FM Global explica como proteger o património cultural

  • ECO Seguros
  • 29 Setembro 2019

A mutualista norte americana quer prevenir sinistros como Notre Dame, Brasil e Glasgow School of Arts. A água bem aplicada é sempre menos destruidora que o fogo.

Entre 2014 e 2019 ocorreram, em todo o mundo, incêndios devastadores em diversos monumentos mundialmente conhecidos e que são património cultural da humanidade. A seguradora mutualista norte-americana FM Global divulgou um white paper onde propõe medidas para minimizar estes riscos.

No ano de 2014 a Glasgow School of Arts foi atingida por um incêndio que causou avultados danos no edifício. No ano passado foi a vez do Museu Nacional do Rio de Janeiro ser atingido pelas chamas. Já em 2019, um incêndio de grandes proporções destruiu uma parte da catedral de Notre Dame.

Estes são alguns exemplos que constam do documento da FM Global e que justificam uma inventariação de medidas para minimizar os riscos de fogo nestes locais. Intitulado “It’s Time to Protect Our Heritage and Stop Burning It”, recomenda a adoção de melhores tecnologias para detetor de incêndios, melhores acessos para bombeiros, recursos suficientes de água e sistemas de extinção automática com água.

“A não ser que exista um compromisso para fazer algo diferente, estes incêndios continuarão a acontecer”, diz o documento. “É importante estejamos abertos à utilização de meios através dos podemos proteger tais edifícios e manter seu caráter, limitando o dano potencial significativo desses incêndios”.

Com quase 200 anos, a FM Global é uma seguradora mutualista que se tornou especialista na gestão de risco de propriedades e na proteção dos seus clientes-proprietários e que representam muitas das maiores organizações do mundo, incluindo uma em cada três do ranking Fortune 1000.

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Regulador britânico dá informação para Brexit sem Acordo

  • ECO Seguros
  • 29 Setembro 2019

A FCA atualiza a informação sobre uma saída abrupta do Reino Unido, o pior cenário é o que e afigura mais realista.

A Financial Conduct Authority (FCA), entidade reguladora do sector financeiro do Reino Unido, atualizou as disposições já publicadas o Brexit tendo como ponto de partida uma saída da União Europeia sem acordo.

A atualização, exercida no âmbito dos poderes temporários de transição que foram concedidos à FCA, tem a ver com a prorrogação, de 30 de junho de 2020 para 31 de dezembro do mesmo ano, das instruções já divulgada sobre o assunto, a atualização das disposições relativas aos requisitos prudenciais para refletir a nova legislação do Tesouro britânico e o cancelamento de determinadas disposições envolvendo serviços de pagamento.

Num comunicado divulgado no seu site a FCA explica que estas indicações terão efeito a partir do dia em que o Reino Unido sair da União Europeia sem um período de transição.

O site Insuranceage escreve que a sua publicação, nesta altura, serve para as empresas terem tempo de proporem mudanças que se possam justificar nas disposições e antes da sua versão definitiva entrar em vigor.

Nausicaa Delfas, diretora executive da FCA, afirma que o poder temporário de transição serve para “reduzir o risco de disrupção para as empresas num cenário de saída sem acordo, garantir que os consumidores estão devidamente protegidos e que os mercados continuam a funcionar normalmente”.

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Sánchez promete agir em Espanha se Catalunha “quebrar” Estatuto de Autonomia

  • Lusa
  • 29 Setembro 2019

O chefe do executivo espanhol criticou a atitude da Generalitat e dos independentistas contra a prisão, na semana passada, de membros do CDR (Comité de Defesa da República) acusados de terrorismo.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse este domingo que, se a independência da Catalunha “mais uma vez quebrar o Estatuto de Autonomia”, o Governo responde “com serena firmeza para garantir a coexistência, integridade territorial e a soberania nacional” de Espanha.

Num discurso durante a tradicional Festa da Rosa dos Socialistas Catalães, na Pineda de Gavà (Barcelona), Sánchez afirmou que vai defender a Constituição, o Estatuto da Autonomia catalã, juízes e forças e órgãos de segurança, desde a Polícia Nacional à Guarda Civil, a quem agradeceu o trabalho.

O chefe do executivo espanhol criticou a atitude da Generalitat e dos independentistas contra a prisão, na semana passada, de vários membros do CDR (Comité de Defesa da República) acusados de terrorismo.

“Pode haver muitas opções políticas, mas, quando há alguma indicação de violência, só pode haver uma posição política, a da firme e retumbante condenação à violência “, afirmou.

“Eles estão a dar lições de democracia e não condenam a violência”, denunciou Sánchez antes de pedir aos líderes da independência que parem de “enganar” os cidadãos com um projeto político que eles próprios reconhecem que naufragou.

Contra aqueles que acusam Espanha de ser uma ditadura, Sánchez enfatizou que é um Estado de direito social e democrático em que não há presos políticos e que, lembrou, vai exumar os restos mortais do ditador Franco e acabar com o mausoléu do ditador.

O líder do PSOE, que pretende tornar o PSC na primeira força na Catalunha nas eleições de novembro, deixou claro que o problema não é a independência, mas a coexistência.

Sánchez ironizou os partidos que surgem a cada nova eleição, em referência, sem citá-la, à decisão da CUP de comparecer nas eleições: “Tudo o que eles fazem é ficar na fila para aparecer e ter representação no Congresso dos Deputados de Madrid”, disse.

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Preparados para um hard Brexit? Têxtil, vestuário, mobiliário e turismo medem impacto

Brexit sem acordo pode significar perdas de 2,3 mil milhões de euros para Portugal. O têxtil será o setor mais afetado, segundo um estudo da Universidade de Leuven. Mas o setor desvaloriza.

O Brexit traz consigo um clima de receio e instabilidade para algumas empresas. Segundo um estudo da Universidade de Leuven, um Brexit sem acordo pode ter um grande impacto na economia portuguesa. Pode significar uma perda de 2,3 mil milhões de euros para a balança comercial portuguesa. O ECO falou com intervenientes do setor do têxtil, vestuário, mobiliário e turismo para desmistificar estes números e perceber se o impacto será assim tão grande.

Segundo os dados divulgados pela universidade belga, os têxteis serão o setor mais afetado pela saída do Reino Unido da União Europeia. O setor não concorda com estes números e considera que o “Brexit não vai ser nenhuma tragédia”. A indústria do vestuário considera que a “Europa está melhor preparada para um Brexit que o próprio Reino Unido” e o turismo adianta que este ano, “no primeiro semestre, as receitas do mercado britânico aumentaram 5,1%“. Por outro lado, o setor do mobiliário mostra maior precaução.

O diretor geral da Associação Têxteis de Portugal (ATP), Paulo Vaz, não concorda que os têxteis sejam o setor mais afetado e refere que o Reino Unido é o terceiro mercado mais importante para os têxteis e que vai continuar a ser um “forte mercado para as exportações portuguesas”. Acrescenta ainda que a “saída do Reino Unido da União Europeia (UE) não vai ser nenhuma tragédia”.

Refere ainda que o mais importante “é saber como isto termina”, para as empresas se reposicionarem nos mercados. “A grande problemática é a instabilidade que se vive na Europa e o facto de as empresas estarem numa grande expectativa e apreensivas relativamente à conjuntura internacional, causada não só pelo Brexit mas também pela guerra comercial entre os EUA e a China”, refere Paulo Vaz.

Já o presidente Associação Nacional das Indústrias do Vestuário e Confeção (Anivec), César Araújo, destaca ao ECO que “toda esta incerteza à volta do Brexit está a provocar preocupações no setor do vestuário e na indústria em geral”. Todavia, considera que a “Europa está “melhor preparada para o Brexit que o próprio Reino Unido”. Destaca que o fator cambial é a maior preocupação dos setores, apesar de considerar que “os países europeus vão ser solidários entre eles”.

Por outro lado, os fabricantes de mobiliário e carpintarias portuguesas estão mais precavidos. O presidente da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), Vítor Poças, destacou que “os fabricantes de mobiliário e carpintarias portuguesas estão a reduzir a exposição ao Reino Unido, optando por parcerias locais em vez de abrir espaços físicos e deslocar pessoal”. Acrescentou que estão a tomar estas medidas “por precaução, para poderem sair [do Reino Unido] rapidamente”, explicou à agência Lusa, à margem da London Design Fair.

As empresas portuguesas não estão a desistir do Reino Unido, muito pelo contrário, estão a apostar no mercado inglês e a intensificar a sua presença nas feiras internacionais.”

Paulo Vaz

Diretor geral da Associação Têxteis de Portugal (ATP)

Apesar de estar otimista, o diretor geral da Associação Têxteis de Portugal está consciente que desde que o Reino Unido manifestou o interesse em sair da União Europeia “o setor dos têxteis tem vindo a perder alguma quota neste mercado; tem vindo a decrescer 3 a 4% anualmente”, refere. Explica que “a desvalorização da libra prejudica imediatamente as exportações para o Reino Unido e esta incerteza acaba por levar a quebras de consumo interno”.

De acordo com o estudo, “o Brexit reduz a atividade económica do Reino Unido cerca de três vezes mais em comparação aos 27 países membros da UE”. A universidade belga prevê que relativamente ao PIB, o Reino Unido vai sofrer um decréscimo na produção de valor agregado: a percentagem desta queda será entre 1,21% (soft Brexit), e 4,47% (hard Brexit), prevendo-se assim um cenário difícil para o Brexit.

Há 17 anos que as exportações de têxtil e vestuário não tinha um mês assim

Mesmo com toda a incerteza que se vive na Europa e no mundo, Portugal exportou 531,4 milhões de euros de têxteis e vestuário, sendo que julho foi o melhor mês desde julho de 2002, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, as exportações para o Reino Unido continuam em queda, registando-se uma quebra de 6 milhões de euros.

O Reino Unido importa quase tudo e com uma libra mais fraca fica mais pobre.

César Araújo

Presidente Associação Nacional das Indústrias do Vestuário e Confeção (Anivec)

O presidente da Associação Nacional das Indústrias do Vestuário e Confeção, César Araújo, considera que o turismo é um dos setores que mais vai perder com o Brexit. “O turismo deve ser dos setores que mais vai perder com esta desagregação. O turista inglês tem valor acrescentado para o nosso país”. O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, não concorda.

Reino Unido é principal mercado para o turismo em Portugal

Portugal recebeu, em 2018, cerca de três mil milhões de hóspedes britânicos, sendo o Reino Unido o principal mercado para o nosso país ao representar uma quota de 17% nas receitas totais. Luís Araújo destaca a importância do mercado britânico para o setor do turismo e salienta que “no ano passado, a nível de receitas, crescemos 8,5% e este ano no primeiro semestre 5,1%, quando comparado com o ano passado”.

O presidente do Turismo de Portugal descreve ao ECO que o “objetivo é alargar os mercados e Portugal não ser apenas visto como um “destino de sol e praia”. Destaca que redobraram a atenção com o mercado britânico e que tem vindo a ser feita uma aposta em outros mercados com o objetivo de mostrar Portugal como um país diverso, que aposta em outras regiões, como a região norte e centro, o Alentejo e os Açores.

O setor do turismo tem crescido significativamente e acredito que vai continuar a crescer e a merecer a preferência dos turistas britânicos.

Luís Araújo

Presidente do Turismo de Portugal

“A questão da desvalorização da libra e a crescente concorrência de outros destinos obrigam-nos a ter uma atenção especial e acima de tudo alargar a outros mercados que tragam mais valor acrescentado a Portugal”, refere. Destaca que a “região norte foi a que registou um maior crescimento” e foi a zona do país “que mais cresceu no primeiro trimestre do ano”. Apesar de 60% dos britânicos escolherem o Algarve, seguido da Madeira e Lisboa, a região norte está a destacar-se.

Brexit colocará postos de trabalho em risco?

Segundo o estudo, um Brexit sem acordo pode aumentar o desemprego em 0,6% em Portugal, essencialmente no setor têxtil. Paulo Vaz não concorda e afirmou ao ECO que, pelo menos no setor dos têxteis, os postos de trabalho não estão em risco. “O setor não está a temer pela perda de postos de trabalho, muito pelo contrário, existe falta de mão-de-obra qualificada“. Segundo o estudo, se o Reino Unido chegar a acordo os prejuízos seriam quatro vezes inferiores.

Paulo Vaz afirma que o setor dos têxteis já passou por momentos bem mais complicados como a liberalização mundial do comércio e o fim do acordo multifibras e conclui que “não é o Brexit que nos vai parar. Perdemos quota no Reino Unido mas ganhamos noutros mercados, no pior da hipótese”.

O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, partilha da mesma opinião e não considera que os postos de trabalho estejam em risco. Salienta que “o setor do turismo tem crescido significativamente e que acredita que vai continuar a crescer e a “merecer a preferência dos turistas britânicos”.

De acordo com o estudo, os países menos afetados por um Brexit sem acordo serão a Grécia, Croácia e a Espanha. Por outro lado, os países mais afetados serão Irlanda, Malta e Bélgica. Portugal aparece no meio da tabela. Segundo o estudo da Universidade de Leuven, um Brexit sem acordo pode acarretar perdas económicas no valor de 200 mil milhões de euros para os 27 países da União Europeia (UE). Para o Reino Unido, esta saída pode significar um prejuízo de 113 mil milhões de euros.

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Brexit: Berlim mostra abertura a adiamento mas com condições

  • Lusa
  • 29 Setembro 2019

Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão mostrou abertura para um eventual novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, mas sob determinadas condições: novas eleições ou referendo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, mostrou-se este domingo disponível para um eventual novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), ainda que sob determinadas condições.

Em declarações publicadas hoje no jornal alemão “Welt am Sonntag”, o ministro afirmou: “Procuramos o objetivo claro de alcançar um acordo com o Reino Unido”.

Heiko Maas ressalvou, no entanto, que esta medida deveria estar “vinculada a uma perspetiva” do que se deseja durante esse período extra e o que vai acontecer, porque não poder encerrar o capítulo ‘Brexit’ também é problemático para a Alemanha e União Europeia (UE).

“A insegurança é um fardo crescente para a nossa economia e capacidade de ação da UE”, alertou o ministro.

Na opinião do social-democrata Achim Post, segundo no grupo parlamentar, “uma nova extensão só é concebível com uma razão realmente convincente, como novas eleições ou um segundo referendo“.

Uma nova extensão para continuar “a política de dar e receber em Londres” não deve ser permitida, acrescentou Post.

A posição da Alemanha, preocupada com as repercussões de um Brexit sem acordo sobre a sua economia, está longe da posição de Paris, onde o Presidente, Emmanuel Macron, tem sido cético quanto à possibilidade de uma nova extensão.

O atual prazo do Reino Unido para deixar a UE, que já é uma extensão, termina em 31 de outubro e o primeiro-ministro do país, Boris Johnson, está disposto a deixar o bloco mesmo sem acordo.

Boris Johnson é contra alguns termos do acordo de saída da UE assinado pela sua antecessora, Theresa May, e em particular em relação à “salvaguarda irlandesa”.

No entanto, o primeiro-ministro está numa posição difícil, depois de ter perdido a maioria na câmara baixa e de o parlamento ter aprovado uma lei que exige que peça nova extensão se não chegar a acordo até 19 de outubro.

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Moçambique vai crescer 6,2% por ano até 2028

  • Lusa
  • 29 Setembro 2019

A Fitch antecipa uma aceleração do crescimento da economia moçambicana devido aos grandes investimentos nos megaprojetos no setor das matérias-primas.

A consultora Fitch Solutions antecipa um crescimento da economia de Moçambique de 6,2% nos próximos dez anos, acima da média de 5,9% registada entre 2009 e 2018, devido aos grandes investimentos nos megaprojetos.

“Prevemos que o PIB cresça 6,2%, em média, entre 2019 e 2028, acima da média de 5,9% registada entre 2009 e 2018, com o crescimento económico a acelerar lentamente na próxima década devido ao fluxo de investimentos no setor das matérias-primas“, lê-se na análise que a consultora faz à próxima década em Moçambique.

De acordo com o relatório, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, estes investimentos “vão permitir que o país recupere do colapso no preço das matérias-primas e da suspensão do apoio orçamental por parte dos doadores“.

Para os consultores, esta alteração “vai fazer com que o consumo desça em percentagem do PIB, aumentando o investimento e as exportações líquidas”.

Na previsão de curto prazo, a Fitch Solutions mantém a estimativa de um crescimento de 1,4% este ano e de 3,8% em 2020, afetado pelos efeitos dos ciclones Idai e Kenneth.

No campo político, os analistas lembram a tensão entre a Frelimo e a Renamo e argumentam que apesar da crispação, “os ganhos obtidos desde o cessar-fogo assinado em dezembro de 2016 vão motivar os partidos a manterem o novo acordo pelo menos nos próximos dois anos”.

“No entanto, os riscos de um regresso à instabilidade mantêm-se elevados, particularmente devido às eleições de outubro, já que as eleições anteriores resultaram num pico de violência política”, acrescentam.

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) deverá ganhar as eleições e manter a maioria no Parlamento, estima a Fitch, o que dará “continuidade às políticas”, concluem.

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Há uma empresa portuguesa que produz tecidos à base de canábis

Adalberto Estampados é pioneira na produção de tecidos com derivados de canábis. Produziu uma coleção de desporto com propriedades relaxantes e anti-inflamatórias para uma empresa norte-americana.

Quinze mil quilómetros por ano, o equivalente a uma ida e volta à China, só com tecido. A Adalberto Estampados é líder na Europa na arte da estamparia e pioneira mundial na produção de tecidos com CBD [canabidiol, uma das substâncias da canábis]. A empresa acaba de produzir uma coleção de desporto com acabamentos à base de canábis, que confere aos tecidos propriedades funcionais e medicinais, com efeitos relaxantes e anti-inflamatórios. O preço das peças varia entre os 125 e os 275 dólares.

Sediada em Santo Tirso, a empresa apresentou a mais recente novidade na edição da Première Vision (PV), em Paris, que se realizou de 17 a 19 de setembro. Esta coleção de desporto à base de canábis surge de um contrato com a empresa norte-americana Acabada ProActiveWear.

“São microcápsulas em CBD que penetram nas fibras dos tecidos. Estas microcápsulas foram colocadas nas peças, em zonas estratégicas, de forma a relaxar os músculos”, refere com orgulho, Susana Serrano, CEO da Adalberto Estampados, ao ECO.

Acabada é uma expressão tipicamente portuguesa que significa “finish” em inglês. Usa propositadamente as letras da sigla CBD e foi uma escolha da empresa nova-iorquina face à parceria com a empresa portuguesa. Susana Serrano explica que, para desenvolver esta coleção, a empresa nortenha fez uma parceria com a Devan — empresa de químicos –, em conjunto com o Instituto Português da Qualidade (IPQ).

E se foi no desporto que tudo começou, o objetivo passa por alargar este acabamento com CBD para as camisas de flanela. Susana Serrano confidenciou ao ECO que a Adalberto já tem em marcha outro projeto para mais uma empresa americana. “Para já só estamos a produzir tecidos CBD para desporto, mas vamos também lançar este produto para as camisas de flanela, uma vez que proporciona maior conforto”, refere Susana Serrano.

A Adalberto Estampados produz cerca de 50 a 60 mil metros de tecidos por dia, e comercializa para grandes marcas como a Inditex, Moschino, Cavallaro, Balenciaga. A CEO brinca e diz que “com a quantidade de tecido produzido, a Adalberto, por ano, vai à China e volta”.

São cerca de 400 colaboradores que produzem tecidos para todos os cantos do mundo, sendo que cerca de 85% da produção se destina ao mercado externo. França, Espanha e Reino Unido são os principais mercados da marca, que comemorou este ano o 50.º aniversário. Susana Serrano acrescenta que a Rússia, Alemanha, Polónia e Colômbia são mercados recentes mas com “imenso potencial”.

Toda a nossa estratégia está voltada para a questão da sustentabilidade.

Susana Serrano

CEO da Adalberto Estampados

A estratégia da empresa está focada também na sustentabilidade e, como tal, a Adalberto vai investir em painéis solares e em processos de reutilização de água e energia, de forma a diminuir a sua pegada ambiental.

Toda a energia que a empresa usa é proveniente de produção de renováveis, a chamada energia verde. A CEO da empresa acrescenta que na produção dos tecidos são utilizados químicos não tóxicos e, quando adquirem novos equipamentos, há sempre a preocupação de garantir que têm menores consumos de água, vapor e energia.

Além da produção de tecidos, a Adalberto Estampados também confeciona peças de vestuário. De forma a tornar mais visível todo o caminho que têm construído ao longo destes 50 anos de existência, e tendo em conta que o e-commerce é o futuro, a empresa vai lançar no próximo ano a loja online. Atualmente com um volume de negócios de 30 milhões de euros, um dos objetivos para o próximo ano é quase duplicar a faturação, alcançando aos 50 milhões de euros.

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Orey Antunes revê contas de 2018. Agrava prejuízos para 10,77 milhões de euros

  • ECO e Lusa
  • 29 Setembro 2019

A empresa viu os seus prejuízos agravarem-se 426,9% face ao ano anterior, situação que é justifica com as perdas com a descontinuação de determinadas atividades, nomeadamente a financeira.

Após vários adiamentos, a Orey Antunes divulga finalmente o fecho das suas contas de 2018. A empresa liderada por Duarte D’Orey reportou prejuízos de 10,77 milhões de euros, um agravamento de 426,9% face ao resultado negativo de 2,04 milhões registado no ano anterior. Em comunicado enviado ao mercado neste sábado, o grupo justifica as perdas com a descontinuação de determinadas atividades, nomeadamente a financeira.

“O resultado líquido do exercício de 2018 fixou-se num resultado negativo de 10,77 milhões de euros, fruto do impacto das operações das unidades em descontinuação as quais tiveram, em 2018, um impacto negativo de 12 milhões de euros”, lê-se no relatório da empresa divulgado no site da CMVM.

Em 11 de julho, a Orey Antunes apresentou contas não auditadas onde indicava prejuízos menores relativos ao ano passado, de 9,57 milhões de euros.

Nas contas agora conhecidas foram ainda ajustados os valores relativos a “vendas e serviços prestados”, que se fixaram em 68,83 milhões de euros em 2018, contra 80,82 milhões de euros em 2017.

A Orey Antunes indica ainda que foram revistos em alta “outros resultados não operacionais” em 316 mil euros e em baixa o “resultado atribuível a interesses que não controlam” em 140 mil euros.

O grupo tem passado por dificuldades financeiras que o levaram a adiar a apresentação de resultados referentes a 2018. A empresa foi justificando esses adiamentos com o atraso no processo de auditoria com a reestruturação, mas também “decisões estratégicas de 2018 de descontinuação de ativos que levaram a alterações na forma de apresentação” das contas.

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Costa decreta fim da discussão política sobre Tancos, mas ninguém o ouve

  • Lusa e ECO
  • 28 Setembro 2019

O secretário-geral do PS considera que, do ponto de vista político, o caso de Tancos está encerrado, mas Assunção Cristas e Rui Rio voltaram a centrar o discurso neste caso.

O secretário-geral do PS voltou a decretar o fim do caso de Tancos… mas ninguém lhe está a dar ouvidos. Enquanto António Costa dizia este sábado, numa curta entrevista à TVI, que não vai alimentar a polémica política sobre o processo de Tancos e acrescentou que o presidente do PSD vai perceber que errou quando cair em si após a campanha eleitoral, Rui Rio e Assunção Cristas voltaram a centrar o discurso no processo que levou à acusação contra o ex-ministro Azeredo Lopes por ter tido conhecimento, e dado cobertura, do plano de recuperação das armas roubadas.

O que disse António Costa? “Eu não quero estar a valorizar essas matérias, eu não gostei e também devo dizer que acho que ninguém gostou. Passado o calor da campanha, quando o doutor Rui Rio cair em si, também irá perceber o que fez”, declarou António Costa minutos depois de ter encerrado um comício do PS em Guimarães.

O secretário-geral considerou que, do ponto de vista político, o caso de Tancos está encerrado.
“Está encerrado há vários meses quando respondi por escrito a todas as perguntas que me foram feitas por todos os deputados que me quiseram colocar questões”, sustentou.
Questionado se vai deixar os seus adversários políticos a falarem sozinhos sobre o caso de Tancos, António Costa respondeu: “Pelo menos comigo não falarão, porque já disse tudo o que tinha a dizer”.

“Sei que o doutor Rui Rio não era deputado, sei que não gostava do seu Grupo Parlamentar e que não confiava nos seus deputados, mas as conclusões da comissão parlamentar de inquérito respondem cabalmente às suas dúvidas. O caso de Tancos está entregue à justiça, já conhecemos a acusação e, seguramente, iremos conhecer seguramente o espaço da defesa. Um dia os tribunais tomarão uma decisão”, afirmou o secretário-geral do PS.

A resposta da líder do CDS é inequívoca: Assunção Cristas subiu hoje o tom contra o PS, prometeu que “não se calará” e alertou que a tese das cabalas, no passado, foi “um filme que não acabou bem”, numa referência implícita a José Sócrates. Foi num discurso num jantar comício em Albergaria-a-Velha, Aveiro, que Assunção Cristas falou de “um dos maiores escândalos da vida democrática” portuguesa e afirmou que o Governo “silenciou” e “participou numa ilegalidade e numa mentira que vendeu ao país” à cerca do alegado desconhecimento do antigo ministro da Defesa Nacional Azeredo Lopes e de António Costa sobre o encobrimento na recuperação do material furtado no paiol de Tancos, em 2017.

Numa parte em que o discurso foi ouvido com mais silêncio na sala, a líder centrista avisou que “outros podem ter medo do PS”, medo do “confronto” com o poder, mas o CDS não se atemoriza com “mensagens” que disse ter recebido quanto ao “preço político” de insistir no dossiê Tancos na campanha eleitoral. “No CDS não temos medo, não temos medo do PS e de dizer a verdade. Há quem nos mande mensagens, que temos um preço político, mas a verdade não tem preço”, afirmou, empolgada.

Rui Rio, esse, manteve o tema de Tancos na campanha deste sábado, mas num tom mais suave em relação a Cristas. O presidente do PSD rejeitou a tese de uma relação entre o roubo de material de Tancos e a decisão de acusação agora conhecida do Ministério Público, ou seja, rejeitou a leitura política que o PS está a fazer, e que foi expressa na resposta de Azeredo Lopes à acusação de que foi alvo. E manteve a ideia de pedir uma reunião da comissão permanente da Assembleia da República, que tentará já na próxima semana, antes das eleições.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por seu lado, afirmou que “o melhor é não dizer nada” durante o período de campanha eleitoral, porque “mesmo não dizendo nada, tudo dirão” sobre o que chefe de Estado diz. “Nestes tempos de campanha eleitoral o melhor é não dizer nada, mesmo não dizendo nada, dirão tudo sobre o que eu digo”, vincou Marcelo Rebelo de Sousa, durante a sessão de encerramento de um colóquio dedicado à vida literária de António Lobo Antunes, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

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Comissões da banca estão a aumentar. Saiba quais e em quanto

As comissões bancárias voltaram a subir na primeira metade do ano. O custo de ter um cartão de débito foi o que mais cresceu, em média. Seguiu-se o preço de levantar dinheiro ao balcão.

As comissões bancárias são uma importante fonte de receita para os bancos. Só as cinco maiores instituições financeiras a operar em Portugal amealharam no ano passado mais de 1.800 milhões com este tipo de receitas. Na primeira metade deste ano, os clientes bancários voltaram a ser confrontados com revisões em alta destes custos por parte de diversos bancos. Os cartões de débito acabaram por sofrer a maior subida de preços. Mas os agravamentos chegaram a outros produtos e serviços bancários.

De acordo com a sinopse das Atividades de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, entre janeiro e junho, o valor da anuidade dos cartões de débito aumentou, em média, 16,66%. Essa subida deveu-se ao agravamento registado em três bancos. No Abanca, a comissão pela disponibilização do cartão de débito disparou mesmo 78,57%, o maior agravamento.

No final de junho constatava-se uma grande disparidade no valor das comissões para este tipo de cartões em vigor nos diferentes bancos. Em termos médios, a anuidade dos cartões de débito era de 16,85 euros, mas havia quatro bancos que não cobravam nada por disponibilizar este meio de pagamento, enquanto o banco mais caro exigia 31,20 euros.

Evolução das comissões na primeira metade do ano

Este valor corresponde também ao máximo que era exigido nessa mesma altura pela disponibilização de cartão de crédito. Mas face aos valores em vigor no início do ano, as anuidades dos cartões de crédito, agravaram-se bastante menos. Cresceram 1,1%, com o valor médio a situar-se nos 17,63 euros.

Já os levantamentos ao balcão ficaram no segundo lugar do ranking das maiores subidas de encargos. O custo deste tipo de operações aumentou 6,17%, para passar para um valor médio de 3,94 euros. Mas no limite estas operações chegavam a custar 26 euros no final de junho.

De salientar que os bancos têm vindo a subir substancialmente o custo de realizar operações ao balcão, procurando encaminhar os clientes para as operações à distância, seja no homebanking como no mobile.

No que respeita aos custos de manter uma conta bancária, registaram-se aumentos na ordem dos 1%/2%, em média, no primeiro semestre.

No caso das contas tradicionais, o custo da manutenção subiu 1,02%, para passar a assumir um valor médio de 58,04 euros. No limite, a manutenção de conta no banco mais caro custava 124,8 euros no final de junho.

Já as contas base, que incluem por um preço único vários serviços básicos, viram os custos aumentarem 1,94%, para uma média de 64,40 euros. O banco mais “careiro” exigia 126,51 euros por esse serviço.

Mas há serviços que escaparam a um agravamento generalidade de encargos. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as transferências mobile, cujo custo caiu 2,49%, para uma média de 0,78 euros.

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Tancos: CDS quer que Ministério Público investigue declarações de Costa e Azeredo

  • Lusa
  • 28 Setembro 2019

O partido propôs que o parlamento envie ao Ministério Público as declarações do primeiro-ministro e do ex-ministro da Defesa sobre o caso Tancos, para saber se houve “falsas declarações".

O CDS-PP propôs este sábado que o parlamento envie ao Ministério Público as declarações do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes e do primeiro-ministro, António Costa, sobre o caso Tancos, para saber se houve “falsas declarações”.

Numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa, a presidente do partido, Assunção Cristas, questionou se o presidente da Assembleia “já garantiu que todas as declarações prestadas no parlamento”, tanto de Azeredo Lopes como de António, “foram entregues ao Ministério Público”.

É muito importante que seja esclarecido se houve ou não falsas declarações com relevância para este processo”, afirmou Cristas, admitindo que, em último recurso pode ser o partido a pedir, não tendo dúvidas de que houve declarações contraditórias entre Azeredo e Costa em todo o processo do furto de material militar do paiol de Tancos, em 2017.

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Governo francês trava austeridade para responder a fenómeno dos “coletes amarelos”

  • Lusa
  • 28 Setembro 2019

Governo francês decidiu rever a sua política de saneamento das contas públicas como prioridade para 2020 para responder à crise social, mas sem descurar medidas que permitam reduzir os gastos.

O Governo francês decidiu rever a sua política de saneamento das contas públicas como prioridade para 2020 para responder à crise social que fez eclodir a manifestação dos “coletes amarelos“, mas sem descurar medidas que permitam reduzir os gastos.

O ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, defendeu-se, em entrevista à France Inter, das críticas das entidades patronais e de alguns economistas por deixar de lado as suas ambições iniciais de diminuição do défice público e da dívida.

O governante insistiu que desde a sua chegada ao poder, em 2017, conseguiu-se “estabilizar a dívida” que havia crescido 30 pontos do Produto Interno Bruto (PIB) durante os últimos 30 anos e que se controlou o défice.

Le Maire justificou que não haverá medidas complementares de controlo do défice porque “houve uma crise social”, admitindo que “têm razão” os trabalhadores dos estratos sociais mais baixos em dizer que os seus salários estagnaram desde o período da crise financeira.

Contudo, no seu projeto apresentado esta semana, o défice público em 2020 situar-se-á nos 2,2% do PIB, o nível mais baixo desde 2001 e inferior a 3,1% do PIB que se estima em 2019.

Apesar de tudo, a previsão para 2020 está acima dos 2% do PIB que era o objetivo inicialmente traçado pelo executivo.

Quanto à dívida, o Governo pretende reduzir unicamente em uma décima no próximo exercício, 98,7% do PIB. No segundo semestre deste ano, a dívida subiu 16 mil milhões de euros até 2,375 biliões de euros e representou 99,5 % do PIB.

Le Maire assinalou que as contas que acaba de apresentar para 2020 poderão todavia ser modificadas em sede de discussão parlamentar e pediu aos deputados que analisem em que áreas estão dispostos a reduzir os gastos públicos em benefício de transformações estruturais.

No seu projeto-lei, o ministro contempla uma descida dos impostos em 10.200 milhões de euros que beneficiará sobretudo as famílias com menores rendimentos.

Quanto à supressão de 50 mil empregos públicos que o Presidente, Emmanuel Macron, havia prometido até final do seu mandato, em 2022, essa cifra foi revista em baixa este verão, primeiro para 15 mil e depois para 10 mil. Agora, estima-se que em 2020 será muito mais baixa.

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