Rendas da habitação subiram 9,2% no primeiro semestre. Em média custam cinco euros por metro quadrado
As rendas das casas subiram 9,2% para uma média de cinco euros por metro quadrado no primeiro semestre, mostra o INE. Lisboa é a cidade mais cara, com o metro quadrado a duplicar a média nacional.
Comprar casa é cada vez mais caro, mas arrendar também é cada vez mais dispendioso. As rendas da habitação subiram 9,2% para uma média nacional de cinco euros por metro quadrado nos primeiros seis meses do ano. Mas houve 37 municípios com valores bastante acima da média, enquanto o valor do metro quadrado em Lisboa é mais do dobro da média do país, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O número de novos contratos de arrendamento registou um decréscimo de 10,5%.
No final do primeiro semestre foram feitos 71.369 contratos de arrendamento de alojamentos familiares no país, com o valor mediano das rendas a fixar-se nos cinco euros por metro quadrado, refere o INE. Este aumento acontece em linha com a subida de 10,1% dos preços das casas no segundo trimestre.
Lisboa continua a manter o estatuto de cidade mais cara do país. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde foram celebrados 23.562 contratos de arrendamento — o equivalente a um terço do total –, o valor das rendas fixou-se nos 7,54 euros por metro quadrado. Contudo, se considerarmos apenas o município de Lisboa — o mais caro do país –, os valores sobem para 11,71 euros por metro quadrado.
Analisando freguesia a freguesia na capital, Carnide destacou-se ao observar o maior aumento nas rendas: 20,5% para uma média de 13,21 euros por metro quadrado. A evolução mais ligeira foi registada em Campolide, onde os preços subiram 4,4% para 12,07 euros. Contudo, em termos de freguesia mais cara, o destaque vai para Santo António, onde os preços subiram 7,8% para uma média de 14,12 euros.
Por sua vez, a Área Metropolitana do Porto (AMP), onde foram registados 12.431 novos contratos de arrendamento, o valor das rendas fixou-se nos 5,42 euros por metro quadrado, refere o INE. Contudo, se analisarmos apenas o município do Porto, estas subiram para os 8,33 euros por metro quadrado.
Aqui, as maiores subidas observaram-se na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde: 25,3% para 9,62 euros por metro quadrado, destacando-se também como a freguesia mais cara.
37 municípios acima da média nacional
No primeiro semestre, o INE observou 37 municípios onde as rendas em novos contratos de arrendamento estavam acima da média nacional. A maioria (17 municípios) estava localizada na AML: Lisboa, Cascais, Oeiras, Amadora, Odivelas, Almada, Loures, Sintra, Vila Franca de Xira, Seixal, Barreiro, Alcochete, Mafra, Setúbal, Montijo, Sesimbra e Palmela apresentam um valor mediano de rendas acima dos cinco euros por metro quadrado.
Mas na Área Metropolitana do Porto também existem vários: Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Maia e Espinho.
Já no Algarve contam-se nove municípios com rendas a superar a média nacional: Castro Marim, Albufeira, Loulé, Lagos, Tavira, Portimão, Vila Real de S. António, Vila do Bispo e Silves.
O município com as rendas mais baratas do país é Moimenta da Beira, com o metro quadrado a custar 1,86 euros. O valor mediano das rendas em Lisboa é seis vezes superior ao registado neste concelho da Beira Baixa.
(Notícia atualizada às 11h47 com mais informação)
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