Vodafone desiste de fazer parte da moeda virtual do Facebook
A Vodafone tornou-se a oitava empresa a desistir de integrar o consórcio que está a desenvolver a Libra. Renúncia é mais um passo atrás no projeto do Facebook.
Há uma nova baixa na criptomoeda do Facebook. A Vodafone é a oitava empresa a desistir do consórcio que está a desenvolver o projeto, seguindo os passos de empresas como a Visa e a MasterCard, anunciou a operadora num comunicado citado pelo Expansión.
“Podemos confirmar que a Vodafone já não é membro da Associação Libra”, indicou fonte oficial da empresa, referindo-se a um consórcio fundado por 29 empresas, incluindo a luso-britânica Farfetch. PayPal, eBay, Stripe, Visa, MasterCard, Booking Holdings e Mercado Pago já tinham renunciado ao projeto.
A desistência da Vodafone é mais um passo atrás no projeto do Facebook para criar uma moeda universal, que servirá para pagamentos e transferências na internet. A intenção é que a moeda Libra tenha valor indexado a um conjunto de ativos com valor de mercado real, mas a ideia de uma moeda universal gerida por empresas privadas não está a agradar às autoridades.
O Facebook tem encontrado resistência ao projeto em Washington (EUA), mas também em Bruxelas, com a Comissão Europeia a assumir ao ECO, no ano passado, que a empresa poderia necessitar de uma licença para poder lançar a Libra na União Europeia. O Facebook quer que a moeda comece a funcionar na primeira metade deste ano, mas os reguladores têm pedido mais esclarecimentos à empresa e exigem um travão à pretensão de Mark Zuckerberg, pelo menos enquanto todas as dúvidas não forem esclarecidas.
Os reguladores têm apontado problemas como os riscos que uma moeda universal pode trazer ao sistema financeiro mundial, bem como falta de transparência na forma como a Libra será gerida. Além disso, há receios em torno da proteção da privacidade dos utilizadores.
A rede social, por sua vez, explica que a Libra poderá facilitar o acesso a serviços financeiros que, de outra forma, não estariam acessíveis a algumas comunidades. A empresa garante também que não controlará os destinos da Libra, mas sim exercerá a mesma influência no consórcio que todos os demais membros fundadores.
Para além da Farfetch, empresas como a Uber, Lyft, Coinbase e Spotify mantêm-se na associação, resistindo às sucessivas desistências. Já a participação do Facebook na associação dá-se através de uma subsidiária chamada Calibra.
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