Estamos mais perto de uma vacina contra a Covid-19. Conheça as principais candidatas

A Pfizer deu mais um passo no sentido de uma vacina para a Covid-19, revelando resultados preliminares muito promissores. Mas não é a única. Conheça as principais candidatas na "corrida" à vacina.

O ensaio clínico da vacina experimental contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech está a gerar resultados promissores. A análise inicial aos dados do estudo alargado, conhecida esta segunda-feira, mostra que a vacina previne a doença provocada pelo novo coronavírus com uma eficácia significativa, sem gerar efeitos secundários severos nos voluntários.

Mas não é a única candidata na corrida. Numa altura em que já mais de 1,2 milhões de pessoas morreram por causa da Covid-19 em todo o mundo, há pelo menos uma dezena de vacinas em ensaios clínicos de fase três, a última antes do pedido de aprovação regulatória, que envolve testes num grupo alargado de humanos voluntários. O objetivo é aferir se as vacinas experimentais protegem realmente do vírus que se quer combater, neste caso, o SARS-CoV-2.

Face a estes desenvolvimentos positivos, o ECO preparou um breve guia com as principais candidatas na “corrida” à descoberta de uma vacina contra a Covid-19. Em linhas gerais, fique a conhecer as mais promissoras.

Pfizer/BioNTech

Número de doses: Duas

Tipo: Vacina genética (introduz material genético do próprio coronavírus nas nossas células para provocar uma resposta imunitária do organismo)

É a candidata mais promissora até ao momento, depois de o consórcio responsável ter revelado que esta vacina experimental preveniu a Covid-19 com uma eficácia superior a 90% no ensaio clínico em curso.

Esta vacina já mostrou conseguir levar à produção de anticorpos e de linfócitos T, que são células capazes de combater o vírus. Os testes envolvem dezenas de milhares de pessoas voluntárias nos EUA, Argentina, Brasil e Alemanha, incluindo crianças (com mais de 12 anos).

Em setembro, a Comissão Europeia anunciou estar a negociar a aquisição de 200 milhões de doses desta vacina, com a possibilidade de comprar mais 100 milhões caso esta venha a comprovar-se segura.

A Pfizer tenciona pedir aprovação regulatória de emergência nos EUA já no fim deste mês de novembro. O consórcio espera ter a capacidade para produzir 1,3 mil milhões de doses a nível mundial até ao fim do próximo ano.

Oxford/AstraZeneca

Número de doses: Duas

Tipo: Vacina de vetor viral (contém vírus manipulados com material genético do coronavírus, que entram nas nossas células e se replicam)

É outra das candidatas mais promissoras, que poderá revelar os primeiros resultados no fim do ano.

Como explica o The New York Times, esta vacina recorre a um adenovírus do chimpanzé, chamado ChAdOxl, como vetor para levar material genético do novo coronavírus até às nossas células, produzindo uma resposta imunitária contra a Covid-19.

Está a ser testada em milhares de voluntários no Reino Unido, Índia, Brasil, África do Sul e EUA e a União Europeia tem já um acordo para comprar 400 milhões de doses desta vacina, caso se comprove ser segura.

Se merecer aprovação dos reguladores, o consórcio garante ter capacidade para produzir dois mil milhões de doses. Mesmo assim, a organização privada Serum Institute, na Índia, já começou a produzir alguns milhões de doses.

Johnson & Johnson

Número de doses: Uma

Tipo: Vacina de vetor viral

A Johnson & Johnson está a trabalhar numa vacina contra a Covid-19 recorrendo ao Adenovirus 26 (Ad26), um método de desenvolvimento de vacinas descoberto há uma década em Israel. A farmacêutica já produziu outras vacinas recorrendo a este método, incluindo uma vacina contra o Ébola.

Estão em curso ensaios clínicos de fase três envolvendo cerca de 60 mil voluntários. Em outubro, o estudo foi interrompido para analisar uma possível reação adversa num voluntário, mas acabou por ser retomado dias depois.

A Comissão Europeia tem já um acordo para comprar 200 milhões de doses desta vacina. A empresa tenciona produzir pelo menos mil milhões de doses em 2021, de acordo com o The New York Times, e esperam-se resultados do ensaio até ao fim deste ano.

Moderna

Número de doses: Duas

Tipo: Vacina genética

A Moderna nunca desenvolveu uma vacina, mas apresentou uma das primeiras candidatas, logo em janeiro.

Em julho, foi iniciado o ensaio clínico de fase três, depois de se comprovar que a vacina experimental protege os macacos do novo coronavírus.

Em outubro, a empresa concluiu o recrutamento de 30 mil voluntários, incluindo 7.000 pessoas com mais de 65 anos. Segundo o The New York Times, a Moderna vai agora aguardar até que um número significativo destes voluntários contraia Covid-19 para avaliar, depois, quantas dessas pessoas faziam parte do grupo de controlo (que não recebeu a vacina) e vice-versa.

A Comissão Europeia tem um acordo para a compra de 80 milhões de doses desta vacina.

Outras vacinas em fase avançada:

  • Novavax (EUA)
  • Sinovac (China)
  • Sinopharm (China)
  • CanSinoBIO (China)
  • Gamaleya Research Institute (Rússia)
  • Whuan Institute of Biological Products (China)
  • Murdoch Children’s Research Intitute (Austrália)
  • Bharat Biotech (Índia)

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5 coisas que vão marcar o dia

A assembleia-geral da TAP, o apelo de associados do Montepio, as audições do OE 2021 e dois dados estatísticas deverão marcar esta terça-feira.

No Parlamento continuam as audições dos ministros no âmbito do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Já a TAP deverá destituir David Neeleman, Antonoaldo Neves e Humberto Pedrosa do conselho de administração. O INE e o Eurostat vão divulgar dados estatísticas sobre o índice de bem-estar em 2019 e o impacto da crise pandémica nas empresas e famílias, respetivamente. Por último, alguns associados do Montepio fazem um apelo ao Governo e aos reguladores.

Neeleman, Antonoaldo e Humberto Pedrosa saem da administração da TAP

Os acionistas da TAP vão reunir-se esta terça-feira numa assembleia-geral para destituir David Neeleman, Antonoaldo Neves e Humberto Pedrosa da administração da transportadora aérea. Humberto Pedrosa abandona o conselho de administração, mas continua como um dos acionistas de referência, ao lado do Estado português. De seguida, irá ser ratificada a cooptação de outros administradores como é o caso do CEO interino Ramiro Sequeira, que era o COO (Chief Operating Officer) da empresa.

Como estava o bem-estar dos portugueses antes da pandemia?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta terça-feira o resultado do índice de bem-estar relativo a 2019. Este indicador reflete o bem-estar da população portuguesa através não só das condições materiais (aspeto económico) como também do ponto de vista da qualidade de vida. Entre 2004 e 2018, o bem-estar dos portugueses evoluiu de forma positiva, mas com altos e baixos: em 2007, 2008 e em 2012 — anos que coincidem com a crise financeira e a crise das dívidas soberanas da Zona Euro — houve uma redução do bem-estar. O mesmo poderá acontecer em 2020 por causa da crise pandémica, mas tal só se deverá saber daqui a um ano.

Deputados questionam Ana Mendes Godinho sobre OE 2021

Esta terça-feira continuam a realizar-se as audições temáticas do Orçamento do Estado para 2021. Após terem sido ouvidas a ministra da Justiça e a da Cultura, desta vez será a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, às 9h00, e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, às 16h00. As audições terminam na quinta-feira, um dia antes de acabar o prazo para os partidos submeterem propostas de alteração.

Eurostat estima impacto da crise pandémica nas empresas e nas famílias

O gabinete de estatísticas europeu vai divulgar novos dados sobre o impacto da crise pandémica nas empresas não financeiras (ou seja, exclui o sistema financeiro) e nos agregados familiares da União Europeia. O Eurostat já o tinha feito em outubro, atualizando agora os dados. Estes dados incidem sobre, por exemplo, a taxa de poupança dos cidadãos que subiu no início desta crise com a quebra no consumo a mais do que compensar a queda do rendimento disponível.

Grupo de associados do Montepio faz apelo ao Governo para salvar o Montepio

Um grupo de associados fará esta tarde, às 15h30, uma declaração virtual à comunicação social intitulada “É urgente salvar o Montepio” onde haverá um apelo à intervenção do Governo e dos reguladores para “evitar o colapso” da mutualista, tal como o ECO noticiou esta segunda-feira. A AMMG, dona do Banco Montepio e da Montepio Seguros, fechou 2019 com um prejuízo histórico de 408,8 milhões de euros em termos individuais, devido sobretudo à desvalorização da participação do banco no balanço da mutualista. No OE 2021, não está prevista nenhuma ajuda pública ao Montepio.

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Tier capta 212 milhões em ronda de financiamento liderada pelo SoftBank. Participação da Indico multiplica de valor

Líder europeu em micro-mobilidade fechou ronda de financiamento Série C liderada pelo SoftBank Vision Fund 2i, o maior investidor tech a nível mundial.

A Tier, líder europeia em micro-mobilidade, fechou uma ronda de financiamento de 212 milhões de euros em Série C, anunciou a startup em comunicado. Na ronda de investimento, liderada pelo SoftBank Vision Fund 2i, o maior investidor em tecnologia à escala global, participaram ainda o braço de investimento financeiro da Mubadala Investment Company, do fundo soberano do Abu Dhabi Mubadala Capital, a Northzone, Goodwater Capital, White Star Capital, Novator e a RTP Global.

A ronda de financiamento surge 13 meses meses depois da anterior, no valor de 55 milhões de euros e na qual a portuguesa Indico reforçou investimento, e vai servir para a empresa consolidar a posição de liderança no seu mercado, na Europa, acelerar a sua expansão em mercados de crescimento estratégico e acelerar a sua Rede de Energia TIER, “que verá milhares de estações de carregamento instaladas em cidades por toda a Europa para alimentar veículos elétricos da forma mais eficiente e sustentável“.

Fundada em 2018, a Tier conta com 60.000 scooters em 80 cidades de 10 países diferentes. Com sede em Berlim, a empresa já apresenta resultados positivos e quer usar a ronda de financiamento para acelerar “a mobilidade para um mundo melhor”.

“Depois de alcançar lucros com as nossas e-scooters, criámos as bases para liderar o caminho para uma mobilidade contínua e sustentável. A nossa visão é uma forma completamente nova de como iremos mover-nos nas cidades no futuro: de forma elétrica, compartida e acessível, e com diferentes veículos alimentados por uma rede de energia sustentável. Junto com os governo municipais e nacionais, construiremos as melhores soluções para garantir um movimento seguro, altamente eficiente e sustentável de A para B”, assinala Lawrence Leuschner, CEO e cofundador da TIER, citado em comunicado.

“A Indico, que investiu originalmente no estágio inicial da TIer, viu a sua participação aumentar de valor múltiplas vezes“, adianta ainda o comunicado, sem especificar. “Estamos muito satisfeitos por ver a Tier a liderar o mercado europeu de micro mobilidade e com esta com esta ronda de investimento liderada pelo maior investidor mundial de venture capital, a SoftBank. Acreditamos no papel da micromobilidade num ambiente urbano para que este seja mais sustentável. A Tier está portanto totalmente alinhada com o nosso compromisso para com os Princípios para o Investimento Responsável das Nações Unidas”, sublinha Stephan Morais, presidente da Indico Capital Partners, assinalando que “a Indico já tinha investido o seu máximo de cinco milhões por empresa e continua a ser investidora. Vendeu uma pequena participação e recuperou mais do que o capital investido, podendo assim começar a remunerar os seus investidores menos de dois anos depois de ter iniciado o fundo“.

Para Yanni Pipilis, sócio-gerente da SoftBank Investment Advisers, “a micro mobilidade preenche uma grande lacuna deixada pelo uso massivo do carro urbano tradicional e apresenta uma alternativa viável aos sistemas de trânsito atuais. A Tier tem um histórico comprovado no estabelecimento de parcerias de longa data com cidades e órgãos reguladores, combinado com uma abordagem baseada em tecnologia para desenvolver propostas de clientes líderes”.

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Wall Street fixa recordes com confiança na vacina da Pfizer

Números da Covid-19 nos EUA foram "abafados" pelo anúncio da Pfizer de que a vacina que está a desenvolver tem 90% de eficácia. Dow e S&P 500 atingiram recordes, Nasdaq caiu.

No dia em que os Estados Unidos ultrapassaram os dez milhões de contágios pelo novo coronavírus, contabilizando 19,7% do total de infetados em todo o mundo desde o início da pandemia, os números da Covid-19 foram “abafados” pelo anúncio da Pfizer de que a vacina que está a desenvolver tem 90% de eficácia. Foi uma injeção de otimismo nos mercados que atirou Wall Street para novos recordes.

“Hoje [esta segunda-feira] é um grande dia para a ciência e para a humanidade. O primeiro conjunto de resultados do nosso ensaio clínico de fase três da vacina da Covid-19 fornece evidências iniciais da capacidade da nossa vacina de prevenir a Covid-19″, afirmou o chairman e presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla.

Esta declaração fez disparar os títulos da farmacêutica. As ações da Pfizer ganharam 7,69% para fecharem perto dos 40 dólares, numa sessão marcada por ganhos generalizados nas bolsas norte-americanas. Em Wall Street, o Dow Jones fechou a ganhar 2,95% para 29.157,97 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 1,17%. Ambos atingiram recordes durante a negociação.

Com o otimismo quanto à vacina, que abre boas perspetivas para a economia, os títulos do setor financeiro dispararam, assim como os do turismo, antecipando um regresso rápido da atividade depois de meses praticamente em pausa. Também as petrolíferas registaram ganhos acentuados num dia de forte subida das cotações da matéria-prima nos mercados internacionais com os investidores a anteciparem um aumento da procura. Barril chegou a disparar 10%.

O Nasdaq, por seu lado, desvalorizou 1,53% para 11.713,78 pontos, contrariando a tendência dos restantes índices, com algumas das empresas que brilharam nos últimos meses a serem fortemente castigadas. Caso da Zoom, a popular aplicação para videoconferências, que chegou a afundar mais de 20% perante a perspetiva de que o teletrabalho possa em breve deixar de ser a norma.

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António Costa: “Pessoas não reagiram tão prontamente como no passado” para travar a pandemia

Prmeiro-ministro afasta culpas pela segunda vaga da pandemia. Diz que o Governo fez o que era possível fazer, mas que é preciso que as pessoas evitem os contactos para travar as infeções.

António Costa rejeita a crítica de que o Governo não se tenha preparado para a segunda vaga da pandemia de Covid-19. Em entrevista TVI, o primeiro-ministro diz que “o que podíamos preparar, preparámos”. Agora, “há uma coisa que não depende do Governo, mas das pessoas”, salientando que “as pessoas, no seu conjunto, não reagiram tão prontamente como no passado”.

“O que podíamos preparar, preparámos”, diz Costa, lembrando o reforço da capacidade da linha SNS 24, dos testes à Covid-19, da vigilância das pessoas, da capacidade de internamento e de UCI. Aumentámos muito essa capacidade”, diz Costa, lembrando que “temos o dobro das pessoas internadas do que no pior momento da primeira vaga”.

“Há uma coisa que não depende do Governo, mas das pessoas. É a transmissão da doença”, remata. “Não temos capacidade de nos substituir à responsabilidade de cada um”, diz. “As pessoas não reagiram tão prontamente como reagiram no passado”, alerta Costa.

Questionado sobre se não deveria ter tido um discurso que assustasse mais os portugueses, Costa diz que o “difícil é saber se assustamos de mais ou de de menos”.

Fora de controlo? Não

Costa defende as medidas adotadas neste estado de emergência, embora reconheça o impacto que estas têm, seja nas pessoas, seja nos negócios e, consequentemente, na economia.

Sobre a capacidade de resposta à pandemia, Costa diz que se conseguirmos controlar a pandemia agora, vamos conseguir viver sem dramas de rutura” no SNS.

“Estamos no momento em que temos capacidade de controlar” a pandemia, isto apesar da crescente pressão sobre o SNS. Com as novas infeções a crescerem a um ritmo que surpreendeu Costa, os internamentos em enfermaria e em UCI estão a atingir recordes consecutivos.

“Temos 433 doentes Covid-19 em UCI. Temos 704 camas para UCI sem perturbar atividade [normal do SNS]. Temos 944, já perturbando. E temos obras em Évora, Gaia e Sintra para aumentar oferta”, salientou o primeiro-ministro.

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Governo vai avançar com apoios para compensar perda de receitas da restauração

Face ao agravamento da pandemia e ao endurecimento das restrições, o Governo vai avançar com um pacote de apoios para compensar a perda de receitas sentida pelo setor da restauração.

O Governo vai apresentar esta semana um pacote de medidas de apoio desenhado especificamente para o setor da restauração, de modo a compensar as perdas de receita decorrentes das novas restrições impostas face ao agravamento da pandemia de coronavírus. O anúncio foi feito, esta segunda-feira, pelo primeiro-ministro, em entrevista à TVI.

“A restauração tem sido muito atingida. Para além das medidas que foram anunciadas na semana passada — 1.550 milhões de euros, grande parte a fundo perdido, para micro e pequenas empresas, muitas delas do setor da restauração — vamos anunciar esta semana um pacote específico para apoiar as empresas da restauração relativamente ao que vão sofrer de receita, nos próximos dois fins de semana”, avançou António Costa.

Para os próximos dois fins de semana, está fixado o recolher obrigatório nos 121 concelhos mais afetados pela pandemia entre as 13h00 e as 5h00. Ou seja, a partir das 13h00 de sábado, por exemplo, já não será possível sair para ir almoçar a um restaurante, ainda que haja exceções à obrigação de recolhimento. Os representantes deste setor já criticaram duramente esta medida, exigindo apoios que compensem os empresários e sejam “adequados ao sacrifício”.

E esses pedidos terão resposta, garantiu, esta segunda-feira, o chefe do Executivo. À TVI, António Costa explicou que o Governo sabe hoje qual a receita de cada restaurante através do e-Fatura, podendo estimar, por isso, quanto irá cada uma dessas empresas “teoricamente perder”. O Executivo já tem estimado também quais são os custos fixos desses restaurantes e que parte dessas despesas dizem respeito ao pessoal, estando a ser apoiada pelas medidas do lay-off.

“Quanto ao resto [dos custos], podemos estabelecer um apoio específico para mitigar os prejuízos desses dois fins de semana”, adiantou o primeiro-ministro, que não quis detalhar que fatia específica da perda de receitas será coberta pelas ajudas que serão anunciadas esta semana.

O primeiro-ministro afirmou ainda que os contornos do pacote de apoio à restauração serão discutidos com as associações desse setor ao longo desta semana.

Quanto à possibilidade dos novos apoios abrangerem também a hotelaria, António Costa disse: “A restauração tem uma situação distinta. No comércio a retalho, por exemplo, de roupa, a camisa que eu não comprar hoje posso comprar daqui a duas semanas. Mesmo a estadia num hotel que eu não faço hoje posso fazer depois de amanhã. Há uma coisa que eu não faço. O jantar de hoje eu não faço amanhã. Portanto, a perda da restauração é uma perda absoluta e é distinta do que acontece com o conjunto dos outros setores”.

O Governo anunciou, na semana passada, um novo pacote de apoios às empresas, que inclui 750 milhões em subsídios a fundo perdido para as micro e pequenas empresas dos setores mais afetados pela pandemia, nomeadamente a restauração, o alojamento e o comércio e serviços abertos ao consumidor. Esses últimos apoios serão pagos em duas tranches, esperando o Governo pagar a primeira prestação ainda este ano.

É esse pacote de ajudas que se vai somar o novo conjunto de medidas que está agora a ser desenhado especificamente para a restauração, em consequência do endurecimento das medidas de luta contra a Covid-19.

(Notícia atualizada às 21h50)

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Estado de emergência pode “condenar” hotelaria e restauração, diz AHRESP

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

Representantes da hotelaria, restauração e similares vão exigir ao primeiro-ministro "medidas compensatórias que sejam proporcionais e adequadas aos sacrifícios".

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) disse, esta segunda-feira, que o novo estado de emergência pode “condenar” o setor e vai endereçar uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, a exigir medidas compensatórias “proporcionais e adequadas”.

Em comunicado, a AHRESP diz que o “novo estado de emergência pode condenar restauração, similares e alojamento turístico” ao proibir a circulação na via pública nos 121 concelhos de risco, diariamente entre as 23h00 e as 05h00 e aos sábados e domingos entre as 13h00 e as 05h0.

A associação vai endereçar uma carta aberta ao primeiro-ministro, a dar conta da situação e “exigindo medidas compensatórias que sejam proporcionais e adequadas aos sacrifícios” que, segundo considera, estão a ser impostos às empresas do setor.

“Apesar de não incidir diretamente sobre os horários dos estabelecimentos, esta determinação acaba por impedir o respetivo funcionamento por ausência de clientes, principalmente aos fins de semana, que correspondem a uma parte substancial das suas receitas”, explica a AHRESP.

“Por outro lado, inexplicavelmente, permite-se as deslocações aos supermercados e mercearias, mas não aos nossos estabelecimentos”, continua a associação.

Portugal continental entrou esta segunda-feira em estado de emergência, pela quarta vez desde o início da pandemia de covid-19, estando em vigor um conjunto de medidas, algumas apenas aplicáveis aos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus.

O estado de emergência está em vigor até às 23h59 do dia 23 de novembro. Portugal contabiliza pelo menos 2.959 mortos associados à Covid-19 em 183.420 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Números de beneficiários do subsídio de desemprego deverá cair 4% em 2021

O Governo estima que o número de beneficiário do subsídio de desemprego caia 4% em 2021, com a melhoria da economia e a recuperação do mercado laboral.

O número de portugueses a receber o subsídio de desemprego deverá cair 4%, no próximo ano, face a 2020. A estimativa é do Executivo de António Costa e tem por base uma “melhoria geral da economia em 2021”, que se espera que se traduza num crescimento real do PIB de 5,5%. Ainda assim, o Governo vê a despesa com este tipo de prestações a subir.

De acordo com a nota explicativa divulgada, esta segunda-feira, pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em 2020, a execução da despesa com prestações de desemprego deverá sofrer, tudo somado, um aumento de 26,2%, face ao impacto da pandemia no mercado laboral. No conjunto deste ano, o número de beneficiários do subsídio de desemprego deverá aumentar 26,7% e o número de beneficiários do subsídio social de desemprego deverá subir 6,1%, face a 2019.

Espera-se, contudo, que o próximo ano traga melhores notícias para o mundo do trabalho e para a economia em geral, estimando-se, por isso, que o número de portugueses a receber esses apoios decresça.

Com base na “melhoria geral da economia” projetada pelo Governo para 2021 e na estimativa de recuo da taxa de desemprego para 8,2%, o Ministério de Ana Mendes Godinho vê o número de beneficiários do subsídio de desemprego baixar 4% e do subsídio social de desemprego cair 2%. Ainda assim, o Governo acredita que haverá “um aumento na despesa (4%), tendo em conta um aumento do valor das remunerações pagas, com impacto no nível do valor médio da prestação”.

De notar que o Orçamento do Estado para 2021 traz alterações no valor do subsídio de desemprego, puxando para 504,6 euros euros o valor mínimo dessa prestação. “Aumenta-se de forma permanente o montante mínimo do subsídio de desemprego para quem trabalhou a tempo inteiro (para 504 euros), passando a situá-lo acima do limiar de pobreza, o que irá abranger 130 mil pessoas, indica o Ministério do Trabalho, na referida nota explicativa.

Este é o maior aumento do limite mínimo do subsídio de desemprego desde 2006, garante o Governo, e corresponde a um acréscimo mensal de 66 euros.

Na nota explicativa divulgada esta segunda-feira, o Ministério de Ana Mendes Godinho destaca, por outro lado, que se estima que o número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos cresça 2,7% e que o valor médio da prestação média também seja reforçado.

Isto depois de este ano terem sido aprovadas as alterações à legislação que garantem que os rendimentos dos filhos dos beneficiários não contam para o cálculo da prestação, até ao terceiro escalão de rendimentos.

No que diz respeito ao subsídio por doença, para 2021, o Governo estima que o número médio de beneficiários suba (de 152.522 para 158.225) tal como a prestação média atribuída (de 391 euros para 402 euros). Em causa estão aumentos de 3,7% e 2,9%, respetivamente, que ficam muito abaixo daqueles registados em 2020 por comparação a 2019: 12,3% e 11,3%, respetivamente.

É importante salientar que os doentes com Covid-19 têm direito a receber 100% da sua remuneração como subsídio por doença, nos primeiros 28 dias. E também os trabalhadores que fiquem em isolamento profilático têm direito ao subsídio por doença correspondente a 100% do seu vencimento líquido. Nos demais casos de impedimento para o exercício de funções, os trabalhadores recebem 55% do seu salário como prestação, nos primeiros 30 dias.

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6.865 já se candidataram aos estágios do Ativar.pt

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

As candidaturas aos estágios do Ativar.pt arrancaram a 01 de outubro e terminam a 18 de dezembro. Até agora, já deram entrada quase sete mil candidaturas.

O Estágios Ativar.pt, medida que veio substituir os estágios profissionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), registou já 6.865 candidaturas, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho.

Os dados constam na nota explicativa entregue pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao parlamento, no âmbito das audições da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Segundo o documento, as candidaturas aos Estágios Ativar.pt, que arrancaram em 01 de outubro e terminam em 18 de dezembro, registaram até ao início de novembro “6.865 candidaturas para 8.264 vagas”.

Já a medida incentivo Ativar.pt, registou “2.155 candidaturas para 2.476 postos de trabalho”, indica a nota do ministério liderado por Ana Mendes Godinho, que é ouvida na terça-feira em conjunto pelas comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e do Trabalho e Segurança Social.

De acordo com fonte oficial do Ministério do Trabalho, as metas indicativas para os estágios são de 11.000 vagas e para o incentivo são de 6.000. Cada empresa que concorre a esta medida pode disponibilizar mais do que uma vaga para estágio ou para o incentivo.

As candidaturas aos estágios Ativar.pt abriram em 01 de outubro e encerram em 18 de dezembro, ou antes, caso se atinja a dotação orçamental, de 75 milhões de euros, segundo informação do IEFP.

A medida estágios Ativar.pt destina-se a desempregados inscritos no IEFP, estando prevista a majoração das bolsas de estágio para os estagiários com qualificação acima do secundário.

Já a medida Incentivo Ativar.pt, que veio substituir o contrato-emprego, consiste num apoio a conceder às empresas que celebrem contratos de trabalho com desempregados inscritos no IEFP.

Na nota entregue na Assembleia da República, o ministério destaca ainda que as medidas ativas de emprego serão reforçadas em 2021, “com o IEFP a ter a maior dotação inicial das últimas décadas, um aumento de 49% face à dotação inicial de 2020, passando para 1.334 milhões de euros”.

O Ministério do Trabalho afirma também que, no próximo ano, o Governo vai “procurar um acordo estratégico sobre formação profissional e aprendizagem ao longo da vida em sede de concertação social, em particular nos domínios da formação mais orientados para o mercado de trabalho”.

(Notícia corrigida às 21h56)

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Rio duvida da eficácia das medidas do Governo no estado de emergência

"Duvido um pouco da eficácia das medidas da forma como estão desenhadas", diz Rio, criticando o recolher obrigatório durante a semana. E teme efeito contrário das restrições a partir das 13h.

O PSD votou a favor da declaração do estado de emergência, mas deixa críticas quanto à eficácia das medidas que foram adotadas pelo Governo para travar a pandemia. Rui Rio diz que duvida “um pouco da eficácia das medidas da forma como estão desenhadas”, criticando nomeadamente o recolher obrigatório imposto durante a semana e ao fim de semana.

“Votámos para que o Governo pudesse tomar as medidas do estado de emergência”, disse Rio em declarações transmitidas pela RTP 3, após um encontro com a CIP. Mas afastou-se das decisões tomadas pelo Executivo de Costa.

“Não quero fazer oposição declarada, mas tenho algumas dúvidas” quanto às medidas adotadas para travar a evolução da pandemia no nosso país. Rio recorda que não se pode andar das 23h às 5h, sendo esta medida explicada com a necessidade de travar a epidemia. “Duvido do nível de eficácia”, diz.

Rio criticou principalmente o recolher obrigatório ao fim de semana. As restrições ao “fim de semana, no sábado especialmente… tenho receio que possa ser pior porque pode concentrar no sábado de manhã as compras das pessoas“. “Tenho dúvida sobre eficácia… pode ter efeito contrário”, atirou.

“Tenho uma perspetiva critica, mas mantenho sentido de Estado. Duvido um pouco da eficácia das medidas da forma como estão desenhadas”, concluiu Rui Rio.

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Corretora Hyperion muda designação para Howden Group

  • ECO Seguros
  • 9 Novembro 2020

Todas as marcas que utilizam a designação Hyperion serão em breve objeto de alteração para Howden, incluindo a Fundação Hyperion, que será agora conhecida como Fundação Howden Group.

O grupo britânico Hyperion Insurance foi redenominado Howden Group Holdings, uma alteração que tem efeitos imediatos, anunciou a empresa.

A Hyperion era até agora a entidade de topo numa estrutura que engloba a Howden Broking, a DUAL e a Hyperion X. O grupo fundado em 1994 por Howden Pangborn passou a designar-se Hyperion depois do lançamento da DUAL, em 1998.

“Ao mesmo tempo que nos concentramos nos próximos 25 anos como um negócio que se aproxima de mil milhões de libras em receitas, oito mil empregados e operações em 40 países, e que as nossas operações de corretagem – unificadas sob a marca Howden, e DUAL -, assumem a liderança da indústria no desafio de definir o negócio de subscrição do futuro, é o momento certo para dar mais simplicidade e autenticidade ao grupo e assumir um novo nome antigo”, disse David Howden, CEO do novo Howden Group Holdings.

“Sempre fui claro sobre a construção de um negócio sustentável e diferente. À medida que crescemos, temos de assegurar que nos mantemos fiéis às nossas raízes e à cultura que nos trouxe até onde estamos hoje”, completou David Howden.

O grupo está presente no mercado português desde 2016, operando através da subsidiária ibérica do Howden Broking Group. João Portugal Mendonça, anteriormente Chief Commercial Officer na Aon Portugal, assumiu em setembro a liderança da operação portuguesa da corretora Howden, representada em Portugal através de escritório em Lisboa.

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AXA vai injetar mil milhões na subsidiária XL

  • ECO Seguros
  • 9 Novembro 2020

A unidade de linhas comerciais do grupo AXA aplicou significativos aumentos de preços em seguros e resseguros. O reforço de capital visa responder a oportunidades de crescimento.

A XL, divisão de linhas comerciais (P&C e Life & Savings) da seguradora francesa, vai receber uma injeção líquida de 1 000 milhões de euros, da entidade matriz (AXA SA). De acordo com a Reuters, os recursos destinam-se a reforçar a posição de capital da Axa XL, após impacto de custos associados à pandemia (Covid-19) e perdas relacionadas com catástrofes.

Etienne Bouas-Laurent, administrador financeiro do grupo AXA: “Queremos garantir que o capital é alocado às áreas onde pretendemos crescer”. É importante que, mesmo suportando perdas associadas à pandemia, “a XL possa responder a oportunidades”. Por isso, neste contexto, “temos a intenção de aumentar o capital da XL”, afirmou Bouas-Laurent, citado pela agência de notícias.

O grupo AXA anunciou números dos nove meses até setembro, apresentando quebra de 8% na receita consolidada, que rondou 73,39 mil milhões de euros, com a divisão XL a registar quebra de -1%, face a igual período de 2019, somando receita bruta de 13,96 mil milhões de euros entre janeiro e setembro de 2020.

A AXA XL é a divisão onde se encontra o negócio do XL Group, adquirido pela organização francesa em 2018 por cerca de 12,4 mil milhões de euros (linhas comerciais de P&C), mas integra também as unidades AXA Art e todo o negócio da AXA Corporate Solutions. De acordo com o comunicado do grupo francês, no período reportado (janeiro a setembro), a XL subiu 16% os preços de seguro e 8% no resseguro.

O comunicado de resultados até setembro revela ainda uma “recuperação” da atividade do grupo francês ao longo do 3º trimestre, em termos globais (receita cresceu 4%). De julho a setembro, as receitas do grupo AXA cresceram 2% no negócio P&C (propriedade e danos), face ao 3ºT de 2019, progredindo 4% nos seguros de Saúde e a acrescentar 900 milhões de euros de entradas líquidas na área de L&S (Vida e Poupança). A companhia mantém inalterada a estimativa de perdas com a covid-19 para o conjunto do exercício anual (1,5 mil milhões de euros, incluindo desembolsos no quadro das iniciativas de solidariedade, particularmente em França).

No documento em que comunica os resultados dos nove primeiros meses de 2020, Thomas Buberl, CEO do grupo AXA, realça os significativos aumentos de preços conseguidos pela AXA XL, nota a resiliência evidenciada pela AXA SA ao nível do indicador de solvência e acrescenta: “Espera-se que a posição de Solvência II do Grupo para o conjunto de 2020 beneficie da inclusão do AXA XL no modelo interno do Grupo AXA e da conclusão das alienações previamente anunciadas”.

O grupo AXA tem anunciado desinvestimento em determinados mercados, com alienações já acordadas nomeadamente no Este europeu (EEA) e na Ásia.

À luz das regras europeias do regime Solvência II, o rácio da companhia manteve-se estabilizado nos 180%, indica a comunicação.

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