Pequenos partidos sem tempo no debate quinzenal é “incompreensível”, diz Marques Mendes

  • ECO
  • 10 Novembro 2019

Marques Mendes disse que a decisão "revela falta de respeito pela democracia, hipocrisia e medo". Questionou porque é que se abriu exceção para o PAN, mas não para o Chega, Livre e Iniciativa Liberal.

Os partidos Chega!, Iniciativa Liberal e Livre, todos com deputados únicos, não terão tempo de intervenção no próximo debate quinzenal com o primeiro-ministro. O comentador político Luís Marques Mendes diz a decisão, apoiada por PS, BE, PCP e PEV, revela “falta de respeito pela democracia, hipocrisia e medo”.

“Não faz sentido”, começou por dizer Luís Marques Mendes sobre a decisão que resulta do pedido para que fosse estritamente cumprido o atual regimento que só contempla tempos de intervenção para grupos parlamentares, assim como a sua participação na conferência de líderes, órgão onde se decidem os agendamentos e outras questões de funcionamento da Assembleia da República.

Estes três partidos não têm grupo parlamentar, mas sim apenas um deputado eleito cada um. “É uma desculpa de mau pagador porque há um precedente. No passado também o PAN só tinha um deputado e foi aberta uma exceção. Se se abriu uma exceção para o PAN, porque é que agora não se abre para o Chega, o Livre e o Iniciativa Liberal?”, questionou.

O PAN foi exatamente um dos partidos que ficou contra a proposta, tal como o PSD e o CDS-PP. O presidente da República, Ferro Rodrigues também “não partilha das conclusões do relatório” que levou a que estes partidos não possam debater com o primeiro-ministro e também Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que “já há um precedente” sobre intervenções de deputados únicos no parlamento.

Esta decisão é incompreensível, leviana e insensata. Revela falta de respeito pela democracia, hipocrisia e medo“, sublinhou o social-democrata, no espaço de comentário na SIC. “Acho que devia ser revisto imediatamente. António Costa não devia permitir É desta maneira que o populismo vai chegando e que o Chega vai subir nas sondagens”.

Mais um candidato nas eleições do PSD

No mesmo espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes falou ainda sobre outro tema da atualidade política nacional: as eleições no PSD. No dia em que Luís Montenegro apresentou a sua candidatura contra o atual presidente Rui Rio, Marques Mendes disse esperar um “resultado muito incerto e imprevisível”.

Muito provavelmente podem ser eleições com duas voltas porque neste momento há três candidatos e, com as novas regras, pode haver duas voltas se ninguém conseguir 50% na primeira”, explicou, sobre as diretas para eleger o presidente do partido que vão realizar-se a 11 de janeiro e, caso seja necessário, a eventual segunda volta realizar-se-ia no sábado seguinte à primeira data das eleições diretas, em 18 de janeiro.

Até agora, há três candidatos à presidência do PSD: o atual líder, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz. De acordo com os estatutos do PSD, é eleito presidente da Comissão Política Nacional o candidato que obtenha a maioria absoluta dos votos validamente expressos.

Em teoria, Rui Rio tem vantagem à primeira volta, mas pode não ser suficiente para chegar aos 50% porque de há dois anos para cá ele viu reduzida a sua base de apoio. À segunda volta, Luís Montenegro pode ter vantagem”, disse Marques Mendes, mas acrescentou que poderá ainda haver novidades. “Miguel Morgado voltou à ideia de ser candidato. Está neste momento a recolher assinaturas e pode ainda ser candidato“, anunciou o comentador.

(Notícia atualizada às 21h30)

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Evo Morales renuncia à presidência da Bolívia

  • ECO e Lusa
  • 10 Novembro 2019

Os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia exigiram que o Presidente Evo Morales a demisão para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.

Evo Morales renunciou à presidência da Bolívia. A notícia é avançada pelo El Mundo, no seguimento das exigências feitas este domingo. Os chefes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia exigiram que o presidente Evo Morales se demitisse para que a estabilidade e a paz possam regressar ao país.

O chefe da instituição militar, Williams Kaliman, e o comandante da polícia boliviana, Yuri Calderón, leram declarações separadas, nas quais pediram a renúncia de Morales, que foi reeleito nas eleições de 20 de outubro para um quarto mandato, sob suspeitas de fraude eleitoral. A Bolívia atravessa uma crise social e política desde o dia seguinte às eleições.

Este domingo, Evo Morales anunciou a convocação de novas eleições após a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter recomendado a repetição do ato eleitoral por suspeitas de irregularidades no dia 20 de outubro.

Os ministros Luís Alberto Sánchez e César Navarro e o presidente da Assembleia Nacional, Victor Borda, renunciaram este domingo também aos seus cargos. Após as demissões no governo, também a presidente do Tribunal Supremo Eleitoral, Maria Eugenia Choque Quispe, apresentou a sua renúncia “irrevogável” ao cargo para ser “investigada”, após o relatório da OEA.

O Ministério Público da Bolívia vai processar os membros do Supremo Tribunal Eleitoral devido a irregularidades “muito graves” detetadas pela OEA, que podem levar a “erros criminais e eleitorais relacionados com o cálculo dos resultados oficiais” das eleições de 20 de outubro.

Os Estados Unidos e a União Europeia apoiaram a convocação de novas eleições presidenciais na Bolívia.

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Eleições em Espanha: PSOE volta a ganhar, PP sobe e Vox dispara

  • ECO
  • 10 Novembro 2019

Socialista Pedro Sanchéz perde poder no Parlamento e não conseguiu a maioria absoluta. Após a quarta votação em quatro anos, terá de haver negociações para formar Governo.

O PSOE, liderado pelo atual primeiro-ministro Pedro Sanchez, venceu as eleições legislativas em Espanha. Perdeu representação no Parlamento e não consegue maioria para governar. O PP também sobe, o Vox dispara e o Podemos cai. Mantém-se assim o impasse e terá de haver negociações para formação de um novo Governo.

Os socialistas do PSOE deverão eleger 120 deputados (menos três do que tinha nas últimas eleições, em abril), segundo números avançados pelo El País, numa altura em que estão apurados 99% dos resultados finais.

À direita, o PP sobe dos atuais 66 lugares para 87, enquanto a formação de extrema-direita Vox, que tinha 24 deputados deverá eleger 52, passando a ser a terceira maior força no parlamento espanhol. O Cidadãos, de direita liberal, cai dos 57 para apenas 10 lugares. Estes partidos têm, juntos, 149.

Já à esquerda, a coligação Unidos Podemos, de extrema-esquerda, passa dos atuais 40 para 35 deputados. Juntando, aos votos do PSOE, os dois partidos poderão ter assim 155. Serão assim os partidos de esquerda a ter maior parte dos votos, face aos partidos de direita, mas ninguém chega aos 175 necessários para a maioria.

Entre os partidos mais pequenos o ERC cai para 13 deputados eleitos (de 15), o JxCat sobe para oito (de sete) e o PNV deverá aumentar o número para sete (de seis lugares). Pela primeira vez, entram no Parlamento espanhol o Más País (de Íñigo Errejón) com três lugares, e o partido anti-sistema CUP com outros dois.

O primeiro a reagir aos resultados foi um dos vencedores da noite. Jorge Buxadé, do Vox, afirmou, a partir da sede do partido em Madrid: “Só podemos dizer que estamos convencidos de que o processo eleitoral e o resultado das eleições consolidarão a alternativa patriótica dos espanhóis”, citado pelo El País.

Os primeiros dados da abstenção indicam que houve uma participação de 67%. A confirmar-se a informação provisória, são os números mais baixos em democracia e poderão ser sintomáticos de exaustão dos eleitorais já que esta foi a quarta eleição legislativa em Espanha, em quatro anos.

Cerca de 37 milhões de espanhóis exerceram o seu direito de voto este domingo desde as 09h locais, para escolher 350 deputados e 208 senadores das Cortes Gerais. As urnas fecharam às 20h (19h em Lisboa) nas principais cidades.

(Notícia atualizada às 22h10)

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Montenegro apresenta candidatura: “Sou candidato a presidente do PSD e a primeiro-ministro de Portugal

Luís Montenegro apresentou este domingo a candidatura à presidência do PSD, atualmente liderada por Rui Rio. E já anunciou qual será a prioridade se vencer: baixar IRS e IRC.

Luís Montenegro quer ser uma alternativa à liderança de Rui Rio no PSD, mas já faz mira a António Costa. O social-democrata apresentou este domingo em Lisboa a candidatura à presidência do PSD, que já tem o apoio de nomes fortes do partido como Maria Luís Albuquerque ou António Leitão Amaro.

Sou candidato a presidente do PSD e a primeiro-ministro de Portugal para garantir que, no nosso país, todos têm uma oportunidade para cumprir o seu sonho. É a força que sinto e a força que vem de dentro do PSD”, afirmou Montenegro.

“Compreendo com humildade que os portugueses olhem para o partido e perguntem para que serve o PSD. O que tenho eu a ver com as eleições internas? É a resposta a estas perguntas que me traz aqui”, sublinhou o social-democrata, apontando para a necessidade de garantir um país com mais prosperidade, justiça, cultura e igualdade de oportunidades. “É por isso que esta eleição a todo os portugueses. O que vão escolher é o candidato mais bem posicionado para assumir este compromisso”.

Montenegro diz que quer dar 12 anos de vida, ou seja, quatro anos de oposição e mais oito anos de governo. “Não estou aqui para ganhar a sondagens ou expectativas“, atirou, numa clara alusão ao discurso de Rui Rio nas últimas eleições. Depois de o PSD ter tido o pior resultado de sempre, o presidente do PSD rejeitou que fosse um “desastre” por ter conseguido mais votos do que as sondagens inicialmente lhe atribuíam.

Foi exatamente no seguimento das legislativas que se aprofundaram as divergências no partido. As diretas para eleger o presidente do partido vão realizar-se a 11 de janeiro e o congresso entre 7, 8 e 9 de fevereiro. De acordo com informações prestadas pelo secretário-geral do PSD José Silvano, à Lusa, uma eventual segunda volta realizar-se-ia no sábado seguinte à primeira data das eleições diretas, em 18 de janeiro.

Até agora, há três candidatos à presidência do PSD: o atual líder, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz. De acordo com os estatutos do PSD, é eleito presidente da Comissão Política Nacional o candidato que obtenha “a maioria absoluta dos votos validamente expressos”.

Montenegro promete não aprovar orçamentos de Costa. Quer baixar impostos

As eleições dentro do partido ainda não aconteceram e Luís Montenegro já está a fazer planos para quando liderar o PSD. Criticou o Governo liderado por António Costa e já tem propostas planeadas para se chegar a líder da oposição. “Vivemos tempos preocupantes”, afirmou.

“A propaganda do governo fala de um país em convergência, mas temos 20 países em 18 a crescer mais”, apontou, referindo que as “pessoas estão sufocadas por impostos” e que “o Estado viveu de ajudas” da conjuntura e da herança do Governo liderado por Pedro Passos Coelho. “São perigosamente pequenos os resultados. Estamos cada vez mais na cauda da Europa. Este país é a imagem de António Costa, o país do poucochinho“.

Montenegro prometeu que não fará quaisquer negociações de acordo com o partido socialista “porque, como já percebemos a propósito dos dois últimos assinados, só servem para simular a moderação e o a recentramento do PS”. Nem tão pouco irá aprovar orçamentos do Estado do PS “porque, como se percebeu muito bem na discussão do programa de Governo, o PS continua ligado ao partido comunista e ao BE”.

Em sentido contrário, o que pretende é cortar impostos. Por um lado, a redução gradual do IRS e do IRC e, por outro, a fusão da taxa máxima e mínima do IVA para um máximo de 20%. “Uma das primeiras propostas que apresentarei será de redução dos impostos sobre o trabalho e simplificação do regime do IVA“, anunciou.

“O PSD não é a bengala suplente do PS. O PSD serve para dar outra alternativa ao país. Isso implica mudar de vida. Mudar de vida dento do partido para depois mudar de vida ao país”, afirmou ainda Montenegro. “Não chega vencer às sondagens e às expectativas. Do que precisamos mesmo é de voltar a vencer eleições“.

“Alguns gostam de um partido pequeno, sem alma e sem ambição. Feito de gente acomodada, servil do chefe e condenado a perder. Essa não é a minha visão e não é o meu compromisso. O partido que quero liderar será grande e ambicioso. Capaz de vencer as próximas eleições para depois mudar as vidas das pessoas“, acrescentou.

(Notícia atualizada às 18h45)

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Mediador de seguros acusado de burla no Porto

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2019

Documentos falsos usando layout da seguradora que representava permitiram a um homem lesar 70 pessoas não entregando à companhia os prémios que cobrava destas. Sinistros revelaram o caso.

Um mediador de seguros do Porto lesou 70 pessoas através de documentos falsos com o layout da seguradora que representava.

Durante cerca de um ano, refere o Correio da Manhã, um homem reservou para si os montantes que os clientes lhe entregavam para pagamento de contratos de seguro automóvel.

O arguido, acusado de burla qualificada, vai apresentar-se no Tribunal de São João Novo, na cidade do Porto, juntamente com o filho, de 36 anos, seu cúmplice, e responderá por falsificação de documentos e usurpação de funções.

Este esquema rendeu 11.400 euros ao indivíduo e os clientes só perceberam que estavam envolvidos num esquema fraudulento após serem vítimas de um acidente rodoviário, adianta a publicação.

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Contas T3: VidaCaixa mantém liderança ibérica

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2019

Maior seguradora ibérica apresenta um bom terceiro trimestre com aumento de atividade em produtos de poupança e risco. Ganhos cambiais face ao euro fortalecem a rentabilidade dos fundos.

Os lucros da VidaCaixa aumentaram 17% em relação a igual período do ano passado atingindo 546,6 milhões de euros. Aumento dos recursos e boa evolução dos negócios de poupança e risco são as explicações avançadas pela companhia espanhola.

A VidaCaixa, que é a maior seguradora da península ibérica, é exclusiva do ramo vida e detida a 100% pelo Caixabank. Centra a sua atividade no negócio de seguros de vida e fundos de pensões em Espanha e, em Portugal, controla o BPI Vida e Pensões desde dezembro de 2017, quando o Banco BPI vendeu a totalidade da participação, após integração do banco português no grupo espanhol Caixabank.

Nos terceiro trimestre deste ano os prémios e entregas recebidos pela Vida Caixa cresceram 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O património sob gestão subiu 6,9% para 90,5 mil milhões de euros. Deste montante 53,5 mil milhões respeitam a seguros de vida, cerca de 30 mil milhões a planos de pensões e 7,553 milhões respeitam a participações portuguesas do BPI Vida.

A Vida Caixa mantém a liderança no ramo Vida com 29,4% de quota de mercado e em planos de pensões com 25,1%.

A seguradora firma em comunicado que a rentabilidade média dos fundos sob sua gestão foi de 8,9%, mais que os 7% da indústria em Espanha, devendo-se a valorização a ganhos cambiais nos investimentos em divisas que se valorizaram face ao euro.

Do total de prémios e entregas 7,5 mil milhões respeitam a produtos poupança, com o segmento individual e pesar mais que o segmento coletivo. De salientar uma quebra de 5,7% no produto de risco puro, cujas receitas baixaram para 778 milhões de euros no trimestre.

A VidaCaixa, para além da liderança ibérica em Vida, detém ainda uma participação estratégica de 49% na SegurCaixa Adeslas, assegurando a sua produção nos ramos Não Vida. A Adeslas é controlada a 50% pela Mutua Madrilena que é o terceiro maior grupo ibérico, funcionando a Adeslas como uma parceria fundamental aos dois grupos em seguros gerais.

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Ageas sugere mudar de casa para melhor rendimento na reforma

Um novo produto que já captou 25 milhões de euros em apenas três meses aproveita benefícios fiscais e novas necessidades das pessoas para assegurar um maior rendimento durante a reforma.

Em julho passado, o grupo Ageas começou a comercializar um produto de laboratório. Responde diretamente a um segmento etário que, depois da independência dos filhos, precisa de uma casa mais pequena e de maior segurança de rendimentos na reforma. Nelson Machado, CEO Vida, Pensões e Bancassurance do Grupo Ageas Portugal, está há muitos anos no setor financeiro e viveu os momentos áureos do mercado de capitais e sabe como os benefícios fiscais foram importantes para captar e reter poupanças aplicadas em produtos financeiros de longo prazo. Juntando as necessidades atuais de um segmento de cientes, economicamente acima da média, com as vantagens fiscais que discretamente estão em vigor, decidiu lançar o Produto Pensões Flexíveis.

Nelson Machado: “Apesar de transformar a poupança numa fonte de rendimento regular durante a reforma ser um conceito novo no mercado Português, as vendas já superaram os 25 milhões de euros”.

Nelson Machado explicou a ECOseguros o mecanismo do produto, como está a ser distribuído e apresenta os primeiros resultados.

Já há alguns resultados comerciais do novo produto? São encorajadores?

O produto está a ganhar uma expressão comercial muito animadora. Apesar de “transformar a poupança numa fonte de rendimento regular durante a reforma” ser um conceito novo no mercado Português, a recetividade dos Clientes às Pensões Flexíveis tem sido muito boa. As vendas já superaram os 25 milhões de euros.

Quais os canais utilizados até agora? E quais e quando se prevê juntar outros? É um produto exclusivo Ocidental/Millennium?

De momento, os canais que estão a ser utilizados são os seguintes: direto da Ocidental Pensões para os Participantes de Fundos de Pensões geridos pela Ocidental Pensões ou outras entidades quando atingem a idade de reforma, como uma alternativa ao recebimento de uma renda mensal vitalícia a adquirir junto de uma seguradora. Também as Redes Prestige e Private do Millennium bcp e a Rede de Mediação Exclusiva da Ageas Seguros. De momento, não estão previstos outros canais. É um tipo de produto que pode ser comercializado por outras entidades, nomeadamente entidades gestoras de fundos de pensões, mas não sabemos de que forma outras entidades o estão a fazer de forma ativa.

A vantagem fiscal está a ser valorizada pelos clientes? É decisiva?

O OGE 2019 introduziu duas medidas com impacto positivo para os produtos que visem os pagamentos de prestações regulares periódicas:

  • Alteração ao Art.º 21º Estatuto dos Benefícios fiscais, em que o tratamento fiscal dos rendimentos gerados durante o período de pagamento das pensões, que era realizado pela Categoria H (o que constituía uma discriminação e inviabilizava este tipo de produtos), passou a ser tributado pela Categoria E a 8% (como acontece para os PPR), o que permitiu que este tipo de produto pudesse passar a ser valorizado pelos Clientes;
  • Alteração ao Art.º 10º do Código do IRS, permitindo a exclusão total ou parcial de tributação de imposto de mais-valias, quando o valor resultante da venda de habitação própria e permanente por parte de clientes na situação de reforma ou com mais de 65 anos de idade, se o valor líquido da venda for total ou parcialmente for reinvestido num produto que tenha como objetivo o pagamento de prestações regulares e periódicas e que cujo valor anual dessas prestações não exceda 7,5% do valor investido. Esta vantagem tem sido muito apreciada por potenciais Clientes, mas de momento, ainda não temos esta versão em comercialização ativa o que contamos vir a fazer ainda este ano.

Este benefício fiscal é decisivo para que pessoas cuja principal e muitas vezes única poupança que fizeram ao longo da sua vida ativa foi a aquisição da sua habitação própria e permanente possam, pelo menos parcialmente, utilizar a sua habitação própria para melhorarem o seu rendimento durante a reforma.

Qual o mecanismo do seguro na ótica do segurado?

De momento o produto utilizado é a adesão individual conjunta aos 3 Fundos de Pensões Abertos Horizonte: Horizonte Segurança, Horizonte Valorização e Horizonte Ações. Estes fundos de pensões não têm garantia de rendimento ou de capital, mas têm uma forte preocupação com a preservação de valor a médio e longo prazo, sendo disponibilizadas e sugeridas soluções de gestão em ciclo de vida (risco decrescente em função da idade do cliente). Simultaneamente apresentam boas expetativas de preservação de capital e permitem ter um bom potencial de valorização a médio longo prazo, tão importantes num período como o atual em que os produtos com garantias ou não estão disponíveis ou apenas permitem um rendimento próximo do zero. Estes fundos têm um bom historial de rendibilidade.

O que é flexibilidade neste contexto?

Sendo designados de Pensões Flexíveis a sua flexibilidade é efetivamente muito grande e, pelo menos uma vez por ano, o Cliente tem a possibilidade de alterar o valor da pensão em pagamento, suspender o seu pagamento, alterar o perfil de investimento, fazer o reembolso total ou parcial, converter o saldo remanescente numa renda vitalícia ou transferi-lo para outra entidade sem qualquer custo de transferência.

Qual a rentabilidade prevista e de que depende essa rentabilidade?

Como acontece em qualquer produto financeiro, dependente do comportamento dos mercados financeiros, as performances passadas não são garantia de performances futuras pelo que não se pode afirmar de forma perentória qual a rendibilidade prevista. Para realização das simulações utilizadas para selecionar o valor da pensão, por uma questão de reforço de prudência, as rendibilidades futuras consideradas são iguais a 70% da rendibilidade média anual nos últimos 10 anos líquidas de comissões de cada um dos três fundos. A rendibilidade deste fundos depende da rendibilidade das classes de ativos que os compõem e do andamento dos respetivos mercados financeiros que num horizonte temporal de médio longo prazo sempre apresentaram resultados positivos.

Qual o risco associado aos fundos?

O risco de crédito (capacidade de devolução do capital nas obrigações em que se está investido) é reduzido, em resultado dos elevados níveis de rating que são utilizados nos investimentos em obrigações. Os níveis de risco dos fundos são respetivamente de 2, 3 e 4, numa classificação que vai de um mínimo de 1 até um máximo de 7.

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Controlo remoto da Tesla divide opiniões

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2019

O sistema de pilotagem automática da Tesla foi bem recebida mas tem críticos. A marca afirma que é nove vezes mais segura que a condução normal.

A marca de automóveis Tesla revelou recentemente que o seu sistema de condução autónoma, o Autopilot, é nove vezes mais seguro do que um condutor normal. Mas a controvérsia está instalada.

Um inquérito sondou 5 mil pessoas que conduzem carros da Tesla e, das principais conclusões retiradas, percebeu-se que mais de 90% dos inquiridos – proprietários do Tesla Model 3 – confirmaram que o recurso semiautónomo do piloto automático lhes conferia mais segurança no momento de conduzir.

No questionário, realizado pela Bloomberg, 61% dos condutores afirmaram estar muito satisfeitos com a segurança e, comparativamente, 1% referiu que estava “um pouco” ou “muito insatisfeito” com a segurança do piloto automático. A pontuação mais baixa foi para a capacidade de mudar de faixa que é recurso mais avançado do piloto automático.

Mais importante ainda foi a resposta por parte de 28% das pessoas que referiram que o Autopilot os salvou de uma situação perigosa. Por outro lado, 13% também enunciou que este recurso os teria colocado numa dessas situações. Neste inquérito, foi ainda avaliado o “Smart Summon”, um novo recurso que permite que um veículo se dirija até ao seu proprietário num estacionamento. Através de uma app, esta nova função permite ao utilizador chamar o seu carro a uma distância máxima de 60 metros evitando os devidos obstáculos, incluindo outros carros.

Mas nem tudo parece estar a correr bem. Segundo notícias divulgadas recentemente, nomeadamente, a do portal “Auto Sport” têm estado a circular na internet, muitos vídeos sobre acidentes derivados desta nova função. Houve até quem noticiasse que esta nova tecnologia tem vindo a “colecionar acidentes” e não faltam vídeos online a comprová-lo. Em resposta, a marca alertou, em comunicado de imprensa, que os condutores continuam a ser os principais responsáveis pelos seus carros e que devem controlar os locais próximos enquanto o veículo utiliza as suas funções de forma a evitar acidentes.

Ainda assim, a apesar da polémica, 70% dos inquiridos afirmaram no inquérito do Bloomberg que o recurso era útil, 75% referiram que a navegação tem um nível “bom” e apenas 41% disseram que a confiabilidade do “Smart Summon” era suficiente para o motorista médio.

O último relatório de contas da Tesla, divulgado em meados de outubro, enuncia que esta função já tinha sido utilizada mais de um milhão de vezes desde a atualização deste software, no final de setembro passado.

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Perito da Tranquilidade desloca-se até ao veículo acidentado

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2019

Designa-se Solução na Hora o novo serviço da Tranquilidade que faz deslocar o perito junto do veículo sinistrado do cliente ou de um terceiro esteja este em casa, no local de trabalho ou outro. 

A Tranquilidade passou a disponibilizar, em Portugal Continental, a resolução de sinistros “Solução na Hora’ que permite a deslocação de um perito da companhia junto do veículo acidentado.

A presença do perito no local permite fazer de imediato a avaliação de danos e a possibilidade de acordo imediato ou regularização em oficina convencionada com base no valor acordado.

A escolha do local onde o perito se deve deslocar é feita pelo cliente ou terceiro, na sua casa, local de trabalho ou outro. Esta opção simplifica todo o processo e permite a sua conclusão num prazo máximo de dois dias úteis.

A Tranquilidade aposta assim num serviço “mais rápido e cómodo”, qualquer que seja a zona geográfica dos envolvidos no acidente. Esta solução é a mais adequada para sinistros automóvel de menor gravidade, com “vantagens de simplicidade e rapidez”, afirma a companhia.

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IPO da Saudi Aramco começa a 17 de novembro, mas ainda não há preço

O prospeto daquela que poderá ser o maior IPO de sempre já é conhecido, mas tens poucas informações sobre a operação. Preço e número de ações a vender ainda não são conhecidos.

A Arábia Saudita deu mais um passo para a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da petrolífera Saudi Aramco. O prospeto da operação foi publicado pelo regulador este sábado à noite, mas os pormenores são poucos. A oferta começa no próximo domingo, 17 de novembro, mas não há preço nem número de ações a vender. Dependendo do preço das ações e da percentagem do capital que fique para grandes investidores, este poderá ser o maior IPO de sempre, superando a operação da Alibaba em 2014. São assim os riscos que mais captam a atenção.

O reino já tinha anunciado que estava para breve e agora confirmou a data de início que já se esperava, com a publicação de um prospeto com mais de 650 páginas. Será vendido 0,5% do capital da petrolífera estatal Saudi Aramco a investidores de retalho, enquanto a parte que é reservada a institucionais ainda não é conhecida e vai depender dos negócios que se fecharem no roadshow que está a acontecer.

O príncipe Mohammed bin Salman aponta para uma avaliação de dois biliões de dólares, o que significaria que aforradores poderiam ficar com 10 mil milhões de dólares em ações. No entanto, e apesar de as avaliações dos bancos serem muito díspares (com uma diferença superior a um bilião de dólares entre as mais otimistas e as mais conservadoras), quase todos indicam que a estimativa é demasiado elevada.

O prospeto não indica em que é o financiamento conseguido será utilizado, mas o reino saudita — que anunciou a operação há mais de três anos — tem dito que o objetivo é diversificar a economia do país, diminuindo a dependência do petróleo.

Terrorismo, cortes de produção e sanções dos EUA entre os riscos

Além da volatilidade do preço do petróleo, o principal risco assinalado no prospeto da operação é o potencial de ataques terroristas. A empresa, que é a mais rentável do mundo, sofreu um revés nos últimos meses. A petrolífera sofreu um ataque com drones levado a cabo por um grupo rebelde do Iémen, que afetou metade da produção durante parte do mês de setembro.

Afetada pelo ataque, bem como pela desvalorização de 11% do preço do crude, os lucros afundaram 18% nos primeiros nove meses de 2019. Apesar do tombo, os resultados líquidos atingiram ainda assim 68,2 mil milhões (mais que a empresa cotada com maiores lucros, a Apple) entre janeiro e setembro.

Ainda sobre a produção da petrolífera, é possível que haja limitações na produção de petróleo decididas pelo Governo saudita ou acordadas no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que levem a Aramco a dedicar-se a projetos fora do negócio core.

A petrolífera saudita alerta também para mudanças de legislação, nomeadamente para a lei norte-americana Justice Against Sponsors of Terrorism Act (Jasta) que pode facilitar que os EUA sancionem a Arábia Saudita. Riscos associados à moeda saudita, o ryal, (que levem a empresa a precisar de usar reservas financeiras) ou a alterações climáticas (que alterem a procura por petróleo) são ainda apontados no prospeto da operação.

Ao longo da próxima semana, irá continuar o roadshow para cativar grandes investidores. Para contrabalançar estes riscos, a Arábia Saudita já acenou tanto com a diminuição de impostos pagos pela petrolífera como com dividendos de 100 mil milhões. O IPO vai decorrer entre 17 e 28 de novembro para instituições e até 4 de dezembro para retalho.

O preço final será conhecido apenas no dia seguinte, dia 5 de dezembro. O prospeto acrescenta ainda que dois períodos diferentes de lockup. Após ser cotada em bolsa, o que está previsto para dia 11 de dezembro, a Aramco não poderá irá colocar à negociação mais títulos durante um período de seis meses e não poderá emitir novas ações ao longo de 12 meses.

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CannaBusiness. Já não há preconceito em investir, mas ainda há entraves

Canábis deixou de ser um tabu e passou a ser uma oportunidade de negócio também para investidores. EUA e Canadá lideram, mas a Europa está a ganhar espaço no setor.

O que acontece com a canábis é que as pessoas adoram-na“. A brincadeira é feita por Emily Paxhia, diretora-geral da Poseidon Asset Management, mas o que é muito sério é o dinheiro que está a investir no setor. Responsável por um dos maiores fundos dedicados à canábis, este é apenas um dos grandes investidores que está a apostar num setor que pode atingir os 66,3 mil milhões de dólares nos próximos anos. Mas, para isso, tem de conseguir transitar do mercado negro.

Quando começámos não era popular que investir em canábis fosse uma boa ideia. Tivemos de lutar um pouco. Tivemos problemas com comestíveis que eram demasiado fortes. É por isso que estamos a lutar, para que todos entrem no mercado regulado e para que as pessoas saibam no que se estão a meter”, conta Paxhia, no Web Summit.

Fundado em 2013 por Emily e pelo irmão Morgan, o Poseiden foi pioneiro na criação de um fundo de investimento em canábis, que tem atualmente 105 milhões de dólares sob gestão e participações em empresas de áreas tão diversas como tecnologia agrícola, machine learning ou compliance.

Já Tahira Rehmatullah começou a investir em canábis um ano antes e foca-se no cultivo, distribuição, marcas ou tecnologia, desde que o projeto contribua para criar valor a longo prazo na cadeia de produção. Em março, a Hyper Ventures, onde Rehmatullah é diretora geral, lançou um segundo fundo com 500 milhões de dólares.

Emily Paxhia (Poseidon), Tahira Rehmatullah (T3 Ventures) e Anne Gaviola (VICE Canada) no Venture Stage do Web Summit 2019.

“É uma indústria que toca todas as outras indústrias”, afirmou Rehmatullah, apontando para setores como saúde, pagamentos ou tecnologia. “Nos Estados Unidos, tudo teve de ser criado de raiz, o que gerou uma série de oportunidades“, explicou. Paxhia reforça que “a canábis é uma das indústria que cresce mais rápido no mundo” pelo que são necessárias “infraestruturas”. “É aí que a tecnologia entra”, sublinha.

Os EUA foram pioneiros no uso medicinal, mas foi, no ano passado, a aprovação do uso recriativo de canábis tanto nos EUA como no Canadá que fez disparar o interesse pelo setor, que está atualmente avaliado em 17 mil milhões de dólares. Empresas como a Tilray e a Aurora Cannabis entraram em bolsa com grande expectativa por parte dos investidores, juntando-se a outras como a Canopy Growth ou a Cronos.

No entanto, o entusiasmo passou rapidamente e os títulos começaram a afundaram. As investidores de capital de risco acreditam que o problema foi o rápido crescimento, mas estão ainda assim confiantes no setor. “Foi tudo demasiado rápido entre a legalização e os IPO, e estamos a assistir a uma certa recessão. Estamos entre as fases 2.0 e 3.0, mas penso que ainda numa fase inicial”, defendeu Rehmatullah.

"Foi tudo demasiado rápido entre a legalização e os IPO e estamos a assistir a uma certa recessão. Estamos entre as fases 2.0 e 3.0, mas penso que ainda numa fase inicial.”

Tahira Rehmatullah

Hyper Ventures

“Há muito hype“, sublinha Paxhia. A investidora conta que, por cautela, perdeu muitos negócios, mas não tem pena de nenhum pois considera que necessário que assim seja.

Ambas lembram que é um mercado que passou da clandestinidade para a legalização, o que tem desafios e barreiras específicos, nomeadamente de governance e compliance. É nessa adaptação que acreditam que a tecnologia pode impulsionar o setor para um novo patamar de regulamentação e de certificação em laboratórios.

“A boa notícia é que quem se seguir, vai poder aprender com os EUA e o Canadá”, afirma Paxhia. As duas investidoras têm apostas na Europa onde, apesar de o mercado ser menor, há empresas a estabelecerem-se (incluindo em Portugal, onde o cultivo de canábis proliferou no último ano). “Penso que na Europa terá mais força o mercado medicinal”, espera Rehmatullah. Questionada sobre se este é, ainda assim, um bom ponto de partida, não têm dúvidas: “absolutamente”, dizem.

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Paulo Núncio duvida de alteração dos escalões do IRS

  • ECO
  • 10 Novembro 2019

Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, considera que não há margem para reforçar mais a progressividade dos escalões do IRS.

O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, duvida que seja possível o Governo fazer novas alterações aos escalões do IRS por considerar que não há margem para reforçar mais a progressividade, como defendeu em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios (acesso livre).

Núncio defende é que deverá haver uma redução da carga fiscal, mas lembra que “não pode haver redução de impostos sem redução da despesa pública“, na entrevista conjunta.

Sobre os escalões do IRS, o secretário de Estado da legislatura liderada por Pedro Passos Coelho avalia o novo programa de Governo e mostra dúvidas sobre a possibilidade de alterações. Defende que não há margem e, caso aconteça, serão os mesmos a serem sobrecarregados: os 10 por cento que já suportam 70% por cento do IRS em Portugal.

Em alternativa, Paulo Núncio acredita que a opção mais justa para todos os contribuintes seria reduzir todos os escalões para proporcionar um alívio fiscal a todos os agregados familiares.

Já especificamente sobre ao englobamento de todos os rendimentos (que significa que rendimentos sujeitos a taxas especiais passam a ter todos a mesma taxa) iria significa que muitos milhares de famílias portuguesas “vão sofrer um acrescimento significativo de IRS”, diz. No entanto, seria uma “alteração substancial da política do governo” sobre rendimentos prediais, em menos de um ano.

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