Vírus castiga Wall Street. Dow Jones perde mais de 1.000 pontos
As bolsas norte-americanas desvalorizaram 3% num dia de fortes quedas nos mercados acionistas em todo o mundo. As companhias aéreas foram das mais penalizadas por causa do surto de coronavírus.
As bolsas norte-americanas viveram um dia negro, com os principais índices a registarem perdas acima dos 3%. Os mercados acionistas em todo o mundo estiveram sob pressão, perante os receios de que a epidemia de coronavírus esteja perto de se tornar uma pandemia, com sérias implicações para a saúde pública e para a recuperação da economia mundial.
Depois dos máximos históricos alcançados em semanas anteriores, o otimismo dos investidores dissipou-se com a confirmação de mais de duas centenas de casos no norte de Itália, o que é particularmente preocupante numa União Europeia sem fronteiras.
Assim, depois das fortes perdas nas bolsas europeias, os índices dos EUA seguiram a tendência: o S&P 500 caiu 3,24%, para 3.229,56 pontos; o industrial Dow Jones recuou 3,46%, uma queda de mais de 1.000 pontos, para 27.989,12 pontos; e o tecnológico Nasdaq cedeu 3,57%, para 9.234,54 pontos.
As principais quedas foram registadas no setor da aviação civil, com as companhias aéreas a serem penalizadas pelas restrições nas deslocações que estão a ser levantadas em vários países, numa tentativa de prevenir a propagação do vírus. A Delta Air Lines caiu 6,31%, a American Airlines perdeu 8,52% e a United Airlines desvalorizou 3,29%.
Mas as perdas estenderam-se à generalidade dos setores, com o tecnológico a sofrer com o potencial impacto do surto nas cadeias de fornecedores. A Apple derrapou 4,73%, para 298,2 dólares, enquanto as ações da Amazon recuaram 4,13%, para 2.009,17 dólares.
O petróleo também esteve em foco, perante as perspetivas de menor procura. Os futuros do WTI cedem 4,01%, para 51,24 dólares o barril, arrastando as ações das empresas do setor petrolífero. A Exxon Mobil recuou 4,68%, para 56,37 dólares.
Perante este cenário, os investidores procuraram refúgio em ativos como o ouro. O preço da onça avançou 0,90% e superou os 1.600 dólares, valendo agora cerca de 1.658 dólares.
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