Exportações melhoram e só caíram 3,3% no terceiro trimestre

No segundo trimestre, as exportações de bens levaram um choque brutal, caindo 30%. O terceiro trimestre foi de recuperação, encolhendo essa queda para 3,3%.

As exportações de bens diminuíram 3,3% no terceiro trimestre deste ano, em termos homólogos, recuperando da queda de 30% registada o segundo trimestre. Já as importações de bens baixaram 13,8%, contribuindo para a melhoria do saldo comercial de bens. Os dados foram divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Isolando apenas o mês de setembro, as exportações encolheram apenas 0,4% face a setembro de 2019, mas ainda não foi desta que registaram um crescimento, o que seria o primeiro desde a chegada da pandemia a território nacional. Porém, retirando da equação os combustíveis, as exportações já subiram 0,2% em setembro. No caso das importações, a queda em setembro foi de 9,9%.

De notar que estas variações são em termos nominais, ou seja, têm em conta a variação do preço dos bens transacionados e não se focam apenas na quantidade.

Ao contrário do PIB, a evolução das exportações desde a pandemia mostra, para já, uma recuperação em “V”, tal como tinha sido inicialmente previsto para a economia como um todo, um cenário entretanto afastado pela maioria das instituições. O gráfico do INE mostra a redução abrupta da venda de bens ao exterior e a forte recuperação que se seguiu:

Em contraste, a recuperação das compras ao exterior continua lenta, o que está a provocar uma melhoria significativa do saldo comercial de bens. No terceiro trimestre registou-se um excedente comercial de 2.219 milhões de euros, o que compara com um défice de 914 milhões de euros no trimestre homólogo. Este é o primeiro ano desde pelo menos 2016 em que o saldo comercial de bens está a melhorar em vez de piorar.

Em termos de categorias, além dos produtos alimentares, também as exportações de máquinas e acessórios cresceram no terceiro trimestre, em contraste com os restantes tipos de bens que registaram quedas, nomeadamente os combustíveis que continuam a cair mais de 30%. No caso das importações, há quedas em todas as categorias, especialmente combustíveis e material de transportes (automóveis, por exemplo).

Na análise por países, as exportações para Espanha e França (os dois principais parceiros comerciais) já cresceram no terceiro trimestre, em termos homólogos, mas continuam com uma queda superior a 10% no caso do Reino Unido e da Holanda. Nas importações de bens, a queda é transversal a todos os principais parceiros comerciais, à exceção dos EUA onde houve um aumento homólogo de 2,3%.

Apesar desta recuperação das exportações de bens no terceiro trimestre, no acumulado do ano as empresas portuguesas continuam bastante aquém do desempenho de 2019, uma consequência da crise pandémica que afetou praticamente todo o mundo. Entre janeiro e setembro, as exportações de bens estão a cair 12,7% face ao mesmo período do ano passado, segundo as contas do ECO com base nos dados do INE, o que se traduz em menos 5,6 mil milhões de euros de exportações.

Espanha, Reino Unido, Holanda, China e Israel compraram mais bens agroalimentares

A única categoria de exportações que está a crescer este ano até setembro é a dos produtos alimentares, tal como o ECO escreveu na passada sexta-feira. Este desempenho levou o INE a dedicar uma caixa especial do destaque do comércio internacional de bens a esta categoria onde revela mais detalhe.

O gabinete de estatísticas adianta que o maior contributo para o aumento das exportações portuguesas de bens agroalimentares foi a Espanha (+26 milhões de euros), “devido sobretudo às frutas, cascas de citrinos e de melões e gorduras e óleos, animais ou vegetais, ceras, etc”. Segue-se o Reino Unido (+24 milhões de euros), “sobretudo pela evolução registada nas exportações de preparações à base de cereais, amidos, ou de leite, etc. e preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc”. O top 3 fica completo com a Holanda (+20 milhões de euros).

A curiosidade chega no quarto lugar em que aparece a China, o local onde terá começado a pandemia. Os chineses comparam mais 16 milhões de euros de agroalimentares portugueses este ano, em comparação com 2019, sobretudo em carnes e miudezas comestíveis. Em quinto lugar surge Israel com mais 14 milhões de euros, maioritariamente animais vivos.

(Notícia atualizada às 11h42 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE2021: Proteção de cidadãos vulneráveis e combate à corrupção em destaque na Justiça

  • Lusa
  • 9 Novembro 2020

A ministra da Justiça elencou no parlamento algumas medidas do OE2021, destacando o combate à corrupção, a transformação digital, o projeto Tribunal+, e a proteção dos cidadãos mais vulneráveis.

A ministra da Justiça elencou esta segunda-feira no parlamento algumas medidas do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), destacando o combate à corrupção, a transformação digital, o projeto Tribunal+, e a proteção dos cidadãos mais vulneráveis.

“O reforço dos cidadãos mais vulneráveis, nomeadamente a proteção e o apoio às vítimas de crimes violentos, em especial violência contra idosos, contra menores e violência doméstica, cujas cifras tendem a aumentar nestes contexto de crise económica e social, o robustecimento do combate à corrupção, o prosseguimento da modernização do sistema de justiça aproximando-o dos cidadãos”, foram algumas medidas realçadas por Francisca Van Dunem, na discussão na especialidade do OE2021, na Assembleia da República.

Na explicação introdutória, a ministra afirmou que “este é um orçamento de resistência” que permitirá “honrar os compromissos em relação aos grandes eixos anunciados o ano passado e que se mantêm”.

O orçamento total do Ministério da Justiça terá, segundo a ministra, um aumento de 47,5 milhões de euros (mais 3%), relativamente à provisão de despesa para 2020 (1.447,8 milhões de euros).

“Este orçamento exprime um ligeiro aumento das dotações da maior parte dos organismos da justiça, sendo de destacar em termos absolutos a Polícia Judiciária (mais 4,5 milhões euros/3,4%), a aquisição de bens de capital (16ME), aumento expressivo nas tecnologias de informação e comunicação (11,7 ME), e na investigação criminal, que engloba a PJ, o Ministério Publico e as ciências forenses, que terá mais 8,4 ME (mais 3,2%)”, afirmou Francisca Van Dunem perante os deputados.

A ministra destacou ainda o aumento de 13,7% da despesa corrente para bens e serviços previsto no OE2021.

Em sentido contrário, o orçamento regista “uma redução sensível” em despesas com pessoal e funcionamento, que será “colmatada através de uma dotação centralizada no Ministério das Finanças”, explicou a ministra, tendo sido contestada, nomeadamente pelo Bloco de Esquerda, que considerou que a decisão significa “uma redução da dotação global de cerca de 11,5 milhões de euros”.

O projeto Tribunal+, que assenta num modelo de atendimento, simplificação administrativa e otimização das tarefas realizadas pelos oficiais de justiça, implementado em 259 tribunais, tem previsto o alargamento a mais 47 tribunais em 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores do privado em isolamento podem ser chamados a fazer rastreios

Com vista ao reforço da capacidade de rastreio das autoridades e serviços de saúde pública, o Executivo pode determinar a mobilização de recursos humanos privados durante o estado de emergência.

O novo estado de emergência, que se inicia esta segunda-feira e irá durar pelo menos duas semanas, prevê o reforço da capacidade de rastreio da Covid-19. Para isso, o Governo abre a porta a chamar pessoas — não só do setor público (incluindo Forças Armadas), mas também do privado — que estejam isoladas de forma preventiva e não possam fazer teletrabalho.

“São previstos mecanismos com vista ao reforço da capacidade de rastreio das autoridades de saúde pública, habilitando-se a mobilização de recursos humanos, que não têm de ser profissionais de saúde, para o apoio no controlo da pandemia, designadamente através da realização de inquéritos epidemiológicos, rastreio de contactos e seguimento de pessoas em vigilância ativa”, diz o decreto-lei publicado este domingo em Diário da República.

Com vista ao reforço da capacidade de rastreio das autoridades e serviços de saúde pública, o Executivo explica que pode ser determinada a mobilização de recursos humanos já que tanto a realização de inquéritos epidemiológicos como o rastreio de contactos de doentes e o seguimento de pessoas em vigilância ativa pode ser realizada por quem não seja profissional de saúde.

Assim, é admitida a possibilidade de mobilizar trabalhadores tanto do público como do privado que estejam em isolamento profilático (ou seja, não estejam doentes, mas sim isolados preventivamente devido a elevado risco de contágio) e não possam estar em teletrabalho. De acordo com as autoridades de saúde, deve ficar em isolamento quem tiver tido contacto com um doente diagnosticado com Covid-19 ou se tiver sido diagnosticado com Covid-19 e se o médico assistente que o avaliar disser que não precisa de internamento.

“Os recursos humanos a que se refere o n.º 1 podem ser trabalhadores de entidades públicas da Administração direta e indireta do Estado e das autarquias locais, privadas, do setor social ou cooperativo, independentemente do vínculo profissional ou conteúdo funcional, que se encontrem em isolamento profilático, estejam na situação prevista no artigo 25.º-A do Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de março, na sua redação atual, e que não estejam em regime de teletrabalho, ou sejam agentes de proteção civil ou docentes com ausência de componente letiva”, revela.

Na afetação dos trabalhadores a estas funções são tidos em conta a formação da pessoa e o conteúdo funcional. A mobilização e coordenação de pessoas operacionalizada mediante despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração pública, do trabalho, da solidariedade social, da saúde e da área setorial a que o trabalhador se encontre afeto, quando aplicável.

Durante o período em que se mantenha a mobilização dos trabalhadores e desde que se encontrem garantidas condições de trabalho que especialmente assegurem a proteção da sua saúde, pode ser imposto um horário diferente do habitual. “Os trabalhadores que sejam mobilizados ao abrigo do disposto no presente artigo mantêm todos os direitos inerentes ao lugar de origem e não podem ser prejudicados no desenvolvimento da sua carreira“, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Posso sair de casa? E fazer compras? Tudo o que muda hoje com o estado de emergência

Entrou em vigor o estado de emergência. Posso sair à rua à noite ou ao fim de semana à tarde? Em que circunstância? Preparamos um manual com as regras a seguir a partir de hoje e até 23 de novembro.

Entrou em vigor o estado de emergência em todo o país. O que pode e não pode fazer nas próximas duas semanas? Posso sair à rua à noite? Em que circunstâncias? Preparamos um manual com as medidas e regras a seguir a partir de hoje e até ao próximo dia 23 de novembro.

Quando é que não posso sair de casa?

O dever recolher obrigatório aplica-se apenas a quem reside num dos 121 concelhos com maior risco e em determinados períodos do dia. Se é o seu caso, deve permanecer em casa entre as 23h00 e as 5h00 de segunda a sexta-feira. Nos fins de semana de 13 e 14 de novembro e 20 e 21 de novembro, não poderá sair à rua depois das 13h00.

E se for para trabalhar?

Dentro dos períodos de recolher obrigatório (todas as noites e nas tardes dos dois fins de semana), abre-se a exceção para quem tem de se deslocar para o trabalho e para quem regressa ao domicílio. As deslocações para desempenho de funções profissionais ou equiparadas têm de ser atestado por uma declaração emitida pela entidade empregadora ou equiparada ou emitida pelo próprio, no caso dos trabalhadores independentes, empresários em nome individual ou membros de órgão estatutário.

Trabalhadores do setor agrícola, pecuário e das pescas podem deslocar-se sob compromisso de honra. Por último, há ainda um conjunto de profissões e cargos que não requerem quaisquer declarações para circular. São eles:

  • De profissionais de saúde e outros trabalhadores de instituições de saúde e de apoio social;
  • De agentes de proteção civil, forças e serviços de segurança, militares, militarizados e pessoal civil das Forças Armadas e inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica;
  • De titulares dos órgãos de soberania, dirigentes dos parceiros sociais e dos partidos políticos representados na Assembleia da República e pessoas portadoras de livre-trânsito emitido nos termos legais;
  • De ministros de culto, mediante credenciação pelos órgãos competentes da respetiva igreja ou comunidade religiosa;
  • De pessoal das missões diplomáticas, consulares e das organizações internacionais localizadas em Portugal, desde que relacionadas com o desempenho de funções oficiais;

Há mais alguma exceção?

Sim, há mais algumas exceções que estão previstas. Pode sair à rua para dar o chamado “passeio higiénico” na proximidade da habitação (desacompanhado ou na companhia de membros do mesmo agregado familiar que coabitem) ou para passear o animal de estimação. Também pode sair em situações de emergência: ir a um estabelecimento de saúde (incluindo veterinário) ou a uma farmácia ou prestar assistência a algum familiar que esteja doente, por exemplo.

Há ainda outras exceções, como é o caso de deslocações por outras razões familiares imperativas, designadamente o cumprimento de partilha de responsabilidades parentais. Está ainda na lista de exceções a circulação de veículos particulares para o reabastecimento de combustível.

A lista completa de exceções — além das relacionadas com trabalho — é a seguinte:

  • Deslocações por motivos de saúde, designadamente para aquisição de produtos em farmácias ou obtenção de cuidados de saúde e transporte de pessoas a quem devam ser administrados tais cuidados;
  • Deslocações a mercearias e supermercados e outros estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, para pessoas e animais;
  • Deslocações para acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica ou tráfico de seres humanos, bem como de crianças e jovens em risco, por aplicação de medida decretada por autoridade judicial ou Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, em casa de acolhimento residencial ou familiar;
  • Deslocações para assistência de pessoas vulneráveis, pessoas com deficiência, filhos, progenitores, idosos ou dependentes;
  • Deslocações por outras razões familiares imperativas, designadamente o cumprimento de partilha de responsabilidades parentais, conforme determinada por acordo entre os titulares das mesmas ou pelo tribunal competente;
  • Deslocações de médicos-veterinários, de detentores de animais para assistência médico-veterinária urgente, de cuidadores de colónias reconhecidas pelos municípios, de voluntários de associações zoófilas com animais a cargo que necessitem de se deslocar aos abrigos de animais e de equipas de resgate de animais para assistência urgente;
  • Deslocações necessárias ao exercício da liberdade de imprensa;
  • Deslocações pedonais de curta duração, para efeitos de fruição de momentos ao ar livre, desacompanhadas ou na companhia de membros do mesmo agregado familiar que coabitem;
  • Deslocações pedonais de curta duração para efeitos de passeio dos animais de companhia;
  • Por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que se demonstre serem inadiáveis e sejam devidamente justificados;
  • Retorno ao domicílio pessoal no âmbito das deslocações referidas nas alíneas anteriores.

E posso sair para almoçar ao fim de semana?

Com o recolher obrigatório a partir das 13h00, torna-se impossível os almoços fora nos próximos dois fins de semana. Tem duas alternativas, ainda assim: pode encomendar as refeições e levantá-las no restaurante até às 13h00; depois dessa hora, poderá usufruir dos serviços de entrega de refeições ao domicílio que os estabelecimentos poderão disponibilizar.

O que acontece se não cumprir as regras?

Em qualquer caso, as deslocações admitidas “devem ser efetuadas preferencialmente desacompanhadas e devem respeitar as recomendações e ordens determinadas pelas autoridades de saúde e pelas forças e serviços de segurança, designadamente as respeitantes às distâncias a observar entre as pessoas”, explica o decreto-lei publicado este domingo em Diário da República.

Não há, no entanto, multas para quem não cumprir o dever de recolhimento. Ainda assim, com a proibição de circulação na via pública, as pessoas serão reconduzidas às suas casas pelas autoridades de segurança.

Haverá estradas fechadas?

Para já, não, mas a possibilidade não está fora de questão. O decreto prevê que o membro do Governo responsável pela área da Administração Interna poderá determinar o “encerramento da circulação rodoviária e ferroviária, por razões de saúde pública, segurança ou fluidez do tráfego ou a restrição à circulação de determinados tipos de veículos nos casos e durante os períodos” do estado de emergência.

Não me encontro num concelho de risco. Tenho de cumprir estas regras?

Estas regras só se aplicam aos residentes dos 121 concelhos que estão na lista dos concelhos em situação de maior risco de contágio (240 novos casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias). Ainda assim, o Governo atualiza de duas em duas semanas esta lista. Ou seja, há concelhos que podem entrar na lista e outros que podem sair. Para estar a par das regras que terá se seguir, pode conferir as informações neste site do Governo, bastando selecionar o seu concelho de residência ou trabalho.

Vou às compras. Tenho de permitir a medição da temperatura?

Sim. O estado de emergência abre a possibilidade de se realizar medições de temperatura corporal por meios não invasivos no acesso não só a espaços comerciais como noutras situações, se for solicitado. Por exemplo, no acesso ao local de trabalho, estabelecimentos de ensino, meios de transporte, espaços culturais e desportivos. Se não aceitar, poderá ser impedido de entrar. Será também vedada a entrada a quem apresente um resultado superior à normal temperatura corporal, considerando-se como tal uma temperatura corporal igual ou superior a 38ºC. Esta medida aplica-se não só aos 121 concelhos com maior risco, mas a todo o país.

E tenho de fazer teste à Covid-19?

O estado de emergência também abre a possibilidade de se exigir a realização de teste à Covid-19 (testes rápidos) quando se deslocar a um estabelecimento de saúde, aos lares, escolas, e na entrada e na saída de território nacional — por via aérea ou marítima — e outros locais, por determinação da DGS. “Nos casos em que o resultado dos testes efetuados ao abrigo dos números anteriores impossibilite o acesso de um trabalhador ao respetivo local de trabalho, considera-se a falta justificada”, explica ainda o decreto.

O que muda mais no combate à pandemia?

A par das restrições, há ainda outras medidas previstas neste estado de emergência que visam reforçar a capacidade de resposta da saúde portuguesa à pandemia. Prevê-se, por exemplo, “a utilização, preferencialmente por acordo, de recursos, meios ou estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde dos setores privado e social ou cooperativo, para auxílio no combate à pandemia ou reforço da atividade assistencial, mediante justa compensação”, aponta o Executivo.

Por fim, são previstos mecanismos com vista ao reforço da capacidade de rastreio das autoridades de saúde pública, habilitando-se a mobilização de recursos humanos, que não têm de ser profissionais de saúde, para o apoio no controlo da pandemia, designadamente através da realização de inquéritos epidemiológicos, rastreio de contactos e seguimento de pessoas em vigilância ativa. Também os militares das Forças Armadas podem ser mobilizados para a realização destas tarefas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministério Público faz 29 buscas ao Benfica. Luís Filipe Vieira é o principal alvo

Em causa estão as transferências de três jogadores líbios e suspeitas de corrupção no caso Mala Ciao. PJ entraram pela porta 18 do Estádio da Luz. Sporting também alvo de buscas em outro processo.

A Polícia Judiciária (PJ) está a fazer buscas nas SAD do Benfica e do Santa Clara por suspeitas de corrupção desportiva. No caso do clube da Luz, o foco está nas instalações da SAD do Benfica e no próprio gabinete da presidência, na porta 18 do estádio. Já no caso do Sporting, está em causa suspeitas de branqueamento de capitais entre 2011 e 2014.

A PGR confirma ao ECO a realização de 29 buscas, sendo: oito domiciliárias, a uma fundação, seis a instalações de três sociedades desportivas, nove a outros tipos de sociedade, três a dois clubes desportivos e duas a dois escritórios de advogados. Os escritórios em causa não são nem a VdA, nem a Morais Leitão, nem a Saragoça da Matta e Silveiro de Barros (onde se integram os três advogados do Benfica: João Medeiros, Rui Patrício e Paulo Saragoça da Matta) mas sim “escritórios de advogados que participaram em negócios”, segundo conseguiu apurar o ECO.

Nos inquéritos investigam-se factos suscetíveis de integrarem “crimes de participação económica em negócio ou recebimento indevido de vantagem, corrupção ativa e passiva no fenómeno desportivo, fraude fiscal qualificada e branqueamento. Estão em causa negócios de diversa natureza, todos relacionados com o futebol profissional e relativos, nomeadamente, a contratos de parceria de cooperação financeiro-desportiva e respetivos aditamentos bem como a acordos de alteração de contrato de parceria”, explica fonte oficial da PGR.

Investigam-se ainda a aquisição dos direitos desportivos e económicos dos jogadores por parte de clubes nacionais de futebol, empréstimos concedidos a um destes clubes e a uma sociedade desportiva por um cidadão de Singapura com interesses em sociedades sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas e a utilização das contas do mesmo clube e de outro, para a circulação de dinheiro. As investigações incidem igualmente sobre o envolvimento de outros tipos de sociedades (algumas ligadas ao setor imobiliário), o pagamento em dinheiro de prémios de jogo, a satisfação de dívidas pessoais de dirigentes, a utilização por estes de valores dos clubes e a omissão declarativa de operações fiscalmente relevantes. As investigações prosseguem sob direção do Ministério Público com a coadjuvação da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária.

O ECO/Advocatus sabe que o presidente Luís Filipe Vieira é o principal alvo desta operação liderada pelo juiz de instrução Carlos Alexandre e ainda Paulo Gonçalves, antigo braço direito de Vieira na SAD, um dos arguidos do processo ‘E-toupeira’.

Em causa estarão ainda as suspeitas do caso dos ‘mails’, com base em informações obtidas pelo ‘hacker’ Rui Pinto; e também o do ‘saco azul’, por suspeitas de que o Benfica transferiu 1,8 milhões de euros das contas da SAD, em 2018, para pagamentos de serviços informáticos nunca prestados. Na lista de suspeitos estão ainda empresários suspeitos de subornos a atletas de clubes como o Marítimo e do Rio Ave, de forma a que prejudicassem as suas equipas em campo nos jogos frente ao Benfica.

Para além do mais estão visadas também empresas e residências particulares, inclusive do presidente do clube dos insulares, o advogado Rui Cordeiro, do administrador e diretor desportivo Diogo Boa Alma e do empresário brasileiro Khaled Ali Mesquita Saleh, que representa o principal acionista particular da SAD do Santa Clara.

De acordo com a revista, as buscas decorrem sobretudo em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, e na região da grande Lisboa.

Sporting também é alvo de buscas

As instalações da Sporting SAD estão a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ), confirmou o clube em comunicado. Em causa estão suspeitas de branqueamento de capitais na sociedade na altura em que a Holdimo, maior acionistas depois do clube, entrou no capital social do Sporting.

“A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD disponibiliza-se para colaborar com as autoridades para o esclarecimento de todo este processo. Congratulamo-nos ainda com o esforço do Ministério Público e das autoridades competentes em prol da verdade desportiva e da transparência, contribuindo para a dignificação do futebol português, neste e noutros processos”, refere o clube.

A PJ encontra-se à procura de provas da origem de capital investido pela Holdimo na SAD do clube entre 2011 e 2014, altura em que a presidência do clube ficou a cargo a Godinho Lopes e ainda a Bruno de Carvalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo admite adotar medidas adicionais nos concelhos mais afetados

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, admite regras ainda mais restritas para concelhos mais afetados pela pandemia. 

O Governo decretou recolher obrigatório em 121 concelhos entre as 23h e as 5h da manhã a partir desta segunda-feira. O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, admite regras ainda mais restritas para concelhos mais afetados pela pandemia, para além das que já foram impostas no âmbito do estado de emergência que entrou em vigor esta segunda-feira.

Teremos de ter medidas ainda mais intensas naqueles concelhos onde existe transmissão comunitária ativa. Será preciso fazer uma distinção e tomar medidas que sejam mais específicas para aqueles concelhos que estão numa situação mais preocupante e com um risco maior de infeção”, disse o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, em declarações à RTP3. E recordou que “as medidas para os 121 concelhos estão em vigor durante 15 dias e vão ser revistas quinzenalmente”.

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro admite que o Executivo vai olhar novamente para a situação dos 121 concelhos “porque existem diferenças muito assinaláveis”. “Temos concelhos que estão acima da fronteira dos 240 novos casos por 100 mil habitantes, como temos concelhos menos afetados. Teremos de ter ainda medidas mais intensas naqueles concelhos onde há transmissão comunitária ativa”. Será preciso fazer uma distinção e tomar medidas que sejam mais específicas para aqueles concelhos que estão numa situação mais preocupante e com um risco maior de infeção”, disse Tiago Antunes, em declarações à RTP3.

O responsável admite este endurecer das regras no mesmo dia em que entrou em vigor o recolher obrigatório noturno em 121 concelhos com mais casos de infeção. Esta medida de proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 05h00 em dias de semana e, nos próximos dois fins de semana, a partir das 13h00 é aplicada nos 121 concelhos considerados de risco elevado de transmissão da Covid-19. Entre estes municípios, que abrangem 70% da população residente, incluem-se todos os concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Com Portugal a registar um aumento significativo de novos casos, principalmente no Norte do país, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, admite a possibilidade de alargar as restrições a mais concelhos. “Vamos voltar a ver os números, o critérios é o mesmo mais de 240 novos casos por 100 mil habitantes, porque podem existir concelhos onde a situação tenha melhorado e que possam sair destas restrições e podem existir concelhos que entrem nestas restrições”, destaca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Trump, Deutsche Bank e Dia

Trump e família continuam a pedir dinheiro a apoiantes para inverter resultado das eleições. Economia francesa sofre quebra de 12% devido a novo confinamento. Deutsche Bank rejeita pedido do BCE.

Donald Trump, e a sua família, continuam a pedir dinheiro aos seus apoiantes para ajudar nos esforços para inverter o resultado das eleições, que deram a vitória ao democrata Joe Biden. Economia francesa sofre quebra de 12% devido ao novo confinamento decretado a 30 de outubro. Por outro lado, as exportações alemãs aumentaram mais do que o esperado em setembro e o comércio externo deu um impulso à maior economia da Europa. Mikhail Fridman quer aumentar o capital no Dia em 200 milhões de euros. Deutsche Bank rejeita pedido do BCE em suspender parte das operações financeiras.

CNN

Eleições EUA: Trump e família continuam a pedir dinheiro a apoiantes

Donald Trump, e a sua família, continuam a pedir dinheiro aos seus apoiantes para ajudar nos esforços para inverter o resultado das eleições, que deram a vitória ao democrata Joe Biden. Trump não reconheceu a vitória de Biden nas eleições de 3 de novembro, e vem insistindo, sem apresentar provas, que foi cometida uma “fraude” eleitoral e que houve “votos ilegais”. A campanha de Trump e do vice-presidente Mike Pence continua a enviar mensagens aos seus apoiantes, assinadas também pelos filhos do milionário norte-americano, Lara, Eric e Donald Jr., pedindo fundos para o que designam como “Fundo Oficial de Defesa Eleitoral” (inicialmente batizado “Defesa das Eleições”). “As pessoas sabem exatamente o que se está a passar neste país. É uma fraude! Há discrepâncias ridículas nos votos em todo o país, pelo que o meu pai formou o Grupo de Trabalho de Defesa Eleitoral para combater esta corrupção”, pode ler-se numa das mensagens assinadas por Eric Trump.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Economia francesa sofre quebra de 12% devido a novo confinamento

A economia francesa caiu 12% este mês após o país ter entrado pela segunda vez num novo confinamento, disse o banco central esta segunda-feira. O Banco de França disse que a atividade económica deveria cair 12% e que seria pior do que a queda de 4% registada em outubro, mas muito melhor que a perda de 31% verificada em abril durante um dos lockdowns mais restritos da Europa. “Antes da segunda vaga pensávamos que teríamos uma recessão um pouco inferior a 9%, esperamos agora que durante todo o ano 2020 estaremos entre -9 e -10%”, disse o governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, na rádio RTL. Para para controlar o surto de novos casos, o Governo impôs um novo bloqueio a 30 de outubro, embora as restrições sejam mais suaves do que a primeira vez.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Post

Alemanha regista aumenta nas exportações

As exportações alemãs aumentaram mais do que o esperado em setembro e o comércio externo deu um impulso à maior economia da Europa. As exportações ajustadas sazonalmente aumentaram 2,3% no mês, após um aumento de 2,9% revisto para agosto, disse o Instituto Federal de Estatística. As importações caíram 0,1%, após um aumento de 5,8% no mês anterior. O excedente comercial expandiu-se para 17,8 mil milhões de euros, disse o Instituto. A economia cresceu a um recorde de 8,2% no terceiro trimestre com o aumento das despesas de consumo e das exportações, mas uma segunda vaga de infeções e um novo confinamento parcial estão agora a ensombrar as perspetivas para o quarto trimestre.

Leia a notícia completa no Financial Post (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Deutsche Bank rejeita pedido do BCE em suspender parte das operações

O Deutsche Bank rejeitou um pedido não vinculativo do Banco Central Europeu (BCE) para suspender parte das suas operações financeiras como tinha pedido o BCE. O supervisor terá mostrado preocupação com a falta de monitorização do risco em transações altamente alavancadas, numa carta enviada durante o verão. Apesar da polémica, as ações do banco valorizam. Em maio, o Banco Central Europeu já tinha advertido que os mercados globais de empréstimos alavancados “enfrentam atualmente ventos contrários não vistos desde a crise financeira de 2008-09.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Cinco Días

Mikhail Fridman quer aumentar o capital no Dia em 200 milhões de euros

O magnata russo Mikhail Fridman quer ampliar o capital no Dia em 200 milhões de euros e pede mais tempo à banca. O empresário russo quer que o grupo refinancie parte da sua dívida financeira um ano e meio depois de ter assumido a cadeia de supermercados. Mikhail Fridman propõe capitalizar 200 milhões da dívida que injetou em junho de 2019 e pela qual cobra 7% anualmente e em troca pede aos bancos que prolonguem o prazo de vencimento do crédito do fornecedor de cerca de 71 milhões que assinou em junho de 2019 para além de dois anos. Os 900 milhões de euros do crédito sindicado que vence em março de 2023 não estão, de momento, a ser negociados. A dívida líquida da Dia ultrapassou 1,25 mil milhões de euros no final de junho deste ano.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Violar estado de emergência pode valer até um ano de prisão

Quem não cumprir as regras definidas no âmbito do estado de emergência estará a cometer um crime de desobediência que é punível com uma pena de prisão até um ano.

Portugal entrou esta segunda-feira à meia-noite em estado de emergência. Uma situação que se prolonga até 23 de novembro mas que poderá ser prolongada caso a evolução da pandemia de Covid-19 o justifique. Há um novo conjunto de regras que é necessário respeitar como a proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 5h00 em dias de semana e, nos próximos dois fins de semana, a partir das 13h00. E quem desrespeitar estas regras estará a cometer um crime de desobediência.

De acordo com o diploma publicado no domingo em Diário da República, as forças de segurança forças de segurança para além de fiscalizarem o cumprimento das regras, através da “sensibilização da comunidade quanto à interdição das deslocações que não sejam justificadas”, também devem efetuar participações “por crime de desobediência” por violação das normas previstas no diploma, e conduzir os cidadãos “ao respetivo domicílio quando necessário”, nos casos de incumprimento do recolher obrigatório. Ou seja, quem não cumprir pode ser “punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”.

“A emanação das ordens legítimas, nos termos do presente decreto, a cominação e a participação por crime de desobediência, nos termos e para os efeitos do artigo 348.º do Código Penal, por violação do disposto no presente decreto, bem como a condução ao respetivo domicílio quando necessário nos termos do artigo 3.º”, pode ler-se no diploma. Ora o que o artigo 348.º do Código Penal diz é que “quem faltar à obediência devida a ordem ou a mandado legítimos, regularmente comunicados e emanados de autoridade ou funcionário competente, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”.

O estado de emergência foi aprovada em Conselho de Ministros extraordinário realizado no sábado à noite e prevê exceções como deslocações para o trabalho, regresso ao domicílio, situações de emergência, passeio higiénico na proximidade da habitação ou passeio de animais. O Executivo aprovou ainda outras medidas que se aplicarão a Portugal Continental, como a possibilidade de medir a temperatura corporal por meios não invasivos no acesso a local de trabalho, escolas, meios de transporte ou espaços comerciais e desportivos.

Está ainda prevista a possibilidade de se exigir testes de diagnóstico para Covid-19 em escolas, lares, estabelecimentos de saúde, à entrada e saída do território nacional, prisões ou outros locais que a Direção-Geral da Saúde venha a determinar. O novo estado de emergência prevê também a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social.

A mobilização de recursos humanos para aumentar a capacidade de rastreamento, como a realização de inquéritos epidemiológicos ou rastreio de contactos de trabalhadores em isolamento profilático, de professores sem componente letiva ou militares das Forças Armadas é outra medida prevista pelo estado de emergência.

Por outro lado, as juntas de freguesia vão “colaborar no cumprimento da lei”, através do “aconselhamento da não concentração de pessoas na via pública, na recomendação a todos os cidadãos do cumprimento da interdição das deslocações que não sejam justificadas e na sinalização junto das forças e serviços de segurança, bem como da polícia municipal, de estabelecimentos a encerrar”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsas europeias celebram eleição de Joe Biden nos EUA

O otimismo na Europa deve-se ao recuo na incerteza sobre as eleições nos EUA e está a levar os investidores a ignorar o agravamento das medidas de controlo da pandemia em países como Portugal.

A eleição de Joe Biden como próximo Presidente dos Estados Unidos foi confirmada este fim de semana, pondo fim às incertezas sobre o processo eleitoral no país. Apesar de o ainda presidente Donald Trump já ter anunciado que vai contestar a decisão, as bolsas europeias estão a beneficiar da notícia.

Portugal acompanha a tendência, com o índice PSI-20 a subir 1,15% para 4.087,49 pontos e todas as cotadas no verde. A Mota-Engil lidera os ganhos, a valorizar 3,64% para 1,14 euros por ação. Os pesos-pesados da banca e energia também ajudam o índice. O BCP sobe 2% para 0,0776 euros, a EDP avança 1,8% para 4,452 euros, a EDP Renováveis ganha 1,2% para 17,06 euros, a Galp Energia valoriza 1,2% para 7,12 euros.

Na Europa, o Stoxx 600 ganha 1,6%, o alemão DAX sobe 1,8% e tanto o britânico FTSE 100 como o francês CAC 40 avançam 1,4%. Em termos empresariais, o foco está no Deutsche Bank, após o Financial Times ter noticiado que o banco rejeitou suspender partes da operação como pediu o Banco Central Europeu (BCE). O supervisor terá mostrado preocupação com a falta de monitorização do risco em transações altamente alavancadas, numa carta enviada durante o verão. Apesar disso, as ações do banco valorizam.

O otimismo na Europa deve-se ao recuo na incerteza sobre as eleições nos EUA e está a levar os investidores a ignorar o agravamento das medidas de controlo da pandemia em países como Portugal, que entrou esta segunda-feira novamente em estado de emergência.

As renovadas medidas de confinamento na Europa, para tentar conter o número de novos casos de Covid-19, vai ter impacto no outlook de procura global por petróleo, segundo alertou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O diretor de mercados e segurança Keisuke Sadamori disse, à Reuters, que é provável que o efeito seja menos severo do que o sentido no início do ano.

Partes importantes do continente europeu estão em confinamento. Isto irá certamente contribuir negativamente” para o setor, disse Sadamori, anunciado que a agência vai rever em baixa as projeções. Apesar do aviso, o petróleo segue em alta, com o brent negociado em Londres a ganhar 1% para 40,40 dólares por barril e o crude WTI a subir 0,9% para 38,05 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quinta de luxo arrestada a ex-administrador do BES à venda por um milhão

  • ECO
  • 9 Novembro 2020

A Quinta do Boiro está à venda no site da Euroestates desde 3 de novembro e ficará, pelo menos, até 3 de dezembro. Antes disso, esteve disponível na Remax por 1,53 milhões de euros.

A propriedade milionária do ex-administrador do Banco Espírito Santo (BES), Amílcar Morais Pires, está à venda. Trata-se de uma quinta em Alenquer que foi arrestada ao antigo gestor, que foi acusado no caso Grupo Espírito Santo (GES) em maio de 2015. O imóvel está num site de leilões, onde é pedido um preço base de 1,09 milhões de euros, segundo escreve o Correio da Manhã (acesso pago).

A Quinta do Boiro está à venda no site da Euroestates desde 3 de novembro e ficará, pelo menos, até 3 de dezembro. Antes disso, esteve disponível na Remax por 1,53 milhões de euros. Qualquer um dos montantes fica muito abaixo do montante ao qual Morais Pires vendeu a quinta ao fundo ACIF, em 2009: 3,2 milhões de euros.

De acordo com a acusação do Ministério Público no caso GES, o gestor é o dono real do fundo ACIF (que significa Amílcar, Cristina, Inês e Frederico em referência ao agregado familiar). Já em 2012, Morais Pires vendeu o ACIF a um veículo associado ao GES, o Jarvis, por 5,1 milhões de euros. A venda da Quinta do Boiro ao fundo foi uma das operações analisadas pela investigação ao GES, acrescenta o imobi.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apoios a fundo perdido deviam ter avançado mais cedo, lamenta Saraiva

  • ECO
  • 9 Novembro 2020

CIP tem vindo a propor ao Governo apoios a fundo perdido para empresas mais fragilizadas. Estado aprovou este apoio que, na ótica do presidente da CIP, é "uma medida útil, mas que vem tarde".

O Governo vai atribuir subsídios e crédito a fundo perdido às empresas mais afetadas pela crise, tal como a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) propôs ao Executivo em abril. Para o presidente da CIP, António Saraiva, é uma medida “útil, mas que vem tarde”,lamenta António Saraiva, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago) e à Antena 1.

“Fomos condenados e criticados por propor fundo perdido. Agora o Estado vem, como estes meses de atraso, dar-nos razão (…) O Governo poderia, mais cedo, ter lançado este conjunto de medidas no terreno. Seguramente teríamos evitado alguma degradação empresarial e teríamos salvo mais alguns empregos. A medida vem tarde“, lamenta o presidente da CIP.

António Saraiva acrescenta ainda que é “um milagre” empresas com quebras de faturação de 60 a 90% ter sobrevivido até agora. “Apesar de todas as dificuldades conseguiram manter postos de trabalho. Para que as empresas possam continuar de porta aberta e para que não entrem em insolvência, vem o Governo com estes apoios, tarde mas bem, acudir a estas situações cirurgicamente e assimetricamente”, destaca o presidente da CIP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Apoios públicos, caso BES e défice

  • ECO
  • 9 Novembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A despesa pública dos países europeus para combater a pandemia é uma das manchetes dos jornais nacionais, tal como o reforço dos apoios públicos às empresas anunciados pelo Governo. Em destaque estão ainda a venda de uma quinta de luxo arrestada a um ex-administrador do BES, o adiamento da criação de quadro de praças no Exército ou a procura por cursos de piloto.

Apoios a fundo perdido deviam ter avançado mais cedo, lamenta Saraiva

O Governo vai dar subsídios e crédito a fundo perdido às empresas, tal como a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) propôs em abril. Para o presidente da CIP, António Saraiva, é uma medida “útil, mas que vem tarde”, lamenta António Saraiva. “O Governo deveria ter lançado mais cedo este conjunto de medidas no terreno e seguramente teríamos evitado alguma degradação empresarial e teríamos salvado mais alguns empregos”, destaca. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Quinta de luxo arrestada a ex-administrador do BES e à venda por um milhão

O ex-administrador do BES, Amílcar Morais Pires, tem à venda num site de leilões uma quinta milionária em Alenquer, na zona de Lisboa, por cerca de 1,09 milhões de euros. O imóvel em questão está arrestado ao ex-administrador do BES acusado no caso Grupo Espírito Santo (GES) desde maio de 2015. O ex-administrador do BES vendeu em 2009 a propriedade, intitulada “Quinta do Boiro”, ao fundo ACIF por 3,2 milhões de euros. Segundo a acusação do Ministério Público no caso GES, Amílcar Morais Pires é o dono real do fundo ACIF. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Portugal entre os que menos gastam no combate à crise

Por todo o mundo, os países tiveram de recorrer aos orçamentos públicos para tentar responder à pandemia de Covid-19. Portugal está entre os países europeus que menos gastam no combate imediato à crise, o que poderá comprometer a recuperação da economia nacional. Em média, o défice orçamental nas economias avançadas devido à pandemia irá piorar cerca de 7,3%, enquanto, em Portugal, o agravamento será de 3,2%. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Governo adia novamente criação de quadro de praças no Exército

A criação de um quadro permanente de praças no Exército e na Força Aérea vai ser, novamente, adiada e já não deverá acontecer este ano. A decisão é esperada pelas Forças Armadas — que considera que é necessária para atrair e reter jovens para a carreira militar — e já foram pedidos estudos de viabilidade (que foram entregues dentro do prazo exigido). No entanto, o Ministério da Defesa pediu ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) que avalie estes estudos, adiando o processo. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Cursos de piloto mantém procura apesar da crise na aviação

Mesmo com Portugal e o mundo a enfrentar uma crise em precedentes na aviação, o curso de piloto continuam a ter procura. O futuro incerto do setor não está a penalizar a procura, com muitas pessoas a apostar nesta área de formação e a quebra de alunos nacionais está a ser compensada por estrangeiros. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.