ANA com luz verde para descer taxas em 70%

  • ECO
  • 14 Agosto 2020

Com o impacto provocado pela pandemia na aviação, a ANA teria de reduzir as taxas a cobrar às companhias aéreas em 2021. Propôs ao Governo uma redução de 70%, que já foi aceite.

A ANA – Aeroportos de Portugal apresentou ao Governo uma proposta para descer em 70% e em cinco meses as taxas pagas pelas companhias aéreas e essa proposta já foi aceite pelo Executivo, avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

O parecer favorável da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) já foi recebido, assim como o das transportadoras na consulta efetuada e da Região Autónoma da Madeira. O mesmo jornal avança que a decisão já foi comunicada à própria ANA que pode agora implementar essa redução.

Devido aos efeitos provocados pelo coronavírus no setor da aviação, a ANA teria de propor uma redução das taxas para vigorar em 2021. A proposta feita ao Governo envolve a redução das taxas de aterragem e assistência em escala, reguladas pelo contrato de concessão.

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Receios económicos empurram Wall Street para as perdas

Os principais índices de Nova Iorque encerraram a última sessão da semana em terreno negativo, com os investidores à espera de sinais de uma recuperação económica.

As bolsas de Nova Iorque encerraram a última sessão da semana a desvalorizar, com os investidores à espera de sinais de uma recuperação da economia norte-americana. O índice de referência não conseguiu bater máximos de fevereiro, estando sempre lá perto, e os dados revelados esta sexta-feira mostraram que as vendas a retalho ficaram abaixo do esperado.

O índice de referência S&P 500 desvalorizou 0,04% para 3.372,06 pontos, ao fim de uma semana com os investidores à espera que batesse o recorde observado em fevereiro.

“Com o S&P 500 a não conseguir atingir os máximos de fevereiro de 2020, apesar de algumas tentativas esta semana, muitos analistas acreditam que é um claro sinal de exaustão”, diz Frank Cappelleri, diretor executivo da Instinet, citado pela CNBC (conteúdo em inglês).

A acompanhar esta tendência de perdas esteve também o tecnológico Nasdaq que caiu 0,21% para 11.019,30 pontos, com as ações do Facebook e da Amazon a caírem entre 0,3% e 0,9%. O destaque desta sessão foi o setor industrial, com o índice Dow Jones a somar 0,12% para 27.931,02 pontos.

Os dados publicados esta sexta-feira mostraram que as vendas a retalho nos Estados Unidos subiram no mês passado, mas menos do que o esperado. As estatísticas indicam ainda que esta evolução pode desacelerar ainda mais devido ao aumento do número de casos de coronavírus em todo o país e à redução do número de cheques para desempregados.

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Estado deve a órgãos que já divulgaram publicidade institucional antecipada

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

O Sindicato dos Jornalistas acusou o Governo de ainda não ter transferido pagamentos para os meios de comunicação social que já divulgaram publicidade institucional.

O Sindicato dos Jornalistas lamentou que o Governo não tenha disponibilizado os 15 milhões de euros relativos à compra antecipada de publicidade institucional, vincando que o executivo está em dívida com as empresas que já prestaram o serviço.

“Na segunda-feira completam-se quatro meses desde a conferência de imprensa em que o Governo anunciou um apoio de emergência para as empresas da comunicação social […]. A não ser que aconteça uma surpreendente transferência de última hora, vão completar-se 120 dias desde que a promessa foi feita, chegando-se, assim, a um ponto em que o adiantamento é já um atraso”, apontou, em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas (SJ).

Em causa está uma verba de 15 milhões de euros para a compra antecipada de publicidade institucional, anunciada pelo Governo, em 17 de abril, para ajudar o setor dos media a mitigar o impacto da pandemia de Covid-19.

No entanto, tendo em conta que há publicidade que já foi emitida ou divulgada, o Estado está em dívida com as empresas, lembrou o sindicato, notando que o setor dos media foi o único que ainda não recebeu qualquer apoio extraordinário desde o início da pandemia.

O SJ reiterou que a verba, “apesar de escassa, é fundamental para a sobrevivência de muitas destas empresas”, vincando que esta é particularmente urgente “num momento em que fecham jornais e rádios” e outros falham pagamentos, “como é o caso do Global Media Group, que ainda não regularizou com os colaboradores as contas do mês de junho”.

Dois meses após o anúncio do executivo, a estrutura sindical questionou o primeiro-ministro, António Costa, mas não obteve resposta. Assim, o SJ voltou a afirmar, o que disse na missiva enviada a António Costa, que “o apoio de emergência é necessário, é urgente, mas não suficiente”.

Neste sentido, impõe-se que, “além do desbloqueamento urgente dessa verba, se avance depressa para a adoção de medidas de médio e longo prazo para a comunicação social”.

A compra de publicidade institucional antecipada foi anunciada na Presidência do Conselho de Ministros pela ministra da Cultura, Graça Fonseca. “O Estado decidiu alocar uma verba de 15 milhões de euros na aquisição antecipada de espaço para publicidade institucional, através de televisão e rádio, em programas generalistas e temáticos informativos, e através de publicações periódicas de informação geral”, afirmou, na altura, a governante.

Questionada sobre quando é que a medida começa a ter impacto nas empresas de media, a ministra disse, na altura, esperar que ainda “durante este mês [abril]”. “A Lusa e RTP não estão incluídas nesta compra antecipada”, referiu, quando questionada sobre o tema.

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Marcelo promulga diploma sobre sistema nacional de gás, mas alerta para os custos

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

O Presidente da República promulgou o diploma que estabelece o funcionamento do sistema nacional de gás. Mas chamou à atenção para os custos futuros.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta sexta-feira o diploma que estabelece o funcionamento do sistema nacional de gás, mas chamou à atenção para as observações do regulador, nomeadamente quanto aos custos futuros.

“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que estabelece a organização e o funcionamento do sistema nacional de gás e o respetivo regime jurídico e procede à transposição da Diretiva 2019/692”, lê-se numa nota publicada no site da presidência.

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa chamou à atenção para as observações da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “e nomeadamente quanto aos custos futuros do sistema nacional de gás, incluindo, naturalmente, a introdução de novas componente de rendibilidade a ser comprovada”, uma matéria que defendeu carecer de ponderação “no momento de se aplicar o atual regime genérico”.

A 9 de julho, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que estabelece o funcionamento do sistema nacional de gás, criando as condições para a produção de gases renováveis, com baixo teor de carbono e para incorporação destes no sistema. O diploma cria as condições para o desenvolvimento e regulação das atividades de produção de gases de origem renovável, com baixo teor de carbono e para a incorporação destes no sistema nacional.

Adicionalmente, fica assegurada a neutralidade para os consumidores “da injeção de outros gases no sistema, através do fundo ambiental”, que é reforçado com as receitas tributárias que resultem da cessação das isenções ao imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos e ao adicionamento sobre as emissões de carbono da utilização de gás natural.

“Com este decreto-lei, o Governo dá mais um passo na direção de atingir uma economia neutra em carbono em 2050, conforme previsto no roteiro da neutralidade carbónica para 2050, ao mesmo tempo que incentiva um novo setor de atividade, cria novas oportunidades de investimento e desenvolvimento económico sustentável e responsável e cumpre o seu desígnio de assegurar uma transição justa para todos”, lê-se no documento.

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Apple vendeu mais iPhones em Portugal, Huawei teve quebra de 40%

O mercado de smartphones em Portugal recuou 15% em unidades vendidas no trimestre do pico da pandemia. A Huawei registou a maior queda, de 40%, enquanto a Apple cresceu 14%.

A sul-coreana Samsung foi a marca que mais smartphones vendeu em Portugal no segundo trimestre, enquanto a chinesa Huawei foi a que registou a maior quebra nas vendas, que afundaram 40%. Já as vendas da Apple subiram 14% no mesmo período, de acordo com dados trimestrais divulgados pela consultora IDC.

O número de unidades vendidas no mercado nacional caiu 15% em termos homólogos, para 501.978 entre abril e junho, já incluindo o impacto da pandemia e do estado de emergência na totalidade. A Samsung continuou a liderar as vendas, registando uma quota de 31,8% e 159.520 unidades vendidas, um recuo de 1,3 pontos percentuais na quota e de 19% em unidades.

Com 20,7% do mercado de smartphones, a Huawei, incluindo a submarca Honor, foi a que registou a maior quebra em unidades vendidas no no mesmo período. A empresa vendeu 104.159 smartphones, menos 40% do que no período homólogo e um recuo homólogo de 8,5 pontos percentuais em quota de mercado, segundo os mesmos dados da IDC.

Em contrapartida, a Apple cresceu e ganhou quota de mercado, com as vendas de iPhones em Portugal a alcançarem as 75.673 unidades entre abril e junho, mais 14% do que em 2019. A quota da empresa é agora de 15,1%, uma subida de 3,9 pontos percentuais em relação ao ano passado.

As maiores subidas, contudo, foram protagonizadas pela TCL (Alcatel) e pela Xiaomi. No caso da primeira, as vendas mais que duplicaram no trimestre, alcançando as 59.239 unidades e uma quota de 11,8%, cada vez mais próxima da quota da Apple. Já a Xiaomi viu as vendas subirem 93% no trimestre, para 44.333 telemóveis vendidos no país, uma quota de 8,8% que compara com os 3,9% que tinha há um ano.

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Economia do Brasil recua quase 11% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

Economia brasileira recuou 11% no segundo trimestre do ano. Se a retração económica indicada se confirmar, o Brasil entrará em recessão técnica porque registará dois trimestres negativos consecutivos.

A economia brasileira recuou 10,94% no segundo trimestre do ano de acordo com o Índice de Atividade Económica, divulgado esta sexta-feira Banco Central do país.

O indicador é considerado uma previsão mensal do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), que o Governo brasileiro vai divulgar oficialmente em 01 de setembro, e reflete o forte impacto económico da crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela doença e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,2 milhões de casos e 105.463 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

Se a retração económica indicada se confirmar, o Brasil entrará em recessão técnica porque registará dois trimestres negativos consecutivos. De janeiro a março o PIB do país caiu 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pelas estatísticas oficiais do Governo brasileiro.

O Banco Central também informou que a atividade económica acumula queda de 6,28% nos primeiros seis meses de 2020.

No entanto, o indicador mostrou crescimento de 4,89% em junho face a maio, resultado que coincide com o início da flexibilização das medidas de distanciamento social impostas desde março pelos estados e municípios brasileiros.

Na comparação com junho de 2019, a atividade económica na maior economia da América do Sul recuou 7,05%.

Segundo analistas consultados pelo Banco Central, a economia do país fechará 2020 com queda de 5,6%, embora organismos internacionais, como Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), estimem que essa retração ficará entre 8% e 9% do PIB. Já o Governo brasileiro espera uma contração de 4,7% do PIB, em 2020.

O resultado negativo será sentido com grande intensidade já que o país ainda recupera de uma grave recessão entre 2015 e 2016, período em que a economia encolheu sete pontos percentuais.

O PIB brasileiro cresceu apenas 1,1% no ano passado, taxa insuficiente após a expansão de 1,3% registada nos anos de 2017 e 2018.

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Fortnite excluído das principais lojas de aplicações. Epic Games processa Apple e Google

Epic Games, criadora do Fortnite, vai processar a Google e a Apple, depois de estas empresas terem excluído o jogo das principais lojas de aplicações.

A Apple e a Google removerem o popular jogo Fortnite das duas principais lojas de aplicações, depois de a Epic Games, criadora do jogo, ter lançado um novo modelo de pagamento. A novidade incentivava os jogadores a fazerem compras diretamente à empresa, de forma a contornar as taxas cobradas pelas duas gigantes.

“A Epic Games tomou a infeliz medida de violar as diretrizes da App Store que são aplicadas igualmente a todos os criadores e concebidas para manter a loja segura para os nossos utilizadores”, disse fonte oficial da Apple à CNN. “Como resultado, a aplicação Fortnite foi removida da loja”, acrescentou.

A Google também removeu o Fortnite da Play Store, embora o jogo ainda possa ser instalado a partir de outras fontes em dispositivos Android. Os utilizadores que já instalaram Fortnite no iOS ou Android ainda poderão jogar, mas não recebem atualizações da aplicação.

“O ecossistema aberto Android permite aos programadores distribuir aplicações através de múltiplas lojas de aplicações”, disse fonte oficial Google. “Para os criadores de jogos que optam por utilizar a Play Store, temos políticas consistentes que são justas para os criadores e mantêm a loja segura para os utilizadores. Embora o Fortnite continue disponível no Android, já não a podemos disponibilizar no Play porque viola as nossas políticas”, explicou a mesma fonte.

Ora, a empresa responsável pelo jogo já avançou que vai processar as gigantes tecnológicas por práticas anticoncorrenciais, de acordo com a mesma estação. Para a Epic Games, a exclusão do Fortnite é “mais um exemplo” dos abusos de posição dominante destas empresas.

A Google e a Apple têm estado sob escrutínio devido às políticas adotadas, respetivamente, na Play Store e na App Store. As duas empresas cobram taxas de dois dígitos pelas transações efetuadas em aplicações disponibilizadas nestas plataformas.

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Maioria dos partidos admite comissão de inquérito ao Novo Banco

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

A maioria das bancadas parlamentares admite a criação de uma comissão de inquérito aos negócios do Novo Banco mas aguarda conhecer os resultados da auditoria.

A maioria das bancadas parlamentares admite a criação de uma comissão de inquérito aos negócios do Novo Banco mas aguarda conhecer os resultados da auditoria, enquanto o Chega já deu entrada de uma proposta que visa investigar também os financiamentos eleitorais.

A iniciativa de André Ventura, que deu quarta-feira entrada no Parlamento, visa “averiguar sobre o financiamento ilícito de todas as campanhas eleitorais onde eventualmente surjam ligações ao BES/GES, bem como escrutinar e avaliar as operações de alienação de ativos desenvolvidas pelo Novo Banco e as linhas de crédito concedidas, assim como a idoneidade dos seus destinatários e contrapartes negociais”.

“Esta CPI é inevitável, dado o conjunto de operações do NB, no mínimo suspeitas, que têm vindo a público. Esperamos o apoio do BE, do CDS, da IL, do PAN e, sobretudo, do PSD, que já veio a público dizer que uma comissão deste género seria provavelmente inevitável. Este é o momento para o demonstrar”, disse Ventura.

Contactado pela Lusa, o vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia afirmou que “o PS não exclui uma possível comissão de inquérito, mas só tomará alguma decisão depois de analisar o relatório da auditoria especial que chegará ao parlamento e ao Governo dentro de dias”.

O líder do maior partido da oposição, PSD, já declarou, em 28 de julho, que a Assembleia da República devia escrutinar a gestão do Novo Banco, após uma notícia do Público que relatava a venda a desbarato de um lote de milhares de imóveis, reiterando ser necessária uma investigação “a sério” do Ministério Público.

Neste momento, Rui Rio “não tem nenhum comentário a acrescentar” ao que já afirmou, preferindo esperar pelos resultados da auditoria e o reinício dos trabalhos parlamentares, segundo a assessoria de imprensa. Pelo PCP, fonte oficial disse que “não excluindo nenhuma possibilidade, o PCP não tem posição definitiva tomada sobre a matéria” e defendeu que “o que é absolutamente essencial é que a auditoria seja concluída e entregue, e os resultados conhecidos”.

Quanto ao Bloco de Esquerda, admite a constituição de uma comissão de inquérito mas primeiro quer conhecer a auditoria: “Exigimos a auditoria rapidamente e não descartamos a hipótese de uma comissão de inquérito por todas as informações que já vão sendo públicas”, disse fonte oficial do BE.

No final de julho, a deputada bloquista Mariana Mortágua afirmou que o mecanismo de garantia associado ao NB consiste numa “fraude” que deixa o fundo norte-americano Lone Star ir retirando dinheiro ao Estado português.

Contactado pela Lusa, o líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, considerou que “devem ser ouvidos o Governador do Banco de Portugal (BdP), o Ministro das Finanças e a própria administração do NB, no parlamento” e que, ”em relação a comissões de inquérito, não estão excluídas”, mas a bancada democrata-cristã “não avançou com a proposta até agora”.

Para o PAN, “a gravidade dos factos sobre o NB que vão sendo conhecidos a conta-gotas poderá justificar uma comissão de inquérito, após o conhecimento da auditoria”. “Pela nossa parte estamos abertos a essa possibilidade e disponíveis para fazer parte do consenso que viabilize tal comissão, contudo lembramos que mais importante que isto é que haja uma mudança de postura por parte do NB e por parte do poder político e que, no próximo Orçamento do Estado, o Governo assuma o compromisso de renegociar o contrato de venda do NB que tem sido lesivo para o erário público”, declarou à Lusa fonte oficial do partido.

O líder parlamentar de “Os Verdes” (PEV), José Luís Ferreira, assumiu que os ecologistas não vão fazer “qualquer proposta nesse sentido” (criação de CPI) e que, “relativamente a propostas de outros partidos, elas terão de ser avaliadas caso a caso e a posição do PEV dependerá dos textos e formulações concretas”.

Finalmente, a Iniciativa Liberal (IL) defende que “uma CPI não se deve substituir aos tribunais, mas sim apurar as responsabilidades políticas na negociação, aplicação e acompanhamento dos acordos celebrados pelo Estado”. “A IL não está disponível para manobras que acabem por branquear a responsabilidade do Fundo de Resolução, do BdP ou dos responsáveis pelas Finanças dos Governos do PS. Por tudo isto, é fundamental conhecer as conclusões da auditoria que tarda em ser divulgada, de forma a perceber com que âmbito se poderia constituir uma CPI com reais possibilidades de apurar responsabilidades políticas neste processo de resolução do BES que tantos milhões custou já aos contribuintes”, concluiu fonte oficial dos liberais.

Um outro inquérito foi levado a cabo no parlamento entre outubro de 2014 e maio de 2015, neste caso “à gestão do BES e do grupo Espírito Santo, ao processo que conduziu à aplicação da medida de resolução e às suas consequências, nomeadamente quanto aos desenvolvimentos e opções relativos ao GES, ao BES e ao Novo Banco”.

O relatório final daquela CPI foi aprovado com os votos favoráveis de PSD, PS, CDS-PP, a abstenção do BE e voto contra do PCP, que tinha avançado com a proposta do inquérito. O texto foi crítico para com as entidades supervisoras sobre o papel comercial das instituições em causa, lamentando a falta de “respostas claras” para com os lesados.

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Governo quer 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogénio até 2030

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

Assim, as metas incluem 10% a 15% de injeção de hidrogénio verde nas redes de gás natural, 2% a 5% no consumo de energia do setor da indústria, 1% a 5% no consumo de energia do transporte rodoviário.

O Governo quer que estejam em funcionamento 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogénio até 2030, segundo a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), publicada em Diário da República.

“O XXII Governo Constitucional pretende promover uma política industrial em torno do hidrogénio verde, qualificando-o como uma das principais soluções para a descarbonização da economia, em conjugação com a criação de uma nova fileira industrial com potencial exportador e gerador de riqueza, orientando, coordenando e mobilizando investimento público e privado em projetos nas áreas da produção, do armazenamento, do transporte e do consumo e utilização de hidrogénio verde em Portugal”, lê-se no documento.

Assim, as metas a cumprir até 2030 incluem a criação de 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogénio, 10% a 15% de injeção de hidrogénio verde nas redes de gás natural, 2% a 5% no consumo de energia do setor da indústria, 1% a 5% no consumo de energia do transporte rodoviário e 3% a 5% no consumo de energia do transporte marítimo doméstico.

A EN-H2 prevê ainda que se atinja, até 2023, 1,5% a 2% de hidrogénio verde no consumo final de energia e dois a 2,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada em eletrolisadores.

De acordo com o documento hoje publicado, o hidrogénio verde mereceu a atenção do Governo na estratégia para a descarbonização por ser um “portador de energia com elevada densidade energética, o que lhe permite ser uma solução para processos industriais intensivos, para o armazenamento de energia produzida através de fontes renováveis e para o surgimento de outros combustíveis de base renovável, como é o caso dos combustíveis sintéticos para o setor dos transportes marítimos e aviação”.

As primeiras versões do Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) 2021-2030, aprovado em 21 de maio deste ano, apontavam a eletrificação pura como o caminho para a neutralidade carbónica, que o Governo se propôs atingir em 2050.

Depois de alguma resistência por parte do setor do gás natural, a versão final passou a incluir os gases naturais, particularmente o hidrogénio, como elementos centrais na estratégia de descarbonização.

No dia 30 de julho, o Conselho de Ministros aprovou a EN-H2, determinando que o hidrogénio deverá ter um preço semelhante ao que hoje acontece para o gás natural, como afirmou na ocasião o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Em conferência de imprensa após o fim daquela reunião, João Pedro Matos Fernandes afirmou que “a consulta pública mostrou que a indústria química é o grande cliente do hidrogénio”, cuja estratégia prevê um investimento de cerca de sete mil milhões de euros, com a meta de aquele gás representar 5% do consumo final de energia em 2030.

O ministro afirmou também que todos os apoios públicos aplicáveis serão concedidos por “candidatura pública e concurso no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ou do programa que lhe suceda no próximo quadro comunitário de apoio”.

Os apoios ao longo do tempo servirão para “garantir que não há nenhum prejuízo para os clientes e que o hidrogénio terá um preço em tudo comparável ao gás natural”.

“Serão atribuídos com mecanismos de concorrência e baseados nos leilões semelhantes” ao que hoje acontece para a energia solar, acrescentou Matos Fernandes.

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Governo vai lançar concurso de 40 milhões para projetos de energia renovável

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

A EN-H2 prevê que se atinja, até 2023, 1,5% a 2% de hidrogénio verde no consumo final de energia e dois a 2,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada em eletrolisadores.

O Governo prevê lançar durante este ano um concurso no valor de 40 milhões de euros, para apoiar projetos de produção e distribuição de energia renovável, segundo a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), publicada em Diário da República.

“Durante 2020, está previsto a preparação e lançamento de um Aviso destinado a apoiar projetos de produção e distribuição de energia proveniente de fontes renováveis, que incluirá a componente do hidrogénio, que terá uma verba que deverá rondar os 40 milhões de euros”, lê-se no documento.

O Governo pretende ainda implementar uma Aliança Nacional para o Hidrogénio, que servirá como plataforma de debate para o setor energético, envolvendo os principais agentes dos vários setores, sejam públicos ou privados, para que seja assegurado o cumprimento das metas e compromissos nacionais previstos na EN-H2.

Assim, as metas a cumprir até 2030 incluem a criação de 50 a 100 postos de abastecimento de hidrogénio, 10% a 15% de injeção de hidrogénio verde nas redes de gás natural, 2% a 5% no consumo de energia do setor da indústria, 1% a 5% no consumo de energia do transporte rodoviário e 3% a 5% no consumo de energia do transporte marítimo doméstico.

A EN-H2 prevê ainda que se atinja, até 2023, 1,5% a 2% de hidrogénio verde no consumo final de energia e dois a 2,5 gigawatt (GW) de capacidade instalada em eletrolisadores.

Em particular no setor dos transportes, a ideia passa por promover o setor dos transportes, o hidrogénio e os combustíveis sintéticos produzidos a partir de hidrogénio, para que, em complemento com a eletricidade e os biocombustíveis avançados, sejam uma “solução para alcançar a descarbonização deste setor, em particular no transporte de mercadorias, com foco nos veículos pesados, na logística urbana e na ferrovia, e de transporte de passageiros, com foco nos autocarros e na ferrovia”, refere o documento.

No dia 30 de julho, o Conselho de Ministros aprovou a EN-H2, determinando que o hidrogénio deverá ter um preço semelhante ao que hoje acontece para o gás natural, como afirmou na ocasião o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Em conferência de imprensa após o fim daquela reunião, João Pedro Matos Fernandes afirmou que “a consulta pública mostrou que a indústria química é o grande cliente do hidrogénio”, cuja estratégia prevê um investimento de cerca de sete mil milhões de euros, com a meta de aquele gás representar 5% do consumo final de energia em 2030.

O ministro afirmou também que todos os apoios públicos aplicáveis serão concedidos por “candidatura pública e concurso no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ou do programa que lhe suceda no próximo quadro comunitário de apoio”.

Os apoios ao longo do tempo servirão para “garantir que não há nenhum prejuízo para os clientes e que o hidrogénio terá um preço em tudo comparável ao gás natural”.

“Serão atribuídos com mecanismos de concorrência e baseados nos leilões semelhantes” ao que hoje acontece para a energia solar, acrescentou Matos Fernandes.

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Investimento em mega projeto de hidrogénio em Sines pode ultrapassar 1,5 mil milhões

  • Lusa
  • 14 Agosto 2020

O objetivo do Governo é instalar uma unidade industrial com uma capacidade total em eletrolisadores de, pelo menos, um gigawatt (GW) até 2030.

O investimento previsto no projeto industrial de produção de hidrogénio verde em Sines poderá ser superior a 1,5 mil milhões de euros, de acordo com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), publicada em Diário da República.

Segundo o documento, trata-se do “projeto âncora de grandes dimensões à escala industrial de produção de hidrogénio verde, focado em alavancar a energia solar, mas também eólica, enquanto fatores de competitividade, tirando partido da localização estratégica de Sines”, cujo investimento base previsto “poderá ser superior a 1,5 mil milhões de euros”.

O objetivo do Governo, lê-se, é o de instalar uma unidade industrial com uma capacidade total em eletrolisadores de, pelo menos, um gigawatt (GW) até 2030.

A esperança do executivo é a de que este investimento permita “posicionar Sines, e Portugal, como um importante ‘hub’ de hidrogénio verde”.

Assim, faz ainda parte da estratégia nacional para o hidrogénio a continuação dos trabalhos para formalizar uma candidatura ao Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI, na sigla inglesa) Hidrogénio, “com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da cadeia de valor industrial em torno do hidrogénio verde”.

Em junho, o Governo lançou um convite à manifestação de interesse no projeto de hidrogénio planeado para Sines, direcionado a “empresas ou entidades portuguesas ou europeias”, segundo o Ministério do Ambiente e Ação Climática.

Em comunicado enviado na altura, a tutela resumia um despacho publicado em Diário da República (DR) dando conta de que “o projeto de Sines, que é parte integrante da Estratégia Nacional para o Hidrogénio, tem suscitado um grande interesse por parte do setor empresarial português” e que, por isso, considerou “vantajoso iniciar um processo de manifestação de interesse, dando oportunidade de participação de vários projetos neste setor hidrogénio, desde que garantida a coerência estratégica nacional e europeia”.

“Esta auscultação do mercado e eventual complementaridade de projetos vai permitir robustecer a candidatura portuguesa ao IPCEI (Important Project of Common European interest) e incentivar sinergias a nível de ‘cluster’ industrial”, assegurava a tutela, destacando os efeitos na “inovação, PME [pequenas e médias empresas] ou reforço da capacidade de produção, potenciando a capacidade de exportação”.

O período de manifestação de interesse encerrou em 17 de julho.

No dia 30 de julho, o Conselho de Ministros aprovou a EN-H2 como fonte de energia, determinando que o hidrogénio deverá ter um preço semelhante ao que hoje acontece para o gás natural, como afirmou na ocasião o ministro do Ambiente e Ação Climática.

Em conferência de imprensa após o fim daquela reunião, João Pedro Matos Fernandes afirmou que “a consulta pública mostrou que a indústria química é o grande cliente do hidrogénio”, cuja estratégia prevê um investimento de cerca de sete mil milhões de euros, com a meta de aquele gás representar 5% do consumo final de energia em 2030.

O ministro afirmou também que todos os apoios públicos aplicáveis serão concedidos por “candidatura pública e concurso no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) ou do programa que lhe suceda no próximo quadro comunitário de apoio”.

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40% das exportações evaporam-se na pandemia. É a maior queda desde (pelo menos) 1996

As exportações registaram uma quebra histórica de 40% no segundo trimestre, superando a descida das importações. A quase paralisação do turismo foi determinante para este desempenho.

Por causa da pandemia, as exportações de bens e serviços registaram uma redução de 39,6% no segundo trimestre, o que corresponde a menos 9,2 mil milhões de euros de vendas ao exterior, de acordo com os cálculos do ECO com base nos dados históricos do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta queda, principalmente provocada pela quase paralisação do turismo, foi a maior desde (pelo menos) 1996, primeiro ano da série, representa o dobro da quebra da crise anterior e é possivelmente a maior da democracia.

A redução das vendas ao exterior, seja de bens seja de serviços como o turismo, foi responsável por 4,4 pontos percentuais da queda de 16,3% do PIB no segundo trimestre. Esse foi o contributo da procura externa líquida (exportações descontadas das importações) e é explicado por uma descida superior das exportações face às importações num momento em que a pandemia afetou todo o comércio internacional de bens e serviços.

O que explica a queda superior das vendas ao exterior, em relação às compras ao exterior? Segundo o INE, a forma como o vírus afetou as deslocações e o peso do turismo na estrutura das exportações: “Esta diferença de comportamentos é sobretudo consequência da forte contração da atividade turística na evolução das exportações de serviços“, explica o gabinete de estatísticas, destacando a “quase interrupção do turismo de não residentes”. Isto porque o vírus afetou mais as viagens de pessoas do que as de bens.

Exportações afundam 40% no segundo trimestre

Os números mostram isso mesmo: no segundo trimestre, as exportações de bens encolheram 30% enquanto o turismo continuou com quedas significativamente superiores a 50%, apesar da recuperação ligeira ditada pelos turistas residentes. As exportações de bens chegaram a ter quedas superiores a 30 e 40% em abril e maio, mas junho foi um mês de recuperação significativa. Já nos serviços as exportações recuperaram, mas muito menos.

Já no primeiro trimestre as exportações de bens e serviços tinham registado uma quebra de 4,9%, a maior desde o terceiro trimestre de 2009. Essa foi a primeira quebra após cerca de 40 trimestre consecutivos de crescimento das exportações em Portugal, sendo esta referida como uma das histórias de sucesso da recuperação económica da crise das dívidas soberanas. Na maior parte desse período, as exportações estiveram a crescer a um ritmo superior ao do PIB, ganhando “peso” na estrutura da economia portuguesa, mas agora essa tendência inverteu-se com as exportações a cair bastante mais do que o PIB.

Principais parceiros comerciais não dão ânimo

As contrações do PIB registadas pelos principais parceiros comerciais no segundo trimestre não dão ânimo às perspetivas para as exportações nacionais, que o Governo quer colocar nos 53% do PIB. Portugal registou a quarta maior quebra do PIB (-16,3%) entre abril e junho, ficando atrás de três importantes parceiros comerciais: Espanha (-22,1%), França (-19%) e Itália (-17,3%). Estes países são não só dos maiores clientes de bens, mas também importantes emissores de turistas para Portugal.

Com a mesma dimensão de gravidade está o Reino Unido, um dos principais parceiros comercias de Portugal apesar da gradual saída da UE: a economia britânica contraiu 21,7%, em termos homólogos, e 20,4% em cadeia. No caso dos EUA, outro mercado relevante para a economia portuguesa, a queda do PIB foi de 9,5% nas duas óticas.

Mas há exceções. Na União Europeia, há algumas notícias menos más, nomeadamente com a quebra da Alemanha abaixo da média europeia (-15% em termos homólogos): na maior economia da Zona Euro e da União Europeia, a recessão foi de 11,7%, em termos homólogos, e de 10,1% em cadeia. Nos países nórdicos, como a Finlândia, a Dinamarca e a Suécia, origem de muitos turistas em Portugal, as quebras do PIB foram ainda mais reduzidas.

Os dados do Eurostat relativos a junho mostram que dentro da Zona Euro as exportações intracomunitária estão a recuperar (face ao mês anterior) a um ritmo mais elevado do que o comércio extracomunitário, mostrando que as cadeias de valor europeu voltam a integrar-se. Ainda assim, os economistas da Oxford Economics alertam, num comentário sobre os dados do PIB da Zona Euro, que as trocas comerciais mantêm-se “subjugadas”. Mais recentemente, um índice que mede o transporte rodoviário de mercadorias na Alemanha perdeu algum dinamismo.

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