Berardo vai manter condecorações
O relatório final, elaborado por Mota Amaral, propõe uma repreensão para o empresário madeirense Joe Berardo, não retirando as condecorações.
O empresário madeirense Joe Berardo deverá mesmo manter as condecorações, depois de lhe ter sido aberto um processo por causa da polémica postura assumida pelo empresário português no Parlamento durante uma audição à comissão que avaliou as dívidas à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O cenário proposto no relatório final do processo disciplinar prevê, ainda assim, uma repreensão, pessoalmente ou por escrito, adianta o Jornal Económico (acesso pago). Esta é a sanção mais leve que pode ser aplicada por este organismo. A decisão final será tomada a 20 de dezembro, na reunião do Conselho das Ordens Honoríficas.
No relatório elaborado pelo antigo presidente da Assembleia da República João Mota Amaral, que foi escolhido para instrutor do processo disciplinar, o pedido público de desculpas de Berardo e o facto de este não ter sido condenado são apresentadas como a justificação para a decisão,
O Conselho das Ordens, presidido por Manuela Ferreira Leite, irá então decidir, na semana antes do Natal, se retira as condecorações da Ordem do Infante D. Henrique e da Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, que Joe Berardo recebeu das mãos de Ramalho Eanes e Jorge Sampaio, com base no relatório. Entretanto foi enviada ao ainda comendador uma nota de culpa que foi escrita por Mota Amaral.
A defesa respondeu a essa nota de culpa recusando que seja aplicada qualquer sanção ao investidor madeirense por considerar que Mota Amaral não especifica que normas ou leis foram violadas por Joe Berardo, apenas remetendo o arguido para o vídeo de cinco horas da audição feita no âmbito da II Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, a 10 de maio.
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