Juros da dívida voltam às quedas. Portugal atinge novo mínimo abaixo de 0%

Os juros da dívida da Zona Euro estão em queda esta sexta-feira depois de o BCE ter reforçado a bazuca em 500 mil milhões de euros e prolongando o programa de compras de emergência até 2022.

Há uma nova vaga de descidas nos juros da dívida dos países da Zona Euro, o que acontece depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter cumprido com a palavra ao anunciar um reforço da bazuca para travar os efeitos económicos da pandemia de Covid-19.

O banco central decidiu esta quinta-feira aumentar as compras de dívida no âmbito do Pandemic Emergency Purchases Programme (PEPP) em 500 mil milhões de euros, para 1.850 mil milhões, alargando também o prazo de validade do programa por mais nove meses, até março de 2022. Também prolongou o acesso ao financiamento barato para os bancos até junho de 2022.

Após o anúncio do BCE, assistiu-se a uma subida generalizada dos juros, quando Lagarde revelou que a inflação vai continuar em níveis baixos e o envelope do PEPP “não precisa de ser usado na totalidade”. Mas foi sol de pouca dura e assiste-se novamente a um alívio nos juros de toda a região.

A yield associada às obrigações portuguesas a dez anos segue a tendência e atinge um novo mínimo de sempre nos -0,037%, uma queda de dois pontos base face à sessão anterior. Também no prazo a cinco anos a taxa cai 2,4 pontos base para forçar um novo mínimo em terreno negativo nos -0,49%.

Juros a 10 anos em queda

Fonte: Reuters

Aqui ao lado, Espanha, que durante algum tempo também chegou a ter os juros a dez anos abaixo de 0%, tendo subido entretanto, segue a tendência europeia com a taxa a ceder para 0,007%. Nas obrigações a cinco anos também se dá uma queda da yield para -0,502%. Itália segue o mesmo comportamento, apesar de a taxa a dez anos seguir ainda nos 0,5%.

“Isto será, provavelmente, a última política substancial do BCE por agora, assumindo que a economia recupera e qualquer valorização do euro é modesta”, consideram os analistas do UBS, numa nota enviada aos clientes e citada pela Reuters.

Além da bazuca do BCE, os líderes europeus chegaram esta quinta-feira a um acordo em relação à bazuca europeia de 1,8 biliões de euros, depois de um compromisso no último minuto com a Polónia e Hungria, que estavam a bloquear os fundos devido a questões de condicionalismos no acesso ao dinheiro ligados ao respeito do estado de direito.

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Portugal propõe início da vacinação em simultâneo na UE, a 4 ou 5 de janeiro

O primeiro-ministro português propôs aos líderes dos restantes 26 Estados-membros que o arranque da operação de vacinação contra a Covid-19 se dê no mesmo dia, a 4 ou 5 de janeiro.

O primeiro-ministro português defendeu no Conselho Europeu que a vacinação contra a Covid-19 deve começar no mesmo dia em todos os Estados-membros, eventualmente a 4 ou a 5 de janeiro de 2021. Em declarações a partir de Bruxelas, transmitidas pelas televisões, o chefe do Governo disse que o arranque simultâneo desta operação “é uma meta com que todos nos devemos comprometer”.

Já era pública a intenção da Comissão Europeia de disponibilizar as primeiras doses de vacinas contra a Covid-19 no mesmo dia para todos os Estados-membros. Mas, agora, António Costa defende também que o próprio início da vacinação deve começar em simultâneo em todos os países do bloco. Uma forma simbólica de “aproximar a Comissão Europeia dos cidadãos”, disse.

Costa explicou que a Agência Europeia do Medicamento tem reunião marcada para 29 de dezembro, onde deverá dar aprovação à vacina desenvolvida pelo consórcio BioNTech e Pfizer. “A companhia assegura que, a partir do momento em que tenha a licença, conseguirá colocar a vacina nos diferentes países no dia seguinte”, afirmou o governante. A agência está ainda a analisar os resultados dos ensaios clínicos da vacina da Moderna.

Questionado sobre qual seria a data mais conveniente para o arranque simultâneo da vacinação, António Costa remeteu para os primeiros dias úteis de janeiro: “Dia 29 mete-se a passagem de ano, dia de ano novo… primeiro dia útil é dia 4, dia 5 é o segundo dia útil… vamos coordenar para que tentemos fazer todos no mesmo dia”, calculou. Isto é, a primeira segunda-feira ou terça-feira de 2021.

Sobre este tema, por fim, António Costa disse que “o esquema de distribuição está devidamente articulado com as companhias que produzem as vacinas” e “toda a cadeia logística está identificada” e “desenhada”. “No nosso caso concreto, as Forças Armadas desempenharão um papel crucial para garantir que, conforma as vacinas forem chegando, vão sendo devidamente administradas, para assegurar tão rapidamente quanto possível a imunidade de grupo” dos cidadãos.

“Meses pela frente vão ser ainda muito penosos”

O primeiro-ministro não escondeu o “entusiasmo” com a descoberta das primeiras vacinas eficazes contra o novo coronavírus e com o desbloqueio do impasse em torno dos fundos comunitários, nomeadamente do Fundo de Recuperação de 750 mil milhões de euros para fazer face ao impacto da crise que se gerou.

“Aquilo que todos estamos a precisar é de ter instrumentos para enfrentar esta crise e hoje é credível que a ciência conseguiu desenvolver uma vacina e que a indústria vai poder começar a disponibilizar essa vacina no início do ano”, disse António Costa.

Além disso, o primeiro-ministro de Portugal recordou que é também necessário “combater a dimensão económica e social desta pandemia”. “Para isso, é fundamental dispormos deste Programa de Recuperação e Resiliência, de não haver qualquer interrupção entre o Portugal 2020 e o Portugal 2030, e que na UE não tivesse de paralisar a sua atividade a partir e janeiro”, apontou.

Na quinta-feira, foi confirmado oficialmente o acordo que desbloqueou o impasse sobre os fundos europeus, provocado pela ameaça de veto da Polónia e da Hungria.

Mesmo assim, avisou: “Os meses que estão pela frente vão ser ainda muito penosos, mas existe luz ao fundo do túnel e o túnel é possível de ser percorrido e vencido.”

Portugal tem “vantagem competitiva” na descarbonização

No rescaldo do acordo assumido pelos líderes europeus para o corte em 55% das emissões de dióxido de carbono até 2030, António Costa lembrou ainda que Portugal está mais bem posicionado do que os pares para atingir as metas climáticas da UE.

“O ponto de partida para a adaptação climática é diferente, os recursos naturais e a história são diferentes. Portugal é o país que está em melhores condições para alcançar estas metas, porque foi dos que mais cedo começou a investir nas energias renováveis, o que na altura suscitou muitas críticas”, apontou. Lembrou, assim, que 54% da energia consumida pelo país já tem origem em fontes sustentáveis e disse ainda que o país tem “recursos naturais muito importantes” para poder ser “o campeão das renováveis”.

“É uma vantagem competitiva muito grande que temos”, disse António Costa, sublinhando que os países europeus não partem “todos do mesmo ponto de partida”, porque as condições “não são as mesmas”. “Houve um trabalho negocial muito profundo ao longo da noite para permitir que houvesse este acordo”, disse.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h49)

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Ambientalistas elogiam compromisso da UE mas querem emissões a cair 65% até 2030

"A trajetória para a neutralidade climática em 2050 requer uma redução de 65% entre 1990 e 2030. Note-se que o Parlamento Europeu defende uma redução de 60% de emissões", frisou a Zero em comunicado. 

Para a ZERO e para as organizações não-governamentais de ambiente europeias, a adoção de uma meta doméstica de redução líquida de “pelo menos 55%” entre 1990 e 2030 é uma conquista importante para a liderança da União Europeia no domínio do clima.

“Porém, esta liderança da Europa fica mesmo assim aquém do necessário para a União Europeia estar em linha com o Acordo de Paris. Trata-se de uma meta líquida, isto é, contemplando as florestas como sumidouros, correspondendo assim a uma redução efetiva menor, entre 50 e 53% e quando a trajetória para a neutralidade climática em 2050 requer uma redução de 65% entre 1990 e 2030. Note-se que o Parlamento Europeu defende uma redução de 60% de emissões”, frisou a Zero em comunicado.

Este sábado, 12 de dezembro, data em se assinala o 5º aniversário sobre a data em que foi selado, na COP21 o Acordo de Paris, terá lugar a Cimeira da Ambição do Clima, que apresenta uma oportunidade para mais de 70 Chefes de Estado e de Governo apresentarem novos compromissos ambiciosos na luta contra as alterações climáticas.

Copatrocinada pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, as presidências das cimeiras do clima da ONU (Chile para a COP25 e Reino Unido e Itália para a COP26), o evento fornece uma plataforma para políticos, negócios, investidores e líderes para mostrar mudanças significativas que implementam de acordo com os três pilares do Acordo de Paris: mitigação, adaptação e financiamento climático. A UE será representada pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, com 13 chefes de Estado e de Governo europeus, incluindo Portugal.

Mesmo a tempo desta Cimeira da Ambição sobre o Clima, a UE acordou na véspera “um novo objetivo, que homenageia uma liderança política ousada e mostra como o Acordo de Paris se tornou um catalisador para a ação climática na economia real. Um ano antes da COP26, a UE marca o momento em que as expectativas internacionais se concentram em ações decisivas de mitigação, adaptação e financiamento climático durante a próxima década. Embora as metas mais altas para 2030 tenham sido anunciadas pela UE e pelo Reino Unido e figurem com destaque nos planos do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, o financiamento do clima e a resiliência ainda são amplamente negligenciados“, sublinha a Zero.

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Nadia Calviño assegura que Espanha vai crescer este trimestre, apesar do impacto da pandemia

A vice-primeira-ministra espanhola assegura que Espanha vai manter uma tendência de crescimento no quarto trimestre deste ano, frisando que a segunda vaga da pandemia não é tão "dura" como a primeira.

A vice-primeira-ministra espanhola, que é também ministra dos Assuntos Económicos e da Transformação Digital, assegurou que o Produto Interno Bruto (PIB) espanhol vai manter uma tendência de crescimento no quarto trimestre deste ano, isto apesar do impacto das medidas restritivas aplicadas na segunda vaga da pandemia.

Os cenários mais negativos vão-se desvanecendo e, com muita cautela, prevemos que no quarto trimestre continuaremos a recuperar e seguindo uma evolução positiva do PIB”, assinalou Nadia Calviño, no encontro “La Noche de la Economia”, promovido pelo jornal espanhol El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol). Segundo a ministra espanhola, o tecido produtivo “demonstrou que, em circunstâncias adequadas, pode erguer-se com rapidez e recuperar o crescimento com força e em pouco tempo”.

Neste contexto, Nadia Calviño considera que a segunda vaga da pandemia “não será tão dura em termos económicos como a primeira” e defendeu que os dados económicos das últimas semanas “atestam” essa realidade de recuperação. “O nosso cenário central prevê que se mantenha neste quarto trimestre a evolução positiva da economia e, portanto, a recuperação vai continuar e podemos preservar esta base sólida para alcançarmos um forte crescimento em 2021″, acrescentou.

Para a vice-presidente espanhola, a favorecer esta recuperação estão também os desenvolvimentos das vacinas contra a Covid-19, bem como a aprovação do Orçamento do Estado espanhol e o desbloqueio da bazuca europeia. Esta quinta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que os Estados-membros chegaram a um acordo final sobre o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027 e o Fundo de Recuperação europeu (Próxima Geração UE).

Nas previsões de novembro, a Comissão Europeia viu uma contração menos expressiva na economia europeia do que nas últimas previsões, divulgadas em julho. Contudo, esta “ligeira melhoria não se repercutiu em todos os países. Espanha, o principal parceiro comercial de Portugal, viu as estimativas de Bruxelas serem agravadas, apontando para uma contração de 12,4%, pior que os 10,9% da anterior estimativa. O país vizinho passa assim a ser aquele que maior impacto sentirá com a pandemia, superando Itália que deverá cair 9,9% (contra 11,2% em julho).

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Emissões mundiais de dióxido de carbono com redução histórica de 7% devido à pandemia

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2020

Segundo os cientistas, a histórica redução deve-se sobretudo ao facto de as pessoas terem ficado em casa, viajando menos de carro e de avião.

A pandemia confinou populações, reduziu viagens e quase paralisou a economia, levando o planeta a diminuir emissões de dióxido de carbono (CO2) em 7%, a maior queda de sempre, segundo dados preliminares de um grupo de cientistas.

O Projeto Carbono Global, formado por dezenas de cientistas internacionais, calculou que o mundo terá lançado 34 mil milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera em 2020, contra 36,4 mil milhões de toneladas em 2019, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista Earth System Science Data.

Segundo os cientistas, a histórica redução deve-se sobretudo ao facto de as pessoas terem ficado em casa, viajando menos de carro e de avião.

O transporte terrestre representa cerca de um quinto das emissões de dióxido de carbono, provenientes da combustão de combustíveis fósseis, principais responsáveis pelo aquecimento global que dá origem a alterações climáticas.

Os cientistas alertaram, no entanto, que as emissões de gases poluentes voltarão a aumentar após o fim da pandemia.

“Claro que o confinamento não é de maneira nenhuma a forma de combater as alterações climáticas”, disse Corinne LeQuere, cientista climática da Universidade de East Anglia e co-autora do estudo.

O grupo de cientistas tinha previsto quedas nas emissões de 4% a 7% este ano, dependendo da progressão da pandemia de Covid-19. Uma segunda vaga do novo coronavírus e reduções contínuas nas viagens levaram a diminuição a atingir os 7%, explicou LeQuere.

As emissões diminuíram 12% nos Estados Unidos e 11% na Europa, mas apenas 1,7% na China, que iniciou mais cedo o confinamento e não registou segunda vaga, com a indústria a ser igualmente menos afetada que noutros países.

Apesar da redução sem precedentes das emissões de CO2 em 2020, o mundo colocou em média 1.075 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera a cada segundo.

Os cientistas esperam que o mundo tenha aprendido algumas lições com a pandemia.

“À medida que as pessoas se habituam a fazer teletrabalho um par de dias por semana ou se apercebem que não precisam de fazer tantas viagens de negócios, poderemos ver diminuir as emissões futuras relacionadas com o comportamento”, apontou o diretor do Stanford Woods Institute for the Environment, Chris Field, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

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Nas notícias lá fora: défice dos EUA, PIB espanhol e vacina da Pfizer

  • ECO
  • 11 Dezembro 2020

Nos EUA, o défice federal aumentou, em termos homólogos, 25,1% nos dois primeiros meses do ano fiscal. Em Espanha, Nadia Calviño assegura que o PIB espanhol vai continuar a crescer este trimestre.

Os números em torno do impacto económico da crise provocada pela pandemia continuam a chegar. Nos Estados Unidos, o défice aumentou, em termos homólogos, 25,1% nos dois primeiros meses do ano fiscal. E em Espanha, a vice-primeira-ministra assegura que o PIB vai manter uma tendência de crescimento no quarto trimestre deste ano. Ainda no plano pandémico, um painel de especialistas norte-americanos considerou que os benefícios conhecidos da vacina da Pfizer superam os riscos.

El Economista

Vice-primeira-ministra espanhola assegura que Espanha vai crescer este trimestre, apesar do impacto da pandemia

A vice-primeira-ministra espanhola, que é também ministra dos Assuntos Económicos e da Transformação Digital, assegurou que o Produto Interno Bruto (PIB) espanhol vai manter uma tendência de crescimento no quarto trimestre deste ano, isto apesar do impacto das medidas restritivas aplicadas na segunda vaga da pandemia. “Os cenários mais negativos vão-se desvanecendo e, com muita cautela, prevemos que no quarto trimestre continuaremos a recuperar e seguindo uma evolução positiva do PIB”, assinalou Nadia Calviño. A seu ver, a segunda vaga da pandemia “não será tão dura, em termos económicos, como a primeira”. Nas últimas previsões da Comissão Europeia, Espanha viu as estimativas de Bruxelas serem agravadas, apontando para uma contração de 12,4%, pior que os 10,9% da anterior estimativa.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Associated Press

Défice dos EUA aumenta 25,1% nos dois primeiros meses do ano fiscal

O défice federal dos EUA subiu, em termos homólogos, 25,1% nos dois primeiros meses do ano fiscal, anunciou o Departamento do Tesouro. O défice acumulado em outubro e novembro ascende a 429,3 mil milhões de dólares (353,5 mil milhões de euros), que compara com os 343,3 mil milhões de dólares registados naqueles meses de 2019. O défice reflete um aumento de 8,9% nos gastos, para 886,6 mil milhões de dólares, e uma descida de 2,9% nas receitas fiscais, para 457,3 mil milhões. No ano fiscal de 2019, que terminou em 30 de setembro, o défice atingiu um valor recorde de 3,1 biliões de dólares.

Leia a notícia completa na Associated Press (acesso livre, conteúdo em inglês).

Financial Times

Painel de ciência dos EUA votam a favor da vacina da Pfizer/BioNTech

Um painel de conselheiros externos à agência reguladora do medicamento dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA)​, votou a favor da aprovação do uso de emergência da vacina da Pfizer contra a Covid-19 do outro lado do Atlântico. Os especialistas defenderam que os benefícios desta vacina são maiores que os riscos, para indivíduos com mais de 16 anos. Após um debate acalorado, 17 membros votaram a favor, enquanto quatro votaram contra e um se absteve. A votação abre o caminho para uma decisão final da FDA, que pode chegar nos “próximos dias”, para aprovar a vacina da Pfizer com o parceiro alemão BioNTech, depois de esta já ter sido autorizada no Reino Unido –– tendo este país arrancado já com o plano de vacinação –, Canadá e no Bahrein.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Disney+ arrecada 86,8 milhões de assinantes em ano de queda das bilheteiras

O serviço de streaming Disney+, lançado pela Walt Disney em novembro de 2019, arrecadou 86,8 milhões de assinantes até ao início de dezembro, alcançando num ano o objetivo que tinha sido projetado para 2024. Com as receitas das bilheteiras em queda livre e vários parques temáticos encerrados por causa da pandemia de Covid-19, a Walt Disney disse aos investidores na sua apresentação anual que vai dirigir o seu foco para as plataformas dirigidas diretamente aos consumidores. “O Disney+ excedeu as nossas expectativas mais loucas”, afirmou o CEO da Walt Disney, Bob Chapek.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Aljazeera

Magnata dos media Jimmy Lai acusado ao abrigo da lei de segurança nacional

O magnata dos media de Hong Kong Jimmy Lai, conhecido pelas posições pró-democracia, foi acusado ao abrigo da lei de segurança nacional do território. Jimmy Lai, de 73 anos, proprietário do jornal Apple Daily, que tem liderado as críticas ao executivo de Hong Kong, alinhado com Pequim, foi acusado por suspeita de conluio com forças estrangeiras e por pôr em perigo a segurança nacional. Lai já tinha sido detido por suspeitas de violar a lei de segurança nacional em agosto, mas foi libertado pouco depois sob fiança, sem ser formalmente acusado.

Leia a notícia completa na Aljazeera (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Cenário mais provável para Bruxelas é pós-Brexit sem acordo

A presidente da Comissão Europeia terá dito aos líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia que um pós-Brexit sem acordo com o Reino Unido é agora o cenário mais provável.

A probabilidade de um pós-Brexit sem acordo é agora maior do que a probabilidade de vir a ser assinado um acordo para a relação futura entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido, terá dito a presidente da Comissão Europeia aos líderes dos 27 Estados-membros esta sexta-feira. A notícia foi avançada pela Reuters (conteúdo em inglês).

Numa reunião em Bruxelas, Ursula von der Leyen terá optado por preparar os líderes europeus para um cenário em que o período de transição do Brexit termina sem um acordo entre a UE e o Reino Unido, algo que vê agora como o cenário mais provável. Ainda assim, a presidente terá falado menos de dez minutos sobre o tema, sublinha a agência noticiosa.

“A probabilidade de não haver acordo é maior do que a de um acordo”, disse uma fonte da Comissão Europeia em declarações à Reuters, citando a presidente Ursula von der Leyen. “A situação é difícil. Os principais obstáculos continuam”, acrescentou a mesma fonte.

Também Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, tinha alertado na quinta-feira para essa possibilidade, dia em que a Comissão Europeia optou por publicar uma espécie de plano de contingência para a possibilidade de um pós-Brexit sem acordo.

Von der Leyen e Boris Johnson têm até este domingo para decidir se vale a pena continuar as negociações, numa altura em que ainda existem divergências. O período de transição acaba no fim deste ano.

(Notícia atualizada às 13h06 com mais informação)

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Preço do Disney+ sobe dois euros em Portugal com adição de novos conteúdos

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2020

O preço do serviço de 'streaming' Disney+ vai aumentar dois euros em Portugal e nos países europeus, passando para 8,99 euros, devido a adição de conteúdos da marca Star.

O preço do serviço de streaming Disney+ vai aumentar dois euros em Portugal e nos países europeus, passando para 8,99 euros, devido à adição de conteúdos na marca Star a partir de fevereiro de 2021, anunciou a empresa.

Segundo explicou a responsável de Operações Internacionais e Direto ao Consumidor da Walt Disney, Rebecca Campbell, a adição dará acesso a conteúdos televisivos para audiências mais velhas, alargando o que até agora foi um catálogo virado para a família.

“O Star estará totalmente integrado no Disney+”, afirmou Campbell durante o Investor Day da companhia, que decorreu esta madrugada em Los Angeles.

O aumento de dois euros é justificado pela inclusão de uma “robusta coleção das melhores séries e filmes originais” da empresa, disse a responsável, referindo que os consumidores europeus também terão acesso a séries FX e filmes 20th Century. Haverá ainda investimento em conteúdos locais.

A marca Star só vai existir nos mercados internacionais e funciona como uma versão da Hulu fora dos Estados Unidos. Na Europa, estará focada em séries e filmes, e na América Latina o investimento será em desporto ao vivo, com um serviço individualizado chamado Star+ a chegar em junho de 2021.

“Os nossos lançamentos pelo mundo fora são a chave para o crescimento da base de assinantes”, disse Campbell.

O diretor de produto Disney+, Jerrell Jimerson, explicou que, com o alargamento do tipo de conteúdos disponíveis, haverá novos controlos parentais para permitir ou bloquear acesso a filmes e séries cuja classificação exceda 14 anos de idade.

Alguns exemplos desses conteúdos são a série “Agents of S.H.I.E.L.D.” ou o filme “Logan”, disse o responsável.

O aumento do preço também reflete o maior investimento da empresa em conteúdos de todos os tipos, tendo sido apresentados cerca de 100 novos títulos que estão em preparação para as várias marcas.

Com muitas novidades no universo de “Guerra das Estrelas” e Marvel, ficou a saber-se que vários novos filmes irão exclusivamente para o Disney+, como é o caso de “Pinóquio”, “Peter Pan e Wendy” e “Disenchanted”.

No entanto, o presidente executivo (CEO), Bob Chapek, reconheceu que o poder da Walt Disney foi construído nas salas de cinema e lembrou que a companhia encaixou cerca de 13 mil milhões de dólares em receitas de bilheteira em 2019.

Alguns filmes vão ter estreias simultâneas nos cinemas e no serviço ‘premium’ dentro do Disney+, o Premier Access. “O comportamento dos consumidores impulsiona a nossa tomada de decisões”, explicou o responsável do grupo de novos media e entretenimento, Kareem Daniel. “Todos os nossos filmes e séries vão acabar por chegar às nossas plataformas direto-ao-consumidor”.

A empresa já tinha lançado o filme “Mulan” no Disney+ em setembro e será também aqui que estreará a nova longa-metragem da Pixar, “Soul”, no dia de Natal.

Disney+ arrecada 86,8 milhões de assinantes em ano de queda das bilheteiras

O serviço de streaming Disney+, lançado pela Walt Disney em novembro de 2019, arrecadou 86,8 milhões de assinantes até ao início de dezembro, alcançando num ano o objetivo que tinha sido projetado para 2024.

Com as receitas das bilheteiras em queda livre e vários parques temáticos encerrados por causa da pandemia de Covid-19, a Walt Disney disse aos investidores na sua apresentação anual que vai dirigir o seu foco para as plataformas dirigidas diretamente aos consumidores.

“O Disney+ excedeu as nossas expectativas mais loucas”, afirmou o CEO da Walt Disney, Bob Chapek, no Investor Day que decorreu esta madrugada a partir de Los Angeles. “O nosso objetivo é servir os consumidores da melhor forma possível”, disse o executivo, sublinhando os “desafios duros” que a indústria enfrenta por causa da pandemia. “Estamos a encontrar novas formas de entreter as pessoas”, acrescentou.

Em resultado do novo foco, vários títulos Disney e Pixar que foram desenvolvidos para o cinema passarão para o Disney+ ou terão estreias simultâneas nas salas de cinema e na plataforma de streaming, que inclui uma subcamada paga denominada “Premier Access”. Dos 100 títulos anunciados no Investor Day, 80% irão diretamente para streaming.

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Seis em cada dez portugueses estão a poupar mais por causa da pandemia

Pandemia afetou 34% dos rendimentos dos portugueses, que estão agora mais cautelosos. 67% tentam poupar mais do que anteriormente e estão preocupados com a estabilidade financeira.

A pandemia de Covid-19 teve um impacto sem precedentes nos consumidores e Portugal não é exceção. Mais de 30% dos portugueses viram os seus rendimentos serem afetados pela crise provocada pelo novo coronavírus, de acordo com os resultados de um inquérito divulgado esta sexta-feira pela consultora EY. Além disso, os portugueses estão mais cautelosos onde gastam o dinheiro, com 67% a tentarem poupar mais do que anteriormente.

O inquérito, realizado entre 28 de setembro e 31 e outubro deste ano, inclui 21 países a nível mundial, e tem como objetivo retratar o impacto da pandemia na vida dos consumidores. Em resultado desta crise sanitária, 91% dos portugueses dizem ter mudado a forma como compram, 82% a forma como trabalham e 54% os produtos que compram.

Intitulado “EY Future Consumer Index”, este inquérito revela que há, de facto, uma mudança no comportamento dos consumidores, não só à escala global, mas também a nível nacional. “Estamos, claramente, a assistir a uma economia que resulta de novos hábitos de consumo e que privilegia a diminuição do contacto social próximo, afasta-nos e aumenta as restrições de saúde sanitária. Tal terá impacto nas formas como vivemos, como trabalhamos, como compramos, como nos divertimos, movimentamos e usamos a tecnologia. Terá e já tem. Os resultados estão à vista”, sinaliza Sérgio Ferreira, diretor executivo do departamento de experiência digital e do cliente da EY Portugal, citado em comunicado.

Além disso, os portugueses viram os seus rendimentos serem afetados pela pandemia: 34% admitiram que têm agora rendimentos mais baixos. Por isso, estão também a ser mais cautelosos na forma como gastam o dinheiro. Oito em cada dez (80%) admitem pensar com mais cuidado onde gastam dinheiro, sendo que 67% estão a poupar mais e 66% a cortar em gastos desnecessários. E isto reflete-se já nas épocas festivas que estão à porta, com 71% a dizerem que vão gastar menos na festas de Natal e Passagem de Ano.

Maioria dos portugueses tem receio de andar de transportes

As restrições impostas pelo Governo para travar a propagação do SARS-CoV-2 — que agora são calibradas em função dos concelhos de risco vieram também, naturalmente, limitar os hábitos de consumo. Nesse sentido, a generalidade dos portugueses passou a gastar menos em atividades de lazer fora de casa, férias, produtos de luxo e outros prazeres. Em contrapartida, os serviços de entrega de supermercado ao domicílio ganharam força. Verificou-se ainda uma alteração nos hábitos alimentares dos portugueses, que passaram a comprar mais alimentos frescos, enlatados e secos, e congelados.

Grande parte dos inquiridos revela desconforto em viajar em transportes públicos e de avião, fazer um cruzeiro, ir ao ginásio e a eventos/espetáculos.D.R.

Quanto ao conforto que os consumidores sentem nas atividades do dia-a-dia há também algumas alterações. A maioria dos lusitanos (mais de 80%) sentem-se desconfortável em andar nos transportes públicos, isto apesar de um estudo apresentado por Henrique de Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, numa das reuniões do Infarmed ter garantido que não há evidências de que estes locais são fatores de risco acrescido de infeção pelo novo coronavírus. Fazer um cruzeiro, viajar de avião, ir ao ginásios ou a eventos/ espetáculos são outras atividades que causam desconforto aos consumidores.

Em contraponto, este estudo conclui que, apesar das limitações impostas pela Covid-19, a maioria dos consumidores portugueses ainda se sente confortável a fazer compras em supermercados, a passear em público, ir para o seu local de trabalho e comer em restaurantes.

Estabilidade financeira é a maior preocupação

Quanto ao regresso à normalidade, as perspetivas são diferentes. Mais de seis em cada dez portugueses (64%), contam que o trabalho volte ao normal dentro de dias ou semanas, 26% dentro meses e apenas 10% em anos ou mesmo nunca. Quanto à vida social, 41% espera que volte ao normal dentro de dias ou semanas, 45% em meses e 12% em anos ou nunca.

Portugueses estão pessimistas quanto à rapidez da estabilidade financeira e à possibilidade de viajar no regresso à normalidade.D.R.

Mas é sobre a estabilidade financeira que os portugueses estão mais pessimistas, apenas 25% acreditam que vai voltar ao normal entre dias/ semanas, 45% em meses e 35% em anos ou nunca.

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Vacina Sanofi-GSK adiada até pelo menos o quarto trimestre de 2021

  • Lusa e ECO
  • 11 Dezembro 2020

Adiamento é justificado com a "resposta insuficiente" que tem sido observada entre os idosos durante os estudos de fase intermediária I /II que estão a ser realizados.

A vacina contra a Covid-19 que está a ser desenvolvida pelos grupos farmacêuticos Sanofi e GSK não estará pronta no início do segundo semestre de 2021 como esperado e será adiada pelo menos até ao quarto trimestre.

Em comunicado, o grupo francês Sanofi e o britânico GSK explicaram este adiamento com a “resposta insuficiente” que tem sido observada entre os idosos durante os estudos de fase intermediária I /II que estão a ser realizados.

Na nota, o grupo especificou que os resultados obtidos mostraram uma resposta imunológica em adultos dos 18 aos 49 anos “comparável à dos pacientes que se recuperaram de uma infeção Covid-19, mas uma resposta imunológica fraca entre adultos com mais velhos”. Os laboratórios consideram que isto se deve “à concentração insuficiente de antígeno”.

Por isso, o grupo quer “afinar a concentração de antígenos para obter uma alta resposta imunológica em todas as faixas etárias”.

Tendo em conta estes factos, a Sanofi e a GSK vão lançar um estudo de fase IIb que deve começar em fevereiro próximo e, se os resultados forem positivos, passará para a fase III (envolvendo várias dezenas de milhares de pessoas) “no segundo trimestre de 2021”.

“A formulação do produto não é satisfatória. É importante otimizá-la, pode demorar um pouco mais”, disse à AFP Thomas Triomphe, vice-presidente da área de vacinas da Sanofi.

A Sanofi, que está a desenvolver a vacina em conjunto com a GSK – que a fornece com o seu adjuvante -, tinha iniciado recentemente a última fase dos testes em humanos antes da aprovação das autoridades (“fase 3”).

A gigante farmacêutica francesa, uma das principais produtoras de vacinas do mundo, esperava poder produzir um bilião de doses em 2021.

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Líderes europeus acordam reduzir emissões de CO2 em 55% até 2030

  • Lusa
  • 11 Dezembro 2020

Os líderes europeus, reunidos em Bruxelas, chegaram a um acordo ao início da manhã para reduzir as emissões de CO2 em 55% até 2030, em relação aos níveis de 1990.

Os líderes europeus, reunidos em Bruxelas, chegaram a um acordo ao início da manhã para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 55% até 2030, em relação aos níveis de 1990. O acordo foi anunciado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, após um longo debate que se prolongou durante a madrugada, e surge um dia antes de se assinalar, a 12 de dezembro de 2020, o 5º aniversário da data em que foi selado o histórico Acordo de Paris, na COP21, em 2015.

A meta será negociada e integrada na Lei Europeia do Clima durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, no primeiro semestre de 2021.

“A Europa é líder na luta contra as alterações climáticas. Decidimos reduzir as nossas emissões de gases com efeito de estufa pelo menos 55% até 2030″, escreveu Charles Michel na rede social Twitter:

O Conselho Europeu já se tinha comprometido, em dezembro de 2019, em atingir a neutralidade climática até 2050, tendo a Polónia — com mais de 75% da sua economia e cerca de 80.000 mineiros dependentes da indústria do carvão — recusado assinar a declaração, na altura.

Os líderes dos 27 mantinham-se, no entanto, reticentes em aceitar a nova proposta da Comissão de reduzir as emissões em 55% até 2030, substituindo a meta anteriormente estipulada na lei Europeia do Clima que previa um corte de 40% das emissões.

Já o Parlamento Europeu aumentou as ambições da Comissão, pedindo um corte de 60% das emissões em 2030 na sessão plenária de outubro, tendo os eurodeputados referido que é a única maneira de a UE “estar em linha com a ciência”.

Com a adoção da proposta para um novo objetivo climático, os líderes dos 27 prosseguem agora os trabalhos para concluir a cimeira do Euro, em formato inclusivo, isto é com a presença dos países que ainda não aderiram à moeda única.

Na agenda dos trabalhos desta está ainda a questão do ‘Brexit’, depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, terem acordado em manter as negociações para um futuro acordo comercial até domingo.

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Galp Energia cai mais de 2% e pressiona Lisboa, juros continuam abaixo de zero

O risco de um "no-deal" no pós-Brexit está a assustar os investidores e leva o PSI-20 a interromper o ciclo de sete sessões a subir. Juros das obrigações a dez anos continuam abaixo de zero.

As bolsas europeias abriram em baixa, contrariando a tendência positiva dos mercados asiáticos. O principal índice português acompanha as quedas, numa sessão de maior cautela da parte dos investidores, face ao risco de falhanço nas negociações para o pós-Brexit, uma notícia que está a ofuscar o entusiasmo com a extensão do programa de compra de ativos, anunciada na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).

Enquanto o Stoxx 600 cai 0,13%, o francês CAC-40 perde 0,27%, o alemão DAX cai 0,30%, o espanhol IBEX-35 recua 0,44% e o britânico FTSE 100 regista um ganho marginal de 0,05%. O português PSI-20 cede 0,69%, para 4.772,63 pontos, com o grosso das cotadas a negociarem no vermelho e a Galp Energia a pressionar significativamente o índice.

A petrolífera lidera as quedas e recua 2,08%, para 9,116 euros por ação, seguindo a contraciclo com os preços do petróleo: o Brent, referência para as importações nacionais, avança 0,74%, para 50,62 dólares o barril. Também o BCP se destaca com uma perda de 1,90%, para 12,42 cêntimos.

A operadora Nos regista o terceiro pior desempenho da sessão. A telecom liderada por Miguel Almeida recua 1,44%, para 3,15 euros, numa altura em que está em curso o leilão de frequências do 5G.

No setor da eletricidade, o sentimento é misto, com a EDP a cair 0,38%, para 4,747 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis trava parcialmente as perdas no índice ao registar um ganho de 0,11%, para 18,56 euros.

O PSI-20 caminha assim para uma interrupção de um ciclo de sete sessões consecutivas de ganhos. Na quinta-feira, o BCE reforçou a sua “bazuca” com mais 500 mil milhões de euros, para um total de 1,85 biliões, tendo prolongado o programa de compra de ativos até, pelo menos, março de 2022, o que animou os mercados de capitais.

Neste cenário, no mercado secundário de dívida soberana, os juros da dívida portuguesa continuam a negociar em terreno negativo. A yield das obrigações a dez anos transaciona nos -0,037, uma redução de 2,1 pontos base.

(Notícia atualizada às 8h36 com acentuar da queda da Galp)

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