, Luís Belo Costa, em conferência de imprensa.
Ainda assim, o comandante salienta que esta tarde será de “intenso e rigoroso trabalho”. “Estamos a entrar na hora do dia mais complexa”, disse, em declarações transmitidas pela SIC. Apesar de 85% do perímetro estar dominado, “há ainda muitas reativações”, o que, juntamente com o aumento do calor, “está a obrigar a esforços redobrados”.
Este é o incêndio que envolve mais elementos na luta às chamas. O ministro da Administração Interna, esta manhã, avançou que estão cerca de 800 operacionais no terreno, apoiados por 14 meio aéreos.
Já os dois incêndios que lavravam no concelho da Sertã desde sábado foram dominados durante a noite, mantendo-se os operacionais no terreno para garantir que não há reativações durante o dia, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Depois do fogo em Mosteiro de São Tiago, Várzea dos Cavaleiros, ter sido dado como dominado às 04h25, a ANEPC indicou que o mesmo aconteceu com o de Rolã, pelas 04h45. Em Mosteiro de São Tiago permaneciam pelas, 05h10, 114 operacionais e 30 meios terrestres, já em Rolã continuam no terreno 266 operacionais e 81 meios.
Os três incêndios no distrito de Castelo Branco provocaram 20 feridos, 19 ligeiros e um grave, indicou o ministro Eduardo Cabrita, em conferência de imprensa. O ferido grave, um civil que sofreu queimaduras, foi transportado de helicóptero para Lisboa e permanece no Hospital de S. José na unidade dos queimados.
Incêndio de Mação consumiu três mil hectares
O vice-presidente da Câmara de Mação disse esta madrugada de domingo à Lusa que as chamas já consumiram três mil hectares de floresta e que está em risco de desaparecer o que sobrou dos incêndios de 2017. “Foram consumidos três mil hectares. Neste momento a frente do fogo tem seis, sete quilómetros e, com isto assim, tudo o que sobrou dos catastróficos incêndios de 2017 está em risco de desaparecer”, afirmou António Louro. “Oficialmente parecem estar muitos operacionais, mas quando se se fala com as pessoas, no terreno, elas perguntam ‘onde é que estão’?”, afirmou António Louro.
O autarca admitiu que a situação evoluiu favoravelmente com a descida da temperatura e com o facto de se fazer sentir menos vento, mas a extensão da frente ativa de fogo não o deixa otimista quanto à probabilidade de as chamas serem dominadas nas próximas horas. “Gostaria de acreditar, mas será muito, muito difícil”, sublinhou.
(Notícia atualizada às 13h15)
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