Banca deve ser “diligente na prevenção do branqueamento de capitais”, diz o governador Carlos Costa
O governador do Banco de Portugal destacou a eficiência dos bancos no branqueamento de capitais entre os principais desafios que a banca enfrenta.
Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, destacou a importância do combate ao branqueamento de capitais, entre os principais desafios que identifica no futuro da banca portuguesa. E, neste âmbito, diz ser necessário que os bancos sejam “diligentes e eficazes” nesse combate.
O alerta do regulador foi feito esta quinta-feira durante a “Banking Summit”, um evento organizado pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), subordinado ao tema “Que banca queremos em Portugal?”. Durante a apresentação, o responsável do supervisor do sistema bancário português começou por dizer que é necessário que “os bancos interiorizem e antecipem a dinâmica regulatória e que façam do respeito das regras da supervisão não só uma obrigação, mas também uma vantagem competitiva geradora de confiança do mercado”.
Entre os vários pontos que destacou nesse quadro, não passou ao lado do tema que tem estado na ordem do dia e que saltou para a ribalta após o escândalo do Luanda Leaks que envolve Isabel dos Santos e, também, o EuroBic.
Sem referir casos concretos, Carlos Costa apelou, contudo, a que os bancos sejam “diligentes e eficazes na prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo”.
“Cumpre aos bancos cumprir a lei 83/2017″, especificou o governador do Banco de Portugal, referindo-se à lei que estabelece medidas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, e que prevê que os bancos comuniquem às autoridades operações financeiras suspeitas, podendo mesmo suspendê-las.
Carlos Costa disse ainda que “os bancos têm de assegurar que as linhas de defesa se encontram plenamente operacionais e focadas na sustentabilidade das instituições e na salvaguarda da confiança pública na sua atividade”, sublinhando que “só dessa forma conseguirão evitar a materialização de eventos que ponham em causa a sua solidez financeira e a confiança pública”.
(Notícia atualizada pela última vez às 17h45)
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