39% das empresas admitem reduzir investimento em mais de metade até ao final do ano

Face aos efeitos da pandemia e apoios disponibilizados pelo Estado, 60% das empresas acreditam que as vendas vão diminuir, em média, 36% no último trimestre. Só 12% antecipam uma subida.

Face aos efeitos da pandemia e aos apoios disponibilizados pelo Estado, 39% das empresas admitem reduzir o investimento nos últimos três meses do ano, cortando em mais de metade o investimento feito na totalidade do ano passado. Esta é uma das conclusões do 8.º inquérito da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que mostra ainda que 60% das empresas acreditam que as vendas vão diminuir no último trimestre.

39% das 558 empresas contactadas pela CIP pensam diminuir o investimento que será feito nos últimos três meses do ano, cortando, em média, “mais de metade” do que investiram no ano passado, refere o estudo dos patrões, divulgado esta segunda-feira. Enquanto isso, 43% das empresas esperam manter o investimento feito no último trimestre do ano passado.

No que diz respeito a vendas, 60% das empresas acreditam que as vendas vão diminuir, em média, 36% no último trimestre, enquanto 29% antecipam que vão manter as vendas e 12% anteveem um aumento das vendas.

Mas nem tudo é mau. Comparando com o último trimestre, há menos empresas a pensar despedir trabalhadores: apenas 17% admitem cortar, em média, 25% do número de efetivos. Segundo a CIP, isto “significará um esforço das empresas em manter postos de trabalho face à quebra de vendas“. O mesmo estudo mostra que 83% das empresas preveem manter ou, mesmo, reforçar os recursos humanos. “As empresas têm feito um esforço enorme para manter os recursos humanos apesar dos efeitos da pandemia”, disse o presidente da CIP, António Saraiva.

Sobre os apoios do Estado, 77% das empresas consideram que os programas de apoio do Estado estão aquém (ou muito aquém) do necessário, sendo que 87% das empresas inquiridas recebeu financiamento bancário para fazer face às dificuldades provocadas pela pandemia.

No que toca às vendas, 72% das empresas mantiveram os prazos de pagamentos aos fornecedores, enquanto 19% tiveram de aumentar, em média, em 42 dias esses prazos. Por sua vez, 9% das entidades reduziram estes prazos em cerca de um mês.

O mesmo relatório indica ainda que, em setembro, 56% das empresas tiveram uma redução média de 38% do volume de negócios. Isto depois de 60% das empresas terem vendido apenas a clientes habituais, enquanto os novos clientes representaram, em média, 14% das vendas do nono mês do ano. 46% das empresas diminuíram, em média, 36% das encomendas em carteira (vendas no futuro).

Para o futuro, António Saraiva afirma que é preciso olhar “com um moderado otimismo”. “Desejávamos receber uma ajuda do Estado que promovesse fusões e concentrações para termos mais escala, mais apoios à tesouraria (as linhas de crédito devem ser alargadas) e maio apoio à capitalização e recapitalização (grupo de trabalho que está a funcionar no Ministério da Economia tem demorado algum tempo a lançar medidas)”.

(Notícia atualizada às 16h55 com mais informação)

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Declaração médica substitui teste negativo no regresso à escola ou emprego

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

Regresso à escola ou ao emprego dos doentes assintomáticos ou com sintomas ligeiros da Covid-19, após 10 dias de isolamento, depende apenas de uma declaração de alta clínica, diz Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde esclareceu esta segunda-feira que o regresso à escola ou ao emprego dos doentes assintomáticos ou com sintomas ligeiros da Covid-19, após 10 dias de isolamento, depende apenas de uma declaração de alta clínica.

Até agora, o regresso destes doentes à escola ou ao local de trabalho estava dependente da apresentação de um teste negativo para o SARS-CoV-2, vírus da Covid-19, mas com a atualização da norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) que reduz o período de isolamento para 10 dias, a realização de teste deixa de ser necessária.

“O médico assistente passará a declaração necessária para aquela pessoa regressar à escola ou ao emprego”, esclareceu Graça Freitas durante a habitual conferência de imprensa sobre a Covid-19 em Portugal.

Segundo a norma da DGS publicada na quarta-feira, o fim das medidas de isolamento, sem necessidade de realização de teste ao novo coronavírus, dos doentes assintomáticos ou dos que têm doença ligeira ou moderada ocorre ao fim de 10 dias, desde que, nos casos com sintomas, estejam sem usar antipiréticos durante três dias consecutivos e com “melhoria significativa dos sintomas”.

O Sindicato Independente dos Médicos alertou que a medida tem gerado dúvidas entre a população e, em particular, entre as direções das escolas, associações de pais, associações empresariais e sindicais, direções dos lares e segurança social.

Questionada sobre quais são as condições necessárias para a retoma, uma vez que o teste negativo deixa de ser um requisito, a diretora-geral explicou que o mesmo médico assistente responsável por dar alta clínica ao doente deve preencher também uma declaração que o ateste.

“A essa alta clínica corresponde o fim do isolamento em que aquela pessoa se encontrava. Volta ao seu trabalho ou volta à sua escola”, referiu.

Graça Freitas justificou também a alteração, referindo que a atualização da norma acompanha os dados mais recentes sobre a evolução da doença e a transmissibilidade do vírus, e os pareceres da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Controlo de Doenças Infecciosas.

“A conclusão a que chegamos é que a evolução clínica é mais relevante que a evolução laboratorial para determinar se um indivíduo se mantém ou não se mantém infeccioso”, afirmou, acrescentando que este critério se aplica a muitas outras doenças, incluindo a gripe.

Segundo a diretora-geral, os dados mais recentes apontam para uma capacidade reduzida de transmissão do novo coronavírus ao fim de um determinado período de tempo nos casos de doença ligeira ou assintomática, mesmo que o vírus continue a ser detetado em testes.

“Já se sabia que isso provavelmente se devia a partículas virais que ficavam no seu trato respiratório superior, mas que essas partículas virais não tinham capacidade de infetar outras pessoas”, explicou, sublinhando que isto acontece a partir do oitavo dia e até ao décimo dia.

De acordo com a mesma norma da DGS, os casos de doença grave ou crítica têm de permanecer em isolamento 20 dias desde o início de sintomas, o mesmo tempo definido para os doentes que tenham problemas de imunodepressão grave, independentemente da gravidade da doença.

A DGS sublinha ainda que no caso de profissionais de saúde ou prestadores de cuidados de elevada proximidade, de doentes que vão ser admitidos em lares ou unidades de cuidados continuados ou paliativos ou doentes que vão ser transferidos nas unidades hospitalares para áreas não dedicadas, será preciso sempre um teste negativo para que o isolamento seja considerado completo.

Portugal contabiliza mais 17 mortos e 1.949 casos de infeção com o novo coronavírus, ultrapassando esta segunda-feira os 100 mil casos desde o início da pandemia de Covid-19, indicou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o último boletim, divulgado esta segunda-feira, desde o início da pandemia, Portugal já contabilizou 101.860 casos confirmados e 2.198 óbitos.

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A Evolução Demográfica Portuguesa e o Futuro das Pensões de Reforma

  • ECO
  • 19 Outubro 2020

A Proteste Investe organiza nos dias 28 e 29 de outubro duas conferências que pretendem debater o modelo de Segurança Social, antecipando o Dia Mundial da Poupança.

Durante dois dias, a Proteste Investe irá juntar académicos, gestores, opinion makers e decisores para um debate online focado no modelo de Segurança Social, como forma de celebração antecipada do Dia Mundial da Poupança – a 31 de outubro.

Sob o ângulo “A Evolução Demográfica Portuguesa e o Futuro das Pensões de Reforma”, a primeira conferência, dia 28, será dedicada ao “Futuro do atual modelo de Segurança Social” e é constituída pela intervenção de um keynote speaker e um debate. A segunda, no dia 29, terá como tema “As soluções para o presente” e decorre em formato de debate. Ambas terão início pelas 16h30, assinalando simbolicamente a hora de encerramento da Bolsa de Lisboa, e ambas terão a moderação de António Costa, publisher do ECO.

28 de outubro, 16:30: “O futuro do atual modelo de Segurança Social”

Keynote speaker: A evolução da pirâmide etária
João Peixoto, ISEG, Universidade de Lisboa

Debate:

  • Análise da evolução da pirâmide etária
  • Olhar prospetivo sobre a sustentabilidade do atual sistema de Segurança Social
  • Debate entre visões antagónicas
  • O papel do Estado
  • A alternativa dos privados
  • Modelos híbridos
  • Estratégias de mitigação de um eventual colapso

Moderação: António Costa, publisher do ECO

Oradores:

  • João César das Neves, Professor Catedrático da Universidade Católica
  • Paulo Trigo Pereira, Professor Catedrático do ISEG/Universidade de Lisboa e Presidente do Institute of Public Policy
  • Susana Peralta, Professora da Nova School of Business and Economics
  • Francesco Franco, Nova School of Business & Economics

29 de outubro, 16:30: As soluções para o presente

Debate:

  • Como é que os cidadãos podem acautelar o esgotamento da capacidade da Segurança Social
  • Reflexos na política fiscal
  • Alternativas de investimento
  • A articulação entre os trabalhadores e as empresas

Moderação: António Costa, publisher do ECO

Oradores:

  • Pedro Mota Soares, Ex-ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social; Secretário-Geral da APRITEL
  • Valdemar Duarte, Presidente da Comissão Consultiva Fundos de Pensões, APFIPP
  • Joaquim Rodrigues da Silva, Diretor do Centro de Competências Jurídico e Financeiro da DECO PROTESTE

Inscreva-se nas duas conferências e assista aos debates.

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Sabia que foi a Renault que “inventou” o turbo na F1?

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Outubro 2020

Em 1977, no Grande Prémio da Grã-Bretanhaum, a marca francesa apresentou-se com um motor V6 de 1500c.c., com um turbo capaz de desenvolver 510cv de potência, uma grande inovação para aquela época.

Em meados dos anos 70 do século passado o panorama dos motores de Fórmula 1 estava estagnado, com as potências as rondarem os 500cv, mas uma inovação introduzida pela Renault iria levar uma evolução exponencial e, uma década depois, era possível ultrapassar os 1300cv de potência.

Os anos 70 foram de grandes descobertas na categoria máxima do desporto automóvel, mas o campo favorito dos engenheiros foram os chassis, com a utilização de novos materiais e conceitos, e da aerodinâmica, onde todos tentavam ganhar vantagem face aos seus rivais.

O desenvolvimento dos motores desde 1966 demonstrava ser lento e sem grandes novidades técnicas, procurando os construtores aumentar o número de rotações para obter mais potência, mas sem que se assistissem a grandes avanços, mantendo-se a cavalagem dos motores um pouco abaixo dos 500cv.

No entanto, na segunda metade da década tudo se alteraria de forma dramática, criando uma era em que foram dados saltos tecnológicos quânticos que alterariam para sempre a face da Fórmula 1, tendo a Renault como força motriz.

A marca francesa era uma presença assídua no automobilismo desde final dos anos sessenta, competindo na Fórmula 2 com um motor V6 e com chassis da Alpine – marca que no próximo ano ingressará na Fórmula 1.

Mas foi no mundial de resistência que uma nova tecnologia começou a emergir, com um motor V6 turbo de dois litros montado num chassis produzido pela Alpine.

A performance da máquina francesa era extraordinária e em 1978 venceria as míticas 24 Horas de Le Mans, esmagando a Porsche, que ficou em segundo lugar a cinco voltas do Alpine Renault A442 de Didier Pironi e Jean-Pierre Jaussaud.

Mas, entretanto, a Renault tinha já decidido rumar ao grande palco do automobilismo mundial – a Fórmula 1.

Em 1977 um carro em que o amarelo dominante contrastava com uma faixa preta apresentava-se em Silverstone para o Grande Prémio da Grã-Bretanha. A sua carroçaria, em letras garrafais, ostentava o nome do seu construtor – Renault, a vencedora do primeiro Grande Prémio da história –, mas era o componente aparafusado ao chassis que encerrava a grande novidade – um pequeno motor V6 de 1500c.c. com um turbo capaz de desenvolver 510cv de potência.

Desde que o regulamento tinha sido introduzido em 1966 que existia a possibilidade de construir um motor superalimentado, sendo a tecnologia mais usual para este efeito o compressor mecânico, acionado pelo próprio motor, mas o turbo era uma novidade na Fórmula 1.

Neste caso, uma turbina aproveitava a velocidade dos gases de escape para acionar o compressor, no que representa um dos primeiros avanços na recuperação de energia desperdiçada durante o ciclo de um motor de combustão interna.

A adaptação do motor turbo a um monolugar revelou-se muito mais desafiante que a um protótipo de Le Mans devido à sua menor dimensão e peso – então, um Fórmula 1 pesava 530kg contra 715 do Alpine Renault que venceu na clássica francesa – dado que exigia uma maior dissipação de calor relativamente aos propulsores atmosféricos, implicando radiadores maiores e mais pesados.

"A nova tecnologia desenvolvida pela Renault vingava na mais exigente categoria do desporto automóvel e em 1987 todos os monolugares que participaram no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 eram animados por motores turbo.”

Para além disso, o uso de um motor turbo obrigava a toda uma adaptação dos pilotos, pois nem sempre a potência passada às rodas correspondia ao que o pé direito pretendia, devido a fenómeno do atraso da resposta do motor – o conhecido “turbolag”.

O início da caminhada não foi fácil para a Renault, que assumiu o tortuoso caminho de todos aqueles que procuram a inovação, mas o tempo deu-lhe a razão que acompanha os audazes.

Depois de quase dois anos de aturado desenvolvimento, o motor V6 turbo da Renault impor-se-ia no Grande Prémio de França de 1979 através de Jean-Pierre Jabouille, tendo o seu colega de equipa, René Arnoux, terminado em terceiro.

A nova tecnologia desenvolvida pela Renault vingava na mais exigente categoria do desporto automóvel e em 1987 todos os monolugares que participaram no Campeonato do Mundo de Fórmula 1 eram animados por motores turbo.

Nesse período, a potência subiria dos 500cv até aos 1500cv em configuração de qualificação, valores impensáveis quando a Renault levou para o Grande Prémio da Grã-Bretanha de 1977 o seu RS01 munido de um pequeno motor turbocomprimido.

De 1981 em diante, a Renault era uma força na luta pelos títulos, sempre liderada em pista por Alain Prost, tendo até à proibição dos motores turbo, em 1989, os V6 turbo do construtor francês conquistado 20 triunfos, 50 pole-positions e 51 pódios.

A marca que o espírito inovativo da Renault deixara na Fórmula 1 era incomensurável, passando a tecnologia de ponta na área dos motores a ser um intenso cavalo de batalha de inúmeros construtores automóveis que se digladiavam em pista para mostrar a validade das suas soluções… e tudo começara com um difícil início de caminhada que acabou por democratizar os motores turbo, sendo hoje quase impossível encontrar um carro de estrada sem que o seu propulsor tenha um turbocompressor.

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Cidades vão receber mais dinheiro de Bruxelas a partir de 2021 para liderarem transição verde

Na abertura da Semana Verde Europeia, a comissária Elisa Ferreira revelou que as cidades podem beneficiar de um aumento da sua reserva no FEDER, dos atuais 5% no atual quadro para 8% entre 2021 e 2027

Elisa Ferreira, comissária europeia para a Coesão e Reformas, destacou as cidades europeias — Lisboa, por exemplo — como líderes da transição verde e digital, o que fará com que recebam mais fundos comunitários já a partir do próximo ano. “Tudo se encaminha para que as cidades venham a beneficiar de um aumento da sua reserva no FEDER, dos atuais 5% no atual quadro para 8% no próximo quadro, de 2021 a 2027. Nos últimos anos, as cidades europeias puderam gerir 17 mil milhões de euros dessa reserva de 5%”, disse Elisa Ferreira, revelando também que será dado “tratamento preferencial às cidades mais dinâmicas”.

Na conferência de lançamento da Semana Verde Europeia 2020, que se inicia esta segunda-feira, 19 de outubro — sob o lema Um Novo Começo para as Pessoas e a Natureza”, a comissária europeia sublinhou ainda que “é urgente mudar a forma como produzimos, como consumidos e nos deslocamos”. O evento teve lugar em Lisboa, em ano de Capital Verde Europeia, e juntou na Fundação Calouste Gulbenkian, durante todo o dia, personalidades nacionais e internacionais num debate em torno da natureza e da biodiversidade.

A Semana Verde Europeia é uma iniciativa anual da União Europeia e este ano destaca o contributo da biodiversidade para a sociedade e a economia, bem como o seu papel no apoio e na promoção da recuperação num mundo pós-pandémico.

A sessão de abertura da conferência contou com a intervenções de Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Virginijus Sinkevičius, comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, Elisa Ferreira, comissária europeia da Coesão e Reformas, e João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática.

“O tema desta Semana Verde — Como assegurar a biodiversidade — é relevante porque travar a perda de biodiversidade é uma componente fundamental do processo de transição ecológica. Urge mudar a forma como produzimos, como consumimos, como viajamos. Os jovens estão profundamente preocupados com o futuro do planeta e a sua sobrevivência”, destacou Elisa Ferreira.

A comissária lembrou que a responsabilidade é de todos e que “mesmo os mais pequenos gestos do dia-a-dia dependem de uma diversidade biológica que está em risco. Seja em casa ou na pastelaria do bairro, “o café que tomamos de manhã depende de polinizadores do outro lado do mundo”. Foi desta forma que Elisa Ferreira, comissária europeia para a Coesão e Reformas, explicou a importância da preservação da biodiversidade para a transição ecológica em curso e para a recuperação da economia num cenário de pandemia global de Covid-19. Na visão da comissária portuguesa “não haverá transição verde sem economia local”.

Sobre o “financiamento muito significativo” que Bruxelas vai dedicar ao seu compromisso de se tornar no primeiro continente neutro em carbono até 2050, a comissária frisou que quase um terço do envelope proposto no Orçamento da UE e no Plano de Recuperação e Resiliência — mais de 600 mil milhões de euros — será canalizado para os objetivos verdes. Portugal, que foi dos primeiros países apresentar o esboço do que quer fazer, vai receber mais cerca de 13 mil milhões de euros de subsídios extra, face ao quadro plurianual habitual, sublinha Elisa Ferreira.

“A forma como Portugal decidir aplicar os fundos extraordinários disponíveis, vai formatar o modo como o país se vai desenvolver na próxima década”, rematou.

Virginijus Sinkevičius, comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, sublinhou, por seu lado a nova Estratégia para a Biodiversidade da UE, lançada em maio, o que prova que “a recuperação económica e resiliência têm um papel central no plano de recuperação económica” europeia e que a Comissão apoia esta transição com financiamento.

“Como afirmou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, no seu discurso sobre o Estado da União, há algumas semanas, a natureza não pode continuar a pagar este preço”, alertou.

“A natureza é a nossa rede de segurança. Dependemos dela para nos alimentarmos, para termos ar limpo, água, para regular o clima. A Semana verde Europeia é uma tentativa de trazer a natureza de volta às nossas vidas. A biodiversidade e a natureza estão no foco da agenda europeia e por isso a UE lançou a nova Estratégia para a Biodiversidade, que será agora debatida a fundo nesta Semana Verde”, disse o responsável europeu.

Também o comissário da Lituânia destacou o papel das cidades pioneiras a nível europeu, que podem mostrar ao mundo o que é uma “cidade verde”. “É uma oportunidade para Lisboa mostrar como se faz”, disse.

Com base na nova Estratégia de Biodiversidade da União Europeia para 2030, a Semana Verde Europeia analisa a forma como as políticas europeias, nomeadamente o Pacto Ecológico Europeu, podem ajudar a proteger e a restaurar a natureza.

No contexto pós-COVID, a Estratégia de Biodiversidade visa construir a resiliência das sociedades face a ameaças futuras, como os impactos das alterações climáticas, os incêndios florestais, a insegurança alimentar ou surtos de doenças, incluindo a proteção da vida selvagem e o combate ao comércio ilegal de vida selvagem. Visa também reafirmar a determinação da UE em dar o exemplo no combate à crise global da biodiversidade.

A Semana Verde Europeia 2020 antecederá a 15ª Conferência das Partes (COP 15) da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, prevista para maio de 2021.

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Espanha regista mais de 181 mil tentativas de fraude em seguros

  • ECO Seguros
  • 19 Outubro 2020

A indústria de seguros em Espanha foi alvo de 181 310 tentativas de burla em 2019, com o ramo automóvel na frente da estatística. Sete em cada 10 fraudes foram evitadas.

A estatística de fraudes tentadas foi compilada pela associação ICEA (Investigación Cooperativa entre Entidades Aseguradoras y Fondos de Pensiones) e baseia-se em dados de 35 entidades que representam cerca de 55% do volume de negócios da indústria espanhola de seguros.

O relatório “El fraude al Seguro Español” quantifica em 636,8 milhões de euros como montante total reclamado nos golpes, sendo que o setor conseguiu travar mais de 454 milhões de euros, ou 71,4% do total de pagamentos reclamados pelas participações identificadas com tentativa de burla, detalha a portal Grupo Aseguranza, acrescentando que a crise atual permite pressagiar um incremento da fraude para os níveis observados em 2008.

O maior número de fraudes identificadas em 2019 concentrou-se no setor automóvel (64%) seguido de “Diversos e Responsabilidade Civil geral” (32,1% do total das tentativas de fraude). A distribuição dos custos pagos foi igualmente liderada pelo ramo automóvel, que desembolsou 77,1% do montante total que não se conseguiu evitar. Foi ainda no seguro automóvel (55%) que mais fraudes foram travadas, refere a fonte.

De acordo com um estudo divulgado no início de 2020 pela Línea Directa, líder espanhola no seguro direto, as fraudes com seguros no ramo automóvel em Espanha custaram 9200 milhões de euros à indústria em 10 anos. Só no ramo auto, os esquemas mafiosos para burlar seguradoras representavam 6% do total de sinistros declarados em 2017 e 2018.

De acordo com «5º Barómetro del Fraude en el Seguro de Autos y de Hogar», o número de máfias organizadas envolvidas em fraudes triplicou desde 2013, aumentando 23% no ano analisado. O documento lista casos detetados durante anos de luta antifraude, período ao longo do qual se desmontaram tentativas de fraude consideradas anedóticas.

Junto com a geografia do fenómeno e de um breve perfil etário dos indivíduos que operam fraudes, o barómetro ensaia ainda um calendário das fraudes. O mesmo relatório introduz dados de uma primeira pesquisa sobre burlas no seguro habitação.

O volume de prémios de seguro no conjunto do setor segurador espanhol alcançou 29,95 mil milhões de euros no primeiro semestre em 2020, em recuo de 11,1% face a igual período de 2019. Segundo a ICEA, esta evolução refletiu uma quebra de 26% nos prémios do ramo Vida, para 10 878 milhões de euros, enquanto o negócio não Vida contabilizou subida de 0,42%, para os 19 074 milhões de euros.

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Promessa de estímulos de Trump anima Wall Street

Presidente dos EUA acusa Nancy Pelosi de estar a bloquear um novo pacote de apoio público à economia norte-americana.

Wall Street arrancou a semana em alta, a acompanhar o otimismo que se vive nas principais praças europeias. Apesar do contínuo aumento do número de casos de Covid-19 e de sinais mistos vindos da China, a perspetiva de estímulos orçamentais nos Estados Unidos está a animar os investidores.

O industrial Dow Jones ganha 0,1% para 28.633,55 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 sobe 0,28% para 3.493,66 pontos e o tecnológico Nasdaq valoriza 0,52% para 11.732,34 pontos. Os principais índices acionistas norte-americanos estão a reagir em alta à expectativa de que uma vacina seja possível ainda este ano, enquanto Washington poderá estar prestes a fechar um novo pacote de estímulos orçamentais.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse este fim de semana que pretendia um pacote de estímulo “maior” do que o proposto pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Numa entrevista à televisão TMJ4 Milwaukee Trump acusou Pelosi de não aprovar a sua proposta — que incluirá biliões de dólares para a economia, mas o presidente recusou especificar o valor — por ser politicamente positivo não o fazer e ameaçou “intervir” se os democratas não alinharem com a proposta.

Além destas notícias, estão ainda a marcar as negociações os novos dados da economia da China. O PIB chinês continuou a tendência de retoma, com um crescimento de 4,9% entre julho e setembro, em comparação com igual período do ano passado. O ritmo de expansão económica compara com 3,2% registados no segundo trimestre, mas fica abaixo da projeção de 5,2% dos analistas da Refinitiv pelo que a reação é mista.

Em termos empresariais, a AMC Entertainment dispara 11% graças à reabertura de cinemas em Nova Iorque. A Amazon ganha 1,57%, após os analistas do Piper Sandler terem divulgado uma nota de research em que estimam que as vendas no Prime Day tenham aumentado quase 50%, enquanto a chinesa Alibaba valoriza 1,27% em Nova Iorque depois de ter assumido controlo da maior rede de supermercados na China.

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Rock ‘n’ Law abre candidaturas para a 12.ª edição. Apoio vai para os artistas e cultura

O Rock 'n' Law está de regresso e na sua 12.ª edição vai apoiar artistas e profissionais do meio. Sem a festa mas com os habituais donativos. As candidaturas encontram-se abertas até 26 de outubro.

A pandemia não foi impeditivo para que a iniciativa que junta as sociedades de advogados do país parasse. A 12.ª edição já está a ser preparada e este ano o Rock ‘n’ Law quer apoiar artistas e a cultura e todos os profissionais do meio. Sem direito a festa e concertos ao vivo, mas com os donativos habituais.

“Para a edição de 2020 vamos abraçar a causa do apoio aos artistas de artes performativas e todos os profissionais deste meio que exercem a sua atividade através da organização e apresentação de espetáculos e que, em consequência da situação de pandemia, ficaram desprotegidos”, referiu a organização nas redes sociais.

As candidaturas podem ser feitas aqui e encontram-se abertas até ao dia 26 de outubro.

Na última edição a iniciativa juntou 1.650 pessoas no Kais e angariou mais de 81 mil euros de donativo para a causa escolhida de 2019 – a Associação Nossa Senhora do Mar, no Alentejo. Este apoio serviu para apoiar a construção de uma nova sala para atividades de animação e integração sociocultural dos idosos deste centro de dia e melhorar seu conforto, segurança, bem como os serviços prestados pela Associação.

São 12 anos de Rock ‘n’ Law, mais de 700 mil euros angariados através de um evento de música e solidariedade promovido por sociedades de advogados e que move a sociedade civil e as empresas que, ano após ano, dizem sim a esta festa solidária.

Face à pandemia e com o confinamento, em março e em abril, a organização do Rock ‘n’ Law levou música a casa dos portugueses. Advogados e músicos profissionais proporcionaram momentos musicais juntos dos seguidores da iniciativa nas redes sociais. Personalidades como Francisco Proença de Carvalho, coordenador do RnL e sócio da Uría Menéndez – Proença de Carvalho, Sofia Hoffman, cantora, João Gil, músico, ou Joana Espadinha, cantora, juntaram-se à iniciativa solidária “A tocar [em casa] pela saúde de todos”, lançada face à Covid-19.

A iniciativa foi lançada nas redes sociais da organização e apoiou três causas diferentes distribuídas por quatro projetos: ajudar a alimentar, ajudar no fornecimento de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde nos hospitais e ainda ajudar na construção de um hospital de campanha.

À Advocatus, Francisco Proença de Carvalho, coordenador do RnL e sócio da Uría Menéndez-Proença de Carvalho, garantiu que a iniciativa de dar música aos portugueses surgiu à semelhança das anteriores edições do RnL.

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Bicicletas elétricas da Bolt chegam a Lisboa com desbloqueio grátis

  • ECO
  • 19 Outubro 2020

Depois das trotinetas é a vez das bicicletas elétricas da Bolt chegaram às mãos dos portugueses. Desbloquear será gratuito e cada minuto custará dez cêntimos.

A plataforma de mobilidade Bolt vai alargar a oferta em Lisboa com o lançamento de bicicletas elétricas partilhadas. Com o novo serviço, a empresa passa a disponibilizar ride-hailing para longas distâncias, bem como trotinetes e bicicletas partilhadas para curtas distâncias. “As bicicletas elétricas são uma alternativa perfeita para reduzir o congestionamento, mas para se tornarem num meio ecológico de transporte urbano viável, precisam de ser acessíveis para quem vive na cidade”, explica David Silva, responsável pela Bolt em Portugal, em comunicado.

A empresa lança este serviço em Lisboa com mais de 250 bicicletas elétricas, estando previsto o reforço do número de veículos nos próximos meses. Para as utilizarem, os clientes têm apenas de descarregar a aplicação da Bolt e escolher o ícone do serviço para desbloquear uma bicicleta digitalizando o código QR.

O preço das novas bicicletas elétricas é de 0,10 euros por minuto e não inclui taxa de desbloqueio. “O nosso modelo de negócio permite-nos oferecer o melhor preço não só em ride-hailing e trotinetes elétricas, como também no serviço de bicicletas partilhadas em Lisboa. Com este lançamento, conseguimos posicionar-nos numa só cidade como a opção mais acessível do mercado em todas as alternativas de mobilidade para chegar ao destino pretendido”, refere Silva.

Os utilizadores terão ainda acesso a um kit de ferramentas de segurança de micromobilidade, que inclui dicas e guia de procedimentos para iniciantes (por exemplo, limitar a velocidade máxima), bem como indicação de regras de trânsito locais e recomendações de segurança relacionadas com a pandemia (como o uso de desinfetante para as mãos ou luvas ao andar de bicicleta).

Lisboa é a quarta cidade onde a Bolt lança este serviço de bicicletas elétricas partilhadas. No início deste verão, a empresa lançou as suas bicicletas em Paris e mais recentemente em Barcelona e em Praga. Com este lançamento, a capital portuguesa torna-se na primeira cidade onde a Bolt disponibilizará todos serviços de mobilidade do seu portefólio.

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Cada família terá de gastar 445 euros para absorver os 200 milhões do IVAucher

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

Cada agregado terá de gastar 445 euros em restauração, alojamento e cultura, ao longo de 2021, para que se consiga chegar aos 200 milhões em devolução do IVA previstos no OE2021.

As famílias terão de gastar uma média de 445 euros em restauração, alojamento e cultura para esgotar o plafond de 200 milhões de euros do IVAucher previsto na proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), segundo a Deloitte.

A simulação realizada pela consultora assume que nos consumos dos agregados familiares dirigidos aos três setores, contemplados na medida apelidada de IVAucher, 70% são na restauração (incluindo refeições consumidas em hotéis), 20% no alojamento e 10% em atividades culturais.

Tendo em conta os 4.150.000 agregados familiares existentes em Portugal, de acordo com os últimos dados oficiais, será necessário que cada um faça compras naqueles setores na ordem dos 445 euros, ao longo de 2021, para que se consiga chegar aos 200 milhões de euros em devolução do IVA previstos no OE2021.

Em termos globais, isto significa que as famílias terão de consumir o equivalente a 1.847 milhões de euros (valor que inclui 1.647 milhões de euros na compra dos serviços e produtos e 200 milhões de euros suportados em IVA) naqueles três setores para receberem de volta a totalidade dos 200 milhões de euros em IVA e poderem descontar este valor nas compras nos mesmos setores que sejam realizadas no trimestre seguinte.

Este valor global pressupõe consumos de 1.291,9 milhões de euros em restauração; de 342 milhões de euros em alojamento; e de 175 milhões de euros em atividades culturais, e sequente crédito do IVA suportado que corresponde, pela mesma ordem para os referidos setores, a 161,9 milhões de euros; 27,6 milhões de euros; e 10,5 milhões de euros.

O IVAaucher é uma das medidas inscritas pelo Governo no OE2021 com o objetivo de incentivar o consumo junto de três dos setores mais afetados com a travagem da atividade económica imposta pela pandemia de covid-19.

Com o IVAucher os consumidores poderão acumular o valor correspondente à totalidade (100%) do IVA suportado em gastos naqueles setores durante um trimestre, e ‘descontá-lo’, no trimestre seguinte, em consumos nesses mesmos setores.

O valor que cada consumidor acumula e desconta não tem limites, segundo referiu já o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, precisou António Mendonça Mendes, sendo apurado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com base nas faturas comunicadas ao Portal das Finanças.

As estimativas do Governo indicam que com a utilização desta medida os consumidores beneficiem de descontos de cerca de 200 milhões de euros.

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Reclamações ao regulador da energia sobem 9% para 5.889 no 3.º trimestre

  • Lusa
  • 19 Outubro 2020

De acordo com a ERSE, o setor elétrico continua a ser o mais reclamado, com o fornecimento dual e o gás de petróleo liquefeito (GPL) canalizado a acompanharem a tendência de crescimento.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) recebeu 5.889 reclamações no terceiro trimestre, mais 9,25% que no mesmo período de 2019, com a maioria a visar o setor elétrico.

“No terceiro trimestre de 2020, a ERSE recebeu 5.889 reclamações, as quais 584 foram reaberturas de processos”, informou o regulador no seu Boletim de Apoio ao Consumidor de Energia relativo aos meses de julho, agosto e setembro, divulgado esta segunda-feira.

Registou-se, assim, um aumento de 9,25%, face às 5.390 reclamações registadas no terceiro trimestre de 2019, e de 7,67% relativamente às 5.437 reclamações recebidas no trimestre anterior ao período em análise.

De acordo com o regulador, o setor elétrico continua a ser o mais reclamado, com o fornecimento dual (eletricidade e gás natural) e o gás de petróleo liquefeito (GPL) canalizado a acompanharem a tendência de crescimento.

Já o setor do gás natural e subsetor dos combustíveis líquidos registaram menos reclamações.

Os temas mais reclamados pelos consumidores de eletricidade e do fornecimento dual estão relacionados com questões contratuais e de faturação, assim como questões relativas à qualidade de serviço comercial.

Também no setor do gás natural, o maior número de reclamações tem a ver com a faturação, seguindo-se problemas relacionados com a contratação do serviço.

A ERSE dá ainda conta de que, durante o terceiro trimestre, foram concluídos 5.488 processos, dos quais 2.720 tiveram origem nos livros de reclamações (físico e eletrónico).

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Webinar: A Transformação Digital e os Negócios à Distância

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Outubro 2020

Fernando Vicente, Head of Innovation, e Salvador Palha, CCO, ambos da Multicert, debatem o tema da transformação digital num webinar no próximo dia 29 de outubro, pelas 10h.

A sociedade está a convergir para uma abordagem “anything, anythime, anywhere”, o que condicionará cada vez mais o atendimento presencial e aumentará a criação de novas alternativas digitais aos negócios. Garantir a disponibilidade imediata e a modernidade dos serviços, evitando o constrangimento dos horários e das deslocações, é verdadeiramente conveniente para os utilizadores e, muito importante para o posicionamento das empresas no que diz respeito à transformação digital.

Por revelarem a dicotomia que prevalece quando se decide levar o negócio de uma empresa para o mundo digital, a Multicert convidou Fernando Vicente (Head of Innovation) e Salvador Palha (CCO) para falarem sobre a “Transformação Digital e os Negócios à Distância” no contexto atual. O tema não é novidade, mas não restam dúvidas de que a pandemia obrigou, até as empresas mais distantes desse passo, a repensar e a decidir sobre assunto.

Salvador recorda que “há 3 anos o driver da transformação digital era a geração de negócio, e que mais recentemente começou o interesse na desmaterialização de processos internos com o intuito, não só de reduzir de custos, como também de promover o posicionamento perante stakeholders”.

Salvador Palha, CCO MulticertMulticert

Fernando considera que as empresas desejam com a transformação digital alcançar “maior eficiência operacional através da maior celeridade nos processos, capacidade para medir e ajustar aspetos do serviço, o aumento de receitas pela maior disponibilidade de serviço e novos canais de venda, e por fim facilidade em escalar a sua oferta para diversas geografias”.

Estamos a caminhar para uma democratização no acesso aos serviços. O mercado, em geral, está a tornar-se cada vez mais digital, quer seja por obrigação (como é o caso da fatura eletrónica), quer seja pela necessidade de proximidade com os clientes ou para redução de custos internos. Todas as razões são válidas e justificam investimento em transformação digital por parte de qualquer empresa. Para Salvador, “as empresas que não optarem por soluções digitais num curto/médio prazo podem estar ameaçadas. Poderão sentir perda de competitividade face aos seus concorrentes, quer em custo direto, quer em rapidez de resposta.

Na maioria dos casos, a transformação digital apresenta-se como um investimento benéfico para os negócios, tendo um impacto bastante positivo, tanto na gestão de clientes como na eficiência de processos internos. Nesse sentido as empresas que apostam nesta transformação ficam satisfeitas, e acrescenta “nenhuma empresa volta atrás nas suas decisões de desmaterialização, pelo contrário, a nossa experiência indica que muitas delas começam a tentar perceber o que mais conseguem melhorar através de processos digitais”. Assim, parece existir uma ligação entre desmaterialização de processos e aumento de eficiência operacional. No processo de transformação, as empresas querem garantir a maior segurança e a melhor experiência aos seus clientes. Para esse fim, apoiam-se em soluções, como a plataforma mTrust, que ao invés de vistas como produtos necessários, tornam-se serviços para a transformação digital, onde a oferta pode ser adaptável às necessidades de cada setor de negócio.

Fernando Vicente, Head of Innovation MulticertMulticert

"É importante saber o nível de preparação da empresa para levar a cabo uma transformação, pois de certo que impactará transversalmente em toda a sua atividade ”

Fernando Vicente

Head of Innovation Multicert

A abordagem de ser a própria empresa a fazer o desenvolvimento interno de uma solução também tende a desaparecer, bem como a necessidade de ter toda a solução in-house. As empresas dos mais variados setores, que são os nossos principais clientes, procuram uma resposta rápida às suas necessidades de desmaterialização e uma solução fácil de implementar. Na Multicert, com a plataforma mTrust, muitas encontraram a solução à medida, totalmente integrada que adaptou processos críticos de negócio e apoiou-as na resposta aos desafios atuais da sociedade digital.

Conheça alguns casos de sucesso.

O setor Financeiro foi o pioneiro na desmaterialização, para os Bancos e Entidades de Crédito ao Consumo o driver foi a gestão e evolução do negócio para o mundo digital. Depois começaram a aparecer as empresas onde o principal desafio era gestão de backoffice, pois representava um elevado custo interno de processamento e muito tempo dedicado. Por exemplo, no setor do Retalho o foco foi a desmaterialização de contratos com clientes, fornecedores e gestão documental interna entre empresas. Mais recentemente, acreditamos que, também acelerado pelo fator pandemia, o setor dos Recursos Humanos, na assinatura remota de contratos, seguido dos Seguros, da Indústria, e da área da Saúde, todos tiveram de investir na desmaterialização para garantir os negócios mesmo à distância.

Atualmente, nenhum setor de negócio fica indiferente aos investimentos e evoluções do mundo digital, uma vez que são, cada vez mais, garantias de sustentabilidade no mercado. Digamos que, na transformação digital, o expectável é ter os processos desmaterializados e passíveis de serem remotos, e quando isso não acontece, é inevitável pensar se um determinado negócio está ou não adaptado às exigências sociais e económicas do contexto, e o que significará optar por canais alternativos ou tradicionais, como o presencial, em exclusivo. Através da análise mensal dos nossos atuais clientes, percebemos que as transações de utilização da plataforma mTrust aumentaram mais de 40% no último trimestre, comparativamente ao mesmo período do ano passado. Há cada vez mais clientes finais e/ou consumidores a usarem estas tecnologias e a aderirem a este tipo de soluções no seu dia-a-dia, o que dá confiança às empresas para apostarem na expansão da sua oferta de serviços pelos meios digitais.

Podemos acelerar o processo de transformação digital do seu negócio, contudo para avançar de forma fundamentada, Fernando enumera as perguntas-chave que deve responder:

  1. Qual a imagem que a empresa/organização pretende projetar para o mercado?
  2. Qual o nível de preparação para transformação digital do negócio?
  3. Quais são as principais barreiras internas e externas para a implementação dessa nova visão de negócio?

Fernando Vicente e Salvador Palha estarão disponíveis para debater estes, e outros, pontos relacionados com a Transformação Digital e os Negócios à Distância, no próximo dia 29 pelas 10h, num webinar organizado pela Multicert.

Garanta já o seu lugar no webinar “A Transformação Digital e os Negócios à Distância”.

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