Greve de tripulantes de cabine da Ryanair com adesão de 90%, diz sindicato
A greve dos tripulantes de cabine da Ryanair teve uma adesão de 90%, de acordo com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil. A companhia cancelou antecipadamente 16 voos.
A adesão à greve dos tripulantes de cabine da Ryanair ronda os 90%, segundo o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), com 16 voos cancelados, mas a companhia fala da paralisação de “uma minoria”.
Segundo as contas do SNPVAC, a greve para exigir à companhia aérea irlandesa o cumprimento da legislação laboral portuguesa teve a adesão de 90% dos tripulantes, tendo a companhia optado por cancelar antecipadamente 16 voos com partida de Lisboa, Porto e Faro.
No aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, adiantou fonte oficial do sindicato, dois aviões partiram sem tripulação nacional, isto é, com pessoal de cabine de bases estrangeiras da companhia que foram transferidos para substituir grevistas.
Questionada sobre a adesão à greve em Portugal, a Ryanair disse lamentar que, “devido a uma greve desnecessária de uma minoria de tripulação de cabine com sede em Portugal e do seu sindicato SNPVAC, um pequeno número de voos dos aeroportos portugueses tenha sido cancelado”, sem dar números da paralisação.
Na mesma nota enviada à Lusa, a companhia ‘low cost’ (baixo custo) adianta que todos os passageiros afetados pela greve foram notificados e mais de 90% foram reencaminhados para outros voos ou reembolsados.
“Os clientes que ainda não receberam um email ou uma notificação podem esperar que seus voos de/para Portugal operem normalmente. Não esperamos nenhuma interrupção nos nossos voos de e para Portugal hoje“, acrescenta.
A Ryanair deixa ainda o apelo ao SNPVAC para retomar as negociações rapidamente. Os tripulantes de cabine da Ryanair estão esta sexta-feira novamente em greve, convocada pelo SNPVAC, para exigir o cumprimento da legislação laboral portuguesa. Os tripulantes de cabine da Ryanair já tinham cumprido cinco dias de greve entre 21 e 25 de agosto, convocada pelo mesmo sindicato.
Na base das greves está, segundo o SNPVAC, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”. A empresa opera em Portugal em Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada.
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