Nas notícias lá fora: Grandes fortunas, Biden e Gentiloni

Mesmo em plena crise pandémica, os ricos tornaram-se ainda mais abastados com a recuperação dos mercados financeiros. Nos EUA, Biden ganha terreno face a Trump.

Os dados do banco suíço UBS mostram que as grandes fortunas aumentaram ainda mais o seu valor durante a crise pandémica, aproveitando o colapso dos mercados financeiros em março e a rápida recuperação nos meses seguintes. Nos EUA, Joe Biden avançou nas intenções de voto dos norte-americano face a Donald Trump. Na União Europeia, Paolo Gentiloni, comissário europeu para a Economia, demonstra-se contra a exigência de alguns países que querem ter o direito de veto na alocação de verbas do fundo de recuperação.

The Guardian

Famílias ricas engordam fortunas, apesar da crise pandémica

Mais de dois terços das pessoas mais ricas do mundo registaram um aumento nas suas já vastas fortunas familiares, apesar do impacto económico da crise pandémica. De acordo com um relatório do banco suíço UBS, 77% das famílias mais ricas, cuja fortuna média era de 1,25 mil milhões de dólares, conseguiram manter os seus investimentos em linha ou acima dos seus objetivos num dos mais voláteis períodos dos mercados financeiros. Ao mesmo tempo, milhões de pessoas perderam os seus empregos e tiveram de recorrer a apoios do Estado ou às suas poupanças.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

El Economista

Gentiloni: “Os fundos de recuperação não devem ser aprovados por unanimidade”

Este fim de semana os líderes europeus vão tentar chegar a acordo sobre o fundo de recuperação europeu. Em entrevista ao El Economista, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, lembra que o dinheiro não é “um presente” e que deve ser utilizado para as “prioridades estratégicas” da UE. Além disso, o antigo primeiro-ministro italiano posiciona-se contra o controlo rigoroso do fundo solicitado por países como a Holanda, que desejam reservar o direito de veto ao aprovar planos nacionais de acesso à ajuda.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Biden ganha mais margem face a Trump nas sondagens

De acordo com a última sondagem nacional do The Wall Street Journal e da NBC News, o democrata Joe Biden, com 51% das intenções de voto, está pela primeira vez com uma vantagem de dois dígitos perante Donald Trump, atual presidente dos EUA e candidato do Partido Republicano às eleições de novembro deste ano, que tem 40% das intenções de voto. Os eleitores estão cada vez mais críticos da atuação da Casa Branca durante a pandemia, mas a maioria aprova as políticas económicas de Trump.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Private equity vira-se para a Europa à procura de grandes negócios

Os fundos privados de capital de risco anunciaram investimentos num total de 143 mil milhões de dólares fora dos Estados Unidos no primeiro semestre, de acordo com dados da Bloomberg, o que representará 60% do valor mundial, a maior proporção em quase duas décadas. Pela primeira vez desde 2003, nenhum negócio nos EUA está entre os cinco maiores, sinalizando que a procura moveu-se para outras geografias, como é o caso da Europa, do qual é exemplo a venda da alemã Thyssenkrupp por 17,2 mil milhões de euros. Os fundos começaram 2020 com mais dinheiro na mão do que nunca, mas a pandemia impediu uma maior dinâmica nos negócios.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso parcial/conteúdo em inglês).

Reuters

Contas de Twitter de figuras públicas foram pirateadas

As contas de Twitter de várias personalidades, entre as quais o candidato presidencial democrata às eleições norte-americanas, Joe Biden, Kim Kardashian, Barack Obama e Elon Musk foram vítimas de uma enorme pirataria de criptomoedas. As mensagens, rapidamente apagadas pelas contas visadas, convidavam os internautas a enviarem bitcoins para endereços específicos, prometendo enviar de volta o dobro dos valores transferidos. Os registos de blockchain disponíveis mostram que os aparentes hackers receberam mais de 100.000 dólares em criptomoedas.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

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Lisboa segue praças europeias. Galp ampara queda da EDP

Numa sessão negativa para a generalidade das praças europeias, Lisboa recua. Grande parte das cotadas perde valor, com a Galp Energia a impedir uma descida mais expressiva.

Lisboa acompanha o sentimento negativo da generalidade das praças europeias, com a pandemia a continuar a pesar no desempenho dos mercados acionistas. PSI-20 cai, mas menos que os pares, beneficiando do comportamento positivo da Galp Energia numa sessão em que a EDP recua quase 1% após anunciar a compra da Viesgo, em Espanha.

Enquanto o Stoxx 600 cede 0,6%, a praça nacional recua 0,44% para 4.400 pontos, ainda que com a maioria dos títulos a negociarem em “terreno” negativo.

A queda da bolsa nacional não é mais expressiva por causa da subida da Galp Energia, que ganha 0,43% para 10,495 euros, num dia em que a Sonae lidera as subidas: ganha 0,78%.

Esta subida da Galp Energia “amortece” o peso da queda da EDP no PSI-20. A elétrica liderada interinamente por Miguel Stilwell d’Andrade chegou a ganhar 1% no arranque da negociação, mas segue a perder 1,05% para 4,324 euros, enquanto a EDP Renováveis recua 0,6%.

A EDP anunciou a compra da Viesgo, num negócio que vai obrigar a elétrica a avançar com uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões de euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP.

O preço de subscrição por cada nova ação da EDP é de 3,30 euros, o que representa um desconto de 23% face à cotação da sessão em que anunciou o negócio. Esta operação deverá, assim, condicionar a cotação da EDP nas próximas sessões.

Nota negativa ainda para as cotadas mais expostas ao mercado internacional, como é o caso das papeleiras. Navigator e Altri seguem com quedas de cerca de 0,8%.

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Hoje nas notícias: BES, RNE e escolas

  • ECO
  • 16 Julho 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Banco Espírito Santo (BES) terá usado a Zona Franca da Madeira para angariar clientes na América do Sul e em África. A Direção-Geral de Saúde já enviou as recomendações para o próximo ano letivo às escolas, sendo que é permitido que dois estudantes partilhem a mesma carteira. Ainda no plano da pandemia, Ricardo Baptista Leite, deputado do PSD, teme que Portugal esteja apenas no “início do tsunami” e acusa as autoridades de saúde e o Governo de não divulgarem informação.

BES usou Zona Franca da Madeira para angariar clientes na Venezuela e Angola

De acordo com a acusação do Ministério Público, Ricardo Salgado usou a Zona Franca da Madeira, através da Sucursal Financeira Exterior (SFE), como uma placa giratória do BES para angariar clientes da América do Sul e África, nomeadamente da Venezuela e Angola, como é o caso da PDVSA (petrolífera venezuelana) e de outras empresas venezuelanas que chegaram a ter sete mil milhões de dólares depositados no BES, os quais eram reinvestidos no GES, segundo o Público. Ou seja, serviu de almofada de liquidez para financiar o Grupo Espírito Santo. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Orientações da DGS para as escolas permitem dois alunos por carteira

De acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) enviadas às escolas para o próximo ano letivo é permitido que dois alunos partilhem a mesma carteira. Além disso, é recomendado “sempre que possível” um distanciamento físico de um metro entre os estudantes. “Garantir um metro entre os alunos é uma improbabilidade, tendo em conta a forma como as turmas foram construídas e o tamanho das salas de aulas”, diz a Manuel Pereira, da Associação dos Diretores de Escolas (ANDE). Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ricardo Baptista Leite teme que Portugal esteja apenas no “início do tsunami” da pandemia

O deputado do PSD responsável pela área da saúde está em relação à futura evolução da pandemia em Portugal. “Sinto que estamos apenas no início de um tsunami”, diz Ricardo Baptista Leite, em entrevista à Rádio Renascença, acusando a Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Governo de não divulgarem a informação — o que considera ser a maior arma atualmente contra o vírus — sobre a evolução da pandemia. O também médio defende que as Forças Armadas participem na saúde pública e que as multas devidas por passageiros sem teste sejam entregues ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e não à ANA. Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre).

Antigos combatentes ganham mais 7% da reforma

Os antigos combatentes vão passar a ter um complemento especial de reforma de 7% por cada ano de serviço, vão poder utilizar os transportes públicos gratuitamente e foi ainda aprovado um plano de apoio para estes profissionais em situação de sem-abrigo. Estas foram algumas das medidas aprovadas esta quarta-feira no comissão parlamentar da Defesa Nacional relativas ao Estatuto dos Antigos Combatentes. Este diploma, que ainda terá que ser aprovado na Assembleia da República, deverá beneficiar cerca de 200 mil pessoas, de acordo com fontes militares. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (link indisponível).

Rede Expressos pede fim da lotação de 2/3

A Rede Nacional de Expressos (RNE) pede ao Governo que ponha fim à limitação de dois terços da lotação dos transportes públicos, justificando que a medida cria dificuldades financeiras às empresas, bem como problemas ao turismo da Península Ibérica. O diretor-geral da RNE, Carlos Oliveira, sublinha que “a aviação viaja com 100% e já hoje temos lugares em que pessoas viajam ao lado de outras”, acrescentando que “não há razão nenhuma para se manter esta política nos transportes”, recordando que nem em França nem Espanha esta medida está já em vigor. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Alexandra Leitão: “Sempre defendi que não há trabalhadores da administração pública a mais”

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

A ministra da Administração Pública admite que o "caminho da valorização" dos funcionários públicos vai ser "um pouco mais lento" por causa da pandemia.

O Governo estima que sejam necessários “cerca de quatro milhões de euros” anualmente para que todos os funcionários públicos tenham um computador portátil do serviço para trabalharem a partir de casa, disse esta quinta-feira a ministra da Administração Pública.

“No teletrabalho [ao nível da administração pública], estimamos em cerca de quatro milhões de euros ao ano o valor necessário para que toda a gente tenha um portátil do serviço para poder ir trabalhar para casa”, disse Alexandra Leitão, em entrevista ao ‘podcast’ “Política com Palavra”, do PS.

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública afirmou que muitos trabalhadores “já têm [portáteis do serviço], mas para que todos tenham” este é o valor que o Governo prevê ser necessário para a aquisição dos equipamentos. A governante acrescentou que “há muita gente a querer” trabalhar em regime de teletrabalho, por “razões de conciliação pessoal” ou “por conforto”.

Para Alexandra Leitão, a pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus “trouxe uma grande noção do papel do Estado” e da “necessidade de o cidadão interagir mais facilmente” com este. A responsável pela Administração Pública admitiu ainda que é necessário “mais e melhor” Estado.

Sempre defendi que o Estado que existia não era demais, como sempre defendi que não há trabalhadores da administração pública a mais”, vincou a governante ao ‘podcast’ do PS. A ministra reconheceu ainda que Portugal “vai viver uma situação difícil do ponto de vista económico” e isso “nunca é amigo de nenhuma reforma”.

Contudo, retirar “rendimentos às pessoas não vai ser o caminho” para enfrentar esta crise, garantiu Alexandra Leitão. “O caminho da valorização [dos funcionários da administração pública] é que pode ser um pouco mais lento do que tínhamos planeado”, explicitou a ministra.

Alexandra Leitão assinalou ainda que “não haverá congelamentos, nem perdas de rendimento”, mas as atualizações e os aumentos dos salários terão de ser ponderados “no quadro da discussão do próximo” Orçamento do Estado.

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Contas de Twitter de figuras públicas foram pirateadas

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

De Bill Gates a Obama, até Elon Musk. Foram várias as contas de Twitter pirateadas. Hackers publicaram mensagens a promover criptomoedas.

As contas da rede social Twitter de várias personalidades, entre as quais Bill Gates e Elon Musk, e de grandes empresas norte-americanas, como a Apple, foram provavelmente vítimas de uma enorme pirataria de criptomoedas.

As mensagens, rapidamente apagadas pelas contas visadas, convidavam os internautas a enviarem bitcoins para endereços específicos, prometendo enviar de volta o dobro dos valores transferidos.

A rede social Twitter confirmou, entretanto, que se registou “um incidente de segurança” e anunciou estar a trabalhar na resolução do problema.

A AP avança, entretanto, que foram também atingidas as contas do ex-Presidente Barack Obama e do seu ex-vice-presidente Joe Biden.

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Podem os dinossauros tornar-se unicórnios? Galp estreia Fábrica da Inovação e convida startups a entrar

Em avaliação estão já ideias de negócio que vão desde o rating de crédito a tecnologias para otimizar o desempenho de parques solares, armazenamento de energia, robôs de limpeza e painéis bifaciais.

Podem os dinossauros tornar-se em unicórnios? Pode uma petrolífera, que toda a vida dedicou o seu negócio aos combustíveis fósseis, fazer parte da transição energética para um futuro neutro em carbono? Pode um gigante empresarial aliar-se ao ecossistema empreendedor para beneficiar da agilidade e rapidez das startups e da inovação de que são capazes? Para a Galp, a resposta a todas estas questões é sim. E quer prová-lo já a partir desta quinta-feira, com a abertura de portas da nova coqueluche do grupo: a Fábrica de Inovação UP – Upcoming Energies, instalada no espaço de coworking LACS, em Lisboa, mesmo em frente ao rio Tejoe.

Sob a batuta do holandês Richard Lagrand, ex-diretor da Startupbootcamp, em Barcelona, a nova unidade de inovação irá agora procurar soluções que permitam acelerar a transição energética, a mobilidade do futuro (elétrica e não só), o digital e a economia circular. Procuram-se novas “tecnologias limpas”, e rápido. A “fábrica” deveria ter sido inaugurada logo em janeiro, tal como a Galp anunciou em 2019, mas a pandemia de Covid-19 acabou por vir adiar os planos.

“Esta nova unidade pretende reforçar a proximidade da Galp à inovação global, com um foco particular na comunidade empresarial que desenvolve soluções cleantech. No âmbito da estratégia de transformação da Galp, para responder à transição energética em curso, a UP irá centrar o seu trabalho de inovação a partir do ponto de vista humano, ou seja, dos problemas concretos que as pessoas enfrentam no seu quotidiano para as soluções tecnológicas que podem ajudá-las a superá-las”, explicou a empresa em comunicado.

Para já, a Fábrica de Inovação começará a avaliar startups, a executar projetos-piloto e a desenvolver testes preliminares com utilizadores para identificar oportunidades potenciais que possam beneficiar a Galp e seus clientes. Em cima da mesa, nesta plataforma colaborativa que pretende abrir a porta da Galp ao ecossistema mundial de inovação, estão já projetos em áreas que vão desde o rating de crédito a tecnologias de ponta que ajudam a otimizar o desempenho e o rendimento de parques solares de grande escala, com recurso ao armazenamento de energia, revestimentos, robôs de limpeza e painéis bifaciais, entre outros.

O responsável pelo projeto iniciou a sua carreira na área das telecomunicações, liderou o arranque de diversas startups na área do eCommerce. Antes de se juntar à Galp, dirigia o programa de IoT e Datatech do Startupbootcamp, um programa de aceleração de startups em Barcelona. “Temos estado a falar com startups e scaleups com projetos e ideias de negócios em várias áreas, desde o solar descentralizado ao upstream, no petróleo. Vamos trabalhar com o ecossistema local de empreendedores e também internamente, com as várias equipas da empresa, Queremos ser um hub de inovação para responder a três desafios principais: o aumento do consumo de enrgia, a falta de alimentos e a crise climática”, disse Richard Lagrand no evento online de lançamento do UP – Upcoming Energies.

A acompanhar de perto a Fábrida da Inovação está também Cristina Fonseca, administradora não-executiva da Galp que é ainda partner na Indico Capital Partners e foi uma das criadoras da Talkdesk, uma das primeiras empresas unicórnio portuguesas. Na sua visão, “a Galp não está a tentar criar novos unicórnios” ao apoiar estas startups, mas sim a “resolver desafios estratégicos e startups são uma forma interessante de o fazer”.

“Não conheço nehum unicórnio lançado por uma grande empresa”, disse Cristina Fonseca no mesmo evento, frisando que “startups e grandes grupos empresariais têm muito a aprender uns com os outros”: os gestores a serem mais ágeis e menos avesos à mudança, e os empreendedores a serem “mais crescidos” e a terem como exemplo a estabilidade das grandes empresas.

A criação da UP – Upcoming Energies foi anunciada em dezembro pela administradora da Galp responsável pelas Renováveis e Novos Negócios, Susana Quintana Plaza, na sessão de abertura do EIC Corporate Day da Galp. O evento, organizado pela energética em parceria com o European Innovation Council, reuniu em Lisboa 15 startups e scaleups europeias na apresentação e discussão de projetos que possam integrar o roadmap da Galp para modelos de negócio de baixo carbono. Para a administradora, a UP – Upcoming Energies pretende “criar um hub de ideias e de novos projectos à escala internacional”.

Origin GPS (Israel), Aibox Lab (Holanda), TWEVO (Portugal), Cherry Data (Itália), Global Data Excellence (Suíça), Barbara IoT (Espanha), DEXMA Sensors (Espanha), Win Inertia Technologies (Espanha), Enerkite (Alemanha), Yodiwo (Grécia), Battery Check (República Checa), Recircula Solutions (Espanha), EQS Global (Portugal), IRIS Technology Group (Espanha), TWTG R&D (Holanda) foram as 15 escolhidas.

“Queremos testar caminhos e soluções que ajudem a Galp a posicionar-se como um player de referência na resposta aos desafios que a sociedade e a indústria energética enfrentam. Nesse sentido, procuramos parceiros que tenham ideias ou projectos inovadores e disruptivos, que possam acrescentar valor ao portefólio de serviços e produtos da empresa”, disse a administradora.

Também Jorge Fernandes, o novo diretor de Inovação da Galp, tinha já traçado o perfil da “fábrica” que ajudou a construir no seu regresso a Portugal, depois de uma longa carreira internacional: uma plataforma híbrida, com uma equipa dedicada a olhar para o mundo, que será uma porta de entrada de novas ideias e tecnologias através de startups, de parceiros de negócio. Lisboa foi ecolhida para a sede, mas a UP terá ligação a ecossistemas de inovação em diferentes geografias nacionais (Porto) e internacionais (Espanha, Brasil, entre outras), para desenvolver aplicações móveis, novos processos de transformação de resíduos em combustíveis menos poluentes, hidrogénio para a mobilidade e para a descarbonização da indústria. Isto permite à empresa ir buscar competências que não tem e evoluir mais rápido. Na edição de 2019 da Web Summit, a petrolífera marcou presença para tentar encontrar startups e oportunidades de negócio

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Morreu o embaixador António Franco, marido de Ana Gomes

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

António Manuel Canastreiro Franco, que era casado com a antiga eurodeputada socialista Ana Gomes, foi embaixador de Portugal no Brasil.

O embaixador António Franco morreu na quarta-feira, tendo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentado os “sentidos pêsames” à embaixadora Ana Gomes e restante família.

“O Presidente da República apresentou sentidos pêsames à embaixadora Ana Gomes e restante família do embaixador António Franco, que hoje [quarta-feira] nos deixou”, refere uma nota publicada na página na internet da Presidência da República.

António Franco, de 76 anos, foi “um embaixador distinto, que exerceu importantes funções ao longo da sua carreira, tendo sido chefe da Casa Civil” do antigo Presidente Jorge Sampaio, acrescenta a nota da Presidência da República divulgada na quarta-feira.

António Manuel Canastreiro Franco, que era casado com a antiga eurodeputada socialista Ana Gomes, foi embaixador de Portugal no Brasil, cargo que desempenhou entre 2001 e 2004 e onde terminou a carreira diplomática, depois de ter ocupado outros postos, como, por exemplo, o de adjunto do chefe da missão temporária de Portugal no processo de paz em Angola e o de representante junto à Comissão Político-Militar.

Foi ainda embaixador não-residente em Libreville, capital do Gabão, em 1995 e em 1996 foi designado para o cargo de chefe da Casa Civil do Presidente da República, Jorge Sampaio.

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China torna-se na primeira grande economia a crescer

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

Economia chinesa regista uma melhoria dramática em relação à contração de 6,8% registada no trimestre anterior, o pior desempenho da economia do país desde 1970.

A China tornou-se o primeiro grande país a retomar o crescimento económico, desde o início da pandemia da Covid-19, alcançando uma expansão inesperada de 3,2%, no segundo trimestre.

De acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, os dados mostraram uma melhoria dramática, em relação à contração de 6,8% registada no trimestre anterior, o pior desempenho da economia do país desde 1970.

No entanto, o crescimento alcançado entre abril e junho foi, ainda assim, no ritmo mais lento desde que a China começou a divulgar dados trimestralmente, no início dos anos 1990.

As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na Zona Euro e de 5,2% no Japão.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 579 mil mortos e infetou mais de 13,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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American Airlines avisa 25 mil trabalhadores que podem perder emprego

  • Lusa
  • 16 Julho 2020

Receitas da American Airlines com os passageiros em junho estão 80% abaixo das registadas no mesmo mês do ano passado. Empresa admite saída de trabalhadores.

Os dirigentes da American Airlines escreveram aos 25 mil trabalhadores da transportadora aérea para lhes comunicar que o seu emprego pode desaparecer em outubro, devido à queda da procura de viagens aéreas.

Os dirigentes destas empresas admitiram que poderiam evitar reduções de pessoal, “porque acreditavam que a procura das viagens aéreas iria recuperar rapidamente até 1 de outubro, com a dissipação do impacto da Covid-19. Infelizmente, não foi o caso”, escreveram o presidente, Robert Isom, e o presidente executivo, Doug Parker, numa carta.

O setor das viagens aéreas tem recuperado muito lentamente desde meados de abril, mas permanece severamente deprimido.

As receitas da American Airlines com os passageiros em junho estão 80% abaixo das registadas no mesmo mês do ano passado.

Companhias de aviação dos EUA aceitaram ajuda federal de até 25 mil milhões de dólares, na condição de não despedirem até outubro.

A American recebeu 5,8 mil milhões, a Delta 5,4 mil milhões e a United cinco mil milhões.

Na semana passada tinha sido a United a avisar os seus 36 mil empregados para a eventual perda de emprego.

A Delta fez o mesmo aviso aos seus mais de dois mil pilotos.

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De regresso ao escritório? Há um manual de boas práticas online e gratuito

O grupo JOYN decidiu partilhar um guia de boas práticas de higiene e segurança para ajudar profissionais no regresso ao escritório. É gratuito e pode descarregá-lo no site oficial da empresa.

Milhares de empresas começam a regressar, gradualmente, aos espaços de trabalho. A pensar nisso, a especialista em consultoria, tecnologia e outsourcing JOYN decidiu disponibilizar o seu manual de regresso ao escritório online, e de forma gratuita. Neste manual há dicas de segurança e higiene para apoiar no regresso ao escritório e no novo dia-a-dia fora de casa.

O manual divide-se em seis momentos: antes de sair de casa; ao sair de casa; a deslocação em transportes públicos; em viatura própria; a chegada ao local de trabalho; e, por fim, o regresso a casa. A JOYN explica-lhe o que fazer em alguns destes momentos. O manual de boas práticas pode ser descarregado no site oficial do grupo.

Segurança nas deslocações

Se tiver por hábito deslocar-se em transportes públicos, deve ter cuidados redobrados: manter uma distância de segurança de dois metros durante todo o percurso de casa para a paragem, e nas entradas e saídas de edifícios/instalações, utilizar sempre máscara e evitar tocar em superfícies, como corrimões ou botões.

No caso de se tratar de um carro de plataformas de transporte de passageiros, como a Uber ou a Bolt, opte por viajar sozinho no banco traseiro, idealmente atrás do lugar de “pendura”, e mantenha a máscara durante toda a viagem.

Se puder viajar em carro próprio, transporte apenas pessoas que vivem consigo e, caso dê boleia a alguém, que não habite a mesma casa, peça que se sente no banco de trás, mantendo-se na diagonal oposta. Antes de iniciar a viagem, desinfete as mãos, o volante e caixa de velocidades. Se se deslocar de mota, ou bicicleta, não há necessidade de utilizar máscara, basta manter a distância de segurança.

Cheguei ao escritório. E agora?

Quando chegar ao escritório, mantenha sempre a distância de segurança aconselhada de dois metros e evite espaços de grandes aglomerados de pessoas. Cumpra a etiqueta respiratória (tossir ou espirrar para o cotovelo) e deite o papel imediatamente para o lixo.

Lave frequentemente as mãos e utilize corretamente a máscara, sempre que entrar e sair do trabalho ou não conseguir manter a distância física adequada; frequentar espaços comuns como copas, cantinas, escadas ou elevadores.

No regresso a casa, deixe os sapatos à porta e, se possível, desinfete as solas antes de os colocar dentro de casa. Retire a roupa, coloque-a num cesto coberto e depois lave-a a uma temperatura mínima de 60ºC; coloque a carteira, chaves e outros objetos dentro de uma caixa fechada; tire a máscara e coloque-a no caixote do lixo fechado; lave as mãos e desinfete a mochila de trabalho, o telemóvel e outros gadgets com uma solução à base de álcool.

” [O manual] contém informação crucial e necessária para que qualquer empresa portuguesa possa fazer um regresso seguro e consciente aos seus locais de trabalho. Esta é uma altura em que a cooperação, humanidade, resiliência e união são valores que devem guiar-nos a todos”, sublinha o CEO e cofundador do Grupo JOYN, Gonçalo Caeiro, citado em comunicado.

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Os números do primeiro grande negócio de Stilwell à frente da EDP

Aquisição vai permitir à elétrica duplicar a presença em Espanha, mas ainda precisa de aprovação regulatória. Conheça os pormenores do primeiro grande negócio de Stilwell à frente da EDP.

A EDP prepara-se para duplicar a presença em Espanha. Para isso, vai aumentar o capital em mil milhões de euros e comprar o negócio da eólica espanhola Viesgo. Incluindo dívida, a transação — que tem várias fases e espera ainda uma série de autorizações regulatórias — está avaliada em 2,7 mil milhões de euros.

São estes os grandes números do negócio:

565 milhões de euros

A primeira fase é a aquisição da espanhola Viesgo. A subsidiária da EDP para distribuição de eletricidade em Espanha, a E-Redes, vai comprar ao fundo Mcquarie as empresas de distribuição de eletricidade da Viesgo, Viesgo Distribution e Begasa por 565 milhões de euros. A EDP também irá adquirir as duas centrais de geração térmica da Viesgo no sul de Espanha.

1,1 milhões de euros

Como parte da transação, a EDP irá adquirir 100% do negócio renovável da Viesgo através da subsidiária EDP Renováveis. Este negócio é composto por 24 parques eólicos e duas centrais mini-hídricas localizadas em Espanha e Portugal, com capacidade instalada líquida total acima de 500 MW. Segundo a EDP, o montante de 565 milhões a ser pago à Viesgo pelo negócio renovável tem um rácio implícito de enterprise value sobre MW líquido de 1,1 milhões de euros.

75,1%

Assim, o negócio de renováveis fica do lado da EDP Renováveis, enquanto as redes e distribuição são fundidas com o negócio da EDP Espanha. A empresa que resulta desta fusão continuará a ser detida em 75,1% pela EDP, enquanto os restantes 24,9% são comprados pela Macquarie Infrastructure and Real Assets (MIRA), em conjunto com os seus fundos.

Fonte: EDP

2,7 mil milhões de euros

Feitas as contas às várias fases, a transação da Viesgo acarreta um investimento líquido por parte da EDP de 900 milhões e resultará na consolidação pela EDP da dívida financeira líquida existente na Viesgo de 1,1 mil milhões. A MIRA irá investir um total de 700 milhões como parte da transação da Viesgo.

1.020 milhões de euros

Com o objetivo de financiar parcialmente o negócio, a EDP anunciou igualmente que vai realizar o primeiro aumento de capital desde 2004. Serão 1.020 milhões de euros em novas ações que poderão ser subscritas por acionistas ou investidores com direitos de subscrição. No aumento de capital, serão subscritas até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social.

23%

O preço de subscrição por cada nova ação é de 3,30 euros, o que representa um desconto de 23% face ao preço de fecho das ações esta quinta-feira: 4,37 euros. Ainda não há data para a operação que teve luz verde do principal acionista e cuja sucesso será garantido pelos bancos.

3 de setembro

Enquanto o aumento de capital decorrer, a EDP não pode comunicar ao mercado nova informação que influencie a operação. Assim, a apresentação de resultados trimestrais foi adiada para dia 3 de setembro.

Final de 2020

Após a conclusão da transação, a EDP consolidará integralmente a Viesgo e terá representação maioritária no conselho de administração, com direito a nomear o chairman, o CEO e o CFO. A aquisição está, no entanto, sujeita ao cumprimento de uma série de condições, incluindo aprovações regulatórias e governamentais, bem como a reestruturação corporativa necessária. A empresa espera que a transação esteja concluída até ao final do ano 2020.

2 vezes

A EDP considera que este negócio vai reforçar o crescimento do grupo nos segmentos de renováveis e redes. E sublinha que irá resultar num crescimento para mais do dobro das atuais operações de distribuição de eletricidade em Espanha da EDP, através de licenças perpétuas com visibilidade regulatória total até 2025. A Viesgo é uma empresa que tem como base do negócio a geração e distribuição de eletricidade. Com quase 700.000 clientes no norte de Espanha e uma produção de cerca de 1.400 MW, dos quais a maioria provenientes de fontes limpas.

Fonte: EDP

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Parpública está a consultar o mercado para escolher assessores para a reprivatização da Efacec

O Executivo ainda vai ter de publicar, em Diário da República, as condições de reprivatização da Efacec. Condições que ainda não estão definidas. Também ainda não há data para a publicação do diploma.

A Parpública está a realizar consultas ao mercado para escolher entidades independentes que avaliem a participação do Estado na Efacec, mas também para escolher assessores jurídicos e financeiros que possam ajudar o Estado português a alienar a posição de 71,73% que agora tem no capital da empresa. O Governo nacionalizou a empresa no início do mês, devido ao arresto de ativos de Isabel dos Santos que estava a comprometer a situação financeira da empresa.

“A Parpública está a realizar consultas ao mercado para a seleção das entidades independentes para a avaliação da participação, por um lado, e para a seleção de assessores jurídicos e financeiros para apoio no processo de alienação, por outro”, avançou ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças.

A Parpública está a realizar consultas ao mercado para a seleção das entidades independentes para a avaliação da participação, por um lado, e para a seleção de assessores jurídicos e financeiros para apoio no processo de alienação, por outro.

Fonte oficial das Finanças

O Executivo explicou, desde o início do processo, que a nacionalização da Efacec era temporária e no Conselho de Ministro em que a decisão foi anunciada ficou estabelecido que o Governo ia começar, de imediato, à procura de um comprador privado para ficar com a participação. Já tinham sido apresentadas, ainda antes da nacionalização, dez propostas não vinculativas para comprar os 67,2% que Isabel dos Santos detinha na empresa. Dessas, tal como avançou o ECO Insider — a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantestinham sido escolhidos três finalistas para uma negociação e proposta vinculativa: a portuguesa Sodécia, o fundo Alpac Capital e a empresa elétrica egípcia Elsewedy.

O assessor financeiro inicialmente escolhido foi a StormHarbour, contudo, nada garante que a opção volte a recair sobre esta boutique financeira.

O Executivo ainda vai ter de publicar, em Diário da República, as condições de reprivatização, mas ainda não há data prevista. Fonte oficial das Finanças garante que esse passo será dado “atempadamente” para garantir a transparência do processo. O ECO sabe que ainda não foram definidas as condições da venda, ou seja, se o Estado vai privilegiar nas propostas a componente financeira ou a qualidade do projeto industrial.

O “Decreto-Lei n.º 33-A/2020, de 2 de julho, esclarece que a intervenção pública, é de natureza transitória”, frisou ao ECO fonte oficial das Finanças, agora lideradas por João Leão. “É uma solução de passagem entre soluções duradouras de mercado”, acrescenta a mesma fonte. Por isso, o Governo está a tentar concluir o processo no mais curto espaço de tempo, “por forma a preservar a concorrência e o caráter competitivo da Efacec, princípios que serão respeitados“, sublinhou fonte oficial das Finanças em resposta às questões colocadas pelo ECO.

A intervenção do Estado visou garantir “a estabilidade do valor financeiro e operacional” da Efacec, “permitindo a salvaguarda dos postos de trabalho, da valia industrial, do conhecimento técnico e da excelência em áreas estratégicas, assim assegurando a prossecução do interesse público”, justificava o decretou lei.

“O processo está a decorrer com celeridade e de acordo com o procedimento legalmente aplicável”, garantiu fonte oficial das Finanças, sendo que o “Governo deu imediatamente início às diligências tendo em vista a alienação no mais curto prazo possível”.

Notícia atualizada às 13h29 com novos esclarecimentos das Finanças sobre a necessidade de o Governo publicar, em Diário da República, as condições de reprivatização da Efacec.

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