Wall Street fecha no vermelho com Nasdaq e S&P a bater registos negativos
Nasdaq e S&P 500 registam pior sequência semanal dos últimos cinco meses. Guerra comercial entre China e Estados Unidos continua a penalizar fortemente mercados.
As bolsas norte-americanas fecharam a semana a desvalorizar, com o pessimismo totalmente instalado, sobretudo por culpa do novo crescendo de tensões comerciais entre Pequim e Washington, mas também à conta da evolução dos números do emprego nos Estados Unidos. O S&P 500 e o Nasdaq viveram mesmo a pior semana desde há cinco meses, salienta a Reuters.
Esta sexta-feira, o Dow Jones perdeu 0,38%, fechando nos 26.482,77 pontos, com o S&P 500 a registar perdas de 0,73%, para 2.931,89 pontos, e o Nasdaq a cair 1,34%, para 8.002,68 pontos. No acumulado da semana, o Dow perdeu 2,6%, o S&P desvalorizou 3,1% e o Nasdaq recuou 3,92%.
O principal “culpado” pela evolução tão negativa das bolsas, especialmente tendo em conta que falamos de uma semana em que a Reserva Federal até cortou 25 pontos bases à taxa de juro, é a postura agressiva assumida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perante a China, tendo anunciado esta quinta-feira a imposição de novas tarifas a produtos chineses a partir de 1 de setembro.
Desta feita o alvo são “os restantes 300 mil milhões de dólares de bens e produtos que vêm da China para o nosso país”. Esta tarifa soma-se à taxa de 25% já aplicada pelos EUA a importações da China avaliadas em mais de 250 mil milhões de dólares, explicou Trump.
Contudo, do lado chinês, a resposta não se fez esperar. Se Trump avançar com as taxas, a China “vai ter de tomar as contramedidas necessárias”, disse um porta-voz do ministério do Comércio da China. “Todas as consequências serão suportadas pelos EUA”, acrescentou. A China tem ameaçado com medidas “qualitativas” não especificadas, já que não consegue mais retaliar com taxas alfandegárias, devido a ter um largo superavit no comércio com os EUA.
As alfandegas chinesas poderão, por exemplo, dificultar o desembarque de produtos norte-americanos no país, alegando questões sanitárias, ou aumentar os entraves burocráticos a empresas dos EUA que operam no país. O ministério chinês dos Negócios Estrangeiros também sugeriu que a ameaça de Trump pode anular os planos para uma segunda ronda de negociações, em Washington, no próximo mês.
Além da guerra comercial já em curso entre Pequim e Washington, também o anúncio esta sexta-feira de uma desaceleração na criação de emprego pela economia norte-americana preocupou os investidores. Em julho, surgiram 164 mil novos postos de trabalho não agrícola no país, menos 41 mil que em maio e junho.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Wall Street fecha no vermelho com Nasdaq e S&P a bater registos negativos
{{ noCommentsLabel }}