Chegaram a estar 2,5 milhões a ver a final da Champions na TVI

A final da Liga dos Campeões em Lisboa não teve publico nas bancadas, mas contou com muitos adeptos agarrados ao ecrã. TVI atingiu uma quota de 40,8% à hora do jogo.

O final da Liga dos Campeões entre o Bayern de Munique e o Paris Saint Germain reuniu milhões de adeptos de futebol à frente dos televisores. Foi mesmo o programa mais visto da televisão portuguesa na noite de domingo, com uma audiência média de 1 milhão e 894 mil espetadores, o que correspondeu a uma quota de 40,8%.

O jogo realizado em Lisboa e sem direito a audiência no estádio devido à pandemia de Covid-19 atingiu o pico das audiência às 21h52 a reunir 2 milhões e 531 mil espetadores a assistirem à grande final da Champions, de acordo com um comunicado enviado pela TVI.

“No dia de domingo, a TVI foi o canal preferido dos portugueses com uma quota de 19,4%”, refere a empresa lidera por Nuno Santos em comunicado.

O encontro de futebol acabou por consagrar o Bayern Munique. A equipa alemã liderada por Hans-Dieter Flick, conquista a 65ª Liga dos Campeões e vai colocar nos cofres cerca de 19 milhões de euros livres de impostos.

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Ingerência prudencial será reforçada mesmo após pandemia

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2020

No primeiro artigo do ESPECIAL SEGUROS PÓS COVID agora lançado por ECOseguros, lançamos o olhar sobre o que vai perdurar nos aspetos legislativos e de relacionamento do setor com o seu Regulador.

A demora e a incerteza na recuperação económica pós-pandemia, e o seu impacto nos seguros e fundos de pensões, poderão levar o regulador do setor a ser mais interventivo para assegurar o equilíbrio entre as necessidades das companhias e os direitos dos segurados, defendem juristas, que olham com bons olhos o prolongamento das moratórias no pagamento de prémios.

Ao ECOSeguros, Pedro Malta da Silveira, sócio-fundador e managing partner da SPS Advogados, e Gonçalo Oliveira, advogado associado do mesmo escritório, defendem que a pandemia trouxe à relação entre as companhias e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) a “consolidação e aceleração da implementação de uma forma de relacionamento iminentemente digital”.

Pedro Malta da Silveira, SPS Advogados: “Está a ser uma oportunidade de implementar determinados procedimentos digitais, conectados e ágeis – nomeadamente quanto ao modo de reporte e divulgação de informação por parte das empresas de seguros”.D.R.

A necessidade de manter o distanciamento social, afirma, cria uma “uma oportunidade de implementar determinados procedimentos digitais, conectados e ágeis – nomeadamente quanto ao modo de reporte e divulgação de informação por parte das empresas de seguros”.

Os juristas entendem que se tem verificado “uma maior ingerência prudencial por parte do regulador que poderá perdurar para além da pior fase da pandemia, pois a recuperação será lenta e incerta”.

Estes constrangimentos, explicam vão obrigar a uma “maior intervenção” no sentido de assegurar a continuidade das operações, a liquidez e solvência do setor segurador e que os tomadores de seguro/segurados que foram adversamente afetados pela pandemia são apoiados.

Moratórias prolongadas

Pedro Malta da Silveira e Gonçalo Oliveira entendem que, de entre as medidas adotadas pela ASF para combater os efeitos adversos da pandemia sobre o setor, aquela que diz respeito à flexibilização do pagamento dos prémios “deveria ter um caráter mais duradouro”.

Em causa, de novo, está o facto de ser certo que “a recuperação da economia e consequente aceleração da atividade económica serão lentas, o que significa que não se trata de uma situação que se verificará apenas no curto prazo, mas sim no médio e até longo prazo”.

“Deverá a flexibilização do regime de pagamento do prémio, no sentido de as partes convencionarem um regime mais favorável ao tomador do seguro, ter um caráter mais duradouro, pelo menos até que haja uma recuperação total da economia”, dizem os advogados.

As moratórias, em vigor desde maio – apesar de algumas seguradoras se terem, em muitos casos, antecipado na sua implementação – terminam a 30 de Setembro este mês, mas a ASF diz estar pronta para as prolongar, se o Governo assim o decidir. No caso da banca, recorde-se, as moratórias nos créditos vigoram até ao final de março de 2021.

Ao EcoSeguros, fonte oficial ASF reforça que esta “é uma matéria cuja decisão é da competência do Governo”, mas que a entidade “encontra-se naturalmente preparada e disponível para observar o que venha a ser decidido e atuar em conformidade”.

Na semana passada, recorde-se o Governo admitiu prolongar a moratória.

O regulador lembra que “embora em teoria este ajustamento tenha um impacto material, as recomendações da ASF vão no sentido de se assegurar uma ponderação que resulta da análise da experiência de sinistralidade”.

ASF espera efeito neutro

Por outras palavras, prossegue a entidade liderada por Margarida Corrêa de Aguiar “espera-se um efeito neutro, pois nem as empresas de seguros terão cobrado, depois de feito o balanço, um prémio como contrapartida de um risco que não existe ou que foi reduzido em relação aos cálculos iniciais, nem os consumidores terão reduções ou devoluções de prémios atribuídos aleatoriamente, que não encontrem justificação nas taxas de sinistralidade efetivamente observadas no período que se vier a fixar após o início da declaração do estado de pandemia”.

“Esta ponderação e os resultados da mesma diferem, naturalmente, para cada empresa de seguros em função das características da sua carteira, esperando-se que as medidas tomadas não ponham em causa o equilíbrio técnico da modalidade”, avança, ao ECOseguros.

Segundo a ASF, entre 13 de maio e 30 de junho, cerca de 3,3 milhões de apólices viram prolongadas em 60 dias as suas coberturas, e houve renegociação do pagamento dos prémios em 1,3 milhões de contratos.

Fonte oficial da Fidelidade recorda que o regime excecional e temporário relativo aos contratos de seguro foi pensado “para momentos evidentemente excecionais”, mas garante que a companhia “acompanhará sempre a realidade e os impactos que esta pandemia terá na economia portuguesa”.

“Somos a terceira seguradora mais antiga do mundo, temos mais de dois séculos de história, já vivemos muitas crises, e soubemos sempre adaptarmo-nos”, prossegue, referindo que a companhia “chegou a acordo “centenas de milhares de segurados, aplicando um regime mais favorável para o pagamento dos prémios de seguro e ou reduzindo temporariamente o prémio (em resultado da redução do risco) como aconteceu por exemplo nas apólices de acidentes de trabalho”.

A mesma fonte concorda que a pandemia veio dar ‘gás’ à digitalização do sector e da relação entre companhias e clientes. “O distanciamento físico veio acelerar um processo que na Fidelidade já tínhamos em curso, muito baseado na inovação e na digitalização, e numa busca constante para encontrar as melhores formas de servir os nossos clientes”.

“É evidente que o processo de digitalização se acelerou, mas a Fidelidade estava muito bem preparada para esta nova realidade, maximizando as potencialidades do modelo omnicanal de relacionamento com os nossos clientes”, garante.

Lojas reabrem e inspeções estão de volta

Entretanto, no final da semana passada, o regulador enviou uma carta circular aos distribuidores de seguros em que afirma que “deve voltar a ser cumprido o dever de abertura dos estabelecimentos registados junto da ASF, salvo situações em que se verifique que esse espaço poderá ser um foco de contágio ou por outros motivos de saúde pública devidamente atendíveis”, entre outras disposições.

Na carta dirigida a mediadores e corretores, a ASF anuncia o da flexibilização de prazos para dar respostas ao regulador, nalguns casos, e revela que as auditorias serão retomadas em setembro. Ao ECOseguros, o regulador avança que “a capacidade de regulação e supervisão da ASF não foi afetada pela pandemia” e garante que “a resposta dos profissionais desta Autoridade ao atual contexto pandémico foi, a todos os níveis, exemplar, quer no que se refere à adaptação dos seus trabalhadores ao teletrabalho bem como, e com maior relevância, à necessidade de responder com critério e celeridade às exigências do mercado, das famílias e das empresas como forma de garantir o regular funcionamento do setor segurador num contexto de maior adversidade”.

A Autoridade admite que “os timings para a implementação de um sistema reforçado de regulação e supervisão adaptado à nova realidade foram muitíssimo exigentes” e recorda que “foram feitos diversos ajustamentos às práticas de regulação e supervisão (e, também, à infra-estrutura de trabalho associada, dado o estado de confinamento), o que sublinha a necessidade de uma supervisão atenta e suficientemente dinâmica e versátil para se ajustar às características e conjunturas da realidade económica e social e, em particular, dos mercados que a ASF supervisiona”.

A entidade espera “um efeito neutro nas atuais medidas em vigor no que toca aos impactos nos rácios de solvabilidade das empresas de seguros” e afirma que, para já, “com a melhor informação disponível, não tem evidências que sugiram movimentos de consolidação no mercado que resultem da situação atual relacionada com a Covid-19”.

No entanto, conclui, esta análise “não substitui um acompanhamento permanente da evolução da crise e do seu impacto na economia, e naturalmente sobre o setor segurador. O nível de incerteza mantém-se elevado”.

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Preço dos combustíveis sobe 3,2% em julho com fim do confinamento

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

ERSE diz que tanto o preço dos combustíveis e do GPL como as introduções a consumo de combustíveis em Portugal aumentaram, sobretudo devido ao levantamento progressivo das medidas confinamento.

Os preços médios da gasolina e do gasóleo simples em Portugal aumentaram 3,2% em julho face a junho, com a gasolina a subir pelo terceiro mês consecutivo e o gasóleo pela segunda vez este ano, informou a ERSE.

Segundo o boletim mensal do mercado de combustíveis da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “quer os PVP [preços de venda ao público] (médios) dos combustíveis rodoviários e do GPL engarrafado, quer as introduções a consumo de combustíveis em Portugal aumentaram, sobretudo, devido ao levantamento progressivo das medidas de confinamento”.

De acordo com o regulador, “julho registou o terceiro mês consecutivo de aumentos do PVP da gasolina simples 95, em 2020”, tendo encerrado “com o PVP em tendência crescente (+3,2%) face a junho”, de 1,391 euros por litro para 1,435 euros/litro, “mas ainda sem atingir os valores de março (1,451 euros/litro)”.

“A maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde aos impostos, que na gasolina representam aproximadamente 65% do total da fatura”, nota.

Já no caso do gasóleo simples, “o PVP registou a segunda subida desde o início de 2020”, passando de 1,224 euros/litro em junho para 1,263 euros/litro em julho, terminando este mês “com o PVP em tendência crescente (+3,2%), colocando-o a valores já registados no mês de abril”.

Também no gasóleo “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde aos impostos, seguida do valor da cotação internacional e frete, as quais, cumulativamente representam mais de 80% da fatura total”.

Quanto ao preço médio de venda do GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) Auto, subiu em julho “pela primeira vez neste ano, em cerca de 1,5%” – de 0,682 euros/litro em junho para 0,692 euros/litros em julho – “não atingindo ainda o valor do aumento sofrido em janeiro de 2020”.

Segundo o regulador, em todos estes combustíveis foram os hipermercados que registaram “os preços mais competitivos” (em 10% no caso da gasolina simples, em 11% no caso do gasóleo e em 15% no GPL Auto), seguidos dos low cost (menos 6%, 8% e 12%, respetivamente).

Numa análise da variação geográfica de preços a nível nacional, a ERSE conclui que, apesar de os valores serem “pouco diferenciados” (em mais de metade dos distritos a diferença de preços médios por litro de combustível não ultrapassa os cinco cêntimos”, em julho “Aveiro e Castelo Branco registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos” e “Beja e Bragança os mais caros”.

“Em julho, a diferença de valor entre o preço médio nacional e o preço médio nos distritos portugueses para a gasolina simples 95 e gasóleo simples é genericamente mais elevada nos distritos de Bragança, Beja e Lisboa, sendo nestes distritos que se continuam a verificar os combustíveis rodoviários mais caros”, refere.

De acordo com o regulador, “Aveiro, Braga, Santarém, Castelo Branco e Coimbra são os distritos com gasolinas e gasóleos mais baratos em Portugal Continental”.

Já no caso do GPL engarrafado (butano e propano), “Viana do Castelo, Vila Real e Portalegre registaram, para Portugal continental, a garrafa com o menor custo”, enquanto “Beja e Faro apresentam os mais elevados”.

“Em julho, a diferença de valor entre o preço médio nacional e o preço médio nos distritos é mais pronunciada principalmente a sul de Portugal, sendo o gás engarrafado mais caro sobretudo nos distritos de Faro, Beja, Setúbal, Lisboa e Coimbra”, nota a ERSE.

“Contrariamente os distritos mais a norte do país, como Viana do Castelo e Vila Real, apresentam os preços de GPL engarrafados mais baratos”, sendo que os distritos do interior mais próximos de Espanha, como Portalegre e Bragança, também registaram preços mais baixos, à exceção de Évora, acrescenta.

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Cinco mortos e 123 novos casos de Covid-19 em Portugal

Lisboa e Vale do Tejo volta a concentrar o maior número de novas infeções. Dos 123 novos casos registados nas últimas 24 horas, 63 foram em Lisboa (51% do total) e 43 no Norte (35%).

Portugal registou 123 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 55.720 o número de infetados desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas morreram mais cinco pessoas com a doença, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS). Lisboa e Vale do Tejo volta a concentrar o maior número de novas infeções.

Depois de o Norte ter sido esta domingo, 23 de agosto, a região com maior número de novos casos, Lisboa e Vale do Tejo voltou ao topo onde tem estado há várias semanas. Dos 123 novos casos registados nas últimas 24 horas, 63 foram em Lisboa (51% do total) e 43 no Norte (35%).

Lisboa e Vale do Tejo é, ainda assim, a região com mais casos registados até ao momento (28.816 casos de infeção e 649 mortes), seguindo-se o Norte (19.972 casos e 845 mortes), do Centro (4.669 casos e 253 mortes), do Algarve (1.034 casos e 17 mortes) e do Alentejo (887 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 202 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 140 pessoas infetadas e continua sem nenhum morto.

O tratamento no domicílio continua a ser o curso escolhido para a maioria das pessoas infetadas com o vírus. São 321 as pessoas que estão internadas (mais quatro do que no balanço anterior), das quais 38 nos cuidados intensivos (menos três face a ontem). Há ainda 34.388 contactos sob vigilância das autoridades de saúde.

Entre os casos de infeção, num total de 55.720 confirmados desde o início da pandemia, atualmente existem 13.039 que estão ativos, mais 12 do que no dia anterior. Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.801 pessoas. Já quanto ao número de recuperados, este continua a subir, situando-se nos 40.880 (mais 106 nas últimas 24 horas).

(Notícia atualizada às 13h30)

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Bruxelas avalia escândalo que envolve comissário europeu do comércio

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

Bruxelas vai avaliar detalhes do polémico jantar, na Irlanda, que violou as restrições contra a pandemia da Covid-19 por ter envolvido mais de 80 pessoas, incluindo Phil Hogan.

A Comissão Europeia vai avaliar os detalhes do polémico jantar, na Irlanda, que violou as restrições contra a pandemia da Covid-19 por ter envolvido mais de 80 pessoas, incluindo o comissário europeu para o Comércio, Phil Hogan.

“Esta é uma questão que requer uma avaliação cuidadosa do nosso lado e é uma questão na qual os detalhes contam, pelo que a presidente [da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen] solicitou ao comissário Hogan um relatório completo […], recebeu-o na noite passada e vai agora analisá-lo”, declarou a porta-voz do executivo comunitário Dana Spinant.

Questionada na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, sobre o polémico jantar organizado na passada quarta-feira à noite por uma sociedade de golfe, que juntou a elite política irlandesa, a porta-voz notou que Ursula von der Leyen “pediu mais detalhes [sobre o caso] porque os pormenores são importantes”.

“Vamos analisar o que ele [comissário Hogan] partilhou connosco antes de fazermos uma avaliação”, reforçou Dana Spinant.

A porta-voz recordou ainda que, segundo as normas comunitárias, “o mandato de um comissário europeu pode terminar devido à sua demissão ou quando ele é obrigado pela presidente a resignar”.

Em causa está um escândalo político que já levou à demissão do ministro da Agricultura irlandês, na sexta-feira, depois de ter sido divulgada a sua presença num jantar, dois dias antes, com mais de 80 pessoas, oferecido pelo clube de golfe do parlamento, que violou as restrições ligadas à Covid-19.

Dara Calleary, no cargo há apenas um mês, esteve na festa realizada num hotel, com muitas outras figuras políticas, como foi o caso do comissário europeu para o Comércio, o irlandês Phil Hogan.

No domingo, o primeiro-ministro da Irlanda anunciou iria convocar o Parlamento para discutir um jantar que violou as restrições instauradas contra a pandemia, pedindo ao comissário europeu para o Comércio, Phil Hogan, para considerar a demissão.

O primeiro-ministro e o vice-primeiro-ministro, líder do Fine Gael, partido pelo qual Phil Hogan foi deputado, disseram que “falaram com o comissário Hogan” e lhe pediram “que assumisse as suas responsabilidades”.

Eleito para o Parlamento irlandês de 1987 a 2014 e ministro do Ambiente entre 2011 e 2014, Phil Hogan admitiu ter participado no evento, garantindo no entanto que acreditava “que os organizadores e o hotel em questão […] cumpririam as recomendações governamentais” para prevenir a propagação da covid-19.

As autoridades irlandesas decidiram na passada terça-feira alargar as restrições às reuniões de pessoas para fazer face a um aumento do número de infetados com o novo coronavírus.

De acordo com as novas regras, as reuniões em espaços fechados só podem juntar um máximo de seis pessoas (até terça-feira eram 50) e em espaços abertos um máximo de 15 (eram 200), com exceção de serviços religiosos, como missas ou casamentos.

De acordo com o jornal Irish Examiner, durante o jantar, os convidados foram divididos em duas salas com menos de 50 pessoas, mas ficaram pelo menos 10 em cada mesa.

Além disso, a divisão entre as duas salas foi removida durante os discursos, segundo acrescentou o jornal Irish Times.

Em comunicado enviado um dia depois à imprensa, o primeiro-ministro irlandês considerou que o jantar não deveria ter-se realizado.

Antes, no dia 15 de agosto, a presidente da agência responsável pela promoção do turismo na Irlanda, Catherine Martin, demitiu-se depois de ser revelado que foi de férias para Itália, apesar dos apelos para que as viagens sejam feitas apenas dentro do país.

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Ordem dos Médicos pede audiência urgente com António Costa

Após uma troca de palavras ao longo do fim de semana sobre a auditoria ao lar de Reguengos de Monsaraz, os representantes dos médicos pedem uma audiência com o primeiro-ministro.

A Ordem dos Médicos quer reunir-se com o primeiro-ministro, após a entrevista em que António Costa acusa a Ordem de ter ultrapassado competências e da divulgação de um vídeo privado em que o governante chama “cobardes” a médicos. O pedido foi feito este domingo, em simultâneo com a convocação do Fórum Médico com todas as estruturas nacionais representativas dos médicos.

A Ordem dos Médicos solicitou ontem [domingo], com caráter de urgência, uma audiência ao Sr. Primeiro-Ministro“, anunciou a ordem liderada por por Miguel Guimarães, em comunicado. O encontro, que segundo a Lusa ficou marcado para esta terça-feira de manhã, terá como tema o relatório sobre o lar de Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas com Covid-19.

António Costa disse, numa entrevista ao Expresso publicada este sábado, que a Ordem dos Médicos “não tem competência legal para fazer esse estudo”, mas a entidade discorda. Aliás, diz que a análise do seu departamento jurídico é “clara e transparente” no que diz respeito às atribuições e competências que permitem à Ordem dos Médicos realizar auditorias aos cuidados clínicos prestados em unidades de saúde ou outras.

“A tentativa que é feita de colocar em causa — com razões de índole formal às quais a Ordem dos Médicos não reconhece validade — um relatório só porque o mesmo evidencia uma realidade que a alguns incómoda, deve merecer por parte dos portugueses reflexão“, aponta.

A discórdia quanto ao relatório foi agrava pela divulgação de um vídeo gravado no âmbito da entrevista ao Expresso, mas numa conversa off-the-record em que Costa chama “cobardes” aos médicos que não terão cumprido a ordem do presidente da Administração Regional de Saúde para irem ao lar em questão.

“Declarações ofensivas para todos os médicos e para os doentes que precisam de nós, sobretudo os mais vulneráveis são um mau serviço dos governantes ao país, e em nada contribuem para a necessária união num momento de pandemia. Estas afirmações, independentemente de serem proferidas de forma pública ou em privado, traduzem um estado de espírito ofensivo para os médicos e um sentimento negativo por uma classe profissional, em sentido totalmente oposto ao que os portugueses expressaram em muitos momentos ao colocar os profissionais de saúde no topo dos que mais contribuíram para o combate à pandemia e que permitiram colocar Portugal como um exemplo”, acrescenta a Ordem.

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Jogo online dispara no início da pandemia. Cresce 70% no primeiro semestre

Os apostadores portugueses viraram-se para o jogo online quando os casinos fecharam, levando o volume de apostas a crescer 70% no primeiro semestre.

O volume de apostas nos jogos de fortuna ou azar online aumentou 70% no primeiro semestre deste ano, em termos homólogos, fixando-se em 2,3 mil milhões de euros. Foi nos meses do estado de emergência, março e abril, que se verificaram os maiores aumentos nas apostas. Em junho, com a reabertura dos casinos, os números normalizaram.

“Relativamente aos jogos de fortuna ou azar, o volume de apostas atingiu 2,3 mil milhões de euros, no 1.º semestre de 2020, valor 1,7 vezes superior ao registado no período homólogo anterior“, afirma o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), num relatório divulgado esta segunda-feira sobre o impacto da pandemia nos jogos online, concretizando que “o crescimento mais expressivo ocorreu a partir de meados de março e com especial incidência no decorrer do mês de abril”.

O que explica este aumento expressivo das apostas online? “Esta evolução poderá ser explicada, parcialmente, não só pelo encerramento, a 14 de março, por força da Covid-19, de todos os casinos, (onde são explorados os jogos de fortuna ou azar de base territorial), tendo estes retomado a sua atividade a 1 de junho, mas eventualmente devida também à redução de oferta verificada nas apostas desportivas online nesse período“, explica o SRIJ.

Em comunicado, o Ministério da Economia assume que “a situação de pandemia teve impacto na atividade dos jogos e apostas online, traduzindo-se em variações significativas e atípicas no volume de apostas realizado, contrariando as tendências normais de crescimento que vinham sendo observadas em período anterior”. Apesar disso, o gabinete de Pedro Siza Vieira argumenta que esta atividade manteve “um certo equilíbrio, no contexto das alterações do próprio mercado e do comportamento dos jogadores”.

“O mercado regulado nacional dos jogos e apostas online, apesar de recente e, por isso, pouco maduro, revelou-se capaz e apto, sem sobressaltos, a resistir e a adaptar-se num período de grandes mudanças, retomando, a partir de junho de 2020, uma progressiva e gradual atividade, voltando a padrões de jogo similares aos anteriores à doença Covid-19”, acrescenta o Ministério.

No início de abril, perante notícias que já davam conta deste aumento das apostas online, o Parlamento — com os votos contra do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega — aprovou uma proposta do PAN que criava limitações “parciais ou totais de acesso às plataformas de jogo de azar online” até ao fim do estado de emergência.

Apostas desportivas descem, mas grandes competições compensaram

O mesmo relatório revela que as apostas desportivas baixaram significativamente com a suspensão da maioria das competições desportivas entre março e junho. O SRIJ assinala que, após dois meses “normais” em janeiro e fevereiro, verificou-se “a partir de março uma quebra acentuada, atingindo o seu valor mínimo em abril (7,7 milhões de euros)“.

Esta trajetória levaria a uma redução notória das apostas desportivas no primeiro semestre, mas o volume destas acabou por ficar apenas 3,6 milhões de euros aquém do valor homólogo: 239,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, em comparação com 243,4 milhões de euros no primeiro semestre de 2019.

O que explica esta diferença tão reduzida? É que a recuperação dos meses de desconfinamento foi rápida por causa da natureza das competições. “Em maio de 2020, com o retorno à atividade de algumas das competições desportivas que geram maior volume de apostas, observou-se a retoma do valor das apostas desportivas à cota, sendo esta mais marcante em junho, onde se registaram mais 28,2 milhões de euros face ao mês anterior, atingindo níveis próximos dos apurados em fevereiro de 2020″, explica o Ministério da Economia.

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Sindicatos defendem aumento “substancial” do salário mínimo em 2021

António Costa admite subir o salário mínimo em 2021, mas avisa que será um aumento inferior a 35 euros. Sindicatos pedem reforço substancial da remuneração mínima garantida.

Apesar do impacto da pandemia de coronavírus no tecido empresarial português, o primeiro-ministro admite aumentar o salário mínimo no próximo ano. Em reação, os sindicatos pedem um reforço substancial da remuneração mínima garantida. Pelo menos 35 euros, defende a UGT, em declarações à RTP. A CGTP insiste numa subida para 850 euros, no mais curto espaço de tempo.

“Desejámos que o salário mínimo possa continuar a subir. Naturalmente de acordo com aquilo que é a dinâmica económica de hoje, que é muito distinta da que existe há um ano. Seguramente não vamos poder ter um aumento com a dimensão do ano passado, mas desejamos um aumento”, afirmou António Costa este fim de semana, em entrevista ao Expresso (acesso pago).

Em janeiro de 2020, o salário mínimo subiu de 600 euros para 635 euros, tendo o Governo como meta atingir os 750 euros até ao final da legislatura, isto é, em 2023. A pandemia de coronavírus veio, contudo, complicar o cumprimento desse objetivo e o primeiro-ministro já avança que, no próximo ano, o aumento deverá ser inferior aos referidos 35 euros, face à crise que se instalou no tecido empresarial português.

A UGT discorda, contudo, desse raciocínio e apela a uma subida “pelo menos, idêntica à do ano passado”. “Vamos discutir a proposta no mês de setembro, mas tudo levaria a crer que, para 2021, nunca teríamos um aumento do salário mínimo àquele que houve este ano, ou seja, os 35 euros“, diz Carlos Silva, em declarações à RTP 3.

A CGTP, por sua vez, insiste no aumento da remuneração mínima garantida para 850 euros mensais, no mais curto espaço de tempo. “Esperamos que o Governo apresente uma proposta de aumento do salário mínimo e, para a CGTP, esse aumento deve ser substancial para garantir as condições dos trabalhadores e das suas famílias“, sublinhou Isabel Camarinha.

A evolução do salário mínimo é levada, todos os anos, a Concertação Social, mas a última palavra cabe sempre ao Executivo. Em 45 anos, só houve consenso uma única vez entre patrões, sindicatos e Executivo.

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Vai poder levantar o cartão de cidadão em mais 600 locais

  • ECO
  • 24 Agosto 2020

O cartão de cidadão vai poder ser levantado em mais locais, nomeadamente nos Espaços do Cidadão que existem em muitas freguesias.

Os portugueses vão ter mais um local para levantar o cartão de cidadão. São os mais de 600 Espaços do Cidadão que passarão a prestar este serviço, de acordo com o Governo, sendo que esta mudança pode acontecer em breve, já “nos próximos 15 dias”.

“Nós, juntamente com o Ministério da Justiça, estamos a trabalhar numa solução que vai diversificar muitíssimo o número de locais onde se pode levantar o cartão de cidadão, designadamente estamos a trabalhar no sentido de os mais de 600 e tal Espaços do Cidadão que existem nas freguesias do país poderem também ser usados para entrega de cartão de cidadão, o que vai certamente descongestionar muito esta dificuldade”, afirmou a ministra Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, em declarações à TSF esta segunda-feira.

De acordo com uma notícia da Renascença do início de julho, cerca de 40 mil pessoas pediram novo cartão de cidadão durante o período de confinamento, adiando a entrega para até cinco meses. Recorde-se, no entanto, que, na sequência da pandemia, o Executivo determinou que os cartões que caducarem a partir de 24 fevereiro continuarão válidos até 30 de outubro.

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Chega quer máximo de 12 ministros nos governos

  • Lusa
  • 24 Agosto 2020

O Chega apresentou esta segunda-feira um projeto de lei no Parlamento para alterar a orgânica do Governo, limitando o atual e futuros executivos a um máximo total de 12 ministérios.

O deputado único do Chega, André Ventura, entregou esta segunda-feira no Parlamento um projeto de lei para alterar a orgânica do Governo, limitando o atual e futuros executivos a um máximo total de 12 ministérios.

“Este último Governo, que iniciou funções em outubro de 2019, destacou-se, mesmo a nível internacional, por ser o maior da história da democracia portuguesa, contando 19 ministérios (com orçamento superior a 73 milhões de euros) e integrando 50 secretários de Estado, um número absurdo de governantes tendo em conta o contexto político português e europeu”, lê-se no documento, a que a agência Lusa teve acesso.

A nota justificativa desta iniciativa do partido populista de direita refere-se também ao contexto atual de crise devido à covid-19, criticando a forma como um executivo “tão amplo e com tantos governantes” teve de pedir um Plano de Reforma e Desenvolvimento Económico a um consultor externo [António Costa Siva].

Torna-se evidente que a desnecessária multiplicação de ministérios e secretarias de Estado não serve o interesse do Estado, mas apenas o de algumas clientelas políticas”, defende o líder demissionário e recandidato à presidência do Chega.

Para André Ventura, os ministros essenciais e suficientes serão: de Estado, da Economia e da Transição Digital; de Estado e dos Negócios Estrangeiros; de Estado e das Finanças; da Defesa Nacional; da Administração Interna; da Justiça; do Planeamento, Modernização do Estado e da Administração Pública; da Educação e Formação; do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; da Saúde; das Infraestruturas, da Habitação e da Coesão Territorial; e, finalmente, da Agricultura, do Ambiente e da Ação Climática.

Além do projeto de lei, o Chega pretende incluir esta limitação na sua proposta de revisão constitucional, cujo texto será apresentado na Assembleia da República em setembro, após as férias de verão.

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Bruxelas desbloqueia 81,4 mil milhões do SURE. Proposta para Portugal chega “em breve”

A Comissão Europeia diz que o pedido de apoio financeiro de Portugal no âmbito do SURE está em vias de avaliação. Verba servirá para financiar lay-off simplificado.

O Executivo comunitário propôs, esta segunda-feira, ao Conselho Europeu conceder, no âmbito do programa SURE, um apoio financeiro de 81,4 mil milhões de euros a 15 Estados-membros, entre os quais não se encontra Portugal. Bruxelas garante que o pedido português está “em vias de avaliação” e que será apresentada brevemente uma proposta de apoio nesse sentido.

“Portugal e a Hungria já solicitaram oficialmente apoio, estando os seus pedidos em vias de avaliação e a Comissão espera apresentar brevemente uma proposta de apoio a ambos os países“, é explicado num comunicado divulgado esta segunda-feira.

No âmbito do programa SURE, o Executivo comunitário propôs conceder um apoio apoio financeiro no valor de 81,4 mil milhões de euros a 15 países: Bélgica, Bulgária, República Checa, Grécia, Espanha, Croácia, Itália, Chipre, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Roménia.

O Conselho Europeu terá agora de dizer “sim” a estas propostas. Uma vez aprovadas, o apoio financeiro assumirá a forma de empréstimos “concedidos em condições favoráveis pela União Europeia aos Estados-Membros”.

Estes empréstimos ajudarão os Estados-membros a fazer face ao aumento súbito das suas despesas públicas destinadas a preservar o emprego. Mais concretamente, ajudarão os Estados-Membros a cobrir os custos diretamente relacionados com o financiamento dos regimes nacionais de redução do tempo de trabalho e outras medidas semelhantes que tenham adotado em resposta à pandemia de coronavírus, em especial para os trabalhadores por conta própria”, esclarece a Comissão Europeia.

No total, o SURE poderá disponibilizar até 100 mil milhões de euros aos Estados-membros, “sobrando” agora 18,6 mil milhões de euros para distribuir por outros países, nomeadamente Portugal.

De acordo com o Expresso (acesso pago), o Executivo português pediu 5,9 mil milhões a Bruxelas, tendo o requerimento formal seguido para a Comissão Europeia na segunda semana de agosto.

O apoio em causa servirá para financiar o lay-off simplificado — que abrangeu mais de 800 mil trabalhadores, nos últimos meses –, bem como as demais medidas de proteção dos postos de trabalho prevista no Programa de Estabilização Económica e Social, nomeadamente o apoio à retoma progressiva.

(Notícia atualizada às 11h56)

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Dividendos caíram 108 mil milhões durante pandemia

  • ECO
  • 24 Agosto 2020

Todas as regiões, à exceção da América do Norte, registaram quebras nos dividendos, sendo que a Europa e o Reino Unido foram as regiões mais afetadas.

A pandemia obrigou empresas e bancos a congelarem o pagamento de dividendos aos investidores. Os acionistas receberam menos 108 mil milhões de dólares (mais de 92 mil milhões de euros) entre abril e junho, o que representa uma queda de 22% face ao mesmo período do ano passado.

Aproximadamente um quarto das empresas (27%) que iam pagar dividendos no segundo trimestre cortou a remuneração a atribuir aos acionistas, sendo que metade deste grupo cancelou os dividendos por completo.

Ainda assim, foram distribuídos pelos acionistas um total de 382,2 mil milhões de dólares (acerca de 322 mil milhões de euros) no trimestre passado.

Com base nas 1.200 maiores empresas e bancos mundiais, os analistas da gestora de ativos Janus Henderson, citados pelo jornal The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês), concluíram que se tratou da maior queda trimestral do seu índice de dividendos globais desde a sua criação, no final de 2009, na sequência da crise financeira mundial.

Outra conclusão: todas as regiões, à exceção da América do Norte, registaram quebras nos dividendos. A Europa e o Reino Unido foram as regiões mais afetadas, de acordo com a análise da Janus Henderson.

“A maioria das empresas europeias paga os dividendos apenas uma vez por ano, durante o segundo trimestre. Por isso, o cancelamento do dividendo tem um impacto desproporcionalmente maior no total anual. Mas isso também significa que 2021 deverá mostrar uma recuperação na Europa”, referiu Jane Shoemake, diretora de investimentos da Janus Henderson.

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