Obras no hemiciclo é “questão que não existe”, diz Ferro Rodrigues
O presidente da AR, Ferro Rodrigues, desvalorizou a questão do acesso aos lugares do CDS e do deputado único do Chega no hemiciclo, considerando que possíveis obras “é uma questão que não existe”.
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, desvalorizou esta sexta-feira a questão do acesso aos lugares do CDS e do deputado único do Chega no hemiciclo, considerando que possíveis obras “é uma questão que não existe”.
“Não vou falar sobre isso, não vou falar sobre isso. É uma questão que não existe, para mim não existe”, respondeu Eduardo Ferro Rodrigues aos jornalistas no final da primeira sessão plenária da XIV legislatura.
O socialista assinalou que “todos os deputados têm dificuldades em entrar e em sair dos seus lugares”.
“É o hemiciclo que temos, é o hemiciclo que temos”, vincou.
“Obras só espero que haja obras públicas mais no país para o investimento poder crescer, o investimento público e privado”, acrescentou Ferro Rodrigues.
Na semana passada, a conferência de líderes decidiu que para esta primeira sessão a deputada do Livre vai sentar-se entre PCP e PS, o deputado da Iniciativa Liberal entre PSD e CDS-PP e o deputado do Chega o mais à direita, todos na segunda fila.
Na terça-feira, o CDS-PP explicou que a questão do lugar do Chega no hemiciclo não é política, mas prática, já que o grupo parlamentar dos centristas é o único que tem um deputado de outro partido no mesmo espaço.
“A única coisa que o CDS disse na conferência de líderes anterior foi que, por uma questão de funcionamento do grupo e até de recato do grupo, dos deputados do grupo poderem falar entre si, nós somos o único grupo que temos um deputado que não é do grupo dentro do nosso espaço. Não acontece com mais nenhum”, esclareceu o deputado centrista Telmo Correia.
Segundo o deputado do CDS-PP, “não é uma questão política, é uma questão prática”, lembrando que “naqueles lugares, para um deputado entrar pelo lado de fora, tem de pedir ao deputado que está sentado para sair”.
“Por experiência própria, porque aqueles lugares já eram nossos na legislatura anterior, o acesso à segunda fila é um acesso muito estreito, tem uma passagem muito difícil. Não se trata de nós estarmos incomodados com ninguém, nem a questão sequer é uma questão política”, assegurou.
Face ao exposto, foi falada a hipótese de serem feitas obras no hemiciclo, ideia que Ferro Rodrigues agora rejeita.
Segundo Telmo Correia, “para os deputados do CDS chegarem aos seus lugares vão ter que pedir a um deputado de outro partido que saia do seu lugar para os deixar passar”.
“Ora, é um bocadinho desagradável termos de estar permanentemente a pedir a um outro deputado de um outro partido que não é o nosso para, passo a expressão, se chegar para lá – não é nenhum trocadilho – até porque o deputado pode cansar-se e dizer ‘olhe, basta, chega’”, disse.
A futura conferência de líderes “poderá rever” esta questão uma vez que a distribuição decidida foi apenas para a primeira sessão plenária da XIV legislatura.
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