Moratórias empurram 13 mil milhões de crédito até setembro de 2021

Banco de Portugal estima que há cerca de 13 mil milhões de euros de crédito que pode não ser pago por empresas e famílias até setembro de 2021, em benefício das moratórias bancárias.

É uma primeira previsão oficial daquilo que as moratórias podem estar a esconder. O Banco de Portugal estima que há cerca de 13 mil milhões de euros de prestações devidas por empresas e famílias que podem vir a não ser pagas aos bancos até ao fim das moratórias, em setembro de 2021.

“A adesão à moratória de crédito contribuiu para reduzir as necessidades de liquidez das empresas. Estima-se que até ao final do período de vigência da moratória (setembro de 2021), as prestações devidas e não pagas possam ascender a cerca de 15% do stock de empréstimos das empresas (cerca de 11 mil milhões de euros, do qual um terço relativo a prestações devidas até setembro 2020)”, refere o supervisor no Relatório da Estabilidade Financeira de dezembro publicado esta quinta-feira.

No caso dos particulares, depois de 650 milhões de euros em prestações entre março e setembro deste ano, o valor poderá ascender aos 2.000 milhões de euros até final de setembro do próximo ano, prevê o Banco de Portugal.

“Até setembro de 2021, e tendo em consideração os diferentes prazos de vigência para a moratória pública e para as moratórias privadas e a hipótese de não existirem saídas voluntárias de moratória, este montante poderá ascender a dois mil milhões de euros, com cerca de 4% deste montante a corresponder a juros não pagos”, acrescenta o Banco de Portugal.

Por causa da pandemia, os países avançaram com várias medidas de proteção da economia em função do encerramento de muitas atividades económicas. No caso das moratórias bancárias, foi permitido que empresas e famílias mais afetadas pudessem beneficiar da suspensão do pagamento das prestações de crédito até setembro do próximo ano.

Em setembro deste ano, 32% do crédito a empresas estava “protegido” pelas moratórias, enquanto 17% do crédito a particulares (habitação e consumo) também estava abrangido por esta medida.

Portugal era o terceiro país europeu com mais moratórias bancárias, e o elevado nível de crédito “em suspenso” tem motivado preocupações. Os bancos têm alertado para a necessidade de reforçar os apoios às empresas para assegurar uma “transição suave” para o período após o fim das moratórias, a fim de evitar um aumento considerável do incumprimento e malparado. Isto é algo que o Governo está a estudar.

O ministro da Economia deverá apresentar novas medidas no primeiro semestre do próximo ano, que deverão “passar por uma combinação de soluções desde converter dívida em capital até injeção de capital novo que precisa de robustecer o balanço das empresas”, segundo disse Siza Vieira numa conferência do ECO.

Apesar das preocupações, o Banco de Portugal lembra que há vários mitigantes quanto ao potencial impacto das moratórias: por exemplo, cerca de 20% do crédito das pequenas e médias empresas que está em moratória está coberto por depósitos das empresas no próprio banco que deu a moratórias, sendo um importante mitigante contra eventuais defaults; por outro lado, no momento em que os particulares pediram a moratória, mais de metade não teve quebra de rendimento, um sinal de que nem todas as famílias solicitaram uma suspensão das prestações devido a problemas financeiros.

Moratórias podem ter “efeito negativo”, avisa governador

Na conferência de imprensa de apresentação do relatório, o governador do Banco de Portugal destacou a importância das moratórias “no contexto de paragem abrupta da economia”. E considerou que ultrapassada a situação da pandemia, deve-se “adaptar o conceito à situação presente”.

Centeno disse que “não é recomendável tirar medidas antes da avaliação” da situação e numa análise que deve ter em conta “um quadro mais vasto de outras medidas de apoio à economia, rendimento e liquidez”. Mas também alertou para o perigo das as moratórias se prolongarem demasiadamente no tempo.

“As moratórias são úteis num determinado quadro, podem ter até efeitos negativos na sinalização que é necessária dar aos agentes económicos na retoma de atividades que existiam antes da crise“, explicou.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h14)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Brexit: Barnier nota “progressos” mas “obstáculos persistem”

  • Lusa
  • 17 Dezembro 2020

O negociador chefe da União Europeia para um acordo comercial pós-‘Brexit’ revela que se notam “bons progressos” nas negociações com o Reino Unido, porém "os últimos obstáculos persistem".

Michel Barnier, o negociador chefe da União Europeia (UE) para um acordo comercial pós-‘Brexit’, afirmou esta quinta-feira que estão a registar-se “bons progressos” nas negociações com o Reino Unido, mas “os últimos obstáculos persistem”.

“Bons progressos, mas os últimos obstáculos persistem. Só iremos assinar um acordo que proteja os interesses e os princípios da UE”, escreveu Michel Barnier, na sua conta oficial na rede social Twitter.

O negociador da UE esteve hoje reunido com os líderes das famílias políticas do Parlamento Europeu (PE) para lhes dar conta sobre o estado das negociações com o Reino Unido, sublinhando no mesmo ‘tweet’ que “na reta final das negociações”, “a transparência e a unidade mantêm-se tão importantes como sempre”.

Já na quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, frisou diante o Parlamento Europeu que existe “um caminho muito estreito” para um acordo comercial pós-‘Brexit’ com o Reino Unido.

“Como as coisas estão, não posso dizer-vos se haverá um acordo ou não. Mas posso dizer-vos que agora há um caminho para um acordo. O caminho pode ser muito estreito, mas está lá. E, como está lá, a nossa responsabilidade é continuar a tentar”, sublinhou Von der Leyen.

Os principais obstáculos que separam os dois parceiros são as pescas e as condições de concorrência justa, estando outro dos pontos que era até recentemente contencioso – a criação de um mecanismo para a resolução de diferendos – “largamente resolvido”, segundo as palavras proferidas por Von der Leyen na quarta-feira, no hemiciclo.

O Reino Unido abandonou a UE a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

As duas partes estão a preparar-se para o cenário de ausência de acordo (‘no deal’), e tanto a União Europeia como o Reino Unido estão a acelerar os respetivos planos de contingência.

Do lado europeu, a Comissão Europeia publicou na passada quinta-feira planos de contingência para que não sejam interrompidas a circulação rodoviária, o tráfego aéreo e as atividades de pesca, enquanto o Reino Unido confirmou este fim de semana que quatro navios da Marinha britânica estão a postos para proteger as águas de pesca do Reino Unido se não houver acordo com a UE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mário Centeno pede prudência aos bancos na distribuição de dividendos

Governador do Banco de Portugal deixa um aviso aos banqueiros: "Ninguém compreenderia que colocassem em risco as instituições que dirigem nesta fase".

O governador do Banco de Portugal deixou um recado aos bancos em relação aos dividendos. Ainda que o BCE tenha aberto a porta à distribuição de lucros aos acionistas, Mário Centeno considera que o sistema deve continuar a fazer um esforço de “preservação de capital” e manter-se como a parte da solução da crise. E avisou que os banqueiros têm uma “responsabilidade cívica” de salvaguardar a estabilidade dos bancos que dirigem.

“O sistema (…) deve fazer neste momento um esforço de preservação de capital e deve estar preparado para continuar a ser parte da solução, como aliás foi até aqui”, afirmou Mário Centeno esta quinta-feira durante a apresentação do Relatório da Estabilidade Financeira de dezembro de 2020.

O pedido aos bancos surge depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter atualizado esta semana a recomendação aos bancos em relação aos dividendos: os dividendos vão continuar restringidos até setembro de 2021, mas os bancos podem distribuir até 15% dos lucros acumulados em 2019 e 2020, num máximo até 20 pontos base do rácio CET 1.

Centeno quer prudência. E põe ênfase nas decisões que poderão vir a ser tomadas pelos responsáveis dos bancos em relação a este capítulo, dizendo que “é uma responsabilidade cívica” assegurar a estabilidade dos bancos nesta fase da crise da pandemia.

“Essa é uma responsabilidade quase que cívica que recai sob os seus dirigentes como decisores económicos que são. Da maior importância, aliás. Ninguém compreenderia que colocassem em risco as instituições que dirigem nesta fase”, sublinhou o governador do Banco de Portugal.

Centeno frisou depois que espera ver os bancos a usarem “o seu capital para absorver perdas e emprestar dinheiro à economia”. “Temos visto ao longo dos últimos meses o reconhecimento precoce de perdas associadas com a pandemia. Ainda que variando de jurisdição para jurisdição e banco para banco na mesma jurisdição, isso tem se vindo a materializar”, disse.

(Notícia atualizada às 11h50)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tutorial: como criar oportunidades de investimento em tempos de incerteza

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Dezembro 2020

Neste vídeo deixamos-lhe sete conselhos para que possa continuar a investir mesmo num ano imprevisível.

Pode pensar que a altura em que nos encontramos seja demasiado imprevisível para iniciar um novo investimento, mas se pensar a longo prazo e tiver em conta algumas regras importantes, o timing atual continua a fazer sentido.

Neste vídeo, encontra sete dicas e algumas sugestões para começar a criar já novas oportunidades de investimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp e mais sete petrolíferas mundiais unem-se na transição energética

Galp, BP, Eni, Equinor, Occidental, Repsol, Royal Dutch Shell e Total querem deixar de ser apenas petrolíferas e assumir-se cada vez mais mais como empresas líderes de energia.

Seis grandes petrolíferas – Galp, BP, Eni, Equinor, Occidental, Repsol, Royal Dutch Shell e Total – que querem assumir-se cada vez mais mais como empresas líderes de energia anunciaram o seu compromisso com seis Princípios de Transição Energética. Esta “plataforma de colaboração” foi recebida de forma positiva pelos investidores através da Climate Action 100+.

“Responder ao desafio de enfrentar as alterações climáticas exige uma colaboração sem precedentes entre as empresas de energia, os governos, investidores e outras partes interessadas. Os princípios funcionarão como uma estrutura para as ações que as empresas energéticas líderes estão a desenvolver em conjunto, bem como uma plataforma de colaboração com grupos de stakeholders mais alargados,” afirmaram os CEO das empresas participantes.

Juntas, as petrolíferas querem assim ser parte da solução e não só do problema, ajudando à concretização dos objetivos do Acordo de Paris através da redução das emissões de gases com efeito de estufa e dos sumidouros de carbono. “A partir desta colaboração, as empresas pretendem promover uma maior consistência e transparência no reporte das emissões de gases com efeito de estufa, bem como na medição das emissões que possam ocorrer em diferentes pontos da cadeia de valor”, disseram as empresas em comunicado conjunto.

Os seis Princípios, acordados e assumidos pelas oito petrolíferas são:

1. Apoio público aos objetivos do Acordo de Paris

Apoiar publicamente os objetivos do Acordo de Paris, incluindo a cooperação internacional como veículo para assegurar que estes objetivos possam ser alcançados com os menores custos globais para a economia.

2. Descarbonização da indústria

De acordo com a estratégia, ambições e objetivos individuais de cada empresa, trabalhar para reduzir as emissões das suas próprias operações e esforçarem-se por reduzir as emissões resultantes do consumo da energia, em conjunto com os seus clientes e com a sociedade. As empresas podem medir as suas contribuições com recurso à intensidade carbónica e/ou a métricas absolutas em diferentes pontos da cadeia de valor, conforme determinado pela sua abordagem.

3. Colaboração do sistema energético

Colaborar com os stakeholders, incluindo os consumidores de energia, investidores e governos para desenvolver e promover abordagens que contribuam para a redução de emissões resultantes da utilização de energia, apoiando os países em que operam a cumprirem as suas Contribuições Determinadas a Nível Nacional
(CND) para alcançarem os objetivos do Acordo de Paris.

4. Desenvolvimento de sumidouros de carbono

Continuar a apoiar e promover o desenvolvimento de sumidouros de emissões, tais como as tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e os sumidouros naturais.

5. Transparência

Divulgar informação relacionada com os riscos e oportunidades decorrentes das alterações climáticas de forma consistente com os objetivos das recomendações do Grupo de Trabalho sobre o Reporte Financeiro relacionado com o Clima (TCFD).

6. Indústria e associações setoriais

Divulgar informação sobre a sua participação nos principais fóruns e associações de indústria e o seu alinhamento com as principais posições e políticas de defesa do clima das empresas.

Inverstidores aplaudem passos das petrolíferas para a descarbonização

Adam Matthews, Presidente do Grupo de Trabalho Climate Action 100+ de Investidores Europeus para um Standard Net Zero, afirmou: “Este é um compromisso importante. Representa uma consolidação significativa dos progressos realizados na Europa e ao mesmo tempo vemos a primeira empresa de petróleo e gás norte-americana a juntar-se aos seus pares europeus. Como investidores CA100+, mantemos um diálogo extenso e detalhado com o setor do petróleo e gás e é extremamente útil termos uma posição destas empresas unificada em torno de princípios fundamentais, incluindo sobre as emissões de âmbito 3 e lobbying empresarial, entre outros.”

Por seu lado, Anne Simpson, administradora da Climate Action 100+ pela CalPERs, afirmou: “Congratulamo-nos
com os Princípios de Transição Energética que centram a atenção da indústria não apenas no que cada empresa precisa de fazer sozinha, mas também no que todas devem fazer em conjunto. Este trabalho intersectorial será vital para alcançar o objetivo de emissões líquidas zero na economia real até 2050 ou mais cedo.”

O Climate Action 100+ é uma iniciativa de investidores lançada em 2017 para assegurar que as maiores empresas emissoras de gases com efeito de estufa do mundo tomem as medidas necessárias em matéria de alterações climáticas. Até à data, mais de 500 investidores com ativos sob gestão superiores a 51 mil milhões de dólares subscreveram esta iniciativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receitas turísticas caem 70% em outubro. Só houve um milhão de hóspedes

Outubro foi mais um mês de quedas para o turismo, com as receitas a diminuírem 70%. Neste mês houve apenas um milhão de hóspedes, a maioria residente no país.

O mês de outubro foi mais um que confirmou o mau momento que o turismo está a passar devido à pandemia. As receitas continuam em queda e, no décimo mês do ano, foram de apenas 126 milhões de euros, o equivalente a uma perda de 70%, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A justificar este cenário está o número de turistas que passaram pelos alojamentos nacionais.

Em outubro de 2020, o setor do alojamento turístico registou um milhão de hóspedes e 2,3 milhões de dormidas, o equivalente a diminuições de 59,7% e 63,3%, respetivamente. Estas variações são ainda mais acentuadas do que as observadas em setembro (-53% e -53,4%, respetivamente), refere o INE.

A maioria dos turistas que passou pelos alojamentos diz respeito a residentes em Portugal — 641.900 de um milhão –, em comparação com os apenas 364.900 turistas estrangeiros. Mas ambos mostraram reduções: os nacionais caíram 24,5% e os internacionais recuaram 77,9%.

As dormidas caíram em todo o tipo de alojamento. A maior descida foi na hotelaria (-65,3%), que continuou a ser a mais procurada, à frente do alojamento local (-58,2%) e do turismo no espaço rural e de habitação (-24,6%). Por sua vez, as dormidas em hostels recuaram 67,1% em outubro.

Dormidas nos estabelecimentos turísticos nacionais em outubro

“A totalidade dos 16 principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em outubro”, refere o INE, que nota que estes representaram 91,9% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos. No que diz respeito a evoluções, as dormidas de hóspedes norte-americanos, chineses e canadianos caíram 95%, enquanto as dos irlandeses diminuíram 92,6%.

Numa análise por regiões, em outubro, “todas as regiões registaram decréscimos das dormidas”, diz o INE. Ainda assim, as menores descidas aconteceram no Alentejo (-29,4%) e no Centro (-49,3%), enquanto as maiores se observaram na Área Metropolitana de Lisboa (-76,7%), no Algarve (-63,7%) e na Região Autónoma dos Açores (-61,4%).

Este sentimento de perdas alarga-se também à estada média que, em outubro, se fixou nas 2,31 noites, diminuindo 9% face ao mesmo mês do ano passado. A estada média dos residentes aumentou 3,7% e a dos não residentes cresceu 6,5%.

Consequência de todos estes números e de todo o cenário anteriormente descrito são as receitas turísticas. Há muitos meses que estas têm vindo a cair para níveis acentuados e outubro foi mais um mês negativo para o setor. Em outubro, os proveitos registados nos estabelecimentos turísticos atingiram 126,2 milhões de euros no total, menos 67,7% do que em 2019. Já os proveitos relativos a aposento caíram 68,7% para 90,7 milhões de euros relativamente a aposento.

(Notícia atualizada às 11h44 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proteja os dados dos seus clientes e a sua reputação

  • Conteúdo Patrocinado
  • 17 Dezembro 2020

Como proteger, depois de úteis, os documentos e a informação confidencial que os seus clientes lhe confiam? Como aumentar a sua proteção, e a dos seus clientes, perante uma potencial fuga de dados?

Os escritórios de advogados, solicitadores e agentes de execução são tradicionalmente locais de armazenamento de informação confidencial e privada. É algo que está associado às exigências da atividade. No entanto, resultado de várias violações nos últimos anos, a forma como as empresas recolhem, preservam e destroem essa informação está sobre escrutínio crescente, especialmente depois da entrada em vigor do RGPD.

Proteger a sua atividade significa mais do que apenas proteger os documentos dos seus clientes. Se guarda relatórios financeiros, formulários de recursos humanos, recibos de vencimento, contratos, entre outros, o seu escritório pode correr o risco de multas, perda de negócio e risco reputacional, caso essa informação confidencial caia nas mãos erradas.

Nos locais de trabalho de advogados, solicitadores e agentes de execução encontramos inúmeros registos com informação pessoal – sejam dados confidenciais de clientes, de funcionários ou partes envolvidas em processos e ações. A sua reputação dependente da forma como esta informação é recolhida, armazenada e destruída. Num setor que depende da privacidade e da confidencialidade, a realidade é que muitas das violações ocorrem devido a erro, negligência ou ações pouco refletidas por parte de colaboradores. Na verdade, em 2019 o Ponemon Institute, no seu relatório “Cost of a Data Breach” referia que 24% das fugas de dados são causadas por erro dos funcionários. É possível que, como entidade empregadora, possa estar a fazer tudo o que pode, mas basta um funcionário colocar acidentalmente um documento confidencial na reciclagem para deitar tudo por terra. Portanto, com quase um quarto do risco com origem no seu escritório, é necessário garantir que os seus sócios, funcionários e estagiários saibam como identificar, tratar e encaminhar para destruição segura todos os suportes com informação confidencial.

Se contacta ou alguém do seu escritório contactar com estes tipos de documentos, o seu escritório pode correr risco de fuga, perda ou violação de dados: depoimentos, documentos financeiros e relatórios de crédito de clientes, cartas de procuração, autenticação e certificação de documentos, contratos, notificações, relatórios policiais, documentos bancários, relatórios financeiros do seu escritório e documentos de Recursos Humanos. Caso contacte com estes documentos, em suporte físico ou em discos rígidos, não arrisque.

 

Contrate um fornecedor certificado que lhe permite destruir, em segurança, desde pequenas quantidades a grandes armazéns cheios de documentação, à sua frente ou à frente do seu cliente.

Os serviços da Shred-it, líder mundial na destruição segura de informação confidencial, são a resposta para quem quer garantir a segurança das informações confidenciais e a proteção de dados pessoais. Com emissão de certificado de destruição e com 100% do papel destruído enviado para reciclagem.

Proteja os seus clientes. Proteja a sua atividade. Para saber mais sobre como proteger os seus documentos confidenciais, arquivos e discos rígidos, contacte a Shred-it.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa portuguesa faz testes à Covid-19 só com uma amostra de saliva

A BioJam vai lançar testes que permitem, em apenas 15 minutos, e com uma só amostra recolhida pela saliva, diagnosticar possíveis casos de Covid-19. Testes rápidos chegam "nos próximos dias".

A BioJam prepara-se para lançar testes de antigénio à Covid-19 que, a partir de uma amostra de saliva, permitem detetar em 15 minutos possíveis casos de infeção da doença. Estes testes da farmacêutica portuguesa poderão ser adquiridos em kits individuais e estarão disponíveis “nos próximos dias, ainda antes do Natal” em clínicas e laboratórios de análises clínicas.

“De uma forma mais simples e sem o desconforto associado aos convencionais testes de antigénio que utilizam as zaragatoas para recolha de amostra, o novo sistema de diagnóstico permite detetar, em apenas 15 minutos e de uma forma não invasiva, possíveis casos positivos de Covid-19“, anuncia a BioJam, em comunicado.

Assim, a partir das amostras de salivas é possível “eliminar o desconforto” associado à realização dos testes PCR ou mesmo dos testes rápidos que utilizam as zaragatoas para a recolha de amostras, “mantendo a segurança dos testes que apresentam uma especificidade de 100% e uma sensibilidade de mais de 94%”, explica Carlos Monteiro, CEO e fundador da farmacêutica portuguesa, na nota de imprensa.

Estes testes vão poder ser adquiridos em unidades isoladas, os chamados kits individuais, não obrigando a “aquisição de caixas de 20 testes que por vezes podem não ser necessárias”, revela a empresa. Intitulado “PCL COVID19 Ag Gold saliva” este dispositivo médico de diagnóstico baseia-se no “teste imunocromatográfico para a deteção qualitativa do antigénio SARS-CoV-2 na saliva humana”, acrescenta.

Este teste estará apenas disponível em clínicas e laboratórios de análises clínicas registadas na Entidade Reguladora de Saúde, por forma a que seja realizado por profissionais de saúde ou sob o acompanhamento destes. Não obstante, a BioJam espera que os testes possam ser também distribuídos nas farmácias comunitárias. Além disso, a empresa sublinha que estes testes vão integrar a lista de testes de antigénio do Infarmed, Direção-Geral da Saúde, bem como do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, uma vez que em Portugal “apenas são permitidos testes que apresentem os padrões de desempenho com valores de sensibilidade superior ou igual a 90% e de especificidade igual ou superior a 97%”, lê-se no comunicado.

Em setembro, a BioJam notificou o regulador do medicamento para distribuir os testes rápidos de antigénio NADAL Covid-19 Ag, que permitem detetar a infeção pelo novo coronavírus em 15 minutos. Estes testes são semelhantes aos PCR, já que são feitos por via de uma zaragatoa. Cerca de dois meses depois, em novembro, a farmacêutica já lançou um outro teste que permite detetar, também em 15 minutos, e por via de zaragotoa possíveis casos de Covid-19 e gripe.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Países da UE vão iniciar vacinação contra a Covid-19 a 27 de dezembro

A presidente da Comissão Europeia confirmou que a vacinação contra a Covid-19 na União Europeia vai arrancar a 27 de dezembro.

Os 27 Estados-membros da União Europeia, incluindo Portugal, planeiam começar a vacinar os cidadãos contra a Covid-19 ainda este ano, já no dia 27 de dezembro. A informação foi confirmada pela presidente da Comissão Europeia no Twitter.

“É o momento da Europa. A 27, 28 e 29 de dezembro, a vacinação vai começar na União Europeia. Vamos proteger os nossos cidadãos em conjunto”, escreveu Ursula von der Leyen.

Antes da confirmação de Bruxelas, a mesma informação tinha sido avançada pelo ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, citado pelo The Guardian.

Na Alemanha vamos começar, se a aprovação chegar como planeado, a 27 de dezembro. Os outros países na União Europeia querem poder começar — e querem começar — a 27 de dezembro“, disse o governante à entrada de uma reunião com a chanceler Angela Merkel e responsáveis da farmacêutica BioNTech.

A Comissão Europeia tem coordenado a aquisição de doses de vacina em nome dos Estados-membros. A intenção passa por distribuir as primeiras doses da vacina em simultâneo para os 27 países europeus, assim que haja aprovação de uma vacina pela Agência Europeia do Medicamento.

A 11 de dezembro, o primeiro-ministro português, António Costa, propôs no Conselho Europeu que o próprio início da vacinação aconteça em simultâneo em todos os países, de forma simbólica, para aproximar Bruxelas dos cidadãos. Uma ideia que terá merecido o acolhimento da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.

Mas a intenção de Portugal passava por arrancar a vacinação a 4 ou a 5 de janeiro de 2021, tendo em conta que a reunião do regulador europeu para a eventual aprovação da vacina da Pfizer/BioNTech estava marcada para 29 de dezembro. No entanto, este encontro foi antecipado já para dia 21 de dezembro, abrindo a porta ao início da vacinação ainda este ano.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h24 com confirmação de Bruxelas)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desempregados inscritos no IEFP caem pelo segundo mês consecutivo para 398.287

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) caiu 1,3%. É o segundo mês consecutivo com quedas em cadeia.

O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a encolher em novembro. Em causa está uma quebra de 1,3% para 398.287 indivíduos, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira. Novembro foi, assim, o segundo mês consecutivo em que o universo de desempregados diminuiu. Ainda assim, face ao período homólogo, o número de inscritos nos centros de emprego subiu mais de 30%.

“No fim do mês de novembro de 2020, estavam registados nos serviços de emprego do continente e das regiões autónomas 398.287 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (+92.326; +30,2%) e inferior face ao mês anterior (-5.267; -1,3%)“, explica o IEFP, na nota estatística publicada, esta quinta-feira.

A pandemia de coronavírus tem feito tremer o mercado de trabalho. Em março, mês em que se registaram os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e em que foram impostas, pela primeira vez, medidas restrições em resposta à crise sanitária, o número de inscritos no IEFP subiu 9,8% face ao mês anterior (e 3%, na comparação homóloga). tendo abril e maio trazido aumentos ainda mais acentuados.

Essa trajetória só foi, portanto, interrompida em junho, com o descofinamento da economia e do país, mas julho foi logo sinónimo de um novo agravamento do desemprego. Também em agosto e setembro cresceu o número de desempregados, tendo sido registado em outubro o primeiro recuo em cadeia do número de desempregados inscritos no IEFP. De acordo com os dados agora conhecidos, novembro consolidou essa tendência, com uma nova quebra.

A nível regional, em novembro, os Açores continuaram a destacar-se como única região do país onde o universo de desempregados decresceu, em termos homólogos. Em causa está uma queda de 0,5%. Em sentido inverso, o Algarve foi a região de Portugal com o aumento mais pronunciado do número de desempregados inscritos no IEFP. Foi registada nesta região uma subida de 67,6% do universo de indivíduos desempregados, face a novembro de 2019.

Já na variação em cadeia, destaque para Lisboa e Vale do Tejo, com um recuo do número de desempregados de 4,3%, seguindo-se o norte (com uma quebra de 2,4%) e o centro (com um decréscimo de 2,1%). O Algarve e as regiões autónomas são a exceção num país marcado pela diminuição do número de inscritos no IEFP. Na região algarvia, registou-se um aumento de 20,7% face a outubro; Nos Açores, uma subida de 0,2%; E na Madeira, um acréscimo de 1,8%.

Quanto à evolução do desemprego nos diversos setores de atividade, o IEFP esclarece: “A desagregação deste setor de atividade económica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de: ‘Alojamento, restauração e similares’ (+59,0%), ‘Transportes e armazenagem’ (+47,0%) e ‘Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (+43,7%). No setor ‘secundário’, destaca-se a subida nos ramos da ‘Indústria do couro e dos produtos do couro’ (+61,3%), da ‘Fabricação de veículos automóveis, componentes e outros equipamentos de transporte’ (+40,0%) e da ‘Indústria do vestuário’ (+30,4%)”.

Por outro lado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social salienta que, em novembro, subiu para 25,6% a relação entre desempregados abrangidos por medida ativas e desempregados registados. Em causa está um reforço de 3,9 pontos percentuais (p.p.) face a outubro, o que se explica sobretudo “pelo aumento da atividade formativa”. Também a taxa de cobertura de prestações de desemprego subiu 57,3%, número que compara com a taxa de 53,2% registada em novembro de 2019.

De notar, ainda assim, que, em novembro, o IEFP conseguiu captar 9.020 ofertas de emprego, menos 6,7% que no mês homólogo e menos 26,6% do que no mês anterior.

Novembro ficou marcado pelo endurecimento das restrições impostas face à crise pandémica, em muitas regiões do país, nomeadamente com a aplicação do recolher obrigatório entre as 13h00 e as 5h00, aos fins de semana. Estas medidas tiveram um impacto significativos nas contas das empresas, tendo o Governo lançado novos apoios para esse fim.

(Notícia atualizada às 11h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

António Costa testa negativo, mas fica em isolamento profilático

  • ECO
  • 17 Dezembro 2020

Emmanuel Macron apresentou sintomas da doença, tendo então feito um teste ao coronavírus, cujo resultado foi positivo. António Costa testou negativo, mas vai ficar em isolamento profilático.

Emmanuel Macron, testou positivo ao novo coronavírus, de acordo com um comunicado oficial do Eliseu, a sua residência oficial, citado pelo Le Monde (conteúdo em francês). Esteve reunido com António Costa esta quarta-feira, em Paris, que entretanto já testou negativo, mas vai ficar em “isolamento profilático preventivo”.

Depois do diagnóstico estabelecido pelos “testes RT-PCR realizados assim que surgiram os primeiros sintomas” Emmanuel Macron “irá isolar-se durante sete dias”, mas “continuará a trabalhar e a zelar pelas suas atividades à distância”, acrescenta a presidência. Ao fim desses sete dias, repetirá o teste.

Citado pelo Le Monde, o presidente do Senado referiu que, provavelmente, se terá tratado de um “caso de contacto” e que o primeiro-ministro francês, Jean Castex, está também em isolamento.

O Presidente francês esteve reunido esta quarta-feira com António Costa em Paris, cujo principal tema em cima da mesa foi a preparação da presidência portuguesa da União Europeia. O encontro aconteceu no Palácio do Eliseu, tal como mostrou António Costa no Twitter.

“Em virtude da confirmação do teste positivo do Presidente francês (…) o primeiro-ministro encontra-se em isolamento profilático preventivo até avaliação do grau de risco por parte das autoridades de saúde“, refere uma nota do Gabinete de António Costa, enviada à imprensa, acrescentando que este “não apresenta quaisquer sintomas”. Por volta das 17h10 foi conhecido o resultado do teste que António Costa foi fazer: deu negativo.

“O primeiro-ministro testou negativo para o Covid-19 no teste que efetuou hoje de manhã, já previamente agendado no âmbito da preparação para a deslocação às Forças Nacionais Destacadas (FND) na República Centro-Africana e Mali e visitas oficiais a São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau, previstas para os dias 18 a 20 de dezembro”, refere um comunicado do gabinete de António Costa. No mesmo comunicado, refere-se que o primeiro-ministro “mantém o isolamento profilático preventivo, aguardando que a autoridade de saúde defina o confinamento resultante do contacto de risco, na sequência da reunião de trabalho presencial que teve ontem com o Presidente francês Emmanuel Macron”.

“O primeiro-ministro mantém toda a atividade executiva e a agenda de trabalho não presencial, tendo já hoje presidido por videoconferência à reunião sobre o Plano Nacional de Vacinação de combate à Covid-19 e estando a presidir, também por videoconferência, à reunião de Conselho de Ministros”, acrescenta-se.

No Twitter, o primeiro-ministro publicou uma foto a realizar o teste e onde escreve: “Em virtude da confirmação do teste positivo do Presidente francês, com quem estive ontem no Palácio do Eliseu, estou em isolamento profilático preventivo até avaliação do grau de risco por parte das autoridades de saúde“.

O primeiro-ministro tinha marcada para esta sexta-feira uma visita a São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau, onde ficaria até domingo, mas entretanto essa deslocação foi cancelada, “bem como toda a agenda política que implique a sua presença física”, diz a mesma nota. Apesar disso, António Costa “mantém toda a atividade executiva e a agenda de trabalho, que realizará à distância”.

Minutos depois desta notícia, o jornal espanhol El País avança que Pedro Sánchez estará também em quarentena até 24 de dezembro, depois de ter almoçado com Emmanuel Macron esta segunda-feira. “O Presidente Sánchez fará um teste de imediato para conhecer a sua situação e decidir, com base nos resultados, a sua agenda para os próximos dias”, disse o Governo espanhol, em comunicado.

Recentemente, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, testou positivo ao novo coronavírus, encontrando-se de quarentena desde 2 de dezembro. Após esta notícia, a ministra da Saúde realizou o teste, cujo resultado foi negativo. Dentro do Governo português, o ministro do Planeamento, o secretário de Estado do Planeamento e o ministro do Ensino Superior estiveram infetados.

(Notícia atualizada às 17h15 com resultado do teste)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Valor do metro quadrado para efeitos de IMI mantém-se nos 492 euros em 2021

O valor médio de construção por metro quadrado vai manter-se nos 492 euros no próximo ano. Este é o valor de referência usado para apurar o valor patrimonial de um imóvel.

O Governo vai manter o valor do metro quadrado nos 492 euros no próximo ano, tal como fez este ano. Este valor serve de base ao cálculo do valor patrimonial dos imóveis, que por sua vez é usado para apurar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

É fixado em 492 euros valor médio de construção por metro quadrado, para efeitos do artigo 39.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, a vigorar no ano de 2021″, lê-se na portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República, assinada pelo secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.

O mesmo documento explica que o Código do IMI estabelece que “um dos elementos objetivos integrados na fórmula de cálculo do sistema de avaliação de prédios urbanos é o valor médio de construção por metro quadrado”. Este valor é fixado anualmente e é proposto pela Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos ao Estado. Cabe ao Estado, depois, decidir se aprova, ou não esta recomendação.

Este custo de 492 euros por metro quadrado — o mais alto desde 2003 — aplica-se a “todos os prédios urbanos cujas declarações modelo 1 (…) sejam entregues a partir de 1 de janeiro de 2021”.

Para 2020, o Governo tinha decidido manter este valor nos 492 euros, igual ao fixado em 2019. Mas, antes disso, este indicador manteve-se congelado nos 482,4 euros durante 10 anos (2010 a 2018), tal como mostram os dados do Portal da Habitação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.