PSD “não está sozinho”. “Centeno em Bruxelas duvida de Centeno em Lisboa”, diz Rio

O debate do OE2020 entra esta quinta-feira na reta final. A votação final global está marcada para hoje. Mas antes é preciso saber o que acontece ao IVA da luz que voltará a ser votado.

O debate do OE2020 entra esta quinta-feira na reta final. A votação final global está marcada para hoje. Mas antes é preciso saber o que acontece ao IVA da luz que voltará a ser votado.

(Notícia em atualização)

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Lagarde alerta que juros baixos limitam a margem de manobra do BCE numa nova crise

Desafios associados à desaceleração económica, ao envelhecimento populacional, bem como o legado da crise financeira são, segundo a presidente do banco central, justificação para rever a estratégia.

Uma década de políticas monetárias para combater a crise e estimular a economia estão a deixar o Banco Central Europeu (BCE) com espaço limitado de atuação. O alerta foi feito pela própria presidente Christine Lagarde, esta quinta-feira na audição trimestral no Parlamento Europeu, onde apontou para novas preocupações como o coronavírus.

“Passaram mais de 16 anos desde que o BCE reviu a estratégia, pela última vez. Como discutimos em dezembro, desde 2003 que a economia mundial sofreu profundas mudanças estruturais que transformaram o ambiente em que a política monetária opera”, começou por dizer Lagarde, que lançou este mês a revisão estratégica do banco central, que deverá decorrer ao longo deste ano.

“Mais especificamente, a tendência decrescente de crescimento apoiada na desaceleração do aumento da produtividade e no envelhecimento populacional, bem como o legado da crise financeira fizeram baixar as taxas de juro. Este ambiente de baixas taxas de juro e baixa inflação reduziram significativamente o espaço que o BCE e outros bancos centrais no mundo têm para aliviar a política monetária face a uma inversão económica“, alertou.

O BCE, que mudou de presidente no final do ano passado, tem atualmente em curso um pacote de medidas para continuar a alimentar o crescimento económico na Zona Euro, que inclui taxas de juro em mínimos históricos (com os depósitos dos bancos mesmo com juros negativos) e um mega programa de compra de dívida.

No entanto, a estratégia do BCE tem recebido críticas, nomeadamente devido ao impacto para a rentabilidade da banca ou o desvio do preço dos ativos (incluindo do imobiliário) face ao risco. Estas críticas são uma das razões para a revisão estratégica do banco central, incluindo a forma de atuação, ferramentas, comunicação ou eficácia. O principal foco é se o BCE irá mudar a meta de inflação.

“À luz destas mudanças, é agora o tempo apropriado para conduzirmos a revisão estratégica com um domínio alargado que garante que o cumprimento contínuo do mandato serve o melhor possível os europeus“, defendeu Lagarde. A presidente do BCE afirmou que a economia da Zona Euro se mantém “resiliente”, mas alertou para as elevadas incertezas e novos riscos como o coronavírus.

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Câmara de Lisboa vai lançar concurso internacional para reabilitar Parque Mayer

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

A autarquia vai abrir um concurso público internacional para a requalificação do Parque Mayer, mas avisa que critério de adjudicação "nada terá a ver com questões financeiras e económicas.

A Câmara de Lisboa deverá abrir um concurso público internacional para contratualizar a requalificação e exploração do Parque Mayer, sendo que o critério de adjudicação irá privilegiar “a qualidade” e “nada terá a ver com questões financeiras e economicistas”.

Segundo o relatório técnico da Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa Chiado (ZER ABC), o projeto previsto para eixo Avenida da Liberdade – Avenida Almirante Reis, inclui também a conclusão da intervenção no Parque Mayer. A nova ZER apresentada na semana passada, prevê que o trânsito automóvel na Baixa/Chiado passe a ser exclusivo para residentes, portadores de dístico e veículos autorizados entre determinadas horas.

“Com a intervenção no Parque Mayer conclui-se um processo que se arrasta na cidade de Lisboa e resolve-se uma cicatriz que existe no património urbano e cultural da cidade”, lê-se no relatório técnico. Assim, a autarquia prevê a abertura de um concurso público internacional para que, com base num programa preliminar que defina “conteúdos mínimos” e o município contratualize “a reabilitação, requalificação e exploração do Parque Mayer”.

Teatro Variedades, Parque Mayerbjaglin/Flickr

Segundo o relatório, deverá ser salvaguardado “de forma clara” que o critério de adjudicação “nada terá a ver com questões financeiras e económicas, privilegiando antes a qualidade da proposta cultural e a sua garantia de cumprimento dos objetivos sustentados pelo município”.

O projeto para o Parque Mayer deverá recuperar a sua memória, “reinventando um polo cultural de excelência” de Lisboa e acabando com a “indefinição que se arrasta desde 2004”. Assim, deverá ser preservada a propriedade municipal do Parque Mayer e das construções aí existentes, “não alienando o direito a terceiros”.

Deverá ainda ser assegurado o “estrito cumprimento” do Plano de Pormenor do Parque Mayer, em vigor desde abril de 2012, e deverá evitar-se que a recuperação da zona seja “contaminada pelo atual estado do mercado imobiliário no centro da cidade, limitando e condicionando os usos” ao que está definido no plano. Em meados de outubro, o presidente da autarquia prometeu apresentar “em breve” uma proposta sobre o futuro do Parque Mayer, com infraestruturas de “fruição cultural” e “numa profunda ligação” com o Jardim Botânico e o Príncipe Real.

Atualmente, no Parque Mayer apenas está a funcionar o Cineteatro Capitólio que, depois de ter estado encerrado durante mais de 30 anos, sofreu obras de requalificação concluídas no final de 2016. Em 2003, o então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes, chegou a escolher o arquiteto norte-americano Frank Gehry para elaborar um projeto de requalificação do Parque Mayer, que acabou por nunca se concretizar.

Em 2004, já com Carmona Rodrigues à frente da autarquia, deu-se início ao processo, que acabaria em tribunal, relativo à permuta dos terrenos do Parque Mayer (que pertenciam à Bragaparques) e da antiga Feira Popular (então propriedade municipal). Dez anos depois, a autarquia aprovou um “acordo global” com a Bragaparques para a aquisição dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, e do Parque Mayer, por mais de 100 milhões de euros.

Em 2016, o Tribunal Arbitral fixou que a Câmara de Lisboa teria de pagar uma indemnização de 138 milhões de euros à Bragaparques, no âmbito do processo de permuta e venda dos terrenos do Parque Mayer e Entrecampos, atos entretanto considerados nulos pelos tribunais. A Câmara de Lisboa recorreu da sentença, aguardando ainda uma decisão.

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Catástrofes naturais causaram prejuízos acima de 210 mil milhões na economia mundial em 2019

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

Os 409 desastres naturais registados a nível global no ano passado causaram prejuízos de mais de 210 mil milhões de euros na economia mundial, 3% acima da média anual de perdas neste século.

Os 409 desastres naturais registados a nível mundial em 2019 causaram prejuízos económicos de mais de 210 mil milhões de euros, 3% acima da média anual de perdas neste século, segundo um estudo da Aon divulgado esta quinta-feira.

De acordo com o relatório ‘Weather, Climate & Catastrophe Insight – 2019’, desenvolvido pela empresa de avaliação de risco Aon, a que a Lusa teve acesso, os 409 desastres naturais registados a nível global no ano passado causaram prejuízos de mais de 210 mil milhões de euros na economia mundial, 3% acima da média anual de perdas neste século, mas 20% abaixo da média da década anterior.

No caso de Portugal, os prejuízos provocados pelo furacão Lorenzo, que passou no começo de outubro de 2019 pelos Açores, ascenderam a 330 milhões de euros, 190 milhões dos quais em resultado da destruição total do porto das Lajes das Flores.

Também o mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre os dias 18 e 20 de dezembro de 2019, a que se juntou no dia 21 a depressão Fabien, levou o Governo a estimar prejuízos de nove a dez milhões de euros, devido às cheias no Baixo Mondego, e a abrir dois avisos, no valor total de 11 milhões de euros, para apoiar os agricultores afetados nas regiões Norte e Centro do país.

De acordo com o estudo hoje divulgado, as tempestades Elsa e Fabien registaram uma despesa conjunta para Portugal, Espanha e França de cerca de 86 milhões de euros e perto de 108 milhões de euros, respetivamente.

O estudo conclui também que, dos 210 mil milhões de euros de perdas económicas, apenas cerca de 64 mil milhões foram cobertos pelos seguros.

Os fenómenos que representaram uma maior despesa a nível de seguro foram os tufões de Hagibis e de Faxai, ambos ocorridos no Japão, em outubro e setembro de 2019, respetivamente.

O tufão de Hagibis causou prejuízos de mais de oito mil milhões de euros e, no caso do de Faxai, as perdas superaram os cinco mil milhões de euros.

 

“Talvez o maior destaque da última década de desastres naturais seja a emergência de perigos anteriormente considerados ‘secundários’ – como incêndios florestais, inundações e secas – tornando-se muito mais caros e impactantes”, referiu, no estudo, o diretor de Meteorologia da Aon, Steve Bowen.

Do ponto de vista climático, 2019 foi o segundo ano mais quente no que diz respeito às temperaturas terrestres e dos oceanos, desde 1851, com os termómetros a atingirem máximos históricos de 46 ºC em França e 42,6 ºC na Alemanha.

“Os estudos científicos indicam que as alterações climáticas vão continuar a afetar todos os tipos de fenómenos meteorológicos e, subsequentemente, vão ter cada vez mais impacto nas áreas urbanizadas”, acrescentou Steve Bowen.

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Aprovada subida do limite de isenção de IVA para 12.500 euros

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

O limite anual de rendimentos dos trabalhadores independentes que pode estar isento de IVA aumenta dos atuais 10.000 euros para 12.500.

O Parlamento aprovou esta quarta-feira uma proposta do PAN que aumenta dos atuais 10.000 euros para 12.500 euros o limite anual de rendimentos dos trabalhadores independentes que pode estar isento de IVA.

Esta isenção de IVA contempla os contribuintes que não têm nem estão obrigados a ter contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, e não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a dez mil euros.

A proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) do PAN, agora aprovada, eleva aquele valor para 12.500 euros.

A iniciativa do PAN foi votada na Comissão de Orçamento e Finanças, durante a discussão na especialidade do OE2020, tendo recolhido os votos favoráveis do PS, PSD, PCP, CDS-PP, PAN, Chega e Iniciativa Liberal e a abstenção do BE.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2020

No dia em que a China anunciou que vai cortar em metade as tarifas aplicadas a alguns bens norte-americanos, o Banco Central do Brasil cortou a taxa de juro para mínimos históricos.

À medida que sobem os casos de coronavírus, aumentam as consequências para a China, que até já decidiu cortar para metade as tarifas aplicadas a vários produtos norte-americanos. Mas há notícias em destaque um pouco por todo o mundo. Desde a Argélia, onde a BP quer vender uma fábrica de gás natural, até ao Brasil, onde o banco central colocou a taxa de juro em mínimos históricos, ou até em Espanha, em que as Baleares vão impor limites ao “turismo de excessos”. No setor tecnológico, a Apple estará a estudar um novo localizador de produtos mais pequenos, como chaves.

Financial Times

China corta em metade tarifas sobre produtos dos EUA devido ao coronavírus

A China vai reduzir para metade as taxas aplicadas aos produtos norte-americanos no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros), uma medida que entrará em vigor a 14 de fevereiro. Esta redução será feita em alguns produtos e acontece na sequência do coronavírus, que tem vindo a prejudicar a economia chinesa. Ao mesmo tempo, é uma decisão que faz parte do acordo comercial assinado recentemente com os Estados Unidos. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

BP quer vender fábrica de gás natural na Argélia após fracasso nas negociações com petrolífera russa

A BP espera encaixar cerca de dois mil milhões de dólares (1,81 mil milhões de euros) com a venda da participação de 45,89% na sua fábrica de gás natural na Argélia, no Deserto do Saara. Nos últimos meses, a BP contactou grandes empresas internacionais de petróleo e gás natural para perceber o possível interesse neste negócio, depois do falhanço nas negociações com a petrolífera russa Rosneft (uma das maiores do mundo) no ano passado. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Folha de S. Paulo

Banco Central do Brasil reduz taxa de juro para mínimo histórico de 4,25%

O Comité de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro reduziu a taxa básica de juros, denominada Selic, de 4,5% para 4,25% ao ano, o menor valor da sua série histórica e o quinto corte consecutivo. “Esta decisão (…) é compatível com a convergência da inflação para a meta para a condução da política monetária em 2020 e, com peso crescente, o de 2021”, disse o Copom, referindo que não deve cortar mais os juros este ano. Este foi o quinto corte na taxa de juro anunciado na gestão de Bolsonaro. Leia a notícia completa no Folha de S. Paulo (acesso livre, conteúdo em português)

Business Insider

Apple planeia lançar novo produto para encontrar as chaves ou o telemóvel

A Apple já oferece aos clientes a possibilidade de localizar um iPhone, um Mac ou até uns AirPods perdidos. Mas a empresa quer ir mais longe. Para isso, está a estudar o lançamento de um novo produto — AirTags –, pequenos localizadores que podem ser colocados em itens do quotidiano, como chaves, carteiras ou malas, permitindo a sua localização através do iPhone. Os AirTags deverão ser pequenas etiquetas com o logótipo da Apple. Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

Le Monde

Baleares declaram guerra ao “turismo de excessos”

As ilhas Baleares vão deixar de ser um paraíso para quem procura diversão noturna, isto porque o Governo regional quer acabar com o “turismo de excessos”. Para isso, foi aprovada uma lei que impõe uma série de restrições ao consumo de álcool, tais como: a proibição de vender álcool entre as 21h30 e as 8h00 da manhã em várias lojas de Maiorca e Ibiza, os hotéis não podem ter pacotes de “tudo incluído” (têm de limitar três bebidas por pessoa às refeições) e os bares deixarão de poder fazer promoções como “2 por 1”. Em caso de infração, as multas podem chegar aos 600.000 euros e incluir o encerramento das instalações por um a três anos. Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês)

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Aumento extra na Função Pública “é uma proposta provocadora”, diz Ana Avoila

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2020

A Frente Comum está descontente com o aumento extra na Função Pública, para além do aumento de 0,3% que o Governo tem em cima da mesa.

Os sindicatos dos funcionários públicos já estavam descontentes com o aumento de 0,3% que o Governo tem em cima da mesa, e o mesmo se aplica ao aumento extra. Do lado da Frente Comum, Ana Avoila já tinha referido que os 0,3% eram um valor “insultuoso” e, desta vez, em entrevista ao Público e à Renascença, sublinha que o aumento extra “é uma proposta provocadora”.

Se o aumento extra para a Função Pública acontecer através de um pequeno aumento nos dois escalões mais baixos, isso será uma “proposta provocadora”, sublinhou Ana Avoila. “Por causa do aumento do salário mínimo, o Governo, no passado, em vez de atualizar a primeira posição da tabela remuneratória única, para depois fazer a devida proporcionalidade até ao fim como a lei manda, não o fez“, explicou.

Referindo que “o ano passado foi o cúmulo”, a representante da Frente Comum notou que “o Governo sabe perfeitamente que no ano passado, com os 635 euros, criou uma situação que é inaceitável e incomportável em termos de relações humanas dentro dos locais de trabalho”, porque “635 para quem está há 30 anos e 635 para quem entra, não pode ser”.

Ana Avoila lamentou também o facto de o Governo ainda não ter enviado aos sindicatos as propostas salariais e que isso “é uma prática que se instalou dentro da administração pública”. “É uma falta de cultura democrática, uma falta de respeito pelos trabalhadores, mais do que pelos sindicatos”, disse, referindo que esta situação “é lamentável e cria indignação nos trabalhadores”.

A líder sindical falou ainda do papel de Mário Centeno, comparando com o ex-ministro Vítor Gaspar. “São pessoas das Finanças, muito bons para dar aos grandes grupos económicos com o argumento de que querem construir um país sem défice”, disse, acrescentando não ver grande diferença entre ambos. “Nós na Administração Pública, não sentimos diferença nenhuma entre um e o outro. Um fez uma grande carga fiscal e este ainda não a tirou, não é?“, rematou.

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China reduz para metade taxas alfandegárias sobre produtos dos EUA

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2020

Pequim anunciou que vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos, no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais.

A China vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos, no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais, anunciou esta quinta-feira Pequim.

Esta medida, que vai entrar em vigor em 14 de fevereiro, vai abranger as taxas alfandegárias aplicadas desde 01 de setembro último, precisou a Comissão dos Direitos Alfandegários do Governo chinês.

A decisão surge um mês depois da assinatura de uma trégua na guerra comercial iniciada há cerca de dois anos entre as duas primeiras economias mundiais.

Taxas de entre 10% e 5% vão ser reduzidas para metade em 1.600 bens, como produtos marinhos, aves, soja e alguns tipos de aviões ou ainda lâmpadas de tungsténio usadas na investigação médica.

Esta descida visa “promover um desenvolvimento são e estável das relações económicas e comerciais sino-americanas“, indicou a Comissão.

Nos termos do acordo preliminar de 15 de janeiro, a China comprometeu-se a comprar, durante os próximos dois anos, por 200 mil milhões de dólares (cerca de 182 mil milhões de euros), produtos suplementares norte-americanos, nomeadamente agrícolas e manufaturados.

Na terça-feira, o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, declarou que o surto do novo coronavírus na China e que está a paralisar a economia do país ia atrasar a compra destes produtos norte-americanos.

No sábado, Pequim tinha anunciado a anulação de taxas alfandegárias aplicadas em alguns produtos médicos norte-americanos importados para combater a pneumonia viral, como desinfetantes, vestuário de proteção e veículos de socorro.

A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica terça-feira.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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Lisboa avança pelo terceiro dia à boleia da Galp Energia e do BCP

A bolsa nacional acompanha as pares europeias, que beneficiam do alívio dos receios dos investidores face ao coronavíruos e do corte pela China das tarifas de alguns produtos importados dos EUA.

A bolsa nacional está em alta pela terceira sessão consecutiva, acompanhando as pares europeias, beneficiando do alívio dos receios dos investidores relativamente à crise do coronavíruos. Mas também animadas pelo corte pela China das tarifas de alguns produtos importados dos EUA.

O PSI-20 valoriza 0,82%, para os 5.346,55 pontos, com a quase totalidade dos seus 18 títulos a negociarem no verde. Na Europa, o índice Stoxx 600 — que agrega as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente ganha 0,5%.

O avanço das bolsas europeias acontece depois de a China ter anunciado, esta quinta-feira, que vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos, no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais.

Por Lisboa, a maioria dos títulos registam ganhos, alguns deles bastante acentuados. Neste arranque de sessão há dez cotadas a valorizar mais de 1%. Mas cabe à Galp Energia e ao BCP darem o principal fôlego ao índice bolsista lisboeta.

As ações da petrolífera aceleram 1,04%, para os 14,08 euros, acompanhando o rumo das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O preço do barril de brent — referência para as importações nacionais — avança 1,41%, para os 56,06 dólares. Por sua vez, os títulos do banco liderado por Miguel Maya apreciam 0,91%, para os 20,06 cêntimos.

Entre os maiores avanços do PSI-20, destaque para a F. Ramada que encabeça as subidas com ganhos de 5,45%, para os 5,8 euros por ação. Entre os maiores avanços estão também as papeleiras. As ações da Navigator valorizam 1,63%, para os 3,366 euros, enquanto as da Altri somam 1,48%, para os 5,83 euros.

(Notícia atualizada às 8h22 com mais informação)

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Presidentes de clubes suspeitos de fraude e lavagem de dinheiro

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2020

Pinto da Costa, Luís Filipe Vieira e António Salvador, além de agentes e empresários, estarão sob investigação do Ministério Público e do Fisco.

O Ministério Público e o Fisco têm cinco megaprocessos abertos por suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais ligados ao universo do futebol, avança a Sábado (acesso pago) nesta quinta-feira. Entre os visados nestes megaprocessos estarão presidentes de clubes, agentes, empresários, empresas e dezenas de jogadores de futebol.

Pinto da Costa, o histórico presidente do Futebol Clube do Porto (FC Porto), será um dos visados nestas investigações. Segundo a revista o processo-crime que se encontra numa fase mais avançada é mesmo o que envolve Pinto da Costa e o FC Porto.

O processo resultará da junção de oito inquéritos iniciados em 2018/18, estando em causa negócios feitos há alguns anos com, pelo menos 15 jogadores do FC Porto. Entre esses, incluem-se os negócios de transferência de Jackson Martínez, Iker Casillas, Radamel Falcao, James Rodríguez, Imbula, Mangala e do português Danilo Pereira.

A Autoridade Tributária já calculou, em cerca de 20 milhões de euros, a vantagem patrimonial ilegal que poderá estar associada a negociação desses jogadores.

Mas há mais visados nos processos abertos pelo Ministério Público e pela Autoridade Tributária. Nomeadamente, a SAD do Benfica. Em causa, também estarão empresas de intermediação na contratação de jogadores como André Carrillo, Pizzi, Jiménez, Júlio Cesar, Ola John e Jonas. O presidente do clube da Luz — Luís Filipe Vieira — será também um dos visados na investigação, segundo a Sábado.

Outra das investigações terá como alvo o SC Braga, com os investigadores a terem já informação sobre transferências com origem no Marítimo, de Dyego Sousa, agora no Benfica, Fransérgio e Raúl Silva. Em 2018, o Braga também contratou o central Pablo Santos. Outro contrato que estará a ser analisado é o de Éder, que joga atualmente na Rússia, e que o Braga foi buscar à Académica de Coimbra.

(Título atualizado às 19h15)

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Hoje nas notícias: Galp, Pinto da Costa e Função Pública

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há mais detalhes conhecidos da investigação da Justiça espanhola que envolve António Vitorino, desta vez envolvendo a Galp. Ainda ao nível da Justiça, Pinto da Costa vê-se envolvido numa investigação do Ministério Público, suspeito de fraude e lavagem de dinheiro em negócios feitos com jogadores de futebol. Na Função Pública, os sindicatos continuam a debater-se por um aumento superior a 0,3%.

Galp pagou mais de 300.000 euros a suspeitos de corrupção

Entre 2008 e 2013, a Galp pagou quase 310.000 euros a Raúl Morodo e ao filho Alejo (genro de Dias Loureiro), os principais visados numa investigação da Justiça espanhola por suspeitas de corrupção no comércio internacional que envolve a petrolífera estatal venezuelana PDVSA. E é esta mesma investigação que também envolve o ex-ministro da Defesa português, António Vitorino. A Galp não é a única empresa portuguesa envolvida, já que uma parte dos cerca de 4,4 milhões de euros que terão sido desviados dos cofres da PDVSA terão saído de contas que a empresa tinha no BES. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Pinto da Costa suspeito de fraude e lavagem de dinheiro

O presidente do FC Porto está envolvido em um de cinco mega inquéritos abertos pelo Ministério Público e pelo Fisco por suspeitas de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. O processo-crime de Pinto da Costa é o que está mais avançado e resulta de oito inquéritos iniciados em 2018/2018, na sequência de negócios feitos já há alguns anos com, pelo menos, 15 jogadores, entre eles Jackson Martínez e Casillas. O Fisco estima que em causa poderão estar cerca de 20 milhões de euros. Leia a notícia completa na Sábado (acesso condicionado)

Aumento extra na Função Pública “é uma proposta provocadora”, diz Ana Avoila

A coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública considera que uma subida de 0,3% dos salários dos funcionários públicos “são uma proposta provocadora“, depois de já ter referido tratar-se de algo insultuoso. Em entrevista conjunta ao Público e à Renascença, Ana Avoila refere que “o Governo sabe perfeitamente que, no ano passado, com os 635 euros se criou uma situação que é inaceitável e incomportável em termos de relações humanas dentro dos locais de trabalho” e que “635 para quem está há 30 anos e 635 para quem entra, não pode ser!”. Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre)

Vinci fatura quase 900 milhões com aeroportos nacionais

São muitos os milhões de passageiros que passam chegam e partem dos aeroportos nacionais — 59,12 milhões –, gerando receitas cada vez maiores para a ANA – Aeroportos de Portugal. Só no ano passado, a Vinci Airports, que detém a concessão, arrecadou 894,54 milhões de euros em receitas, um aumento de 7% face ao ano anterior. Ao mesmo tempo, o EBITDA atingiu, em 2019, os 586,4 milhões de euros, valor que traduz um crescimento de 5,6% face ao registado nos mesmos 12 meses de 2018. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Deputados entregaram registos de interesses fora de prazo

Foram vários os deputados a entregar os registos de interesses fora de prazo — a data limite era 24 de dezembro –, um problema que alguns justificaram com problemas no software e outros com o cartão de cidadão. O secretário-geral da Assembleia da República diz que “não há consequência legal” nisto, quanto a Ferro Rodrigues, este diz ter entregue dentro do prazo estipulado e está atento. Leia a notícia completa no Jornal I (link indisponível)

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Galp terá pago mais de 300 mil euros a consultores suspeitos de corrupção

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2020

Raúl Morodo e o filho Alejo foram consultores da petrolífera e são visados numa investigação em espanha por suspeitas de participarem num esquema de corrupção que envolve a petrolífera venezuelana.

A Galp Energia terá pago cerca de 310 mil euros, entre 2008 e 2013, a Raúl Morodo e ao seu filho Alejo, genro de Dias Loureiro, os suspeitos visados numa investigação em Espanha por suspeitas de corrupção no comércio internacional que envolve a petrolífera estatal venezuelana, a PVDSA, avança o Público (acesso condicionado).

O jornal explica que os dois espanhóis eram sócios da Morodo Abogados que cobrou à Galp Exploração e Produção mais de 254 mil euros por serviços prestados entre 2009 e 2011, segundo as declarações da petrolífera portuguesa às autoridades tributárias. Contudo, as declarações da sociedade de advogados espanhola não serão coincidentes nem nas datas nem nos valores. Esta terá declarado menos de 150 mil euros entre 2008 e 2013, com origem na Galp Exploração e Produção.

Os documentos da investigações das autoridades espanholas, a que o Público diz ter tido acesso, indicam ainda que Alejo Morodo recebeu diretamente da Galp Espanha mais 55 mil euros em dois pagamentos, um em 2012 e outro em 2013, mas cujos valores não são coincidentes. Num dos casos Alejo declara 40.500 euros, enquanto a Galp Espanha declara 43.567 e no outro o genro de Dias Loureiro reporta um pagamento de 10 mil euros e a petrolífera portuguesa 12.100.

Além desses pagamentos, as autoridades tributárias espanholas destacam que Alejo foi “assalariado ou profissional” da Galp Energia Espanha desde 2004, como comprovam as contribuições que a empresa fez.

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