Portugueses já enchem o depósito. “É da ansiedade”
O ECO passou por alguns postos de combustível no centro de Lisboa. A afluência tem vindo a aumentar desde segunda-feira e já começaram as filas para atestar o depósito.
Já há filas para abastecer nos postos de combustível no centro de Lisboa. O receio da greve dos motoristas de matérias perigosas marcada para dia 12 e o impasse nas negociações entre sindicatos e patrões fez soar o alarme desde o início da semana.
No posto da BP perto da Basílica da Estrela há um funcionário a gerir o tráfego dos automóveis que chegam para abastecer. “Já se nota muito mais afluência desde ontem. Já esgotámos os jerricãs hoje e mandámos vir mais. É da ansiedade“, afirma ao ECO, entre sorrisos.
Algumas centenas de metros mais acima, já em Campo de Ourique, o funcionário do posto da Galp acabava de encher três garrafões de 20 litros de gasóleo. “Isto tem sido uma loucura hoje”, diz-nos. A meio da tarde o posto tinha uma fila de automóveis anormal à espera para abastecer.
Na Galp do Campo Pequeno, o cenário não era diferente. Mas as filas não preocupam o funcionário do posto. “Podem vir à vontade que a gasolina não vai acabar hoje! Mas que venham com calma. Ainda há pouco iam andando à porrada por causa da fila”. Poucos quilómetros mais à frente, na zona de Alvalade, mais do mesmo. Filas para abastecer no posto de combustível da Prio. “As pessoas já não metem nem dez nem 20 euros. É tudo para atestar”, conta-nos a funcionária.
Este era o cenário, a meio da tarde de quarta-feira, nos postos no centro de Lisboa. O posto de combustível low-cost da Rede Energia no Campo Grande não foge à regra. Dizem-nos que desde domingo que se nota mais afluência e que não é normal nesta altura em agosto. “Os chineses já não têm jerricãs. Estão a mandar vir às toneladas”, brincam os dois funcionários, enquanto enchem os depósitos dos automóveis à frente de uma fila com quase duas dezenas de veículos.
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