Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 13 Maio 2019

A pressão sobre Theresa May está a aumentar, com alguns conservadores a pedir que a primeira-ministra deixe o cargo. Já os EUA querem que a lei chinesa seja alterada.

Há desenvolvimentos na novela do Brexit e a protagonista, Theresa May, está cada vez mais sob pressão. Vários membros dos conservadores pedem que May renuncie ao cargo, numa altura em que o partido se afunda nas sondagens e dos trabalhistas já terem assumido que não será dado apoio a um acordo sem que haja novo referendo. Mas também há novos capítulos na guerra comercial, com Washington a exigir que a lei chinesa seja mudada. Pequim, contudo, já garantiu que não vai aceitar algo que prejudique os seus interesses.

Financial Times

Pressão aumenta para Theresa May. Conservadores preveem colapso nas eleições europeias

A pressão sobre Theresa May para renunciar ao cargo de primeira-ministra está a aumentar. Vários membros dos conservadores pedem que May renuncie ao cargo, numa altura em que o partido se afunda nas sondagens e depois da primeira-ministra britânica ter pedido ajuda a Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, para aprovar o acordo com Bruxelas no Parlamento britânico, onde já foi chumbado por três vezes. As eleições europeias avizinham-se difíceis para os conservadores, com alguns a preverem um colapso motivado pelo aumento do apoio ao partido Brexit, de Nigel Farage.

Leia a notícia completa em Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

É difícil uma aprovação do acordo para Brexit sem novo referendo, diz Keir Starmer

O responsável pelo Brexit do Partido Trabalhista, Keir Starmer, tem dúvidas de que qualquer acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia sem um referendo confirmativo consiga ter a aprovação do Parlamento. Na sua primeira grande entrevista desde que as negociações com o Governo começaram, há quase cinco semanas, Stamer defendeu que um referendo deve fazer parte de qualquer acordo negociado com o Governo. Já sobre as eleições europeias, o porta-voz do Partido Trabalhista afirmou que os trabalhistas “não podem ficar de fora”.

Leia a notícia completa em The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Promotoras imobiliárias em alerta. Aumenta dificuldade de comercialização

As promotoras imobiliárias espanholas estão preocupadas com a comercialização de imóveis ao longo de 2019. O ritmo de vendas de apartamentos, segundo as especialistas, está a começar a enfraquecer comparativamente ao ano passado. O fenómeno é, sobretudo, preocupante nas grandes áreas urbanas e, também, na Costa del Sol, onde o aumento da oferta e a subida dos preços está a dificultar a comercialização. De acordo com um gestor de uma das promotoras imobiliárias, os índice de vendas diminuem, desde logo, em visitas e contactos. A dificuldade em vender imóveis justifica-se, na sua opinião, pelo aumento da concorrência, juntamente com a escalada dos preços e o enfraquecimento da procura. “A procura está a apresentar sintomas de exaustão”, refere.

Leia a notícia completa em Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Reuters

Guerra comercial em impasse. EUA querem que a China mude lei

Os Estados Unidos e a China chegaram a um impasse na guerra comercial. Enquanto Washington exige que a lei chinesa seja mudada, Pequim garantiu que não vai aceitar algo que prejudique os seus interesses. As negociações continuam entre as duas maiores economias do mundo prosseguem esta segunda-feira. “Consideramos que a China ainda não foi suficientemente longe”, afirmou Larry Kudlow, conselheiro económico de Donald Trump, este domingo, no programa Sunday Fox News, em declarações citadas pela Reuters. “Vamos esperar para ver. As negociações vão continuar”, disse, defendendo que a China terá de concordar com disposições de execução “muito fortes” para um eventual acordo.

Leia a notícia completa em Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Arábia anuncia ataque a dois petroleiros. Riade fala em atos de “sabotagem”

A Arábia Saudita anunciou que dois dos seus petroleiros foram “atacados” no passado domingo, enquanto navegavam em direção ao Golfo Pérsico. Os petroleiros sauditas terão sido alvo de atos de “sabotagem”, contudo Riade não deu mais pormenores sobre o tipo de ataque ou sobre quem estará detrás dele. De acordo com o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, os dois navios estavam a caminho do porto de Ras Tanura, por volta das 6h da manhã (hora local) para ser abastecidos e iriam entregar o petróleo a clientes norte-americanos.

Leia a notícia completa em Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

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Farfetch aposta na sustentabilidade. Vai vender malas em segunda mão

Chama-se Second Life e é uma plataforma de revenda de malas em segunda mão. Programa faz parte da estratégia de sustentabilidade do unicórnio fundado pelo português José Neves.

A Farfetch vai juntar-se a outras grandes marcas mundiais na luta pela sustentabilidade e acaba de lançar a Farfetch Second Life, um serviço de revenda de malas em segunda mão, como parte da estratégia. A ideia é que os clientes acedam à plataforma e possam trocar as suas malas usadas por crédito em compras no marketplace da plataforma para a indústria da moda de luxo.

O projeto é resultado do trabalho com um dos parceiros da Dream Assembly, aceleradora para startups de moda criada pela Farfetch em 2018 e que vai, este ano, na segunda edição.

“Os utilizadores terão que submeter informações e fotografias das malas que querem vender em secondlife.farfetch.com, que serão depois revistas pelo parceiro da Farfetch, que fará uma proposta de preço em apenas dois dias úteis. Se o preço for aceite, o cliente agenda um serviço de recolha gratuito e depois de receção e verificação do artigo, a Farfetch adiciona o valor acordado à conta do cliente, para que possa depois ser utilizado em compras na plataforma da Farfetch”, explica a empresa em comunicado.

O Farfetch Second Life é parte do Positively Farfetch, a nova marca de negócio sustentável da empresa. “A moda de luxo está cada vez mais relacionada com a moda sustentável e a revenda de artigos em segunda mão é uma área de interesse crescente por parte dos nossos clientes. Tal como o mercado de luxo online, o mercado de luxo em segunda mão também está a crescer muito rapidamente e é provável que duplique nos próximos cinco anos, atingindo os 51 mil milhões de dólares. Um programa de revenda de luxo como o Farfetch Second Life permite-nos entrar de imediato neste mercado e testar o interesse dos clientes da Farfetch neste tipo de serviço”, explica Giorgio Belloli, chief commercial and sustainability officer da Farfetch.

O programa de revenda de malas em segunda mão estará disponível para clientes do Reino Unido e de outros mercados europeus e os clientes poderão revender malas de 27 marcas, por agora.

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Serão as Pessoas, ainda, o mais importante?

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  • 13 Maio 2019

Marta Santos, EY Senior Manager, fala sobre a evolução tecnológica que foi feita por pessoas, para pessoas! Podemos ter colegas humanos e robots… mas não queremos eliminar o fator humano.

Num mundo onde as nossas dúvidas são esclarecidas com chatbots…, os nossos salários, impostos e seguros são processados por robots…, onde data analytics analisa a informação e nos indica que filmes ver, que música ouvir, que resultados de pesquisas são os mais indicados para nós…, onde a IoT (internet of things) permite que os aparelhos comuniquem entre si…, onde os carros já não vão precisar de condutor! O mais importante ainda são as pessoas?

Parece assustador. Um mundo onde as máquinas “ganham vida”, a Inteligência Artificial é cada vez mais uma realidade presente no nosso dia-a-dia, quando há tão pouco tempo era ficção científica!

Sim, pensar num mundo em que as máquinas podem ultrapassar as pessoas, assusta. Mas só isto já nos diferencia enquanto seres humanos. Porque só ficamos assustados porque temos a capacidade de refletir sobre o passado e de projetar o futuro. Temos consciência e capacidade de pensamento abstrato… “e se?…”

O nosso receio vem essencialmente da falta de controlo que sentimos sobre a evolução a que assistimos. E se as máquinas realmente se autonomizarem? E se quem parametriza os robots os usar para fins menos corretos?

É preciso, então, lembrar que tudo isto foi feito por pessoas, para pessoas!
A evolução tecnológica veio permitir que as pessoas possam ter uma vida mais fácil, mais confortável. Da indicação dos horários dos transportes públicos às indicações de trânsito ou previsões meteorológicas numa App do smartphone. Das compras online ao cinema em casa… De treinadores online a inovações médicas que tornam a prevenção e a cura mais fáceis, mais rápidas e mais eficazes.

Também no contexto de trabalho, a transformação digital surge como um facilitador. O trabalho repetitivo e padronizado cansa… não acrescenta, não potencia evolução e não o fazemos sem erro. É este o trabalho que a tecnologia vem assumir. Diminui os custos e o tempo de cada atividade e elimina o erro. Mas o receio de que as pessoas deixem de ser relevantes, sendo uma reação natural, não é real.

Podemos ter colegas humanos e robots… mas não queremos eliminar o fator humano.
Queremos que os humanos adotem a tecnologia, que convivam com ela, que a utilizem para fazer cada vez melhor o seu trabalho.
Não há projetos de transformação digital de sucesso se não olharmos para as pessoas, se não as integrarmos, se não gerirmos a mudança.
O digital vem potenciar a nossa capacidade de inventar novas coisas e novas formas de fazer as coisas, novas oportunidades de negócio, novas formas de colaborar.

Num mundo onde a evolução tecnológica é vertiginosa, as pessoas são ainda o mais importante?

Sim!
Em todas as empresas, em todos os setores de atividade, em todos os países, as pessoas são o elemento fundamental.
É preciso pessoas motivadas, interessadas, competentes, criativas, inovadoras.
É preciso pessoas simpáticas, afáveis, empáticas, sonhadoras.
É preciso pessoas capazes de liderar, de decidir, de ouvir, de relativizar.

É preciso pessoas capazes de ensinar, de formar, de reforçar, de inventar, de transformar.
É preciso pessoas atentas às questões éticas, ao planeamento e à regulamentação do mundo digital.

É preciso pessoas capazes de entender que sem pessoas as organizações não podem sobreviver.

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A um ponto de ser campeão nacional, Benfica valoriza 3% em bolsa

Os ‘encarnados’, que contam com 84 pontos e 99 golos, só precisam de empatar na receção ao Santa Clara. O sucesso em campo é refletido na bolsa de Lisboa, onde o clube já disparou 77% este ano.

O Benfica está cada vez mais próximo de ser campeão nacional de futebol e, além dos adeptos, também os investidores aplaudiram o sucesso. As ações da SAD do clube das águias valorizam 3,1% na bolsa de Lisboa, para 2,99 euros por ação. Desde o início do ano, já acumula um ganho de 76,92%.

Desde o início da sessão foram trocadas 40.925 ações da SAD do Benfica esta segunda-feira, depois de a vitória contra o Rio AVE ter colocado o clube dos encarnados a apenas um ponto do título de campeão nacional de futebol. Este domingo, o Benfica venceu fora o Rio Ave por 3-2, em encontro da 33.ª e penúltima jornada.

Rafa, aos três minutos, João Félix, aos 45+2, e Pizzi, aos 56, apontaram os tentos dos ‘encarnados’, que somaram o 18.º jogo consecutivo sem perder (17 vitórias e um empate), em 18 jogos sob o comando de Bruno Lage, e o oitavo triunfo consecutivo. Pelo conjunto de Vila do Conde, que se manteve com 42 pontos, no oitavo lugar, marcaram Tarantini, aos 50 minutos, e o suplente Ronan, aos 84.

Os ‘encarnados’, que passaram a contar 84 pontos e 99 golos, só precisam de empatar na receção ao Santa Clara, numa última ronda em que o ainda campeão FC Porto, que está a dois pontos, é anfitrião do Sporting, terceiro.

A performance em bolsa é semelhante: as ações do rival FC Porto, que negoceiam nos 0,68 euros, acumulam uma perda de 2,86% este ano, enquanto as da SAD do Sporting desvalorizaram 4,11% em 2019, para 0,70 euros por título.

Além das ações, também a dívida do Benfica tem beneficiado do mesmo sentimento positivo. O clube está no mercado para captar financiamento junto de sócios, adeptos e outros investidores. Através desta emissão, pretende captar 25 milhões de euros, valor esse que já terá sido totalmente subscrito na semana passado. Em declarações ao ECO, o CFO Domingos Soares de Oliveira falou numa procura “mais robusta” do que a oferta de obrigações que está a decorrer até meados deste mês.

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Guerra comercial em impasse. EUA querem que a China mude lei. Pequim diz que há limites que não passa

  • ECO
  • 13 Maio 2019

A administração norte-americana deverá detalhar, ainda esta segunda-feira, como é que mais 300 mil milhões de dólares em produtos chineses passarão a ter uma taxa de importação para os EUA de 25%.

Os Estados Unidos e a China chegaram a um impasse na guerra comercial. Enquanto Washington exige que a lei chinesa seja mudada, Pequim garantiu que não vai aceitar algo que prejudique os seus interesses. As negociações entre as duas maiores economias do mundo prosseguem esta segunda-feira.

“Consideramos que a China ainda não foi suficientemente longe”, afirmou Larry Kudlow, conselheiro económico de Donald Trump, este domingo, no programa Sunday Fox News, em declarações citadas pela Reuters (acesso livres, conteúdo em inglês). “Vamos esperar para ver. As negociações vão continuar”, disse, defendendo que a China terá de concordar com disposições de execução “muito fortes” para um eventual acordo.

Kudlow acrescentou que uma das condições é que Pequim formalize as mudanças na lei chinesa. EUA e China estiveram próximos de um acordo há quase duas semanas, mas Washington acabou por recusar, acusando a China de ter voltado atrás nos compromissos que tinha feito. Do lado chinês, o vice-primeiro-ministro Liu He considerou que era “natural” que houvesse mudanças até que um acordo seja alcançado.

“Não recuámos. Estamos é em desacordo quanto à forma com o que o texto deverá expressar”, explicou Liu He, em declarações à Phoenix Media, citadas pelo Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês). A China pretende que o acordo tenha por base “premissas de igualdade e dignidade”, disse o vice-primeiro-ministro, acrescentando que algumas diferenças são “questões de princípio” em que o país não fará concessões.

A administração norte-americana deverá detalhar como é que mais 300 mil milhões de dólares em produtos chineses passarão a ter uma taxa de importação para os EUA de 25%. O reforço das imposições segue-se ao aumento, também para taxas aduaneiras de 25% contra os anteriores 10%, de outros 200 mil milhões de dólares em produtos, na passada sexta-feira.

Penso que a China sentiu que estava a ser derrotada de tal maneira nas últimas negociações que talvez queiram esperar pela próxima eleição presidencial, em 2020, para ver se têm sorte e se um democrata ganha“, afirmou o presidente republicano, Donald Trump, no sábado no Twitter. “O acordo será muito pior para eles se tiver de ser negociado no meu segundo mandato. Seria sensato da parte deles agirem já”.

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Equipa de Direito da Universidade Nova de Lisboa consegue resultado “histórico” em Moot Court de Viena

Foi a primeira e única vez que uma equipa portuguesa conseguiu a chegar à fase final do Willem C. Vis Moot Court, em Viena. Os advogados Rute Alves e André Pereira da Fonseca apoiaram a equipa.

A equipa da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa conseguiu um resultado histórico ao tornar-se na primeira e única equipa portuguesa a chegar à fase final do Willem C. Vis Moot Court, que se realizou em Viena entre 12 a 18 de abril.

A representar Portugal estavam as alunas de mestrado Catarina Carreiro, Catarina Cerqueira e Carolina Roque, que contaram com o apoio e treino da advogada Rute Alves, da PLMJ, e do advogado André Pereira da Fonseca, da Abreu Advogados.

Nas rondas gerais a equipa ficou na 22.ª posição de um total de 376 equipas participantes, recebendo também uma menção honrosa pela qualidade do seu “Written Memorandum for Respondent”, peça processual escrita e submetida, em janeiro deste ano, pelas mesmas estudantes.

Pelo caminho, a equipa já tinha vencido o Pre-Moot de Madrid, foi “First Runner Up” no Pre-Moot de Lisboa, e conquistou o prémio de “Best Oralist”, entregue a Carolina Roque, e a quarta classificação entre 79 equipas internacionais no Pre-Moot de Belgrado.

A competição de Viena realiza-se desde 1994 e considerado é o maior e mais prestigiado “moot court” a nível mundial. 376 equipas de universidades de todo o mundo competiram umas contra as outras através da simulação de várias audiências de julgamento, em processo arbitral defendendo a sua posição numa arbitragem comercial ficcionada.

Além desta fase de simulação de julgamento arbitral, existiu também uma fase de preparação de peças processuais e um estudo intensivo dos factos do caso e de Direito, designadamente de doutrina e jurisprudência internacionais. O apoio dos advogados Rute Alves e André Pereira da Fonseca à equipa nasce de um protocolo entre a Faculdade de Direito da Universidade Nova e a Associação Portuguesa de Arbitragem, sub 40.

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Nuno Melo usa SIRESP para atacar “património do calote” do Governo

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

O cabeça de lista do CDS às europeias afirma que, ao contrário do que reclamam, os socialistas não têm o “património das contas certas”, mas sim o “património do calote”.

O cabeça de lista do CDS às europeias atacou este domingo PS e Governo, afirmando que, ao contrário do que reclamam, os socialistas não têm o “património das contas certas”, mas sim o “património do calote”.

Nuno Melo utilizou a expressão num almoço com militantes e simpatizantes em Meda, distrito da Guarda, e citou a notícia da ameaça da Altice de cortar o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), sistema de redes de comunicação de emergência e segurança usado, por exemplo, em incêndios, devido ao uma dívida de 11 milhões de euros, noticiada há dias.

Além desse, os socialistas têm “o património das intervenções da FMI, já lá vão três”, reclamando para a direita “o património das contas certas”. E depois citou o caso do SIRESP, a dívida e disse ter, PS e Governo, o “património do calote”. “Pede-se, contrata-se e não se paga”, afirmou o eurodeputado e de novo primeiro na lista, apontando aos socialistas.

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Rio acusa PS de ser “uma ponte para o extremismo de esquerda”

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

O presidente do PSD, Rui Rio, acusou o PS de ser “uma ponte para o extremismo de esquerda” e desafiou os portugueses a fazerem uma avaliação do Governo nas próximas europeias.

O presidente do PSD, Rui Rio, acusou este domingo o PS de ser “uma ponte para o extremismo de esquerda” e desafiou os portugueses a fazerem uma avaliação do Governo nas próximas europeias. Num jantar-comício em Penafiel, Rui Rio voltou a referir-se à crise política da semana passada, dizendo ser tempo de voltar à campanha que “o primeiro-ministro quis evitar com um golpe de teatro”, ameaçando demitir-se caso o parlamento aprovasse a reposição integral do tempo de serviço dos professores.

“O PSD é uma ponte para a moderação e democracia enquanto o PS pode combater o extremismo de direita, mas não combate o extremismo de esquerda. O PS é uma ponte para o extremismo de esquerda”, acusou. Rio lamentou que António Costa tenha dito, na recente crise dos professores, que “não fica admirado com a irresponsabilidade financeira do PS e do BE”.

Mas então os parceiros que ele escolheu são alguém em quem ele não tem confiança em termos de responsabilidade financeira? Podia ter dito no princípio de legislatura”, criticou. Numa intervenção com algumas interrupções devido a problemas de voz – foi socorrido com um copo de água -, o líder social-democrata frisou que o PSD “não tem medo de mostrar” o seu cabeça de lista às europeias.

“Ao contrário do PS que procura esconder o seu candidato, procuramos fazer o contrário, mostrar toda a nossa lista”, afirmou, num jantar que a organização estima ter juntado mais de 2.000 pessoas. Foi Rio – e não Rangel – quem apontou algumas prioridades do manifesto do PSD às eleições europeias, mas o presidente do PSD fez também questão de aceitar o repto do primeiro-ministro para nacionalizar as eleições.

“O senhor primeiro-ministro pediu aos portugueses que, nesta eleição, fizessem uma avaliação daquilo que é a política do Governo. Pois bem, têm os portugueses a oportunidade de olhar para a política do Governo e dizerem-me se querem assim ou se querem diferente ou se querem melhor”, desafiou.

Como exemplos da governação socialista, Rui Rio apontou o aumento das listas de espera na saúde ou a redução dos profissionais desta área das 40 para as 35 horas de trabalho semanal “quando não havia condições para fazê-lo”.

“Quando enchem a boca com a Constituição da República e com a Lei de Bases da Saúde, não estão a cumprir a Constituição”, acusou, dizendo que se 2,7 milhões de portugueses têm seguro de saúde privado é porque o setor público não tem cumprido a sua função.

Os atrasos na concessão das reformas, a “injustiça territorial” da medida dos passes sociais ou a colocação de “familiares e amigos” no aparelho do Estado foram outros exemplos do que Rio considera ser a governação do PS. “O PS segue esta máxima: primeiro a família, depois o PS e só depois Portugal”, acusou.

Outra razão para votar no PSD, defendeu, seria a diferença da sua lista europeia, reiterando que esta “não é uma prateleira dourada de antigos governantes do PS, do governo do engenheiro Sócrates e do governo do doutor António Costa”.

De hoje a 15 dias, os portugueses vão olhar aos argumentos que passam pelas nossas propostas europeias, pela fraca governação do PS, que passam pela falta de sentido de responsabilidade do primeiro-ministro e pela qualidade da nossa lista”, resumiu, reafirmando a ambição do PSD de vencer as europeias de 26 de maio.

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Marisa Matias quer “zero investimento público” para combustíveis fósseis

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

Nos Açores, onde esteve em campanha eleitoral, a bloquista pediu também "total prioridade" dos agentes políticos "às energias renováveis" e ao "investimento que combata as alterações climáticas".

A cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às europeias deste mês, Marisa Matias, dedicou o dia a questões da energia, propondo, entre outras medidas, “zero investimento público” para combustíveis fósseis. Nos Açores, onde esteve no domingo em campanha eleitoral, a bloquista pediu também “total prioridade” dos agentes políticos “às energias renováveis” e ao “investimento que realmente combata as alterações climáticas”.

Comparticipações nacionais que combatam as alterações climáticas, defendeu ainda, devem ser “isentadas do cálculo do défice”. “Enquanto isso não acontecer, não teremos o investimento público suficiente nestas medidas e não poderemos criar todos os empregos que são necessários criar”, declarou, falando perante dezenas de bloquistas, num almoço-comício na Lagoa, na ilha de São Miguel.

E concretizou: “Se trabalharmos para a independência e autonomia energética, não haverá gente que não possa pagar a sua fatura de eletricidade“. A candidata pelos Açores do Bloco, Alexandra Manes, também interveio no almoço-comício e advogou ser necessário o voto no BE para que sejam “afrontados os grandes interesses” em Bruxelas.

“Votar no PS, PSD e CDS é eleger quem permitiu o fim das quotas leiteiras e a abertura do mar dos Açores às frotas internacionais”, sinalizou a candidata, lembrando ainda as dificuldades por que passam hoje a pesca e a agricultura na região.

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Europeias: Rangel acusa Pedro Marques “fugir à rua” e diz que Costa é que é o adversário

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

Paulo Rangel diz que o principal adversários nas legislativas europeias é António Costa e apela aos eleitores que deem “um cartão amarelo forte, quase laranja” ao Governo do PS.

O cabeça de lista do PSD ao Parlamento Europeu apelou este domingo ao voto para “dar uma lição” ao primeiro-ministro, que apontou como principal adversário nas eleições europeias, acusando o candidato socialista Pedro Marques de “fugir à rua”.

Paulo Rangel, que de manhã em Vila do Conde pediu “cartão amarelo” ao Governo nas eleições europeias, reforçou domingo à noite o apelo para “dar um cartão amarelo forte, quase laranja” ao Governo do PS e à sua “herança”, dizendo não ter medo de falar do país.

Considerando que o dia 26 de maio – dia do ato eleitoral – será “o ponto de viragem” para os sociais-democratas, Paulo Rangel considerou “fundamental dar uma lição a António Costa depois de tudo o que fez na governação”, dando como exemplos “o recorde de carga fiscal”, que disse ser a “mais alta desde Afonso Henriques” e os cortes no investimento público.

“De nada nos vale ter mais 10 euros ou 20 por mês se a nossa consulta é adiada seis meses, se a nossa cirurgia é adiada sem data, se o SNS é todos os dias maltratado e posto de parte. E a ministra da saúde se tivesse consciência do seu papel já há muito se tinha demitido”, considerou.

O cabeça de lista do PSD às eleições ao Parlamento Europeu discursava num jantar em Penafiel, que de acordo com a organização reuniu “mais de duas mil pessoas”, e perante as quais se afirmou “absolutamente convicto” de que os sociais-democratas vão “ganhar as eleições europeias”.

No início do seu discurso, Paulo Rangel começou por avisar que o PSD não se deixa “intimidar ou ameaçar” pela forma “como o PS tratou os assuntos políticos na última semana”.

“E não fazemos porque ao contrário do PS e dos seus candidatos às europeias nós não fugimos à rua e não fugimos ao contacto com as populações”, declarou, observando que só na sexta-feira Pedro Marques irá ter “um encontro com a população” e que até agora esteve sempre “em espaços protegidos e fechados”.

Paulo Rangel acusou Pedro Marques de não esclarecer se na campanha fala como ex-ministro, se fala como candidato ao Parlamento Europeu ou se fala como “protocandidato à Comissão Europeia” e de fazer “uma candidatura falsa”.

“E é por isso mesmo que o PS não leva a sério esta candidatura, em que num comício não houve uma única referência ao cabeça de lista durante quatro ou cinco discursos, toda a gente ignorou a sua presença, porque o PS tem um candidato que é virtual que não foi às eleições para as disputar mas para fazer as vezes de António Costa que ele sim é o adversário nestas eleições”, declarou.

Rangel sublinhou que o PSD não quer nesta campanha eleitoral “desviar ou transfigurar” as eleições europeias em nacionais mas advertiu que o PSD também “não tem medo do teste e do desafio de António Costa que é falar da realidade nacional”.

No jantar-comício que marcou o arranque da campanha oficial do PSD às europeias, Paulo Rangel discursou antes do presidente do partido, Rui Rio, com quem entrou no pavilhão Agrival, subindo a um palco onde passaram minutos antes imagens dos candidatos sociais-democratas.

Antes de Rangel, foi o presidente da câmara de Penafiel, Antonino Vieira de Sousa, ex-militante do CDS-PP que recebeu no momento o cartão de militante do PSD, a apresentar razões locais para o voto na lista do PSD nas europeias.

“Foi Pedro Marques que, quando tínhamos IC35 preparado para ser adjudicado, suspendeu-o e meteu-o na gaveta, prejudicando a nossa região”, disse.

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Costa afirma que PS é partido “europeísta”, mas não “euro ingénuo” ou subserviente

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

O primeiro-ministro considera que a solução para grande parte dos problemas nacionais passa por a UE corrigir deficiências e não por atitude de "subserviência".

O secretário-geral do PS define o seu partido como “europeísta”, mas não “euro ingénuo”, considerando que a solução para grande parte dos problemas nacionais passa por a União Europeia corrigir deficiências e não por atitude de “subserviência”. Esta posição de António Costa consta de uma mensagem dirigida aos eleitores portugueses, no dia em que arranca oficialmente a campanha eleitoral para as eleições europeias do próximo dia 26 e que está publicada no site europa.ps.pt.

Nesta sua mensagem, o líder dos socialistas portugueses começa por se referir a uma ideia que assumiu quando anunciou a sua candidatura à liderança do PS, em junho de 2014, na qual diz ter defendido que a solução para parte dos problemas nacionais “exige uma mudança na Europa”. A partir deste princípio, o secretário-geral do PS desenvolve em seguida uma orientação política com aplicação nestas eleições europeias.

“Somos europeístas, mas não podemos ser euro ingénuos. É necessário corrigir as deficiências que a crise evidenciou na união monetária, compensar os efeitos assimétricos que o euro tem nas diferentes economias, recuperar os danos sociais e económicos provocados pelo ajustamento, encontrar um novo equilíbrio na gestão dos nossos compromissos que favoreça o crescimento sustentável, a criação de emprego, o controlo do défice e a redução da dívida”, sustenta o primeiro-ministro.

António Costa procura por outro lado advertir que, numa negociação entre 28 Estados-membros, “é difícil prometer resultados, sem o risco de desiludir”. “Mas é necessário que haja clareza sobre o que queremos e compromisso sobre a atitude construtiva, determinada e patriótica com que defenderemos o interesse nacional, como parceiros leais, iguais entre iguais e nunca, nunca mais, subservientes”, acentua.

António Costa defende que, ao longo dos cerca de três anos e meio como líder do executivo nacional procurou cumprir o “compromisso de romper com um ciclo de triste subserviência, para afirmar Portugal na União Europeia, como um parceiro leal mas ativo, que se assume igual entre iguais”.

“Das migrações à reforma da zona euro, Portugal tem estado sempre empenhado na primeira linha nos grandes debates europeus. Como António Guterres demonstrou há mais de 20 anos, a melhor forma de defender os nossos interesses específicos é sermos reconhecidos pela defesa que fazemos dos interesses gerais da União Europeia”, apontou, após citar o exemplo na frente europeia do atual secretário-geral das Nações Unidas enquanto líder do Governo português entre 1995 e 2001.

Neste ponto, numa alusão aos principais desafios que Portugal travou na União Europeia, António Costa acrescenta que, entre os 28 Estados-membros, Portugal não esteve apenas empenhado numa agenda nacional, como “na luta contra as sanções, na defesa de uma maior fatia no bolo dos fundos comunitários ou sequer na urgente conclusão da reforma da zona Euro”.

Na sua mensagem, António Costa elogia a lista de candidatos do PS ao Parlamento Europeu, classificando-a como “excelente, renovada, paritária, rejuvenescida, representativa de todas as regiões – com o merecido destaque para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira – que reúne candidatos com sólida experiência política”.

“Candidatos que nos abrem à sociedade, militantes do PS ou independentes, e encabeçada pelo Pedro Marques, que ao longo da sua vida, como autarca, deputado, secretário de Estado e ministro adquiriu um profundo conhecimento do país, do seu território, das suas carências sociais, dando provas de sólida competência técnica e política. Partimos por isso para esta campanha com a responsabilidade, a ambição e a confiança de lutarmos por uma grande vitória que dê força ao PS, a Portugal e à Europa“, completa.

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Violência doméstica com peso “preocupante” entre os crimes de homicídio em Portugal

  • Lusa
  • 13 Maio 2019

A violência doméstica tem um peso “preocupante” entre os crimes de homicídio e em quase um terço dos casos acompanhados pela APAV há um relacionamento de intimidade entre vítima e agressor.

A violência doméstica tem um peso “preocupante” entre os crimes de homicídio em Portugal e em quase um terço dos casos acompanhados pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima há um relacionamento de intimidade entre vítima e agressor.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) tem há seis anos uma Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio, que este ano passou também a incluir as vítimas de terrorismo, a par de um Observatório de Imprensa de Crimes de Homicídio em Portugal e de Portugueses no Estrangeiro (OCH), criado em 2014 para melhor compreender o fenómeno.

Segundo o relatório anual referente a 2018 da Rede de Apoio a Familiares e Amigos de Vítimas de Homicídio e Vítimas de Terrorismo, a que a Lusa teve acesso, entre os crimes acompanhados destacam-se “as relações de proximidade entre os autores e as vítimas de crime”, sendo de “destacar as relações de intimidade entre autores e vítimas”.

Os relacionamentos entre cônjuges, namorados, ex-namorados, companheiros e ex-companheiros representam 31,25% da totalidade dos diferentes tipos de relacionamentos”, refere a APAV. De acordo com a organização, “este número remete para a importância que a violência doméstica tem para a produção de crimes de homicídio em Portugal”.

Analisando os 28 casos de homicídios tentados acompanhados pela Rede de Apoio, os números mostram que quase 40% deles (11) têm na origem uma relação de intimidade entre agressor e vítima, com quatro casos cometidos pelo cônjuge, três pelo companheiro, outros três pelo ex-companheiro e um pelo namorado.

Já entre os 20 casos de homicídios consumados, a percentagem chega aos 20%, com dois casos cometidos pelo cônjuge da vítima, um pelo companheiro e o outro pelo ex-companheiro.

Vítimas de homicídio raramente eram acompanhadas

Em declarações à agência Lusa, o responsável pela Rede de Apoio apontou que “é preocupante” a questão de proximidade entre autor do crime e vítima e como isso ocupa uma “fatia bastante grande” entre os homicídios reportados. Bruno Brito apontou que os dados do OCH mostram que houve 87 casos de homicídio em Portugal no ano passado, 32 (36,78%) dos quais em contexto de violência doméstica, 20 (23%) dos quais com vítimas mulheres.

Ou seja, quase um em cada quatro homicídios são de uma mulher em contexto de um relacionamento de intimidade e perto de 37% dos homicídios ocorridos em Portugal “têm como ponto comum a existência de violência doméstica”. Relativamente às 20 mulheres mortas no ano passado, Bruno Brito explicou que o procedimento é de verificar se a vítima estava a ser ou tinha sido acompanhada pela associação, sendo que só muito raramente isso aconteceu.

“Isto é muito preocupante porque sabe-se que na maior parte das vezes a situação de violência doméstica não acontece apenas numa situação de crime único, ou seja, quando acontece uma situação de homicídio, isto decorre na sequência de uma escalada de violência”, salientou.

De acordo com o responsável, isto demonstra que “de alguma forma, a sociedade ainda esconde estas situações”, que só se tornam visíveis numa forma mais extremada, como homicídio.

APAV à espera de protocolo com autoridades

Bruno Brito aproveitou para chamar a atenção para os 25 casos de homicídios de portugueses no estrangeiro, cinco deles na Venezuela, três no Brasil, mas também dois na Síria, em combate pelo grupo terrorista do autoproclamado Estado Islâmico, quatro em Inglaterra ou dois na Bélgica.

O responsável salientou que, nestes casos, a maior dificuldade está em identificar e contactar as famílias para lhes poder oferecer algum tipo de apoio, sendo que muitas vezes nem conseguem chegar à fala com essas pessoas.

Acrescentou que a APAV continua a tentar estabelecer parcerias com as autoridades nacionais, estando a aguardar que seja possível chegar a um protocolo oficial com o Ministério dos Negócios Estrangeiros para que passe a haver um procedimento sistematizado e todas as situações de portugueses assassinados no estrangeiro possam ter o mesmo tipo de acompanhamento.

Os dados da Rede de Apoio mostram ainda que, em 2018, foram apoiadas 68 pessoas, uma parcela das 531 ajudadas ao longo dos últimos seis anos por causa de 418 crimes reportados e por causa das quais foram feitos 3.486 atendimentos.

Entre as pessoas apoiadas, tanto devido a homicídios tentados como consumados, a maioria eram mulheres, enquanto os alegados autores eram sobretudo homens.

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