Banco Mundial: Preço do petróleo mantém-se baixo para além de 2021

  • Lusa
  • 24 Outubro 2020

A pandemia, de resto, é encarada como "um choque para os mercados globais das matérias-primas, apresentando um desafio para os decisores políticos" nos países mais dependentes da exportação.

O Banco Mundial considera que os preços do petróleo vão manter-se abaixo da média dos últimos anos em 2021, ano em que o preço do barril deverá aumentar de 41 dólares, em 2020, para 44 dólares.

“Os preços do petróleo devem aumentar muito gradualmente face aos níveis atuais e chegar a uma média de 44 dólares em 2021, subindo face aos estimados 41 dólares por barril este ano, num contexto de uma recuperação lenta da procura e um abrandamento nas restrições à oferta”, lê-se no relatório sobre a evolução das matérias-primas.

De acordo com este relatório do Banco Mundial, divulgado na sequência dos Encontros Anuais do banco e do Fundo Monetário Internacional (FMI), “quase todos os preços das matérias-primas recuperaram no terceiro trimestre deste ano, depois de fortes declínios no início do ano devido à pandemia de covid-19”.

Face aos níveis de abril, “os preços do crude duplicaram, sustentados nos fortes cortes à produção decretados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas continuam um terço mais baixos face aos níveis anteriores à pandemia”, acrescenta-se ainda no documento.

Para os analistas do Banco Mundial, “o principal risco à previsão sobre os preços das matérias-primas é a duração da pandemia, incluindo o risco de intensificação de uma segunda vaga no hemisfério Norte e a rapidez com que a vacina é desenvolvida e distribuída“.

A pandemia, de resto, é encarada como “um choque para os mercados globais das matérias-primas, apresentando um desafio para os decisores políticos” nos países mais dependentes da exportação de petróleo, como é o caso dos lusófonos Angola e Guiné Equatorial, para além do Brasil, o maior produtor entre os países de língua portuguesa, com uma produção que ronda os 3 milhões de barris diários.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE prepara voto contra o OE 2021 e diz que Governo só aceitou 4 de 35 propostas

  • ECO
  • 24 Outubro 2020

Os bloquistas preparam-se para votar contra a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Os bloquistas dizem que Governo só aceitou 4 das suas 35 propostas.

A inclinação do Bloco de Esquerda passa por votar contra o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), avança este sábado o Expresso, ressalvando que a decisão final só será tomada este domingo na reunião da comissão política nacional. Com o anúncio do PCP de que vai abster-se, os bloquistas ficam mais livres para, em princípio, não ficar com o ónus da crise política, mas acaba por perder peso na negociação.

No Governo, tal como o Público também já tinha revelado, o cenário base passa pelo voto contra do Bloco de Esquerda, tendo o PS criticado várias vezes nas últimas duas semanas os bloquistas pela forma como negociou o OE 2021, trazendo mais assuntos para cima da mesa ao longo das negociações.

A relação azeda pela falta de concretização de medidas do passado, uma queixa transversal ao BE, PCP e PAN. Além disso, segundo o semanário, os bloquistas queixam-se das acusações do PS, que chegou a acusar o BE de “mentir”. Há um problema de “credibilidade do processo político”, diz um bloquista ao Expresso.

BE diz que Governo só aceitou 4 das 35 propostas bloquistas

Numa publicação divulgada este sábado de tarde no Esquerda.net, uma publicação do partido, o Bloco de Esquerda prepara a justificação do seu voto contra o OE 2021 com números: das 35 propostas apresentadas ao Governo, apenas uma foi aceite sem reservas e três foram parcialmente acolhidas. As restantes não foram aceites, tendo o BE recuado em 19 e mantido 12, garantem os bloquistas.

“Dessas 35 propostas, o Governo aceitou incluir uma sem reservas e negociou a inclusão de outras três. Para procurar algum avanço nas negociações, o Bloco secundarizou 19 das suas propostas e manteve 12”, explica o BE, detalhando posteriormente as diferenças entre o BE e o Governo na área da saúde, do emprego, da proteção social e do Novo Banco.

Por exemplo, os bloquistas asseguram que deixaram cair nas negociações o aumento de 35 euros do salário mínimo — o Governo quer subir 23,75 euros — e a proibição dos despedimentos nas empresas lucrativas. Contudo, mantiveram seis propostas em cima da mesa: o aumento da compensação por despedimento para 20 dias por ano de trabalho e para 30 na cessação de contrato a termo, “a obrigatoriedade de manutenção de emprego (proibindo despedimentos e cessação de contratos de trabalho precários) em empresas que recebem apoios públicos, o fim da caducidade unilateral da contratação coletiva, a reposição do princípio legal do tratamento mais favorável ao trabalhador, a eliminação do alargamento do período experimental e a obrigatoriedade de celebração de contratos de trabalho pelas plataformas digitais como a UberEats, Glovo, etc”.

Mais: num outro artigo, o BE detalha os nove compromissos assumidos pelo Governo no passado que ainda não foram executados, como é o caso do apoio social extraordinário para trabalhadores sem proteção social e a redução para metade do prazo de garantia de acesso ao subsídio de desemprego.

(Notícia atualizada às 15h42 com os números divulgados pelo BE este sábado de tarde)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Relógios atrasam uma hora esta madrugada

  • Lusa
  • 24 Outubro 2020

Os relógios deverão ser atrasados uma hora quando for 02:00 de domingo, passando a ser 01:00.

Os relógios vão atrasar 60 minutos na próxima madrugada em Portugal para dar início ao horário de inverno, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.

Em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios deverão ser atrasados uma hora quando for 02:00 de domingo, passando a ser 01:00.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita às 01:00, passando para a 00:00.

A hora legal voltará depois a mudar a 28 de março 2021, para o regime de verão.

O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD só admite salvar OE se Governo pedir desculpa

  • ECO
  • 24 Outubro 2020

Só se Costa pedir desculpa pelo que disse é que o PSD pondera requacionar o sentido de voto no OE, disse Adão Silva ao Expresso. Em comunicado, o partido diz que foi essa a ideia transmitida.

No dia em que a sua subsistência depender do PSD, este Governo acabou“. Foi esta a frase de António Costa que não caiu nada bem no PSD e que foi uma das justificações para os social-democratas anunciarem esta semana que vão votar contra a proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021). Contudo, este sábado ao Expresso Adão Silva, líder parlamentar do PSD, admitem salvar o documento, mas só se o Governo pedir desculpa.

“O primeiro-ministro foi muito arrogante quando disse que no dia em que precisasse do PSD para sobreviver o Governo caía. Ou ele se contradiz, pede desculpas e diz que não era assim — e aí talvez as coisas pudessem ser reequacionadas — ou, como ele não vai pedir desculpas, se é assim o jogo, se é assim a terminação, temos uma linha vermelha”, diz o líder parlamentar social-democrata ao semanário.

Esta declaração representa um passo em frente uma vez que Rui Rio não disse o que faria se Costa lhe pedir uma viabilização de última hora na votação final global do OE 2021, em nome do interesse nacional. Adão Silva é claro ao dizer que o pedido de desculpas é essencial, caso contrário o PSD votará contra na generalidade e também na votação final global, a 26 de novembro.

PSD diz que não foi essa a ideia transmitida

Em reação à notícia do semanário, com base em declarações de Adão Silva, o PSD enviou um comunicado às redações onde argumenta que “tal afirmação não corresponde à ideia transmitida pelo líder parlamentar ao jornal, sendo, por isso, uma manipulação jornalística que objetivamente engana os leitores“.

“Se o que o Expresso escreveu correspondesse à verdade, então isso significaria que o PSD determinava os seus votos por estados de alma, em lugar de o fazer em função do mérito das propostas sobre as quais é chamado a pronunciar-se”, referem os social-democratas, acusando o jornal de fazer um título “abusivo”.

(Notícia atualizada às 12h47 com o comunicado do PSD)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA: Água é a questão política central no distrito de Devin Nunes

  • Lusa
  • 24 Outubro 2020

O Estado sofreu uma das secas mais severas da sua história até 2017 e há uma batalha entre as regiões costeiras e as regiões interiores.

Longe dos corredores políticos de Washington, D.C. e do capitólio da Califórnia, em Sacramento, a questão que domina o cenário político no distrito representado no Congresso pelo luso-americano Devin Nunes é a água.

Este é um vale de agricultura, e sem água não se pode cultivar. No passado, as pessoas cavavam um poço mais fundo“, disse à Lusa Dennis Mederos, o lusodescendente de terceira geração que subiu a vice-‘mayor’ da cidade de Tulare. Isso agora “já não funciona”, explicou.

A grande comunidade luso-americana que se encontra no vale central da Califórnia dedica-se principalmente às atividades agrícolas, e é por isso que as políticas relacionadas com a água são tão influentes no cenário político. Estima-se que metade dos 1.200 produtores de leite do estado sejam de origem portuguesa.

O Estado sofreu uma das secas mais severas da sua história até 2017 e há uma batalha entre as regiões costeiras e as regiões interiores, como o vale em que Tulare se encontra, sobre como o abastecimento de água deve ser dividido. “Se nada for feito, vamos chegar a uma situação no vale de São Joaquim em que não há mais água e voltaremos a ser um deserto. Não poderemos sobreviver“, afirmou Mederos.

Em 2014, o Estado aprovou legislação para estabilizar os lençóis freáticos, que descem há décadas. No entanto, o governador democrata Gavin Newsom vetou em 2020 um projeto bipartidário para reparar o canal Friant-Kern, que beneficiaria o vale central, decisão que o tornou ainda menos popular na comunidade.

Digam não ao socialismo, ouçam o Devin Nunes“, lê-se em estandartes gigantes. É impossível circular por Tulare sem ver sinais e bandeiras de apoio ao republicano que liderou o comité de inteligência da Câmara dos Representantes até 2017. Desde 2003 que o lusodescendente representa o 22.º distrito da Califórnia, que inclui porções do condado de Tulare e Fresno, e é um de apenas oito congressistas republicanos no Estado. Os democratas controlam os outros 45 assentos na Câmara dos Representantes, o que torna este distrito numa raridade.

“Somos uma comunidade conservadora”, descreveu Dennis Mederos. “O distrito do Devin tem um número muito grande de republicanos registados”, salientou. Tom Barcellos é um deles. O dono da Barcellos Farms, uma operação agrícola que inclui produção de leite, cultivo e serviços agrários, é um fervoroso apoiante de Devin Nunes, David Valadão – o ex-congressista que está a tentar recuperar o seu lugar – e Donald Trump.

“A nossa maior preocupação é a água”, disse Barcellos à Lusa. “Estou envolvido na política da água há muitos anos. O Presidente Trump fez muito por nós no vale, no que toca a tentar arranjar-nos programas e água”, afirmou. “O problema que temos é o facto de que a legislatura estadual não coopera e na verdade faz tudo o que pode para resistir, incluindo o governador, tudo o que o governo federal está a fazer”, disse. Segundo Barcellos, os ambientalistas representam grandes obstáculos, porque “têm tanto poder e atiram tanto dinheiro” para cima da política.

“Se não fosse pelo Devin Nunes, Kevin McCarthy [23.º distrito], francamente, a nossa liderança republicana a trabalhar com o Presidente, não estaríamos onde estamos hoje”, considerou. “Com a mudança de liderança na EPA [Agência de Proteção Ambiental] ao nível federal, houve discussões de senso comum”, acrescentou. O governo democrata da Califórnia é visto como um bloqueador de medidas que permitiriam começar a resolver o problema.

Rosie Nunes, que deixou a produção de leite para se dedicar só ao cultivo de produtos como milho e cevada, tem uma visão semelhante. “Não sei onde estaríamos sem o Devin”, disse. “Ele tem sido o maior defensor dos agricultores”. No geral, “esta é uma boa fonte de angariação de fundos para a campanha Trump-Pence”, explicou Dennis Mederos.

“O apoio ao Presidente é mais vocal no condado de Tulare porque a maioria dos agricultores tende a apoiar os candidatos republicanos”, afirmou. “O que é interessante, porque historicamente a minha perceção é que as coisas lhes correm melhor sob administrações democratas que republicanas”, considerou.

Mederos sublinhou que “os agricultores foram prejudicados pelas tarifas e há muitos produtores de nozes, amêndoas e pistácios que não estão a conseguir exportar para a China, Índia e isso criou uma situação que afetou os preços”.

“A pandemia piorou a situação, porque muitos destes produtos estão na doca ou não conseguem transportá-los para onde é preciso. O conflito entre os governos dos Estados Unidos e da China criou uma situação que não ajudou as importações e exportações”, lamentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pista algarvia maravilha os melhores pilotos do mundo

  • Jorge Girão
  • 23 Outubro 2020

A natureza do circuito algarvio, com as suas constantes subidas e descidas abruptas que escondem curvas cegas, abria grande expectativa quanto à opinião que os melhores pilotos do mundo teriam.

Pilotos e equipas tiveram hoje o primeiro contacto com o Autódromo Internacional do Algarve ao longo das primeiras duas sessões de treinos-livres do Grande Prémio de Portugal e a opinião é unânime: a pista portuguesa é “espetacular”.

A natureza do circuito algarvio, com as suas constantes subidas e descidas abruptas que escondem curvas cegas, abria grande expectativa quanto à opinião que os melhores pilotos do mundo teriam.

Lewis Hamilton, o Campeão em título e o comandante do Campeonato de Pilotos deste ano, frisou o desafio que o traçado do Autódromo Internacional do Algarve representa. “Em muitos sítios não conseguimos sequer ver por onde vamos. À saída da Curva 8 estamos a olhar para o céu durante um longo período e não fazemos ideia do que está do outro lado da colina”.

“Na Curva 11, curvamos e não sabemos onde estamos até que, subitamente, aparece vindo do nada. É muito desafiante, o asfalto é muito suave e, por isso, vemos muitos pilotos a cometer erros, a escorregar e fazer piões”, apontou o inglês da Mercedes.

Charles Leclerc sublinha que as dificuldades colocadas pelo Autódromo Internacional do Algarve exigem muito dos pilotos, que têm de dar o seu melhor a cada momento. “Esta pista é fantástica! Levei algumas voltas para encontrar o ritmo, dado que não conseguimos ver os pontos de corda das curvas, mas assim que entramos no ritmo, é extraordinário. O circuito é muito escorregadio e a traseira do carro está sempre a mover-se, mas penso que isso torna tudo ainda mais divertido”, afirmou o jovem da Ferrari.

Nicholas Latifi, ao serviço da Williams, admite que se deleita com a pista portuguesa. “É uma pista muito divertida, é sempre fantástico chegar a novos circuitos aonde não temos experiência e descobri-los”, apontou o canadiano.

No final do dia, Valtteri Bottas, em Mercedes foi o mais rápido nos dois treinos, tendo a segunda sessão ficado marcada por dois episódios.

No primeiro, o AlphaTauri Honda de Pierre Gasly pegou fogo, tendo sido necessários interromper a actividade em pista para resolver a situação;

No segundo, Max Verstappen, em Red Bull Honda, e Lance Stroll, em Racing Point Mercedes, não evitaram um contacto na primeira curva, tendo o canadiano ficado plantado na escapatória de gravilha, o que obrigou a nova suspensão da sessão.

Amanhã, realiza-se a terceira bateria de treinos-livres, às 11h00, mas é à tarde que as coisas se tornam sérias com a disputa da qualificação, que definirá a grelha de partida para a corrida de domingo. Será que alguém conseguirá bater Lewis Hamilton?

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street fecha na linha de água apesar de tombo de 10% da Intel

A incerteza sobre o tempo de aprovação de novas medidas de alívio para famílias e empresas tem pesado nos principais índices em Wall Street.

Wall Street fechou entre ganhos e perdas ligeiras com os investidores a tentarem avaliar a probabilidade de aprovação de um novo pacote de estímulos orçamentais nos EUA. A discussão entre os democratas da Câmara de Representantes e a administração liderada pelo republicano Donald Trump marcou as negociações numa semana que acabou por fechar com um saldo negativo.

A incerteza sobre o tempo de aprovação de novas medidas de alívio para famílias e empresas tem pesado nos principais índices em Wall Street. A presidente da Câmara de Representantes Nancy Pelosi afirmou esta sexta-feira que ainda é possível aprovar o pacote de estímulos orçamentais antes das eleições presidenciais marcadas para 3 de novembro. Garantiu que um acordo está dependente do presidente Trump.

Mas o secretário de Estado Steven Mnuchin contra-argumenta que ainda há diferenças significativas entre republicanos e democratas. Ainda assim, os mercados parecem estar a apostar num acordo: a dúvida é o timing e o montante.

Neste cenário de incerteza, o índice industrial Dow Jones cedeu 0,1% para 28.335,57 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 subiu 0,34% para 3.465,39 pontos e o tecnológico Nasdaq somou 0,37% para 11.548,28 pontos.

“Este tem sido um mercado conduzido pelos estímulos há várias semanas e hoje foi mais uma evidência disso”, disse Lindsey Bell, chief investment strategist da Ally Invest, em declarações à Reuters. “O mercado acredita que vamos ter estímulos, mas precisa de saber quando é que vai ser aprovado porque ainda vai demorar até que o dinheiro comece a fluir“.

A nível empresarial, o setor das comunicações liderou os ganhos com uma subida de 1,1%. Em sentido contrário, a Intel divulgou ao mercado receitas acima do esperado, mas as vulnerabilidades no negócio de dados demonstradas geraram receios e as ações da empresa afundam 10,58%, para 48,20 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa tem 14 novas lojas com história. Vista Alegre e Padaria de São Roque entre as nomeadas  

Vista Alegre, Tapetes de Arraiolos Trevo, Viúva Lamego, Drogaria Oriental e Restaurante Clara são algumas das 14 novas lojas com história que agora se juntam às mais de 100.

De forma a apoiar o comércio tradicional de Lisboa, foram distinguidas 14 novas lojas com história este mês de outubro. Neste novo lote de lojas emblemáticas são os restaurantes e as lojas de porcelanas o grupo mais representado.

Esta distinção é instituída pela Câmara Municipal de Lisboa e o programa tem como missão “posicionar o comércio como marca diferenciadora da cidade, o que exige a articulação de diferentes e complementares medidas, no âmbito de uma estratégia que ligue as três áreas de atividade municipal: planeamento urbano e elementos arquitetónicos, património cultural e atividades económicas”, lê-se em comunicado.

A “Vista Alegre” e a “Viúva Lamego” foram as lojas distinguidas no setor das porcelanas, enquanto na restauração foi distinguido o “Restaurante Clara Jardim”, “Restaurante Sancho”, “Solar dos Nunes”, “Cafélia Ribeiro”, “Padaria de São Roque”, “Procópio Bar” e a “A Paródia. Também a loja de equipamentos náuticos “J. Garraio”, a “Artemoldura”, os “Tapetes de Arraiolos Trevo”, a “Drogaria Oriental” e a “Livraria Ler” passaram a juntar-se às mais de 100 lojas com história.

Conheça as lojas com história nesta galeria:

Em 2017 foi aprovado o Regime de Reconhecimento e Proteção de Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico com o objetivo de proteger as lojas da liberalização das rendas e estabeleceu que os contratos têm proteção legal por cinco ou dez anos dependendo do regime de arrendamento em que se encontram. As Lojas com História estão isentas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e as despesas de conservação e manutenção são consideradas a 110% no apuramento do lucro tributável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Médicos vão receber totalidade das horas extra desde março

Os médicos de Saúde Pública vão receber a totalidade do trabalho suplementar feito desde março, anunciou a ministra da Saúde.

A ministra da Saúde anunciou esta sexta-feira que os médicos de Saúde Pública vão receber “todo o trabalho suplementar que por eles foi ou venha a ser realizado”, para além das primeiras 200 horas de trabalho anuais efetuadas fora do período normal de trabalho.

“Este pagamento deve ser feito desde março do corrente ano, ou seja, desde que foram suspensos por determinação do Governo, através do decreto-lei 10-A/2020, os limites legalmente previstos para a realização de trabalho extraordinário ou suplementar”, explicou a ministra da Saúde, na conferência de imprensa da DGS desta sexta-feira.

Segundo Marta Temido, a decisão resultou de um parecer da Procuradoria-Geral da República, pedido pelo Ministério da Saúde, e que será publicado em Diário da República. Este regime vai manter-se “enquanto estiver em vigor esta situação” de crise sanitária, sinalizou.

Linha Saúde 24 vai passar testes à Covid-19

Num esforço para reduzir “a pressão” sobre o SNS, a ministra da Saúde anunciou também que, a partir desta sexta-feira, vão poder ser requisitados testes de despiste à Covid-19 a partir da Linha Saúde 24.

Além disso, Marta Temido adiantou ainda que o Governo aceitou a proposta da Cruz Vermelha Portuguesa para o fornecimento de testes rápidos ao novo coronavírus. “O Ministério da Saúde aceitou a disponibilidade da Cruz vermelha para o fornecimento de testes rápidos de antigénio“, sinalizou a ministra da Saúde.

A responsável adiantou ainda que estão já pré-reservados pela entidade “um total meio milhão de testes rápidos”. Estes testes vão ser recebidos de “forma faseada“, sendo que 100 mil testes chegam “na primeira semana de novembro”, explicou Marta Temido.

Durante a conferência de imprensa desta sexta-feira, a ministra da Saúde fez ainda um balanço sobre a capacidade do SNS. Marta Temido explicou que no total o SNS tem cerca de 21 mil camas específicas, um número que já inclui camas em hospitais especializados, como psiquiátricos ou oncologia, e, por isso, consideram-se apenas 19.700 camas. Destas são “sensivelmente 34% no Norte, 21% no Centro, 36% em Lisboa e Vale do Tejo, 4% no Alentejo e 4% no Algarve”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal quer alta velocidade atlântica e recusa “solução imposta” por Espanha

  • Lusa
  • 23 Outubro 2020

Ana Abrunhosa disse que a prioridade portuguesa ficou "clara" quando o Governo apresentou, na quinta-feira, o Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, apontou esta sexta-feira a ligação atlântica Lisboa-Porto-Vigo como a prioridade portuguesa para a rede ibérica de alta velocidade e avisou Espanha que o Governo português não aceita uma “solução imposta”.

A nossa prioridade não é a ligação entre Madrid e Lisboa. Porque de Madrid para Lisboa vamos de avião. Já temos ligação. A nossa prioridade, certamente, é o eixo atlântico, Lisboa, Porto e Vigo”, afirmou a governante, em Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo.

Ana Abrunhosa, que falava durante as II Jornadas Amizade, promovidas pela eurocidade Cerveira (Portugal)-Tomiño (Galiza), disse que a prioridade portuguesa ficou “clara” quando o Governo apresentou, na quinta-feira, o Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030.

De acordo com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, as metas do programa centra-se, entre outras, na criação de uma nova linha Porto-Vigo (Espanha) com duração de uma hora, bem como a eletrificação da rede até 2030.

A ligação de alta velocidade será a Norte, por Vilar Formoso, muito provavelmente. O que o Governo português não quer é que a solução seja imposta. Foi isso que transmitimos na cimeira ibérica e, isso é muito importante“, afirmou Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão Territorial, que encerrava o painel intitulado “Europa Sem Fronteiras: o papel da cooperação transfronteiriça na consolidação do projeto europeu”, referiu que o Governo espanhol “quase impôs” como prioridade para a alta velocidade a ligação entre as duas capitais.

“No que toca à alta velocidade, o Governo do Reino de Espanha colocou-nos numa situação que não é fácil quando quase nos impôs a ligação entre Madrid e Lisboa, quando nós não temos como prioridade Madrid-Lisboa”, frisou. A afirmação da ministra portuguesa recolheu o apoio do presidente da Junta da Galiza.

Alberto Feijóo, que também participou naquelas jornadas, via ‘streaming’, apelou ao Governo espanhol para não cometa os mesmos “erros” da rodovia, referindo-se às autoestradas que ligavam a Meseta e que demoraram uma década a chegar à Cantábria.

“É um erro em que não podemos voltar a cometer agora na ferrovia. Há países e Estados que entendem que o importante é unir as capitais. É erro”, afirmou Feijó. O presidente da Junta da Galiza defendeu que para alta velocidade “o importante para Portugal e para a eurorregião é o Atlântico”.

Somos lugares atlânticos, somos lugares fundamentais para o Arco Atlântico. Temos de apostar, como europeus, no Atlântico. Compreendo que outra parte dos espanhóis tenha de apostar mo Mediterrâneo, mas nós apostamos no Atlântico de forma clara”, reforçou.

Sobre o programa de cooperação Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP), a ministra portuguesa defendeu “mais autonomia” para os Agrupamentos Europeus de Coesão Territorial (AECT) para que as decisões sobre os projetos de cooperação sejam “descentralizadas”

Devo confessar que estudo há muito tempo o processo de decisão dos projetos de cooperação e ainda não os entendi. Vejo-os muito complexos. Já fui vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e tinha a área da cooperação. Desejavelmente é muito importante que se descentralize na decisão dos projetos de cooperação, porque o Parque da Amizade, da eurocidade Cerveira-Tomiño, e outros, não estariam, certamente dependente, da decisão de aprovação nem de Lisboa, nem de Madrid”, referiu.

Ana Abrunhosa adiantou que se os projetos “fazem sentido para os territórios, são os territórios que têm de decidir, depois de estarem contratualizados as verbas da cooperação”.

“Queria aqui dizer de forma muito pragmática e muito frontal que é nesta perspetiva que temos de trabalhar. Com grande confiança com os territórios, quando entregamos os recursos, e com uma decisão muito mais autónoma quer no que toca às verbas do próximo quadro comunitário, quer no às verbas de cooperação. Os territórios têm de ter uma palavra muito mais autónoma e muito mais decisiva e não estarem a pedir a Lisboa ou a Madrid”, reforçou.

Relativamente as medidas decididas na última cimeira luso-espanhola, realizada este mês na Guarda, disse que no próximo encontro dos governos dos dois países terão de estar concretizadas duas medidas.

A figura do trabalhador transfronteiriço, para facilitar a circulação destes cidadãos sem constrangimentos como os verificados aquando do fecho das fronteiras imposto no início da pandemia covid-19, e o 11 transfronteiriço que vai permitir ao utente acesso aos serviços de emergência mais próximos, sejam eles portugueses ou espanhóis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fectrans defende realização de testes de despistagem a trabalhadores dos transportes

  • Lusa
  • 23 Outubro 2020

A Fectrans pediu ao Governo a implementação de um programa de teste de despistagem aos trabalhadores, alegando que “a falta de sintomas não significa que não haja infeção”.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) pediu esta sexta-feira ao Governo a implementação de medidas complementares no combate ao novo coronavírus, defendendo a realização de testes de despistagem aos trabalhadores do setor.

“Tendo em conta que nos transportes públicos não se consegue manter os distanciamentos necessários e como este é um serviço necessário e imprescindível para se manter a vida o mais normal possível, entendemos que são necessárias medidas complementares para garantir a proteção e a confiança dos utentes e, simultaneamente, proteger trabalhadores e evitar novas cadeias de contágio”, refere a FECTRANS em comunicado.

Uma das medidas reivindicadas pela FECTRANS – que agrega sindicatos do setor dos transportes de passageiros em modo ferroviário, metros, fluvial e rodoviário – é a implementação de um programa de teste de despistagem aos trabalhadores, alegando que “a falta de sintomas não significa que não haja infeção”.

Assim, é defendido que, para reduzir todas as potenciais situações de contágio, em cada empresa devem ser criadas condições para se testarem os trabalhadores, “no sentido de se identificarem as situações dos que poderão ser portadores do vírus mesmo sem sintomas, tomando-se assim, em tempo oportuno, as medidas necessárias à sua proteção”. Ao mesmo tempo, estas são medidas de “proteção de quem utiliza os transportes públicos”, acrescenta.

Além disso, deveriam ser colocados dispensadores de álcool-gel nos veículos de transporte de passageiros e nas plataformas de acesso. “Esta é uma medida necessária, tendo em conta que não é possível reduzir as lotações dos transporte a um número que permita um distanciamento de dois metros e tendo em conta que a bordo dos comboios, autocarros e navios há diversos elementos (portas, varões de apoio, pegas de apoio, etc.) que são usados e tocados por inúmeros utentes dos transportes”, lê-se na nota.

A medida seria “um elemento acrescido na proteção dos passageiros e, ao mesmo tempo, seria uma ajuda no aumento da confiança na utilização dos transportes públicos”, é defendido.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 2.276 pessoas dos 112.440 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Algarve vai receber 800 milhões em fundos europeus até 2027

O Algarve vai receber mais de 500 milhões de euros de Bruxelas que deverão ser usados para "o desenvolvimento da região", revelou o primeiro-ministro. um salto face aos atuais 300 milhões.

O Algarve vai receber quase o triplo dos fundos comunitários que costuma receber. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, que salientou a necessidade de desenvolver esta região do país, muito afetada pela crise pandémica devido à sua dependência do turismo. Assim, em vez dos habituais 300 milhões de euros, Bruxelas irá “enviar” para o Algarve mais de 500 milhões de euros.

“Entre o próximo quadro financeiro plurianual e o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o Algarve vais dispor de mais 500 milhões de euros que acrescem àquilo que tem sido, nos últimos anos, o recurso a cerca de 300 milhões de euros de fundos comunitários para executar ao longo de sete anos”, afirmou António Costa esta sexta-feira, durante a celebração do acordo de 1.º Direito entre a Câmara de Loulé e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

“O Algarve é uma das regiões onde a taxa desemprego tem vindo a aumentar mais fortemente. E, sendo o turismo um dos setores com maior importância económica, é uma das regiões mais duramente afetadas pela crise“, começou por dizer

O primeiro-ministro salientou a importância de o Algarve continuar a ser “um dos grandes destinos turísticos à escala mundial” e, por isso, adiantou que esta região vai receber o dobro dos fundos comunitários que tem recebido até aqui. “Na negociações do próximo Quadro Financeiro e Plurianual, que entra em vigor a 1 de janeiro, tivemos a preocupação de compensar o Algarve face à crise que está a viver”, disse. Na distribuição das verbas comunitárias é tido em conta o PIB per capita de cada região face à média europeia. Quando o indicador é inferior a 75% média UE, então essa região é classificada como sendo de transição e, no Portugal 2020, por exemplo, as taxas máximas de cofinanciamento são de 85%. Nesta categoria estão o Norte, Centro, Alentejo e Açores. A seguir vêm as regiões em transição cujo PIB per capita está entre 75% e 90% da média europeia, situação onde o Algarve se encaixa com uma taxa máxima de cofinanciamento de 80%. Finalmente, Lisboa e Madeira são consideradas regiões mais desenvolvidas, já que o PIB per capita é superior a 90% da média europeia. Neste caso Lisboa tem uma taxa máxima de cofinanciamento de 50%, mas a Madeira, como é uma região ultraperiférica consegue ver esse valor subir para 85%.

Assim, será reforçado o Programa Operacional Regional com uma “dotação própria que permitirá duplicar nos próximos sete anos o acesso do Algarve a fundos comunitários”. Feitas as contas, no próximo Quadro Financeiro e Plurianual “vai-se passar dos 300 milhões para mais de 600 milhões de euros de fundos comunitários destinados ao desenvolvimento do Algarve”.

De acordo com o que o ECO tinha apurado, no próximo quadro comunitário de apoio 2021-2027, além de haver uma redução no número de programas operacionais (temáticos, os regionais mantém-se) estava em cima da mesa uma redução em torno de 14% na dotação dos PO Regionais. Mas, tal como o ministro do Planeamento avançou em entrevista ao Público, “nas próximas duas semanas”, o Executivo vai definir a “arquitetura global, o tipo de programas, objetivos que vai cobrir, e porventura traçar o quadro em termos gerais” do Portugal 2030 e pode ser nessa nova definição que se insere o reforço da dotação para o Algarve.

Além disso, continuou António Costa, porque o Governo “sabe que esta região tem desafios muito específicos”, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) o Algarve foi “eleito como destinatário de um programa especial na área do ambiente”, de forma a responder a “um dos maiores desafios estruturais que tem a ver com a eficiência energética” da região.

“Cerca de 200 milhões de euros para um investimento específico na eficiência hídrica da região do Algarve”, detalhou o primeiro-ministro, referindo que, “entre o próximo Quadro Financeiro e Plurianual e o PRR, o Algarve vai dispor de mais de 1.500 milhões de euros que acrescem ao que tem sido nos últimos anos o recurso a cerca de 300 milhões de euros de fundos comunitários“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.