Gasolineiras preparam comboio de camiões para abastecer Lisboa. Unidade de Intervenção da GNR vai acompanhar trajeto

Dezenas de camiões e motoristas estão em Aveiras à espera que surjam condições de segurança para arrancar com a reposição de abastecimento. Unidade de Intervenção vai acompanhar comboio de camiões.

Parte das gasolineiras presentes em Portugal estão a trabalhar com as autoridades para assegurar a escolta policial a um comboio especial de camiões-cisterna que irá procurar normalizar o abastecimento de combustível. Segundo detalha a Lusa, caberá à GNR fazer a segurança destes camiões desde Aveiras de Cima até ao Aeroporto de Lisboa.

Dezenas de camiões têm estado parados esta terça-feira em Aveiras à espera que estejam reunidas condições de segurança para avançar até Lisboa e iniciar a normalização do abastecimento de combustível. Fonte da GNR citada pela agência noticiosa, os camiões já estão a abastecer, preparando-se agora para iniciar viagem acompanhados por elementos da Unidade de Intervenção e do Destacamento de Trânsito da GNR.

A requisição civil aprovada esta terça-feira de manhã pelo Governo avançou depois de “se ter constatado que no dia 15 de abril não foram assegurados os serviços mínimos”, fixados no Despacho n.º 30/2019, de 10 de abril. Assim, e a partir do momento em que esta requisição civil foi aprovada, tanto empresas, como motoristas, devem assegurar que a mesma é cumprida, recorrendo aos motoristas que estão de escala, caso contrário entram em desobediência.

Na sequência da requisição civil, a GNR entrou em modo de prevenção para assegurar o cumprimento da mesma e, de acordo com a Lusa, quando os camionistas de substâncias perigosas começaram a ocupar a estrada de Aveiras de Cima para tentar travar o avanço do comboio de camiões foi necessário um reforço dos elementos da Unidade de Intervenção que já estavam de prevenção no local.

Entretanto, e apesar do sindicato que decretou a greve dos motoristas de matérias perigosas (SNMMP) ter referido que aguarda uma reunião com o ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Nuno Santos, ainda esta tarde, segundo informações recolhidas pelo ECO, por agora ainda não há qualquer reunião prevista.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/mobilidade-em-lisboa/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”759″ slug=”mobilidade-em-lisboa” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/mobilidade-em-lisboa/thumbnail?version=1552939892478&locale=pt-PT&publisher=eco.pt” mce-placeholder=”1″]

Pedro Henriques, vice-presidente e advogado do SNMMP, disse à Lusa que aguardava “durante a tarde” pela marcação da reunião com o ministro, depois de ter tido uma conversa “informal” com o responsável sobre a paralisação.

[Notícia atualizada às 17h50]

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo discute possível demissão por causa dos professores

  • ECO
  • 16 Abril 2019

A Rádio Renascença avança, citando fontes socialistas, que o Governo tem discutido a possibilidade de demissão caso o Parlamento obrigue à contagem integral do tempo de serviço dos professores.

O Governo estará a discutir a possibilidade de se demitir caso o Parlamento obrigue o Executivo a contar a totalidade do tempo de serviço dos professores, avança a Rádio Renascença, citando fonte do Partido Socialista.

Segundo a Rádio, um dirigente socialista próximo do primeiro-ministro disse que a possibilidade de demissão tem sido discutida dentro do Executivo, caso o Parlamento decida que tem de ser contado todo o tempo de serviço exigido pelos professores um encargo que os socialistas consideram insustentável.

A reposição total do tempo de serviço exigido pelos professores — nove anos, quatro meses e dois dias — custaria mais de 600 milhões de euros aos cofres do Estado.

O ECO questionou oficialmente o Executivo sobre esta matéria e a reação foi de desvalorização: “A aprovação do tempo integral do tempo de serviço colocaria em causa a sustentabilidade das contas públicas. Não a do Governo”. “São dois patamares distintos”, acrescenta a mesma fonte oficial.

O Parlamento discute esta terça-feira, e vota amanhã, as apreciações parlamentares do decreto-lei aprovado pelo Governo, que contempla a contagem de apenas dois anos, nove meses e 18 dias. Esta foi a proposta do Governo aos sindicatos, rejeitada pela estruturas sindicais que continuam a insistir a contagem integral do tempo de serviço.

A confirmar-se, esta possibilidade colocaria pressão sobre os partidos na Assembleia da República. Ainda na semana passada, o PSD apresentou uma proposta para garantir a contagem integral do tempo de serviço dos professores, mas com um faseamento que dependeria das condições financeiras do Estado, sempre sem colocar em causa o cumprimento das metas orçamentais europeias.

O Bloco de Esquerda e o PCP, que suportam o atual Governo no Parlamento, também pediram a apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo com a contagem do tempo de serviço dos professores. Os dois partidos têm exigido a contagem integral do tempo de serviço e durante a discussão do Orçamento apresentaram propostas nesse sentido, mas com um calendário diferente.

A questão tem sido polémica desde 2017, altura em que o Governo avançou com uma proposta no Orçamento do Estado para 2018 para começar a descongelar as carreiras na Função Pública. De fora desta iniciativa estava a contagem do tempo de serviço — suspenso durante sete anos — que também levam à progressão das carreiras especiais, onde se incluem os professores.

O tema surgiu no debate político apenas depois das estruturas sindicais que representam os professores se terem protestado insurgido ainda em 2017 contra estes esquecimento. O primeiro-ministro, António Costa, defendeu na altura que esse tempo perdido não iria ser contado porque, no entendimento do Governo, a suspensão dessa contagem ditava uma paragem no tempo, tempo esse que voltava a contar a partir de 2018, quando as carreiras foram descongeladas para toda a Administração Pública.

Em novembro de 2018, Ainda na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2017, o PS fez aprovar uma norma que obrigava o Governo a negociar com os professores, sem calendários nem montantes. Depois de a negociação não ter chegado a bom porto, os partidos — com exceção do PS — voltaram a exigir a negociação no Parlamento e incluíram uma norma no orçamento deste ano, discutido em novembro do ano passado, que obrigava o Governo a negociar novamente com os sindicatos.

O Governo voltou a não ir além dos dois anos, nove meses e 18 dias que tinha previstos aprovar e publicou o decreto-lei, que os partidos analisam esta semana no Parlamento.

O Executivo tem alertado desde o início deste processo para o custo da contagem integral do tempo de serviço dos professores e acusado os sindicatos de não quererem negociar. O ministro das Finanças lembrou por várias vezes que os professores já progrediram pela via dos descongelamento das carreiras na Administração Pública, mesmo sem a contagem do tempo de serviço, e deixou um novo aviso esta segunda-feira, de que estes custos podem limitar seriamente a margem de manobra dos próximos governos.

(Notícia atualizada com a reação ao ECO de fonte oficial do Executivo)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção automóvel dispara 37% em março. Cresce 30% no primeiro trimestre do ano

Foram produzidos mais de 31 mil automóveis nas fábricas portuguesas, em março. A grande maioria teve como destino o mercado externo.

A produção automóvel em Portugal continua a acelerar. No mês de março foram produzidos mais de 31 mil veículos, numa subida de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP). Um crescimento à boleia dos ligeiros de passageiros, nomeadamente a produção do T-Roc, na Autoeuropa, que aumentaram 39,5%.

Foram produzidas 25.885 unidades de ligeiros de passageiros em março. A fábrica de Palmela foi responsável por 23.847 destes, e também registou uma subida na produção, de cerca de 40% face ao mesmo período do ano anterior. A Autoeuropa tem nos planos um investimento de 110 milhões de euros na fábrica de Palmela neste ano, com o objetivo de aumentar a capacidade de produção do T-Roc que está a ter grande aceitação no mercado, bem como de algumas peças como para-lamas.

O arranque do ano mostra-se positivo para a indústria, com o primeiro trimestre de 2019 a registar um crescimento homólogo de 30,6%. Desde o início deste ano até ao fim de março produziram-se em solo nacional 94.471 veículos automóveis, o que compara com 72.348 unidades no primeiro trimestre de 2018.

A exportação mantém-se o motor desta produção, sendo que 97,4% dos veículos são para o mercado externo. Os automóveis que saem das fábricas portuguesas têm como destino principal a Europa. Neste continente, é a Alemanha que recebe mais veículos produzidos em solo nacional, sendo responsável por 22% das exportações. Seguem-se a Itália, França e Espanha como os principais clientes.

(Notícia atualizada às 16h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Angolana TAAG volta a poder voar na UE sem restrições

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Doze anos depois, Bruxelas retirou a TAAG da lista de companhias aéreas impedidas de voar no espaço aéreo europeu.

A transportadora aérea angolana TAAG foi retirada da “lista negra” de aviação da União Europeia, podendo voltar a voar sem restrições no espaço aéreo europeu, o que já não sucedia desde 2007, anunciou a Comissão Europeia.

Ao atualizar a “lista negra” de companhias aéreas impedidas de sobrevoar território comunitário por motivos de segurança, a Comissão indica que “há notícias positivas para Angola, uma vez que a companhia nacional TAAG Angola Airlines, assim como a HeliMalongo, que operavam com restrições desde novembro de 2008, foram retiradas da lista”.

A decisão foi tomada com base na opinião unânime emitida pelos peritos de segurança dos Estados-membros que se reuniram entre 2 e 4 de abril em sede do Comité de Segurança Aérea, presidido pela Comissão Europeia com o apoio da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA), precisa o executivo comunitário.

A TAAG foi incluída na “lista negra” da UE em julho de 2007, tendo em finais de 2008 voltado a ser autorizada a voar para a Europa mas sob restrições operacionais, podendo apenas voar, numa primeira fase, para Portugal, e apenas com três aviões da sua frota “validados” por Bruxelas, tendo as restrições mudado ligeiramente ao longo das sucessivas atualizações da lista desde então.

Até à atualização desta terça-feira, a TAAG continuava com restrições para parte da sua frota, só podendo voar no espaço aéreo europeu com os aparelhos Boeing B737-700, Boeing B777-200, e Boeing B777-300.

A lista de segurança aérea da UE, denominada “lista negra”, proíbe agora um total de 120 companhias aéreas de voarem para a União Europeia, sendo 114 transportadoras certificadas em 16 países devido à falta de fiscalização da segurança pelas autoridades nacionais da aviação, e as restantes seis devido a preocupações relativas às próprias companhias, entre as quais a venezuelana Avior Airlines.

Entre as companhias certificadas por 16 países permanecem as transportadoras angolanas com exceção da TAAG e Heli Malongo, bem como as de São Tomé e Príncipe, tendo sido incluídas esta terça-feira todas as companhias da Moldova com exceção de três (Air Moldova, Fly One e Aerotranscargo).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Donativos para reconstruir Notre-Dame já ultrapassam 600 milhões

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Empresas e grandes fortunas francesas já fizeram donativos para reconstruir Notre-Dame na ordem dos 600 milhões de euros. Incêndio destruiu parte da catedral na segunda-feira.

As doações de empresas e das grandes fortunas francesas para financiar a reconstrução da catedral de Notre-Dame, em Paris, atingida na segunda-feira por um grave incêndio, já ultrapassaram os 600 milhões de euros.

A família herdeira do grupo L’Oréal, Bettencourt-Meyers, e a multinacional francesa de cosmética anunciaram uma doação de 200 milhões de euros, montante que se junta aos 200 milhões de euros anunciados pela família Arnaulte pelo grupo do segmento de luxo LVMH, que detém marcas como a Louis Vuitton, a Dior, a Bvlgari e a Marc Jacobs.

O grupo petrolífero Total e a família Pinault, dona do grupo de luxo Kering, o segundo grupo mundial no setor do luxo e que detém marcas como a Gucci, a Yves Saint Laurent e a Boucheron, também anunciaram uma doação de 100 milhões de euros, respetivamente.

O incêndio que deflagrou na segunda-feira à tarde na emblemática catedral de Notre-Dame, em Paris, demorou cerca de 15 horas até ser extinto e destruiu parcialmente um dos edifícios icónicos da capital francesa.

A tragédia de Notre-Dame causou grande comoção em França e a nível internacional e gerou mensagens de pesar e de solidariedade de chefes de Estado e de Governo de vários países, incluindo Portugal. O Presidente francês, Emmanuel Macron prometeu, na segunda-feira à noite, que a catedral do século XII, um dos monumentos históricos mais visitados da Europa, será reconstruída.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Investidores temem mexida nas SIGI. “Está tudo à espera do que se decidir no Parlamento”, diz a espanhola Merlin

Os investidores imobiliários querem criar e investir através das SIGI, mas estão com receios do que se decida no Parlamento. A maior SOCIMI espanhola diz-se "preocupada".

As Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) foram aprovadas pelo Governo mas, agora, têm de enfrentar uma apreciação parlamentar, a pedido do Bloco de Esquerda (BE) e do PCP. Os investidores imobiliários já demonstraram interesse em criar e investir através destas ferramentas, mas ainda não deram o primeiro passo com medo do Parlamento. A espanhola Merlin Properties, com cerca de 1.000 milhões de euros investidos em Portugal, acredita que alguns partidos não entendem que Portugal precisa de investimento.

Passaram diretamente do Conselho de Ministros para o Presidente da República mas, a pedido do Bloco e do PCP, vão ser apreciadas esta terça-feira no Parlamento. Esta discussão parlamentar pode levar a alterações por parte dos partidos, o que pode não ser positivo, como disse o ministro da Economia. “Se isto for objeto de avaliação parlamentar (…) podem ter a certeza que se vai abrir uma caixa de Pandora que, no limite, até vai começar a descaracterizar isto completamente“, disse Pedro Siza Vieira, durante uma conferência sobre o tema em fevereiro.

No mesmo evento, o diretor-geral da Merlin Properties em Portugal admitiu que investir através das SIGI era uma possibilidade. “Olhamos com bastante interesse para o mercado nacional. Há uma dinâmica inegável dentro do mercado imobiliário e o regime das SIGI é uma possibilidade”, disse João Cristina. Contudo, face a esta apreciação parlamentar, o cenário pode não ser assim tão fácil.

“Havia muita expectativa e assistimos com agrado à aprovação deste regime. É um regime que vai na direção certa, mas preocupa-me a apreciação parlamentar do decreto-lei. Isto porque não estou certo que os partidos que pediram essa aprovação parlamentar percebam que Portugal, infelizmente, é um país que está carente de investimento“, disse o representante da SOCIMI espanhola, ao ECO.

Portugal é um país com “muitos problemas do lado da oferta” e “fortemente endividado”, por isso, o “investimento terá de vir do exterior”, defendeu. “E se nós alterarmos constantemente o contexto, criamos dificuldades para quem quer cá investir”. Da parte da Merlin Properties já vieram cerca de 1.000 milhões de euros para o imobiliário nacional, mas devem vir mais, pelo menos é essa a vontade da empresa. E parte desse investimento poderá ser facilmente alcançado através das SIGI, daí não ser positivo tentar “mexer” muito no assunto.

Os preços altos que vemos hoje no mercado são precisamente pela falta de promoção imobiliária que acompanhe a procura – que é muito alta. Eu só consigo aumentar a oferta, criando formas de investimento simpáticas para quem cá quiser meter o seu dinheiro e promover.

João Cristina

Diretor-geral da Merlin Properties em Portugal

Os investidores sentem-se “mais ou menos confortáveis” com os riscos dos seus investimentos, tais como a possível desocupação dos espaços, as rendas baixas ou os preços por metro quadrados inferiores ao esperado. Mas “com o que o investidor não se sente tão confortável é com alterações ao contexto legal”, afirmou João Cristina, explicando que as leis podem ser alteradas — como as recentes alterações ao regime de arrendamento urbano, exemplificou –, mas as pessoas precisam de entender que “tudo isto tem custos e, ainda que a curto prazo esses custos não se façam sentir, a longo prazo sentir-se-ão”.

O especialista sublinha que as SIGI vão fomentar o arrendamento, “por uma razão muito simples”. “No seu objeto inclui-se o arrendamento e outras formas de exploração económica e nessas formas de exploração económica está também a promoção imobiliária [construção de raiz]”, explicou. O país precisa de promoção imobiliária “porque esse é o grande problema. “Os preços altos que vemos hoje no mercado são precisamente pela falta de promoção imobiliária que acompanhe a procura — que é muito alta. Eu só consigo aumentar a oferta, criando formas de investimento simpáticas para quem cá quiser meter o seu dinheiro e promover“.

“Está toda a gente à espera do que se decida no Parlamento”

“Não posso falar pelos outros, mas julgo que os investidores têm algum receio do que possa vir. O mercado de capitais não gosta muito que se criem muitas barreiras e o regime das SIGI é um passo no bom sentido. E ao estarmos a criar mais e mais limitações corremos riscos”, sublinha o diretor-geral da Merlin Properties, em entrevista ao ECO.

O receio é de estarmos a criar muitas limitações que tornem o regime absolutamente impraticável e que ninguém o selecione. Acabamos todos por perder muito tempo a olhar para um regime que depois, na prática, não vai ter utilidade nenhuma porque são tantas as barreiras e tantas as limitações ao investimento que acabamos por inutilizar uma ferramenta que na sua génese tinha um bom objetivo”.

Está toda a gente à espera do que se decida no Parlamento. Nós e todos os outros agentes económicos. Não é certo, estamos à espera de definição. Neste momento não sabemos ainda muito bem o que vai sair desta apreciação parlamentar.

João Cristina

Diretor-geral da Merlin Properties em Portugal

Assim como a SOCIMI espanhola, também outros investidores imobiliários — nacionais e internacionais — aguardam pelo que se vai decidir no Parlamento. “Está toda a gente à espera do que se decida no Parlamento”, afirmou João Cristina, incluindo-se a ele próprio e a “todos os outros agentes económicos”. Diz não “saber muito bem o que vai resultar desta apreciação parlamentar”, que está a deixar todos “expectantes”. A solução, por enquanto, é aguardar. “Espero que prevaleça o bom senso, que não se altere o atual regime e que não se limite”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Resultados sólidos das gigantes da saúde animam abertura de Wall Street

Resultados empresariais continuam a beneficiar as praças norte-americanas. Depois da banca, foi agora a vez das empresas de saúde UnitedHealth e Johnson & Johnson.

Wall Street abriu esta terça-feira em alta com o impulso da earnings season. Depois dos bancos terem um efeito misto nas principais praças norte-americanas — com o JP Morgan em alta, mas o Goldman Sachs e o Citigroup a penalizarem –, foi a vez das gigantes da saúde UnitedHealth e Johnson & Johnson reportarem resultados acima do esperado pelos analistas contactados pela Reuters.

O índice S&P 500 abriu a ganhar 0,23% para 2.912,26 a menos de 1% de atingir máximos de sempre. O industrial Dow Jones sobe 0,37% para 2.482,19 pontos e o tecnológico Nasdaq valoriza 0,31% para 8.000,57 pontos.

“A UnitedHealth e a Johnson & Johnson subirem os outlooks é algo imensamente positivo num ano em que se pensava que pudéssemos assistir a uma pausa ou mesmo recessão nos resultados“, afirmou Kim Forres, chief investment officer da Bokeh Capital Partners, em declarações à Reuters. “Estas empresas, que tipicamente não querem fazer pré-anúncios correndo o risco depois terem de recuar nas expetativas de lucros, aumentarem o guidance é muito bom”.

A seguradora especializada em saúde UnitedHealth aumentou os lucros em 22,2% para 3,47 mil milhões de dólares (3,56 dólares por ação) e reviu em alta o outlook de resultados no total do ano para um intervalo entre 14,50 e 14,75 dólares por ação (face à anterior projeção de 14,40 a 14,70 dólares). As ações abriram a ganhar 3% para 237 dólares por ação.

No caso da Johnson & Johnson, os lucros caíram 14% devido a custos judiciais. Ainda assim, as vendas subiram para 20,02 mil milhões de dólares, enquanto a expectativa do mercado era que recuassem. O resultado ajustado por ação atingiu, assim, os 2,10 dólares por ação (contra as estimativas de 2,03 dólares). Os títulos ganham em bolsa 2,57% para 140,03 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Siza Vieira admite que greve vai perturbar funcionamento dos aeroportos “nas próximas horas”

O ministro da Economia avisou que, se os trabalhadores que transportam combustível não cumprirem os serviços, os aeroportos poderão deixar de operar nas próximas horas.

O ministro Pedro Siza Vieira avisou que os aeroportos portugueses poderão vir a sofrer perturbações se não forem cumpridos os serviços mínimos “nas próximas horas”. Em causa está a greve dos trabalhadores que transportam matérias perigosas.

“Nos aeroportos de Lisboa e Faro, não tendo sido assegurado o abastecimento, atingimos níveis críticos de reservas de combustível para abastecimento dos aviões. […] Não quero esconder que se não for retomado o abastecimento nas próximas horas, podemos vir a ter perturbações das operações aéreas”, admitiu o ministro da Economia, em declarações transmitidas pela SIC Notícias.

O ministro também disse não ter “notícia de perturbação em nenhum dos aeroportos nacionais”. “Houve um cancelamento de um voo em Faro, houve um cancelamento de um voo em Lisboa, exclusivamente por questões de gestão de rotas”, afirmou. Declarações proferidas praticamente em simultâneo com a confirmação oficial ao ECO do cancelamento de um voo da TAP por falta de combustível para o avião.

Os aeroportos de Lisboa e Faro estão a ser afetados pela falta de combustível resultante da greve. Estas infraestruturas têm reservas para dois dias, mas estas ter-se-ão esgotado por volta do meio-dia desta terça-feira. A greve teve início à meia-noite de segunda-feira.

Não quero esconder que se não for retomado o abastecimento nas próximas horas, podemos vir a ter perturbações das operações aéreas.

Pedro Siza Vieira

Ministro da Economia

Governo alega incumprimento de serviços mínimos

Segundo Pedro Siza Vieira, o Governo apercebeu-se durante a manhã de segunda-feira que os serviços mínimos não estavam a ser cumpridos por parte dos trabalhadores grevistas. “Não estava a ser feito nenhum dos serviços de fornecimento”, disse o ministro. É o motivo que o Governo alega para ter decretado a requisição civil, um mecanismo legal que visa forçar estes trabalhadores a cumprirem os serviços mínimos.

“A requisição civil entrou em vigor hoje mesmo [terça-feira]. Os trabalhadores que estejam de escala são obrigados a cumprirem os serviços. Há mecanismos para organizar os serviços mínimos. Neste momento, todos os trabalhadores que estejam de escala são obrigados a cumprir a lei”, avisou Pedro Siza Vieira.

Recordando existirem sanções para incumprimentos deste tipo, o ministro concluiu as declarações com um apelo: “Queria uma vez mais apelar aos motoristas para que no exercício do direito de greve não deixem de cumprir a lei”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h01)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal e Espanha próximos no risco de pobreza, distantes no desemprego e PIB per capita

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Portugal e Espanha têm em comum valores semelhantes de risco de pobreza e dívida das administrações públicas. Por outro lado, as taxas de desemprego e o PIB per capita registados são distantes.

Portugal e Espanha estão próximos no risco de pobreza ou exclusão social e na dívida das administrações públicas, mas distantes na taxa de desemprego e PIB ‘per capita’, indicam dados do INE relativos ao período 2010-2017.

Em 2017, 23,3% da população de Portugal e 26,6% da população de Espanha estava em risco de pobreza ou exclusão social, percentagens mais elevadas face aos 22,5% da população da União Europeia nestas condições, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) na 15.ª edição de Península Ibérica em Números.

Entre a população jovem, entre os 15 e os 29 anos, “os países ibéricos registaram valores de pobreza ou exclusão social ainda mais elevados: 35,2% em Espanha e 27,5% em Portugal”, adianta a mesma fonte.

Na comparação do nível de preços, o INE explica que, em 2017, “quer em Portugal, quer em Espanha, os preços foram inferiores aos praticados na União Europeia considerada no seu todo” e que a variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor registou o valor máximo em 2011 em ambos os países (3,6% em Portugal e 3% em Espanha).

Relativamente à dívida das administrações públicas em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o INE indica que na década 2008-2017 este indicador “aumentou bastante em ambos os países ibéricos”, passando de 39,5% em 2008 para 98,3% em 2017 em Espanha e, em Portugal, de 71,7% em 2008 para 125,7% em 2017.

Na publicação “Portugal e Espanha: Realidade ibérica e comparações no contexto europeu – 2018”, o INE indica também que os turistas com residência no Reino Unido e na Alemanha foram os que mais noites dormiram nos estabelecimentos hoteleiros de ambos os países ibéricos em 2017.

Portugal e Espanha também “tiveram evoluções muito idênticas, no período 2012-2017, no que respeita à percentagem da superfície agrícola utilizada que é dedicada a agricultura biológica (área já convertida ou em conversão)”, mostram os dados do INE, que adianta, contudo, que os valores foram sempre mais elevados em Espanha.

A produção de vinho também registou valores próximos no início e no final do período 2007-2016, quer em Portugal quer em Espanha. No que se refere aos principais parceiros comerciais, em 2017 Portugal teve Espanha como principal parceiro, quer nas exportações quer nas importações. Já no caso de Espanha, França foi o principal destino das exportações e a Alemanha o principal parceiro nas importações.

Além das semelhanças, os dados do INE mostram vários indicadores onde os desempenhos de Portugal e Espanha se afastaram no intervalo temporal em análise.

A taxa de desemprego em 2017 em Espanha, de 17,2%, “foi das mais altas da União Europeia, apenas superada pela da Grécia (21,5%)”, indica o INE. Já em Portugal, a taxa de desemprego naquele ano foi de 9%, com o valor para o conjunto da UE a situar-se em 7,6%.

“No período 2008-2017, o PIB ‘per capita’ [ou seja, o quociente entre o PIB e a população total residente] em Portugal foi sempre inferior ao verificado em Espanha, apresentando ambos valores mais baixos no final da série por comparação com o seu início, sendo a redução mais acentuada em Espanha”, indica o INE.

A percentagem do PIB canalizada para pagar pensões de velhice em Portugal foi sempre mais elevada do que em Espanha “em toda a década 2007-2016”, tendo os valores registados nos dois países evoluído “em moldes semelhantes”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ciber Crime, da prevenção à resposta forense

  • Conteúdo Patrocinado
  • 16 Abril 2019

A cibersegurança é um tema que está na agenda dos gestores e da alta direção das organizações.

O tema continuará crescentemente na ordem do dia com os novos desafios da transformação digital que a generalidade dos sectores enfrenta. A conferência “Cibersegurança – Da Prevenção à Resposta Forense” irá contar com especialistas que dissecarão as principais dimensões a considerar por parte das organizações, debatendo exemplos e soluções, desde as medidas preventivas até à avaliação forense.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da Estónia quer fazer parcerias com Portugal

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

A presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, adianta que existem no seu país empresas "muito interessadas" em Portugal e em criar parcerias.

A Presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, afirmou esta terça-feira que o país está muito interessado em encontrar parcerias em Portugal e garantiu que a visita de Estado que está a decorrer irá ajudar a este objetivo.

“Esta é uma excelente oportunidade para aumentar a cooperação entre os dois países”, disse em declarações conjuntas com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de uma visita ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A Presidente da Estónia está em Portugal até quarta-feira, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, para aquilo que a presidência chamou de “um programa multifacetado”, [que] permitirá ilustrar a importância do relacionamento bilateral, bem como o potencial ainda existente para o seu aprofundamento”.

Temos empresas muito interessadas” em Portugal e em criar parcerias, sublinhou Kersti Kaljulaid, elogiando a forma como Portugal ultrapassou a crise económica dos últimos anos. A chefe de Estado da Estónia também convidou o Presidente português para visitar o seu país, assegurando que “mais visitas serão muito bem-vindas”, estendendo o convite informal a todos os portugueses.

A Presidente da Estónia foi recebida esta terça-feira de manhã por Marcelo Rebelo de Sousa com honras militares, na Praça do Império, em Lisboa, e seguiu para um almoço oferecido pelo primeiro-ministro, António Costa.

Kersti Kaljulaid será ainda recebida no parlamento pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, visitando a seguir, num passeio de elétrico, “alguns dos bairros e ruas mais emblemáticos de Lisboa”.

Será ainda recebida pela ministra da Presidência e Modernização Administrativa “sobre soluções digitais aplicáveis à governação” antes de comparecer a um jantar no Palácio da Ajuda, oferecido por Marcelo Rebelo de Sousa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prio vai esgotar combustíveis em quase metade dos postos

  • Lusa
  • 16 Abril 2019

Prio tem hoje cerca de 50 milhões de litros de combustível armazenados no seu parque de tanques em Aveiro, mas encontra-se impossibilitada de transportar este produto.

A Prio prevê que até ao final do dia de hoje quase metade dos seus postos esgotem os seus depósitos de gasóleo ou gasolina, e que o mesmo possa acontecer nos das restantes marcas na quinta-feira.

Em comunicado enviado à Lusa, a empresa adverte que “será este o cenário pascal, que poderá ser agravado se o sindicato dos motoristas não aconselhar os seus associados a acatar a requisição civil hoje decretada pelo Governo para cumprir os serviços mínimos no que respeita ao abastecimento de postos”.

A Prio tem hoje cerca de 50 milhões de litros de combustível armazenados no seu parque de tanques em Aveiro, mas encontra-se impossibilitada de transportar este produto para os seus postos onde, como é prática corrente no setor, a capacidade de armazenamento do produto está limitada a poucos dias de vendas, refere a empresa que tem uma rede composta por cerca de 250 postos de abastecimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.