Mais três mortes e 198 casos de Covid-19, a maioria fora da região de Lisboa

Portugal registou mais três mortes e 198 casos de Covid-19. Pela primeira vez desde maio, a maioria dos novos casos registou-se fora da região de Lisboa e Vale do Tejo.

As autoridades de saúde encontraram 198 novos casos de Covid-19 em Portugal, uma subida diária de 0,37%. Contudo, é a primeira vez desde maio que a maioria dos novos casos não se registou em Lisboa e Vale do Tejo: apenas 47,5% dos novos casos (94) foram observados na área da capital.

O número total de casos é agora de 53.981. Morreram mais três pessoas nas últimas 24 horas, elevando para 1.775 o total de mortes provocadas pelo surto no país. Há agora 39.585 pessoas dadas como recuperadas da doença.

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), há 320 pessoas internadas em enfermaria geral e 37 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos. Este último número representa os casos mais graves e que inspiram mais cuidados médicos.

Boletim epidemiológico de 15 de agosto:

Maioria dos novos casos fora de Lisboa

Sucessivamente, ao longo dos últimos meses, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem sido fustigada pela pandemia e regista dia após dia a maioria dos novos casos. Essa cadeia foi interrompida este sábado, dia em que a maioria dos novos casos não se registou na região da capital, algo que não se verificava desde 10 de maio. Dos 198 novos casos, 94 são em Lisboa e Vale do Tejo e 104 — mais de metade — foram noutras regiões do país.

Na contabilização deste sábado, Lisboa e Vale do Tejo já registou 27.888 casos e 629 óbitos. O Norte registou 19.419 casos e 839 mortes, o Centro 4.584 casos e 253 mortes, o Alentejo 812 casos e 22 mortes e o Algarve 965 casos e 17 mortes. Nas regiões autónomas, Açores contabilizou 184 casos e 15 mortes e a Madeira já teve 129 casos confirmados e nenhuma morte a lamentar.

Desde 1 de janeiro deste ano que já foram registados 467.868 casos suspeitos, mas 412.624 não se confirmaram. À meia-noite deste sábado, 1.263 pessoas aguardavam resultado laboratorial e 36.268 estavam sob vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com pessoas entretanto diagnosticadas.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h53)

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Ministério da Agricultura antecipa 112 milhões de euros do Pagamento Único

  • Lusa
  • 15 Agosto 2020

O Ministério da Agricultura anunciou o pagamento, durante agosto, dos adiantamentos das ajudas incluídas no Pagamento Único, no valor de 112 milhões de euros, a 137 mil beneficiários.

O Ministério da Agricultura anunciou este sábado o pagamento, durante o mês de agosto, dos adiantamentos das ajudas incluídas no Pagamento Único (PU2020), no valor de 112 milhões de euros, dirigido a cerca de 137 mil beneficiários.

Em comunicado, o Ministério da Agricultura refere que, de acordo com a regulamentação comunitária, será feita uma antecipação extraordinária do pagamento aos agricultores de 70 milhões de euros na medida de apoio à Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas.

Será igualmente feito um pagamento de 31 milhões de euros na medida de apoio à Produção Integrada e de 11 milhões de euros na medida de apoio à Agricultura Biológica, desde que reunidas as condições regulamentares relativas ao controlo prévio ao pagamento.

Os pagamentos em questão, esclarece o Ministério, são cofinanciados pelo FEADER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e obrigam a uma antecipação das dotações do Orçamento do Estado no valor de cerca de 25 milhões de euros.

De acordo com o comunicado, este ano, devido à pandemia, o período de candidaturas prolongou-se, de final de maio até 10 de julho, pelo que só a partir desta data puderam começar os trabalhos que habitualmente se desenvolvem entre maio e outubro.

“Foi assim possível, graças a uma extraordinária dedicação e a um enorme esforço do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), a concretização desta antecipação extraordinária”, disse a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Segundo a ministra, a antecipação pela primeira vez para agosto destas ajudas “é uma forma de reconhecimento do papel importante da Agricultura e dos agricultores portugueses que permitiram que as cadeias de produção e abastecimento em Portugal funcionassem durante todo este tempo difícil e que continuássemos, embora com constrangimentos, a crescer nas exportações”.

O adiantamento das ajudas das medidas incluídas no Pedido Único das Ajudas (PU) tem sido pago aos agricultores em outubro, nunca tendo sido processado antes deste mês desde que as atuais regras comunitárias estão em vigor.

As ajudas no âmbito do PU, em 2020, foram aumentadas em 112 milhões de euros face ao ano anterior, valor que corresponde a um aumento de 85 milhões de euros nos pagamentos diretos e 27 milhões de euros na medida de Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas.

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Líder do CDS pede demissão da ministra Ana Mendes Godinho

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu a demissão de Ana Mendes Godinho, depois de a ministra ter admitido que não leu o relatório sobre o surto de Covid-19 num lar.

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu a demissão da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, na sequência de uma entrevista que a ministra deu ao Expresso e que está a causar polémica.

“A reação da ministra da Solidariedade Social [sic.] à morte de 18 idosos em Reguengos de Monsaraz é dizer que não leu o relatório da Ordem dos Médicos e desvalorizar o impacto da pandemia nos lares”, começa por escrever Francisco Rodrigues dos Santos, numa mensagem publicada no Facebook.

Dito isto, e após tecer várias considerações sobre surtos de Covid-19 em lares de idosos em Portugal, o líder do CDS conclui: “O vírus é uma ameaça preocupante. Mas incompetência da Ministra também. A sua continuidade em funções é uma questão de saúde pública. Pedimos que se mantenha em férias e dê lugar a outro.”

O Expresso publicou este sábado uma entrevista à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na qual Ana Mendes Godinho indica que a “dimensão dos surtos nos lares não é demasiado grande”. Na mesma entrevista, a ministra admitiu não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre o surto concreto num lar em Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas, tendo pedido “que o analisassem”.

Este sábado, no rescaldo da entrevista, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, deixou um recado à ministra, garantindo ter lido os “quatro relatórios” referentes ao surto, indo ainda mais além: “É preciso ver que é preciso lê-los todos.”

(Notícia atualizada pela última vez às 14h23)

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Quantas pesquisas são feitas por dia no Google?

É o motor de busca dominante, processando mais de 90% de todas as pesquisas online feitas no mundo. Quantas serão feitas por dia? E por hora? Descubra neste "Sabia que...".

Desde os primórdios da web que o Google é um dos sites mais visitados do mundo. Com o tempo, para a generalidade dos internautas, veio a tornar-se uma janela aberta que responde em instantes a qualquer questão que possa surgir. Apresenta resultados num segundo e arquiva informação como nenhum outro repositório.

É por isso que os números do Google enchem o olho. A multinacional raramente revela o volume de pesquisas, muito menos para um determinado país, pelo que não é possível saber com exatidão quantas dessas buscas são feitas a cada dia pelos portugueses. Ainda assim, há estimativas globais que vale a pena conhecer.

Segundo as do Internet Live Stats referentes a 2019, um agregador de estatísticas sobre o mundo digital, o Google deve processar pelo menos 3,5 mil milhões de pesquisas por dia, o que representa perto de 40 mil pesquisas a cada segundo, em média.

Com o teletrabalho e a pandemia, e com a transformação digital a ganhar ainda mais tração ao nível global, este número tenderá a aumentar. A avaliar pelos dados em tempo real disponibilizados pela mesma fonte, o número de pesquisas deverá ascender a 3,8 mil milhões por dia, aproximando-se cada vez mais da fasquia das 4 mil milhões diárias.

De resto, a dominância do Google no mercado das pesquisas online é suprema e inquestionável. Segundo dados da StatCounter, um portal de estatísticas, o Google processa 92,17% das pesquisas a nível mundial, seguido muito à distância pelo Bing da Microsoft (2,78%), Yahoo (1,6%), Baidu (0,92%), Yandex (0,85%) e DuckDuckGo (0,5%).

O ECO perguntou à Google Portugal quantas pesquisas fazem os portugueses por dia no conhecido motor de busca. Fonte oficial da empresa respondeu que “a Google não divulga valores absolutos das pesquisas”.

Quanto custa fazer uma máscara? Quanto gasta cada família com as telecomunicações? Quanto cobra uma imobiliária para vender a casa? Ou qual a profissão mais bem paga do país? Durante todo o mês de agosto, e todos os dias, o ECO dá-lhe a resposta a esta e muitas outras questões num “Sabia que…”.

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Governo ainda sem acordo com Antonoaldo Neves para saída do CEO da TAP

  • ECO
  • 15 Agosto 2020

Antonoaldo Neves ainda não saiu da TAP. O gestor e o Governo ainda não fecharam um acordo, porque o gestor quer todos os salários previstos no contrato e o Executivo não está disposto a ceder.

O Governo ainda não conseguiu chegar a um acordo com Antonoaldo Neves para a saída do gestor da TAP, numa altura em que já foi escolhido o líder transitório da companhia aérea. Segundo o Expresso (acesso pago), Antonoaldo Neves exige o pagamento de todos os salários a que teria direito até ao fim do contrato (fevereiro ou março), mas o Executivo não está disposto a ceder “nem mais um cêntimo”.

O Expresso relata mesmo um efeito deste impasse nas negociações para saída de Antonoaldo Neves: a reunião do conselho de administração desta semana terá sido marcada pela presença dos “dois CEO”, um sabendo-se destituído, mas Ramiro Sequeira, o líder transitório, sem poder efetivo para gerir a empresa.

Antonoaldo Neves era CEO da TAP no momento em que, a 2 de julho, o ministro Pedro Nuno Santos anunciou em direto nas televisões a sua demissão: “No imediato, o CEO da TAP terá de ser substituído”, apontou o ministro, depois de alcançado um acordo para o reforço do Estado na empresa e para a saída de David Neeleman da estrutura acionista do grupo.

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Ministra não leu relatório sobre surto em lar. Marcelo responde: “Li vários relatórios. É preciso lê-los todos”

Mendes Godinho admitiu ao Expresso não ter lido o relatório sobre o surto num lar em Reguengos de Monsaraz. Em resposta, Marcelo avisou: "Li vários relatórios. É preciso lê-los todos".

A ministra da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, admitiu numa entrevista não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre um surto de Covid-19 num lar. Em resposta, Marcelo Rebelo de Sousa avisou que “é preciso” ler todos os relatórios.

“Eu li. Li vários relatórios. É preciso ver que é preciso lê-los todos”, atirou Marcelo Rebelo de Sousa, quando confrontado com as declarações da ministra, em declarações transmitidas pela RTP 3. Depois, acrescentou: “É evidente que todos os relatórios são importantes. São muito técnicos, mas são importantes, porque têm matérias a que chegam e são diferentes.”

O Expresso publicou uma entrevista à ministra este sábado, na qual Mendes Godinho desdramatiza a dimensão dos surtos de Covid-19 nos lares. A ministra admitiu também não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre o que ocorreu num lar em Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas, tendo pedido “que o analisassem”.

Perante isto, a partir de Alvor, Marcelo Rebelo de Sousa detalhou: “Não há um, há quatro. Um mais pequeno, que é a posição do presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz. Outro um bocadinho mais longo, que é da fundação proprietária do lar. Um bastante mais longo, que é da ARS, portanto, das autoridades de saúde. E um que é talvez o mais longo de todos, 49 páginas, salvo erro, que é o da Ordem dos Médicos, que não tem exatamente a mesma versão sobre os acontecimentos, sobretudo, mas em alguns pontos convergem”, disse.

Sobre o surto no referido lar de Reguengos de Monsaraz, o Presidente da República afirmou também que o caso “está entregue ao Ministério Público”, escusando-se a comentar esta “matéria específica”. Ainda assim, sublinhou que “o que é facto é que o Ministério Público tem ali muito material para se debruçar e para apreciar”.

Concluído, recordou: “Quem acompanhou o processo, eu acompanhei, falando com todos os presidentes de câmara, no período pior, que foi março, abril, até maio, sabe que foi uma tarefa brutal, de toda a gente, olhar para os lares, e ver qual era a resposta adequada”.

“Ninguém percebe porque é que o corredor aéreo britânico não abre”

Na mesma ocasião, o Presidente da República disse ainda não entender porque é que o Reino Unido continua a excluir Portugal da lista de países com corredor aéreo, impondo a quarentena aos viajantes oriundos do país.

“Na situação atual, ainda mais do que há uma, ou há duas, ou três, ninguém percebe porque é que o corredor aéreo britânico não abre”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa a partir de Alvor, em declarações transmitidas pela RTP 3.

Dito isto, o Chefe de Estado questionou-se: “Se não abre agora, quando é que abre? Estarmos à espera de zero casos… nenhum país vai ter zero casos. O que se assiste na Europa é, até, uma evolução oposta àquela que está neste momento de estabilização em Portugal”, afirmou.

Esta sexta-feira, as autoridades britânicas decidiram retirar França, Holanda e Malta da lista dos corredores. Portugal nunca fez parte da lista, tendo ficado de fora logo a 3 de julho. Desde então, não houve mais novidades sobre a eventual abertura de um corredor aéreo com Portugal, uma decisão do Reino Unido que penalizou significativamente o turismo, sobretudo a região do Algarve.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h54)

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Mendes Godinho garante que “dimensão dos surtos nos lares não é demasiado grande”

  • Lusa e ECO
  • 15 Agosto 2020

A ministra da Segurança Social admitiu falta de funcionários nos lares, lembrou programa para colmatar falha e considerou que dimensão de surtos “não é demasiado grande em proporção”.

A ministra da Segurança Social admitiu que faltam funcionários nos lares, lembrando que há um programa para colmatar essa falha, mas considerou que a dimensão dos surtos de Covid-19 “não é demasiado grande em termos de proporção”.

Em entrevista ao Expresso (acesso pago), a ministra Ana Mendes Godinho defendeu que não faz sentido falar de casos concretos de surtos de Covid-19 em lares e sobre a situação ocorrida em Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas, lembrando que está a decorrer um inquérito por parte do Ministério Público e que, por isso, é preciso esperar pelas conclusões.

“No caso de Reguengos, a grande dificuldade foi encontrar funcionários quando muitos ficaram doentes. É preciso aumentar a aposta nos recursos humanos do setor social. Em abril criámos um programa especial [do IEFP], inicialmente previsto por um período de três meses e que decidimos prolongar até ao fim de dezembro”, disse a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Segundo números avançados pela responsável, foram aprovadas até agora 5.800 pessoas para instituições do setor social, sendo que o objetivo é colocar cerca de 15 mil até ao final do ano.

Ministra não leu relatório da Ordem dos Médicos

Sobre o relatório que a Ordem dos Médicos lhe enviou e no qual são denunciadas situações de abandono terapêutico dos utentes do lar, a ministra revelou não ter lido o relatório, tendo pedido “que o analisassem”. Contudo, defendeu que essa é “uma valência da Saúde” e, por isso, escusou-se a comentar. Para Ana Mendes Godinho, o seu papel à frente do Ministério deve ser o de apoiar e não o de procurar culpados.

A responsável sublinhou ainda a evolução positiva da pandemia nos lares: “Tivemos 365 surtos [em abril] e temos 69 agora. Claramente, temos menos incidência. Temos 3% do total dos lares e temos 0,5% das pessoas internadas em lares que estão afetadas pela doença! A dimensão dos surtos não é demasiado grande em termos de proporção. Mas, claro, isto não significa que não devamos estar preocupados”.

Além disso, Ana Mendes Godinho lembrou que foi criada em março uma taskforce para “acompanhar as institui­ções para perceber onde são precisos mecanismos adicionais de ajuda. Os reforços financeiros já ultrapassam os 200 milhões de euros”.

Portugal contabiliza pelo menos 1.772 mortos associados à Covid-19 em 53.783 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS). A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Donos da GNB Vida “mudaram-se” para morada de Greg Lindberg depois da venda

  • ECO
  • 15 Agosto 2020

O fundo da Apax que assumiu o controlo da GNB Vida após compra ao Novo Banco "mudou-se" para a mesma morada de empresas do multimilionário condenado Greg Lindberg, avança o Público.

O fundo da Apax Partners que assumiu o controlo da GNB Vida depois da compra ao Novo Banco “mudou-se” para a mesma morada de empresas do multimilionário Greg Lindberg em Londres, depois de o negócio com o banco português ter sido aprovado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). A notícia é avançada pelo Público (acesso condicionado).

Esta informação surge dias depois de a Gama Life (antiga GNB Vida) assegurar não ter qualquer ligação ao referido magnata dos seguros, condenado este ano nos EUA por corrupção e fraude fiscal. A ASF também reiterou na semana passada que, aquando da operação, avaliou a idoneidade dos intervenientes no negócio e “não apurou qualquer ligação” entre Lindberg e o fundo que viria a comprar a GNB Vida.

Porém, segundo o Público, há ligações públicas e oficiais entre os compradores da GNB Vida ao Novo Banco e o referido gestor. A seguradora foi vendida em outubro de 2016 por 123 milhões de euros, um desconto de 68,5% face ao valor contabilístico, e o Fundo de Resolução também já assegurou que a venda da GNB Vida não foi concretizada com o referido magnata.

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Apoio à retoma atrai 1.268 empresas em 15 dias. Lay-off simplificado tinha atraído quase o triplo

  • ECO
  • 15 Agosto 2020

O regime de apoio à retoma, conhecido como "sucedâneo" do lay-off simplificado, atraiu 1.268 empresas nos primeiros 15 dias. Em período idêntico, o lay-off simplificado tinha atraído quase o triplo.

O mecanismo de apoio à retoma progressiva teve 1.268 adesões nos primeiros 15 dias de vigência. A medida foi desenhada como sucessora do regime de lay-off simplificado, mas está a suscitar menos interesse no tecido empresarial português. Por exemplo, o lay-off simplificado atraiu 3.361 empresas nas primeiras duas semanas, quase o triplo, recorda este sábado o Público (acesso condicionado).

Citando dados do Ministério do Trabalho, o jornal indica também que o número de empresas que aderiram à retoma progressiva na primeira quinzena representam um universo de 11 mil trabalhadores, aproximadamente. É também uma redução significativa dos trabalhadores abrangidos pela redução horária de trabalho prevista no mecanismo, comparativamente ao apoio anterior.

Contas feitas, na sexta-feira, o número de empresas que tinham aderido ao apoio à retoma progressiva era de apenas 1,1% do total de 115 mil empresas que chegaram a aderir ao lay-off simplificado. Este último apoio entrou em vigor numa fase de maior paralisação da economia, pouco depois da declaração do estado de emergência e praticamente em cima do pico do surto no país.

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Cascais autoriza estabelecimentos a retomarem horários normais

  • Lusa
  • 15 Agosto 2020

Os estabelecimentos comerciais no concelho de Cascais podem voltar a funcionar com os horários normais, desde que seja assinada uma carta de compromisso.

Os estabelecimentos comerciais no concelho de Cascais podem voltar a funcionar com os horários normais desde que seja solicitado o reposicionamento do horário à autarquia e assinada uma carta de compromisso para o cumprimento das regras de saúde publica.

Num despacho assinado já na madrugada deste sábado, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, decidiu “autorizar o restabelecimento dos horários anteriormente praticados pelos estabelecimentos comerciais, devidamente licenciados, com as devidas restrições”.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros decidiu atribuir aos presidentes de Câmara dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que se mantém em estado de contingência devido à pandemia de Covid-19, a permissão de alteração dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, competência que tinha sido retirada aos municípios no âmbito da pandemia de Covid-19.

Segundo o despacho, todos os estabelecimentos “devem solicitar o reposicionamento do horário, bem como o envio de carta de compromisso, onde assumem o cumprimento de todas as regras e recomendações estabelecidas de distanciamento e saúde pública, para além de todas as normas em vigor para cada um dos setores”.

No entanto, a autarquia de Cascais refere que os estabelecimentos, independentemente da sua natureza, que tenham processos administrativos no município “por via de queixas ou inspeções municipais pré-pandemia, por incumprimento de horário e/ou lei do ruído, manterão as anteriores restrições”.

Também aqueles estabelecimentos que possuírem processos administrativos no município por “via do incumprimento das normas e regras estabelecidas durante a fase de pandemia, manterão as atuais restrições”.

No documento, Carlos Carreiras manifesta acreditar “numa atitude de todos para encontrar uma vivencia equilibrada e proporcional, baseada na liberdade e responsabilidade de cada um, de modo a contribuir para interromper as cadeias de transmissão, mantendo a adoção de regras de distanciamento físico, etiqueta respiratória e utilização de máscara”.

A decisão do Conselho de Ministros permite às autarquias fazer alterações nos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, de acordo com parecer das forças de segurança e da autoridade local de saúde, deixando de vigorar a obrigatoriedade de abrirem às 10:00 e encerrarem às 20:00.

Após o anúncio do Governo, a Câmara Municipal de Cascais começou a receber contactos de empresários a questionar como é que fazem esse pedido de alteração de horário, ao que o município assegura responder com “a máxima celeridade em analisar todos esses pedidos e, em simultâneo, fazer os pedidos à autoridade de saúde e às forças de segurança do respetivo parecer”.

Os 18 municípios que integram a AML são Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

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Partidos mudaram planos das rentrées, Avante mantém-se mas com regras

  • Lusa
  • 15 Agosto 2020

As rentrées políticas não vão ser as habituais e os partidos encontraram formas de arrancar a nova sessão legislativa, à exceção do PCP, que mantém a Festa do Avante, mas com regras.

As rentrées políticas não vão ser as habituais e, devido à Covid-19, os partidos encontraram outras formas de arrancar a nova sessão legislativa, à exceção do PCP, que mantém a Festa do Avante mas com regras.

O BE cancelou o habitual Fórum Socialismo, mas fonte bloquista disse à Lusa que o partido “fará reentrées distritais nas duas primeiras semanas de setembro, de menor dimensão e com eventos sempre ao ar livre, com programas variados: um périplo por setores afetados pela crise, debates temáticos, programação de cinema”, e “sempre cumprindo todas as regras de segurança sanitária”.

De acordo com a mesma fonte, a coordenadora do BE, Catarina Martins, vai estar presente “em vários desses momentos”, por exemplo, nos distritos de Viseu, Braga, Porto e Setúbal.

Contactado pela Lusa, o PS lembra que estão agendados os congressos federativos para o fim de semana de 12 e 13 de setembro.

Por seu turno, o CDS-PP, através da secretaria-geral, indicou que o partido pretende assinalar o reinício da atividade parlamentar e política nos Açores, onde em outubro vão decorrer eleições regionais, mas remete os detalhes do evento para o final da próxima semana.

O PSD, em meados de abril e maio, anunciou que este ano não irá realizar a festa do Pontal, no Algarve, nem o Chão da Lagoa, na Madeira, devido à pandemia, justificando a decisão com “as regras do bom senso”. Também a tradicional Universidade de Verão não irá acontecer em 2020.

Questionada pela agência Lusa na sexta-feira, fonte oficial social-democrata indicou que “não está nenhum evento previsto” no âmbito da rentrée.

“Para já não está nada definido”, diz fonte do PAN, assinalando que o partido não costuma marcar a rentrée.

Pelo Chega, o presidente demissionário, André Ventura, disse que está marcado um comício no Algarve para dia 26 de setembro, data em que partido já terá novo presidente (eleito em eleições diretas em 05 de setembro e nas quais Ventura será candidato) e nova direção, escolhida na II Convenção Nacional, em 19 e 20 de setembro.

Já a Iniciativa Liberal (IL), outro partido que se estreou na Assembleia da República nesta legislatura, salienta que a “luta pelo liberalismo não para” e que em agosto “tem mantido a sua atividade com os cuidados inerentes ao momento atual, com formatos que garantam todas as condições de segurança sanitária, quer promovidas pela Comissão Executiva, quer pelos núcleos”.

“Só faz rentrée [regresso] quem faz sortie [saída]”, ou seja, só entra quem sai, aponta a IL, que indica que o presidente e deputado único, João Cotrim Figueiredo, estará em Faro na próxima semana, no fim do mês no Porto e depois nos Açores, em data a agendar.

Dos eventos que assinalam a entrada no novo ano parlamentar, e que decorrem habitualmente entre final de agosto e início de setembro, apenas o PCP decidiu manter a Festa do Avante, embora com regras diferentes devido à pandemia.

De acordo com o partido, esta festa — cuja realização está envolta em polémica e foi alvo de várias críticas — vai decorrer com cerca de 33 mil pessoas, um terço da capacidade total. Este ano será obrigatório o uso de máscara no acesso a espaços e serviços de atendimento, haverá álcool gel distribuído no recinto e existirá um maior número de eventos ao ar livre.

Além das “regras de distanciamento físico nas diversas atividades (incluindo a criação de assistentes de plateia)”, serão também criados “corredores de circulação de sentido único, separação de canais de entrada e saída e maior fluidez de acesso a transportes públicos”, assegurou o partido na sexta-feira, acrescentando que o horário da festa também vai sofrer alterações.

A 44.º edição da Festa do Avante decorrerá entre 4 e 6 de setembro, nas quintas da Atalaia e do Cabo da Marinha, na Amora (distrito de Setúbal).

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Nos destrona Altice e lidera investimento em investigação

A Nos aplicou cerca de 67 milhões de euros em inovação no ano passado. Já a Altice investiu 58,2 milhões, embora tenha mais recursos humanos a trabalhar em Investigação e Desenvolvimento (I&D).

A Nos foi a empresa que mais investiu em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal, em 2019, tirando a “coroa” à Altice, que foi líder no ano anterior. A conclusão está presente nos resultados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional 2019, divulgado pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC).

As duas empresas de telecomunicações ocupam os primeiros lugares da tabela. As despesas da Nos em I&D fixaram-se nos 67 milhões de euros no ano passado, contabilizando 193 trabalhadores na área. Já a Altice, que detém a Meo, gastou 58,2 milhões de euros, apesar de ser a empresa que conta com mais recursos humanos em I&D, 612 no total.

A finalizar o pódio encontra-se a farmacêutica Bial, que investiu 45,1 milhões de euros em I&D e emprega 145 pessoas neste departamento. Outras empresas do setor, como a Hovione (12º lugar), a Tecnimede (23º lugar) e a Hikma Farmacêutica (67º lugar), também se destacam na lista.

A banca também marca presença neste ranking, com o BCP em 5.º lugar, com despesas de cerca de 22 milhões de euros nesta área, seguido imediatamente pelo EuroBic, que investiu mais de 19 milhões, e a Caixa Geral de Depósitos em 77.º lugar, com gastos de dois milhões.

As 100 empresas e grupos com mais investimento nesta área “foram responsáveis por 47% da despesa total em I&D do setor empresarial em 2019, que atingiu 1.569 milhões de euros e representou 0,74% do PIB nacional desse ano”, adianta a DGEEC, no estudo. Já em termos de recursos humanos, estes grupos representaram quase um terço do total de pessoas afetas àquelas atividades, no setor empresarial.

De facto, no ano passado, o investimento em inovação atingiu um máximo histórico de 1,4% do PIB em 2019, com o impulso do setor privado, segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A despesa total em I&D em Portugal aumentou 8% em 2019, para os 2.987 milhões de euros, o que corresponde a 1,4% do PIB, o rácio mais elevado de sempre.

Ranking das empresas que ais investiram em inovação em 2019

Segundo fonte do Ministério da Ciência, o ranking não está completo por haver empresas que não reportaram informação ou pediram sigilo. Fonte: Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência

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